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Fui atrás do Outono na Serra

Um dia quente, atendendo o facto de estarmos no final de outubro, um outono de temperaturas primaveris pela Serra da Estrela.

Um fim-de-semana de festas na região, todas elas a celebrarem o outono e os seus frutos. Cheira a outono mas a indumentária engana. Facilmente nos esquecemos que estamos nessa estação do ano até ao momento em que nos cheira a castanhas assadas e nos oferecem uma sopa quentinha do fruto.

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Fomos até à aldeia onde vemos o mundo estendido aos nossos pés. Onde o horizonte se alcança do cimo de uma torre de vigia. Em Folgosinho celebra-se o outono numa festa cheia de gente e turistas que por aqui caminham e se deliciam com os sabores da época.

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Quis ir procurar o outono e de câmara na mão tentei registar os seus indícios. Poucos. O verde ainda se faz sentir resplendoroso na Serra fruto das chuvas das semanas anteriores que alimentaram os pastos onde encontramos rebanhos de ovelhas a pastarem livremente sempre sobre o olhar atento do pastor e dos seus fieis amigos.

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Subimos ainda mais. Embrenhamo-nos pelos caminhos da Serra, que por lados de Folgosinho estão perfeitamente asfaltados. Os visitantes podem facilmente admirar as paisagens mais puras da Estrela sem grandes sobressaltos. Sem terem de recorrer ao uso da potencia de um 4×4 e fomos, então, atrás de um Outono que se vestiu de Primavera.

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Seguimos pelas paisagens que nos levam a Casais de Folgosinho. Lá no meio da Serra numa mistura de relevos que nos fazem desapegar o momento e divagar pelos seus socalcos levemente desenhados pela mãe natureza. A luz é de outono. A mudança da hora que augura o Inverno torna o nosso dia mais curto, a luz mais serena, e a paisagem nostálgica.

 

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Parámos num sitio de culto onde o homem procura o conforto da Senhora.

Pelos caminhos até cá os castanheiros e as poucas folhas ocres e douradas de algumas árvores anunciam que ele, o Outono, anda por aqui. Tímido, sereno, à espera de aparecer, ou então de tão tímido que é, nem sequer dar ares da sua graça e assim dar lugar ao cinzento dos dias de Inverno.

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Caminhando lentamente o Pastor chega-se a nós. O Pastor de ovelhas, não o de homens. O seu rebanho caminha tranquilo entre o pasto.

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O dia começa a despedir-se à medida que o rebanho nos alcança.

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E assim o sol se pôs… sereno… como este outono.

 

Tânia Fernandes

Fotografia: HeartBeat

ART&TUR rende-se ao Centro

Já foram anunciados os premiados do ART & TUR 2016, o Festival Internacional de Cinema de Turismo, um evento ímpar no panorama nacional e internacional.

O Festival ART&TUR é organizado pela APTUR – Associação Portuguesa de Turismologia e pela BRIDGE – Events and Entertainment e com o apoio oficial da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia. ESte evento surgiu da ambição de instituir em Portugal um evento pioneiro que pudesse ser, simultaneamente, um polo de criatividade e inovação no domínio da promoção turística (referência incontornável para todos os operadores e entidades do Turismo), um fórum de reflexão sobre as novas tendências do turismo, facilitando o diálogo entre os especialistas universitários e os representantes do setor empresarial, e ainda um evento original com capacidade para se diferenciar no meio da torrente de eventos que proliferam de Norte a Sul de Portugal.

Os prémios deste ano já foram anunciados e a região centro foi uma das mais galardoadas, conheça aqui os que foram atribuídos à nossa região!

 

Destinos Turísticos – Região

1º Prémio

Grand Prix – Nacional

“Turismo Centro de Portugal – Destino Preferido 2017”

realizador: Sara Reis

Produtor: Slideshow

Duração: 2’10”

 

Aventuras, Expedições e Viagens

1º Prémio

“Verão no interior do país”

Realizador: Cristina Amaro

Produtor: Luís Leal

Local: Serra da Lousã

Duração6’14”

 

http://rd3.videos.sapo.pt/j1ceRz2Hs1OMmprZwBwR

 

Destinos inovadores – Eventos, Feiras e Congressos

2º Prémio

“Festival de StreetArt de Viseu”

Realizador: Rui Costa

Produtor: NIC

Local: Viseu

Duração: 2’53”

 

 

Turismo Rural e de Natureza

1º Prémio

“Pastor de Sonhos”

Realizador: Paulo Fajardo

Produtor: João J. Francisco e Paulo Fajardo

Duração: 5’30”

 

 

Turismo de Natureza

2º Prémio

“Oleiros de beleza rara”

Realizador: Eduardo Rêgo

Produtor: Traduvárius, Município de Oleiros

Local: Concelho de Oleiros, Castelo Branco

Duração 15’09”

 

 

Turismo Rural

2º Prémio

GR22 – Grande Rota das Aldeias Históricas de Portugal

Realizador: Humberto Rocha

Produtor: Um Segundo Filmes

Local: Aldeias Históricas de Portugal

Duração: 3’55”

 

 

 

 

 

 

7 itens indispensáveis para quem visitar a Serra

Portugal é lindo. Disso ninguém tem dúvida, e há lugares mágicos que devem ser visitados, seja porque são deslumbrantes, seja porque nos apresentam toda uma nova perspectiva do mundo e da nossa vida.

Caso disso é a região da Serra da Estrela, cujas paisagens, histórias e gentes nos fazem abrandar o ritmo e ver que a vida é mais do que multidões, stress e rotinas entediantes.

Por cá estamos sempre de braços abertos para receber quem quer que seja, mas há pormenores que devem ser levados em conta quando visita a Serra da Estrela, aqui vamos facilitar-lhe a vida e apresentar-lhe uma pequena lista de itens que têm de fazer parte da bagagem quando visitar a região, a começar por:

 

Traga pouca bagagem

Se vem até à Serra da Estrela não precisa trazer muita bagagem consigo. Traga uma mochila com água e algumas provisões é suficiente para ficar a conhecer a verdadeira Serra da Estrela. Não se preocupe com a vestimenta, aqui não existe dress code formal.

 

Calçado adequado

Já que falamos em roupa, aconselhamos a que traga calçado apropriado para caminhar entre as matas, conhecer os nossos vales, descer escarpas e subir encostas. É contactando diretamente com a natureza que irá experienciar a verdadeira Serra da Estrela, mesmo que o faça de Jipe. As sapatilhas são o elemento fundamental para que possa caminhar pelas aldeias, conhecer as quintas e casais que se encontram por aqui dispersas, subir aos montes e aos penedos que, garantidamente, lhe servirão de altar para vislumbrar paisagens de tirar o fôlego e nos encher de vida!

 

Agasalho

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Mesmo no verão aconselhamos que traga um casaco, se for até aos pontos mais altos da Serra da Estrela. O calor até pode apertar durante o dia, mas como a noite traz as estrelas, irá sentir-se mais confortável se poder observar o céu sem fim deste pequeno pedaço de mundo sem o som do bater dos seus dentes a estragar a banda sonora noturna da natureza. Mas também não é preciso exagerar, por cá 15 graus são os mesmos 15 graus que fazem noutro sitio qualquer do país e não é Inverno o ano todo, apenas de Novembro a Junho.

Se vier nas alturas mais frias, agasalhe-se, mas agasalhe-se bem, porque as temperaturas facilmente descem até valores negativos ou bem lá perto, e não quer ser apanhado desprevenido e levar para casa, além das lembranças e fotografias, uma pneumonia.

 

Baterias e cartões extras

Quando falamos em cartões, referimo-nos aos cartões de memória da máquina fotográfica. Se é daquelas pessoas que gosta de registar os momentos e aquilo que vê, aconselhamos a que traga alguns cartões extra porque não vai querer deixar de perpetuar em fotografia a beleza que por cá vai encontrar.

Desde os cursos de água que serpenteiam livres pelas encostas, às mil cores de que se vestem as árvores no outono. A brancura da neve que as cobre no Inverno, passando pelos pássaros ou pelas raposas que pode ver pularem por entre a vegetação e acabando nas vertiginosas encostas pintalgadas de castanho, branco e verde, tudo telas pintadas pela natureza e que, com certeza, irá querer guardar, não apenas na memória e na alma, mas também em fotografia, até porque serão ótimas motivos para deixar os seus colegas do escritório roídos de inveja pela sua escapadinha serrana.

Quanto aos telemóveis, pode trazer, mas o mais certo é que em grande parte da Serra não tenha rede, portanto, guarde as fotografias e mais tarde, quando chegar a casa ou ao hotel, poderá atualizar o Facebook ou o instagram.

 

GPS

Somos pessoas modernas, certo? Conscientes de que a Serra não é um local pequeno e que perdermo-nos por estes lados pode ser uma experiencia interessante do ponto de vista do turista, mas complicada e até mesmo perigosa do ponto de vista prático. Traga mapas e GPS quando nos visitar e, já agora, avise sempre alguém acerca dos vossos planos e trajetos, não vamos arriscar, ok? Com segurança e um mapa na mão a aventura pode ser vivida intensamente na mesma!

 

Antiácidos

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Vir à Serra da Estrela, um pouco como em qualquer outro local de Portugal, é garantia de boa gastronomia. É impossível resistir aos petiscos, principalmente àqueles que irá encontrar ao visitar algumas aldeias por estes lados. Não será de estranhar se acabar a lanchar na casa de um perfeito desconhecido que o irá apresentar aos enchidos mais deliciosos que alguma vez comeu ou ao queijo mais intensamente delicioso que alguma vez as suas papilas gustativas tiveram o prazer de provar! E se for até um restaurante o mais certo é não conseguir parar de petiscar ou debicar as iguarias que lhe vão apresentar, portanto, se quiser continuar o seu passeio sem indisposições gástricas que podem acontecer pela quantidade de comida que vai ingerir, o melhor é vir munido de alguns antiácidos para garantir que o passeio continua sem azia.

 

Tempo

Traga tempo consigo. Visitar a região de cronometro na mão não o deixará apreciar ao máximo a experiencia da Serra da Estrela. Aqui não pode correr, apenas caminhar, parar para apreciar a paisagem (ou deixar um rebanho de ovelhas passar), seguir por caminhos que o convidam a esperar, contemplar e respirar. O tempo é inimigo do turista na Serra da Estrela, parece escorrer pelas mãos e por isso traga algum consigo. A garantia é de que voltará novamente, seja como for, porque há sempre algo de novo para ver, seja na primavera, verão, outono ou inverno. A Serra baila pelas estações, pelos dias e pelas horas, numa coreografia cronometrada pela luz e para assistirmos ao espetáculo o tempo é um fator essencial!

Na Rota da Cereja

Estamos todos desejosos. Por esta altura, no ano passado, já tínhamos comido algumas. Este ano está difícil.

Começam a aparecer para nos satisfazer a gula.

São Pedro não nos ajudou este ano a podermos admirar a sua floração plena, mas o fruto já começa a despontar e esta é a altura mais deliciosa para sairmos ao caminho, de sapatilhas calçadas, mochila com algumas provisões e irmos passear pela Rota da Cereja.

Preparamo-nos para uma caminhada de quase 10km por entre cerejeiras e uma paisagem fantástica!

Começamos em Alcongosta e sabemos que este passeio durará cerca de 4 horas, podemos aproveitar para lanchar pelo caminho, sentados numa pedra a ouvir a natureza falar connosco – tem tanto para nos contar – e sabemos que no final voltaremos ao ponto de partida.

Em Alcongosta podemos admirar exemplares da antiga arquitetura doméstica, que é como quem diz, admiremos o casario que faz a identidade desta terra, com as suas varandas em madeira e paredes de pedra e terra.

A Igreja de Nossa Senhora da Anunciação é um edifício seiscentista digno de apreciação.

Aproveitemos para conhecer as suas capelas, a do Espírito Santo, datada de 1578, a capela do Mártir S. Sebastião e a do Calvário, marcas da fé destas gentes.

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A região da Cova da beira tem uma relação muito intima com a cereja, sendo conhecida em todo o país como um dos locais onde se cultiva aquelas que são, para muitos, as melhores cerejas do mundo – a Cereja do Fundão.

Quando floridos os cerejais são pequenos mundos de fantasia onde podemos sonhar com fadas e elfos, num mar de flores rosadas de uma beleza quase etérea.

Quando o fruto desponta o espetáculo é entre o verde e o vermelho, cores da nação, cores se puro sabor. Brilhantes cativam os nossos olhos e fazem-nos salivar!

Em Alcongosta a cerejeira é a árvore ícone da identidade da terra, e aqui a cereja é festejada com pompa e circunstância na Festa da Cereja que ocorre todos os anos e atrai milhares de pessoas em junho.

Mas nem só de cereja se vive em Alcongosta.

A cultura e as tradições são fortes por estas terras e a cestaria reserva em si segredos ancestrais e uma mestria de invejar.

As Cestas de Esparto são um dos ex-libris da terra, feitas através do esparto, uma planta recolhida na Serra da Gardunha, e a cestaria em verga de castanheiro são exemplos de antigos saberes e funções que podemos encontrar nas oficinas artesanais e nos “refogadouros”.

Caminhamos. Olhamos a paisagem. Comemos algumas cerejas. Colhemos outras que podemos guardar em cestos de verga ou esparto e sigamos a Rota da Cereja.

Ao longo do caminho encontramos alguns Miradouros onde podemos contemplar a paisagem que se estende até aos limites do sul da Serra da Estrela.

Passamos pela Casa da Floresta, antiga habitação de um dos guardas florestais da Gardunha e apreciamos a paisagem. Seguimos o caminho e passamos peça Quinta Serrana, pelo Souto do Mouro e pela Quinta de São Gonçalo.

Regressamos a Alcongosta.

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A Rota da Cereja é um calendário dos sentidos. Na Primavera, as cerejeiras vestem-se de branco a Gardunha num espetáculo único.

No verão o verde das árvores, pontuados pelo vermelho dos seus suculentos frutos atiçam a gula.

No outono os tons ocre, amarelo-alaranjado das folhas pintam a paisagem num quadro magnifico.

No Inverno a paisagem enche-se de neblina e os troncos cinzentos confundem-se com as pedras da paisagem num sono revigorante que as fará despontar na Primavera e começar tudo de novo.

Seia, a Porta da Serra da Estrela

A Serra da Estrela está cheia de encantos, segredos por descobrir, locais para nos perdermos na imensidão da natureza que nos arranca da nossa rotina e nos devolve o mundo.

São aldeias, vilas e cidades que apesar do estigma da interioridade que lhes teimam em conferir, se revelam pequenos universos singulares, de uma personalidade única que depois de descobertos nos fazem perceber que a palavra “interior”, aqui, ganha novos sentidos.

Há muito para encontrar na Serra da Estrela e cada um dos seus locais é mais, e tem mais, do que aquilo que podemos imaginar.

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Vista de Seia

Na vertente norte da montanha encontramos Seia, um concelho grande em coisas para descobrir, locais para sentir e paisagens para nos perdermos.

Aqui é o teto de Portugal e qualquer altura do ano é boa para virmos até cá e perceber os seus encantos. Seja pela diversidade e beleza paisagística enquanto área de grande sensibilidade ecológica e um património biogenético único em Portugal, seja pela diversidade cultural que nos dá a conhecer a Serra, Seia é um local que merece a visita de todos os que a procuram como porta de entrada da Serra da Estrela.

No Inverno é a neve que chama as pessoas à Serra da Estrela e Seia é uma das principais portas de entrada.

Quando vier visitar a região, não se dirija diretamente à Torre.

Pare em Seia e descubra este concelho onde a ligação com a natureza se faz de forma privilegiada, marque um encontro com a gastronomia e as tradições e conheça o que torna a região tão especial. Sinta o vento fresco no rosto, aprecie a neblina que encobre a paisagem.

Descubra os cursos de água que cantam corredios pela montanha.

Pare o carro e veja o gelo que cobre as plantas.

O inverno na região é mais que neve e o frio lembra-nos que somos frágeis humanos, e quando entramos num restaurante ou café o calor que nos acolhe é mais que temperatura, é carinho, o corpo agradece e a alma reconforta-se.

Experimente os enchidos que nesta altura do ano são ainda mais deliciosos, e não se esqueça do queijo que derrete com o calor da lareira e cujo cheiro intenso nos lembra que a serra é genuína, tal como as suas gentes que têm sempre histórias para contar.

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A Feira do Queijo é um dos eventos mais importantes de Seia

Em Seia guarde tempo.

Visite o Museu do Brinquedo ou o Museu da Eletricidade.

Conheça as tradições da região no Museu Etnográfico do Rancho Folclórico de Seia ou delicie-se no Museu do Pão. Passeie pelas ruas e conheça a Capela de S. Pedro e a Capela de Santo Cristo do Calvário, a Igreja da Misericórdia e a Igreja Matriz, a Fonte das Quatro Bicas, o Solar dos Botelhos, o Pelourinho, ainda a Casa das Artes e a Fonte da Casa das Obras.

E porque não ficar a saber mais acerca da Serra da Estrela?

Em Seia encontra o local ideal para isso mesmo, o Centro de Interpretação da Serra da Estrela – CISE, pode ser o ponto de partida para que depois no terreno, conheça as belezas que a Serra encerra.

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Museu Natural da Electricidade

Na primavera a Serra enche-se de um verde luxuoso e flores que pintam as encostas.

Assista ao degelo e veja como a Serra acorda do sono do inverno, com os riachos a acompanharem o cantar dos pássaros num concerto único.

Respire o ar puro e sinta-se parte da natureza.

Passeie pela Mata do Desterro ou faça a Rota das Aldeias.

No verão o calor pode ser intenso mas há sempre uma fresca brisa para nos refrescar.

A Praia Fluvial de Loriga é a mais conhecida da região e a mais procurada, e este ano recebe, mais uma vez, a Bandeira Azul.

As suas águas frias e a paisagem envolvente fazem deste local um sitio privilegiado para uns dias longe da azafama das praias do litoral, mas há mais locais para descobrir junto aos rios, é só caminhar, explorar e deixar-se encantar.

No outono a montanha veste-se de cores!

O ocre, mistura-se com o verde o amarelo e o castanho num quadro que nos remete aos sabores e cheiros da estação.

As compotas, os enchidos, os licores e os cogumelos! Descubra-os em Seia e aproveite para comprar um cobertor de papa ou umas pantufas de pele para se preparar para o Inverno.

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Explore a Paisagem da Serra da Estrela

Há muito para ver no concelho de Seia.

Muito para descobrir, seja em que altura do ano for! Marque encontro com a Natureza!

 

Fotografia: Guia da Cidade, CISE, Câmara Municipal de Seia

Covilhã, a Serra Cosmopolita

Quando nos aproximamos da Serra da Estrela pela sua vertente sul vemo-la no seu esplendor, trepando a Serra como quem quer chegar ao céu.

Distingue-se do resto da paisagem pela sua singularidade urbana, assumindo a sua posição de cidade serrana por excelência.

A Covilhã não passa despercebida, não apenas por ser a Porta de Entrada de quem procura o topo de Portugal Continental, mas pela sua soberania que de noite recorta em luz esta vertente.

É a cidade dos tecelões e que quer tecer o seu futuro em fios de sucesso, tal como já o fez no passado.

Quando chegamos à Covilhã sabemos que estamos na Serra da Estrela. Não porque o seu casario nos relembre isso, até porque falamos de uma cidade que se tem modernizado e pretende enfrentar o futuro como um núcleo cosmopolita que aposta na arte contemporânea e na ciência como motor impulsionador de desenvolvimento, mas porque sobe, e sobe muito!

Mas vamos até ao passado para percebermos o presente e o futuro desta “cidade de montanha”. Sabemos da importância que a industria em torno na lã teve no desenvolvimento da Covilhã, mas poucos (os de fora), sabem que este foi um dos mais importantes núcleos Judaicos do país, a par de Belmonte, Guarda ou Trancoso.

Assume-se que foi essa comunidade, muito numerosa na Idade Média, que impulsionou a industria em torno na lã, fazendo uso dos recursos que a Montanha disponibilizava e as suas características geográficas singulares, com as ribeiras da Carpinteira e de Goldra a fornecerem a preciosa água necessária a esta industria, e todas aquelas relacionadas com o incentivo advindo do pastoreio.

A industria foi-se desenvolvendo e a Covilhã marcou a sua posição no mapa económico nacional pela sua importância na área têxtil, a sua paisagem tornou-se “industrializada” e a cidade começou a crescer tanto fora como dentro das muralhas transformando-se numa cidade única em termos de evolução urbana, e assim foi até a década de 70 do século passado, altura em que a industria dos lanifícios sofreu um terrível revés.

Mas a Covilhã não se deixou quebrar, apostando no ensino com a conversão do Instituto universitário em Universidade e trazendo milhares de estudantes de todo o país à cidade.

O século XXI traz nova vida e novos projetos à Covilhã que aposta numa nova visão arquitectónica, com a construção de alguns equipamentos que demonstram essa visão de futuro como é o caso da vertiginosa Ponte Pedonal sobre a ribeira da Carpinteira, com 52 metros de altura, 220 metros de comprimento e 4,40 metros de largura, medidas que fazem dela uma das maiores de Portugal.

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Ponte Pedonal

Uma ponte destinada ao ciclismo e à caminhada, construída sobre o vale da Carpinteira e as colinas de granito do fluxo do rio, onde as fachadas das fabricas vazias e as paredes de secagem de lã podem ser observadas, e que ziguezagueia no seu sinuoso desenho com uma tensa geometria que interfere com a orientação visual e com a percepção das alturas dominantes da Serra da Estrela e da vastidão da Cova da Beira.

Quem passeia pela Covilhã tem de preparar as pernas para o que o espera.Terá de subir e subir muito. Podemos sempre utilizar o Funicular Santo André que nos ajuda a subir 90 metros até ao topo da cidade, mas não é a mesma coisa.

Na Covilhã nasceram navegadores e cosmógrafos como Pêro da Covilhã, os irmãos Francisco e Ruy Falerio, ou o mestre José Vizinho, ainda homens das artes como Frei Heitor Pinto, Eduardo Malta, Cosra Camelo ou António Alçada Baptista.

Quando visitar a Covilhã não deixe de conhecer o Museu de Lanifícios.

Aqui encontramos o legado deixado por oito séculos de ligação à lã, sendo atualmente o centro de interpretação da Rota da Lã Translana que, com destaque para a Covilhã, não deixa de fora locais como Manteigas, Gouveia, Seia, Pinhel, Guarda e Penamacor.

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Museu de Lanifícios

O Museu de Lanifícios integra três grandes núcleos: o Núcleo da Real Fábrica de Panos, focalizado no período da pré e proto industrialização dos lanifícios (século XVIII), o Núcleo da Real Fábrica Veiga/Centro de Interpretação dos Lanifícios, com as valências de Núcleo Museológico da Industrialização dos Lanifícios (sécs. XIX e XX) e de Centro de Documentação/Arquivo Histórico dos Lanifícios, e ainda o Núcleo das Râmolas de Sol, um espaço ao ar livre constituído por um conjunto de râmolas de sol e um estendedouro de lãs.

Ao visitar o Museu é possível ficar a conhecer, para além dos edifícios das antigas fábricas, as colecções de máquinas, equipamentos, utensílios, produtos têxteis (lãs, fios, amostras têxteis, tecidos e peças de vestuário) ou ainda documentos textuais, cartográficos e iconográficos, patentes tanto na exposição permanente como em diversas exposições temporárias.

O Futuro

Mas a Covilhã não é daquelas cidades presas a um passado que fora de prosperidade, vivendo a pensar no que foi e não no que poderá ser.

Na Covilhã olha-se para o futuro e isso sente-se em todas as ruas, mesmo nas mais antigas, esta é uma cidade jovem, cheia de energia e que se quer destacar no panorama nacional, demonstrando que há muito no conceito de “cidade de montanha”.

É uma cidade que passa o exemplo de como nos podemos levantar e enfrentar o futuro por muito pesado que seja o presente. Isso vê-se nas fachadas das casas que outrora se deixaram ruir e que ganham nova vida – e que vida – com pinturas espantosas que demonstram que a Street Art é um dos meios para a renovação da cidade.

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Mural de Património da Covilhã

Estes murais são injeções de energia de uma beleza que comove, e aquilo que ainda é visto por muitos como uma arte marginal ou mesmo vandalismo, é encarado na Covilhã, por todos os seus habitantes, como um cartão de visita e como uma expressão de arte que reflete este reinventar que a cidade é!

A lã ainda vive na Covilhã, apesar de ter estado bem perto do fim. A industria reinventa-se e não chora as suas mágoas, muito pelo contrário, são vários os nomes que vincam a posição da lã, transformando-a em arte e em produto de qualidade superior, autenticas pérolas de design que refletem o modernismo da Serra da Estrela.

O Burel está na moda e é um produto que surpreende a industria e os criadores que encaram este tecido associado, antigamente, aos pastores, como um produto de elevada qualidade e muito nobre.

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New Hand Lab

O New Hand Lab é o exemplo da visão de futuro da Covilhã para a lã.

Trata-se de uma empresa sustentável de tecnologia criativa e apaixonada, que apoia jovens designers, estilistas de moda fotógrafos e artesãos.

É um lugar feito por e para que os criadores locais possam desenvolver os seus trabalho, de forma completamente livre, tendo por base uma abordagem do séc. XXI.

Podíamos falar dos monumentos e das igrejas da Covilhã, ou falar das paisagens maravilhosas sobre a Cova da Beira que se vislumbram cá do alto e que inspiram quem as vê. Até podíamos falar das noites animadas nas ruas com bares e cafés que fazem as delicias da juventude que circula pela cidade. Mas não. Não falaremos acerca disso.

Não olhemos para o passado da Covilhã.

Pelo menos, não neste artigo.

Olhemos para o futuro, porque é lá que a Covilhã está. A “cidade de montanha” aposta no ensino de qualidade que se atesta na oferta da Universdidade da Beira Interior e nas parcerias que ela tem desenvolvido com as mais diversas entidades.

O futuro da Covilhã encontra-se no Parkurbis, o Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã e que é um instrumento de estimulo e de desenvolvimento da região, orientado para a criação de um clima de inovação permanente, potenciando a transposição para o mundo dos negócios, dos processos de conhecimento científico e tecnológico gerados nas instituições de investigação.

A UBIMEDICAL é também um dos exemplos da Covilhã orientada para o futuro. Trata-se de uma infraestrutura direcionada para a investigação científica e para o desenvolvimento tecnológico de incubação de projetos empresariais com transferência de tecnologia, instalação de start-ups e spin-offs de desenvolvimento de novos produtos.

A Covilhã é orientada para o que aí vem, mas não é por isso que esquece o que já foi.

A gastronomia regional continua a ser um dos principais aspetos que a prende ao passado serrano de outrora, e ainda bem que assim é para bem da nossa gula. Aqui encontramos os melhores queijos e enchidos da Serra da Estrela e a certeza é a de que, entre em que restaurante entrar, a comida será maravilhosa.

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Casa da História

Também o turismo tem vindo a diversificar-se, apostando no facto de ser a cidade mais próxima da Torre, e mesmo que por aqui já não haja os nevões de antigamente ou as temperaturas sejam muito agrestes, a sua ligação à neve é ainda muito presente na memória dos turistas e continua, e continuará, a ser uma cidade de montanha, mas uma urbe que se quer moderna e cosmopolita mas sem perder a sua identidade, isso reflete-se no alojamento que tem disponível, com destaque para o restauro de edifícios com história, como o caso da Pousada Serra da Estrela ou da Casa com História que aposta no alojamento de charme e que é o perfeito exemplo do que a Covilhã é hoje – uma cidade de montanha, moderna, jovem e cosmopolita.

 

Fotografias: visitcentroportugal, casacomhistoria, sempreadescer.blogspot, wollfest.org, altiasi

 

 

Onde anda a Bandeira azul?

Maio começou com a Primavera a dares ares da sua graça, trazendo sol e temperaturas agradáveis que nos fazem sonhar com uns dias de verão estendidos numa toalha com o pé a refrescar-se nas águas de uma qualquer praia.

Estamos longe do litoral e, por isso, longe das praias salgadas e dos grandes areais dourados mas não é por isso que deixamos de ir à praia, vamos é a outras menos salgadas, com areais mais pequenos e águas mais frias, mas envoltas numa beleza estonteante, com frondosas sombras e águas cristalinas de uma pureza celestial. São as nossas praias fluviais e na região do interior centro há várias que no verão atraem milhares de pessoas!

Já foram anunciadas as Praias galardoadas com a Bandeira azul e, mais uma vez, na região e envolvente da Serra da Estrela são várias as que recebem este selo de distinção que atesta a qualidade dos seus espaços e da sua água.

No distrito da Guarda as Praias Fluviais de Valhelhas, no concelho da Guarda e Loriga no concelho de Seia voltam a ver a Bandeira Azul ser hasteada.

No distrito de Coimbra, o nosso destaque vai para o concelho de Pampilhosa da Serra onde são três as praias galardoadas: a Praia Fluvial da Barragem de Santa Luzia em Casal da Lapa, a Praia Fluvial de Pampilhosa da Serra e a Praia do Pessegueiro. Ainda no Distrito de Coimbra encontramos em Oliveira do Hospital a Praia Fluvial de Alvôco das Várzeas que volta a ver a Bandeira Azul na sua Praia.

 

Praia Fluvial de Valhelhas

O Rio Zêzere é o rei desta praia que todos os anos faz as delicias de milhares de pessoas vindas de todo o país e estrangeiro.

É uma praia que todos os anos tem novidades e que possui um espaço magnifico para um dia em família com boas sombras, uma área para piqueniques, campismo, Bar de apoio, Campo de jogos, Rampa submersa de acesso à água, área relvada e uma área para banhos fabulosa tanto para adultos como para crianças.

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Coordenadas:

Latitude: 40o 32’ 9.32’’N (40.535922)

Longitude: 7o 16’ 1.39’’ W (-7.267054)

 

Praia Fluvial de Loriga

Em Loriga, no concelho de Seia encontramos esta que é considerada uma das mais belas praias fluviais de Portugal.

Inserida numa paisagem maravilhosa, em pleno Parque Natural da Serra da Estrela, esta praia é um santuário para os amantes da natureza. P

ossui ótimas estruturas de apoio e oferece a possibilidade de praticar várias atividades de aventura e passeios pedestres.

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Coordenadas:

Latitude: 40o 19’ 38.11’’N (40.327253)

Longitude: 7o 40’ 42.48’’ W (-7.678467)

 

Praia Fluvial de Santa Luzia

No concelho de Pampilhosa da Serra a meio caminho entre as duas aldeias do Xisto (Fajão e Janeiro de Baixo) e encostada ao complexo do Açor encontramos esta praia de águas cristalinas ideal para passeios de barco.

Durante a época balnear existe uma piscina flutuante que permite podermos nadar e disfrutar da frescura destas águas em plena segurança.

Na zona podemos ainda utilizar a ciclovia, o circuito de manutenção, vários caminhos pedestres, um campo polidesportivo e até um halfpipe de skate para os mais jovens.

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Coordenadas

Latitude: 40o 3’ 6.15’’N (40.051708)

Longitude: 7o 30’ 45.51’’ W (-7.512642)

 

Praia de Pampilhosa da Serra

Este é um dos principais atrativos de Pampilhosa da Serra, e atrai, todos os anos, milhares de pessoas às suas águas.

O Rio de Unhais é o senhor da praia e proporciona momentos de diversão e banhos refrescantes que ajudam a aguentar o Verão quente da serra. Esta é uma praia com classificação de praia acessível.

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Coordenadas

Latitude: 40o 2’ 49.82’’N (40.051708)

Longitude: 7o 56’ 56.22’’ W (-7.94895)

 

Praia Fluvial do Pessegueiro

Uma praia à qual ninguém é indiferente, com condições de apoio ao banhista que tornam este um dos locais mais procurados na região durante o verão.

É composta por praia, bar de apoio e dois bungalows.

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Coordenadas

Latitude: 40o 1’ 50.16’’N (40.0306)

Longitude: 8o 0’ 43.36’’ W (-8.0126)

 

Praia Fluvial de Alvôco das Várzeas

Situada num vale verdejante na margem da Ribeira do Alvôco, junto a uma ponte medieval e com vista para a Serra da Estrela esta praia oferece um cenário fantástico para uns momentos de descontração em família.

Possui um parque de merendas, bar e restaurante, campo de jogos e a possibilidade de praticarem diversos desportos como natação, canoagem, passeios pedestres ou de btt.

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Coordenadas

Latitude: 40o 21’ 34.98’’N (40.359716)

Longitude: 7o 51’ 41.99’’ W (-7.861663)

 

Entretanto Portugal está de parabéns já que se encontra no topo a nível mundial no que diz respeito à atribuição de Bandeiras azuis às suas praias.

São já 30 anos de atribuição de Bandeiras azuis pela Associação Bandeira Azul da Europa. Este ano vamos vê-las em 314 praias nacionais, mais 15 do que no ano passado, ultrapassando, pela primeira vez, a barreira das três centenas, o que corresponde a cerca de 55% das praias designadas como tal. Portugal com este número, torna-se o quinto país com mais galardões conferidos de entre os 54 países a que atribuem as bandeiras, atrás de Espanha (578), Turquia (436), Grécia (395) e França (379).

Em Portugal 22 das Bandeiras atribuídas estão em Praias Fluviais.

A Bandeira Azul é um símbolo de qualidade ambiental atribuído anualmente às praias e portos de recreio e marinas que se candidatam e que cumpram um conjunto de critérios.

Os Critérios do Programa Bandeira Azul estão divididos em 4 grupos: Informação e Educação Ambiental, Qualidade da água, Gestão Ambiental e Equipamentos e Segurança e Serviços.

Fotografias: portugalencamion.blogspot.com; cm-pampilhosadaserra.pt; aldeiasdoxisto.pt

 

 

 

 

 

 

 

Maio é mês de Festival do Vinho do Douro Superior

Portugal é muito mais que vinho verde ou alentejano e o douro vai muito além do vinho do Porto. Prova disso está na quantidade de vinhos que ganham prémios e que não se enquadram neste estereótipo enraizado, principalmente, nos apreciadores e conhecedores de vinhos do estrangeiro. De modo a quebrar preconceitos e estereótipos e divulgar o que de bom se faz no que toca a vinhos cabe às entidades competentes apostar em eventos que projetem os vinhos das suas regiões e demonstrem o potencial das suas produções, não apenas para os consumidores dos restantes territórios mas também para os habitantes das regiões onde são produzidos.

Um bom exemplo da aposta na promoção dos seus vinhos e no cimentar de uma posição estratégica nesta área é o festival de Vinho do Douro Superior promovido por Vila Nova de Foz Côa, que com este certame procura demonstrar a qualidade dos vinhos da região do Douro Superior.

De 20 a 22 de maio, Vila Nova de Foz Côa, que procura cimentar a sua posição como capital do Douro Superior, promove a 5ª edição do Festival do Vinho do Douro Superior onde o vinho produzido na região é o foco principal mas onde há lugar para outros produtos que definem o Douro Superior.

Para este ano o destaque do programa do evento que decorrerá no ExpoCôa, vai para o seminário “Douro Superior: Fronteiras da Liberdade” que reunirá vários especialistas que debaterão questões como o conflito entre a tradição e a inovação, a adaptação do terroir, a categorização do vinho do Porto e o que define a identidade do Douro. No dia 20 terá lugar um colóquio que irá reunir várias personalidades relacionadas com o vinho e que se centrará sobre a temática: Douro Superior: Fronteiras da Liberdade”, como o jornalista Mário Zambujal, luís Sottomayor, João Brito e Cunha, Chef José Cordeiro, o escanção Pedro Ferreira, o enólogo Manuel Lobo Vasconcelos ou Manuel Novaes Cabral, Presidente do IVDP.

Mas nem só de vinho se faz este festival e os visitantes poderão degustar centenas de iguarias que representam toda a região. São cerca de 70 os produtores de vinho presentes e a entrada é livre!

 

Japão rende-se a Monsanto

No alto do seu monte vigia as terras em seu redor.

Envolta em lendas e magia, Monsanto, foi considerada, mesmo que no tempo “da outra senhora” a Aldeia mais Portuguesa de Portugal, titulo que não incomoda e que até lhe faz jus.

Quem a visita percebe que está num pequeno mundo quase intocável onde se respira tradição e onde nos sentimos em casa.

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Somos apaixonados pelas nossas Aldeias Históricas e Monsanto é uma das mais apreciadas pelos portugueses e não só! Até os japoneses se renderam aos encantos deste pequeno mundo! A distinção veio da Associação de Agências de Viagem do Japão que considerou Monsanto como uma das mais belas aldeias da Europa!

Foram mais de 300 os agentes e profissionais do turismo japonês a distinguirem a aldeia pela sua extraordinária beleza, história e riqueza cultural.

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Com esta distinção a aldeia de Monsanto passa a integrar uma publicação onde figuram as 30 vilas e aldeias europeias consideradas pelos japoneses como sendo as mais belas do velho continente.

A publicação tem mais de 100,000 exemplares e dará um ótimo contributo para a divulgação da aldeia e do património de Idanha-a-Nova num mercado que tem mais de 120 milhões de potenciais turistas!

Por cá sabemos que Monsanto é um dos pequenos tesouros por entre os muitos que a região possui e esta distinção enche de orgulho todos aqueles que por aqui vivem!

Um passeio por Castelo Branco

Para o próximo fim-de-semana sugerimos uma visita à região de Castelo Branco com paragem obrigatória para explorar a cidade.

O seu nome deve-se à existência de um castro luso-romano, Castra Leuca, no cimo da Colina da Cardosa e de onde cresceu a povoação. A História de Castelo Branco está intimamente ligada à história dos Templários sendo que, hoje, é uma das cidades mais importantes do interior de Portugal, pela sua posição geográfica.

Esta é uma região muito rica em histórias e património, mas é na cidade que nos vamos focar.

Quem visita uma qualquer cidade deve começar por conhecer o seu passado, passeando pelos seus Centros Históricos, em Castelo Branco não é diferente.

Percorra as suas ruas que, em muitos casos, evocam profissões, e aprecie a cada passo, os pormenores arquitectónicos interessantes dos seus muitos portais quinhentistas, ou conjuntos cheios de memórias e histórias como a Praça Velha (Casa do Arco do Bispo, Domus Municipalis, Palácio dos Motas e Celeiro).

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Sé Catedral

 

Castelo Branco tem muitos Monumentos que nos prendem o olhar e nos fazem voltar ao passado, como a Igreja de S. Miguel, elevada à categoria de Catedral no século XVIII, e onde podemos apreciar os predominantes elementos do Barroco e do Rococó e as pinturas de Pedro Alexandrino ou a imagem de S. Miguel na sua fachada.

Do alto do seu Castelo pode ter uma vista maravilhosa sobre a cidade. Erguido pelos templários, este Castelo foi delimitado por uma linha de muralhas e torres.

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Jardim do Paço Episcopal

 

Descontraia no Jardim do Paço Episcopal, um dos mais paradigmáticos jardins Barrocos do país, encomendado por D. João de Mendonça, Bispo da Guarda no inicio do século XVIII, e onde se destaca a conjugação do verde com as estátuas em pedra que se encontram no jardim e que seguem percursos temáticos, abordando figuras e simbologias religiosas, históricas e mitológicas.

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Museu Francisco Tavares Proença Júnior

 

Passear pelas cidades deve ser encarado como uma viagem cultural. Conheça os seus monumentos e também os seus Museus.

Em Castelo Branco pode visitar o Museu Francisco Tavares Proença Júnior, a funcionar no edifício do antigo Paço Episcopal e que possui uma área de exposições temporárias e outra dedicada a exposições permanentes onde encontra parte do espólio do Paço, arqueologia, paramentos e colchas antigas.

O Museu possui, ainda, uma biblioteca especializada em Arqueologia e História da arte assim como uma Oficina-Escola de Bordados Regionais.

O Museu Cargaleiro, no Solar dos Cavaleiro no Centro Histórico, é outro dos espaços que pode visitar em Castelo e que resulta de uma parceria entre o Município e a Fundação Manuel Cargaleiro e procura proporcionar a novos públicos o contacto com a arte, fazendo circular por este espaço as diversas coleções que compõe o acervo da Fundação.

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Bordados típicos de Castelo Branco

 

Mas Castelo Branco é muito mais que Monumentos.

A sua riqueza artesanal é enorme com destaque para as Colchas de Castelo Branco e que, em tempos idos, eram o orgulho do enxoval das noivas da região tornando-se num ícone dos variados Bordados de Castelo Branco.

Estas colchas são bordadas a fio de seda em pano de linho e simbolizam o amor e o casamento que se quer feliz ou, no caso da Albarrada, o lar e a árvore da vida. Os pássaros juntos representam o casal e os encadeados a cadeia indestrutível do matrimónio. Nestes bordados o homem é representado pelos cravos enquanto que as rosas são alusivas à mulher. Mas são muitos mais os símbolos e simbologias bordadas nestas colchas que pode encontrar em Castelo Branco e que existem desde meados do século XVI.

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Calçada

Quanto caminhar pelas ruas albicastrenses olhe para onde pisa.

Também as calçadas são dignas da sua atenção. Um trabalho artesanal meritório de contemplação e que segue a linha secular da tradição portuguesa com desenhos alusivos ao que se pode encontrar nas famosas Colchas de Castelo Branco.

Se gosta de passear em família não deixe de levar os mais pequenos ao até ao Parque da Cidade, junto ao Jardim do paço episcopal. Aqui elas poderão correr e ser crianças em segurança. Este Parque possui fontes e espelhos de água que transmitem frescura e canteiros com produtos hortícolas e ervas aromáticas que nos remetem para o passado do Parque, outrora horta do Paço. É uma ótima oportunidade de dar a conhecer aos mais pequenos os produtos da terra.

Não deixe de visitar castelo Branco e as suas maravilhas e segredos escondidos. Se vier com tempo, passeie também pela região que está cheia de lugares e monumentos surpreendentes, sejam naturais ou não, como as Aldeias Históricas de Idanha-a-Velha e Monsanto, ou mais a norte a Aldeia de Castelo Novo. Ou então as Aldeias de Xisto como Martim Branco e Sarzedas, Álvaro, Figueira, Pedrogão Pequeno, Água Formosa e Foz do Cobrão.

Por cá, é sabido, também se come bem. Sugerimos que prove as Empadas de Castelo Branco o Cabrito Estonado ou Recheado, ou até mesmo ensopado, sem esquecer os Maranhos, as papas de Carolo, Tigeladas, Broas de mel, Biscoitos de azeite, o Bolo de Festa ou os Borrachões.

Traga apetite, vontade de passear e muita, muita curiosidade!

Fotografia: Visit Centro de Portugal