E os melhores do Dão são…

A Comissão Vitivinícola Regional do Dão já anunciou quais os melhores vinhos do Dão, naquele que é um dos mais importantes eventos vínicos na região.

A Gala “Os melhores Vinhos do Dão” pretende ser um espaço de apoio, homenagem e de gratificação aos Agentes Económicos que trabalham a Vinha e o Vinho no Dão.

Na edição deste ano o reconhecimento coube aos Vinhos Condessa de Santar de 2012, da Sociedade Agrícola de Santar, Vinho do Contador de 2009, do Paço de Santar e Villa Oliveira de 2010, d’O Abrigo da Passarela.

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O Vinho Condessa de Santar de 2012 é um vinho elaborado maioritariamente a partir da casta Encruzado, que fermentou totalmente em barricas de carvalho francês e teve 3 meses de Bâtonnage.

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O Contador de 2009, do Paço dos Cunhas de Santar é um vinho de aromas florais e de amoras marcam o primeiro contacto com este vinho, de cor granada profunda e bordas rosadas.

A prova de boca é marcada por notas baunilhadas e de canela, evidenciando a exposição a madeira. Teve um estágio de 6 meses em barricas de carvalho francês e é feito a partir das castas Touriga Nacional, Alfrocheiro e Tinta Roriz.

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O Vinho Villa Oliveira de 2010 é um vinho com grande presença aromática, com fruta madura, generosa e atrativa, taninos muito sedosos, elegante e com boa acidez. O polimento geral trona-o bastante atrativo.

 

 

Pedra Cancela é Best Buy

Continuamos a ser reconhecidos, mundo fora, pela qualidade dos nossos vinhos.

Desta vez foi a revista americana “Wine Enthusiast”, que na sua lista dos 100 vinhos recomendados pela excelente relação preço-qualidade (Best Buy), conta com o 9 vinhos portugueses, dois no Top 10, incluindo o Pedra Cancela seleção do Enólogo tinto 2010 na sétima posição com um total de 92 pontos.

Para ser um Best Buy, o vinho tem de conseguir uma boa pontuação e ter um preço económico que, normalmente, nos EUA não passa dos 15 dólares.

Segundo a revista, dos quase 19.500 vinhos analisados este ano, menos de 7% conseguiu esta distinção, o que os torna ainda mais especiais.

Em 2014 Portugal contou com 6 vinhos nesta lista, este ano subiu para 9 o que atesta o reconhecimento, cada vez maior, dos vinhos nacionais.

Os vinhos Pedra Cancela são produzidos na Região Demarcada do Dão e são nascidos da paixão da família Gouveia que explora o vinho há várias gerações.

Em 1999, João Paulo Gouveia, filho de João Coelho Gouveia, termina os seus estudos em Viticultura e Enologia e abraça do negocio de família e partem para a produção própria, procedendo a uma reestruturação profunda das vinhas e adega, sempre com um profundo respeito pela cultura do da Região Demarcada do Dão.

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Quanto ao vinho selecionado pela Wine Enthusiast pode-se dizer que é um vinho de fermentação com suave maceração e controlo de temperatura entre 16º e 18º C .

O Estágio de 6 meses foi feito em barricas de carvalho “Allier” e contou ainda com 3 meses de estágio de cave antes de ser colocado à venda.

O engarrafamento é de 2012.

Quanto à cor, é um vinho com um Intenso Ruby, com ligeiro toque grená.

O Aroma é de intensos frutos vermelhos, ameixa madura e toques de cacau.

Na boca revela uma frescura e um corpo suave e taninos elegantes característicos dos vinhos do Dão, o final de prova é muito suave, agradável e longo.

Deve ser servido a 16ºC e acompanha bem carnes vermelhas e queijos de pasta mole.

Pode ser consumido de imediato ou nos próximos 3 anos, desde que guardado deitado em local fresco e sombrio.

Gordon Ramsey com Dão na Carta

Os vinhos do Dão estão, cada vez mais, a dar que falar e não é apenas em terras lusas que começam a destacar-se, seja pelos prémios, seja pelas diversas atividades promocionais que se têm realizado em torno da marca Vinhos do Dão.

A última proeza, ou reconhecimento de qualidade superior, vem de Londres com um dos Restaurantes mais afamados do mundo, propriedade do mundialmente conhecido Chef Gordon Ramsay, a adicionar um vinho do da Região Demarcada do Dão à sua carta de vinhos.

O Ribeiro Santo Branco 2014, da Magnum Vinhos – Carlos Lucas, foi o eleito para figurar nesta altamente selecionada carta de vinhos do Gordon Ramsey Restaurant, um ícone do panorama gastronómico mundial, galardoado com 3 estrelas Michelin.

Este é um dos mais exclusivos restaurantes do mundo, com capacidade para 45 pessoas, com o sommellier do ano no Reino Unido, Jan Konetzki, a selecionar este exemplar do que de melhor se produz na Região Demarcada do Dão e em Portugal para harmonização no Restaurant Gordon Ramsay.

A Magnum Vinhos – Carlos Lucas, situada em Oliveira do Conde em Carregal do Sal, nasce em 2011 pelas mãos de Carlos Lucas, Carlos Rodrigues e Lúcia Freitas, três enólogos com uma vasta experiência no que toca a vinhos da Região Demarcada do Dão. Com provas dadas na empresa Dão Sul, uma das maiores empresas de vinho de Portugal, onde participaram no design de alguns dos melhores vinhos desta marca.

Juntaram-se os três e pegaram na Quinta do Ribeiro Santo, propriedade de Carlos Lucas, e nos vinhos Baton (que pode adquirir através do nosso site na secção de shop), de Lúcia Freitas, do Douro, e lançam as bases da Magnum Vinhos acrescentando, também, uma Quinta no Alentejo.

Conquistam em 2014 a distinção máxima da agricultura: o prémio de agricultor do ano, atribuído pelo Ministério da Agricultura de Portugal.

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A intenção deste projeto é mostrar o que de melhor cada uma das regiões onde trabalham tem, através de vinhos que respeitam o terroir, a tradição e as castas portuguesas.

Cada garrafa produzida conta uma história e cada vinho reflete a paixão, o trabalho, as emoções e a dedicação nele colocada.

O vinho Ribeiro Santo Branco 2014 é de cor pálida, com aromas citrinos e a flores do campo.

Na boca é um vinho com acidez limonada contendo uma boa presença e citrina, ainda delicados aromas florais com notas tropicais e um leve travo a baunilha.

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O Enólogo responsável é Carlos Lucas.

Quanto à vindima, a mesma decorreu na segunda semana de Setembro.

As uvas foram vindimadas manualmente, para pequenas caixas de 18kg, de acordo com uma seleção criteriosa das melhores uvas na vinha.

As uvas foram totalmente desengaçadas e imediatamente prensadas.

O mosto resultante passou para um pequeno depósito inox, onde decantou a baixa temperatura durante 48h.

O mosto limpo fermentou com leveduras indígenas a uma temperatura controlada para preservação de todos os aromas.

 

Queijo da Serra feito em Celorico da Beira arrecada prémio

É sempre com orgulho que recebemos noticias de reconhecimento dos produtos que por cá são feitos.

Desta vez foi a Cooperativa Agropecuária de Celorico da Beira – COCEBA que viu a distinção na categoria de “Queijo – Produtos Processados” na segunda edição do prémio Intermarché Produção Nacional que premeia projetos agrícolas que se destacam pela sua qualidade e inovação.

Foram 12 os candidatos que chegaram à final e 6 saíram vencedores.

A COCEBA da “Capital do Queijo da Serra da Estrela” conta com 1440 cooperantes, dos quais 20 são produtores de queijo de ovelha curado, sendo que sete deles possuem certificação DOP. Nesta cooperativa são produzidos, todos os anos, entre 150 a 200 toneladas de queijo da região, mas apenas 30% são certificados.

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A COCEBA é uma das mais importantes cooperativas da região, sendo um dos elementos fundamentais na preservação e dinamização das raças autóctones de ovelhas e cabras, fundamentais para a manutenção do ecossistema da Serra da Estrela e para a confecção deste maravilhoso queijo que enche a população da região de orgulho.

É objetivo da COCEBA recuperar e promover um património de elevada importância como é o do Queijo da Serra da Estrela e conta já com lojas nos aeroportos de Lisboa e Porto que servem, igualmente, de cartão de visita da região da Serra da Estrela para aqueles que entram no nosso país.

A cerimónia de entrega do prémio decorreu em Lisboa, no Centro Cultural de Belém, e contou com a presença da Ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas.

Os vencedores deste concurso terão agora assegurado o escoamento dos produtos durante um ano e a margem será repartida entre o produtor e o Intermarché, estando ainda garantida a visibilidade dos seus projetos e dos seus produtos em diversos meios, incluindo nas superfícies comerciais.

Ainda de destacar a menção honrosa para a “Ervas da Zoé”, uma empresa de Henrique Sancho Manso que saiu de Lisboa com a família para produzir ervas aromáticas biológicas e, Idanha-a-Nova.

O Interior celebra o Turismo

O turismo tem assumido um papel cada vez maior para o desenvolvimento económico do país.

Na região interior, se reveste de uma importância fulcral apoiado pelas enormes potencialidades, nas mais diversas vertentes, que aqui existem, sejam elas na área do património natural ou edificado, seja na gastronomia ou nas condições geográficas e climatéricas que diferem este território das restantes.

A aposta no turismo e a consciencialização do papel que ele tem para o desenvolvimento futuro da região está bem patente nas atividades e ofertas que têm sido dinamizadas um pouco pelos principais núcleos urbanos aqui existentes.

Para assinalar o Dia Mundial do Turismo no próximo dia 27 alguns municípios irão dinamizar Postos de Turismo, Museus e Centros Históricos com iniciativas que pretendem dar a conhecer aquilo que de mais turístico têm para oferecer.

O lema para as celebrações deste ano é “Mil Milhões de Turistas, Mil Milhões de Oportunidades” e, numa ação simbólica, o município de Almeida irá oferecer um Kit Promocional a todos os turistas que procuram os Postos de Turismo de Almeida e Vilar formoso, bem como um desconto de 50% em todas as publicações que se encontram à venda nestes espaços.

Na Guarda o dia 27 será assinalado com uma série de visitas guiadas, visitas encenadas e percursos em tuk-tuk no Centro Histórico enquanto que o Welcome Center acolherá os visitantes de uma forma especial, proporcionando a todos os que visitarem a cidade no domingo experiências e sensações únicas. Estão ainda previstas visitas guiadas ao Museu da Guarda e será ainda possível explorar a Torre de Menagem.

Belmonte vai receber os visitantes com uma Prova de Cerveja Artesanal Cabralina no Posto de Informação Turística.

Haverá ainda espaço para Artesanato ao Vivo com trabalho em Burel e oferta de um Kit de promoção turística do Centro de Portugal, ação que será igualmente feita em Manteigas pelo Posto de Informação Turística desta Vila. Em Seia os visitantes do Posto de Informação Turística de Sabugueiro poderão, além de receberem o Kit de promoção, degustar alguns produtos regionais.

Viseu também assinala o Dia Mundial do Turismo com uma mostra de produtos regionais como o azeite, mel, vinho e rosmaninho, havendo lugar, ainda, para uma demonstração de sabonetes tradicionais e a oferta do Kit de promoção turística do Centro de Portugal. Durante o dia os turistas poderão usufruir de um passeio em comboio turístico. Está ainda prevista uma visita guiada à Mina do Cume em Bodiosa havendo, ainda, espaço para uma peça de teatro intitulada “Volfrâmio – cenas duma aldeia de camponeses-mineiros” no Convento de S. Francisco em Orgens.

Por terras de Idanha-a-Nova também se assinala, no domingo, o Dia Mundial do Turismo com os Postos de Informação Turística de Monfortinho, Idanha-a-Velha, Idanha-a-Nova, Monsanto, penha Garcia, Proença-a-Velha e Segura com degustação de produtos regionais e oferta do Kit promocional e oferta de um percurso pedestre GR10/GR12 aos primeiros 30 visitantes de cada um dos Postos. Está ainda programada uma visita temática a Idanha-a-Velha.

 

 

Saborear o Outono com Diogo Rocha

O verão está a entrar na sua reta final e começamos a pensar já na próxima estação.

Os sabores aromas e cores apelam aos sentidos e a visita repentina do frio veio atiçar a mente criativa de muitos, como é o caso do Chef Diogo Rocha que já começa a pensar nas ementas de outono que irá disponibilizar no Restaurante Mesa de Lemos em Silgueiros, Viseu.

Nelas, 24 feira do vinho

Criativo que é criativo é, igualmente, generoso, porque a criatividade nasceu para ser partilhada e a pensar nisso mesmo e inspirado pela estação que aí vem e pelas festividades que nos aguardam nos próximos meses, o Chef Diogo Rocha dá as boas vindas ao frio com lições de cozinha que se transformam em jantares no ambiente deslumbrante do Dão e das Vinhas da Quinta de Lemos.

As lições, ou workshops, serão duas.

A primeira subordinada ao tema “Cozinhar e Provar o outono” onde os participantes irão aprender a preparar vinagres, licores, marmeladas, pickles e conservas, terá lugar no dia 24 de setembro com início às 19h00 e final previsto para as 22h30, no Restaurante Mesa de Lemos. As inscrições têm um custo de 50€ por pessoa e estão limitadas a 10 participantes.

No dia 26 de novembro, o Chef Diogo Rocha, volta a partilhar os seus conhecimentos, desta feita a pensar no Natal onde os participantes irão ter a oportunidade de conhecer segredos que vão desde o menu da noite de Natal ao Cake Design. Também neste workshop de novembro as inscrições têm um custo de 50€ por pessoa e estão limitadas a um total de 10 participantes. Se quiser inscrever-se envie um email para raquel@mesadelemos.com ou ligue para o 232 951 541 ou 961 158 503.

O Restaurante Mesa de Lemos foi considerado o restaurante revelação do ano do Guia Boa Cama Boa Mesa, e o Chef Diogo Rocha assume os comandos desta cozinha onde a aposta está na confecção de pratos recorrendo a receitas e produtos de qualidade e inspiração nacional.

 

Fui à Feira de Nelas provar Vinho!

Este fim-de-semana fui até Nelas. Tinha um motivo especial. Havia Feira!

Não uma Feira daquelas a que estamos habituados e que ocorrem quinzenalmente ou semanalmente. Não uma Feira com animações e muitas luzes e vendedores como a de S. Mateus em Viseu. Fui a Nelas a uma Feira dedicada ao Vinho, em concreto, ao vinho da Região Demarcada do Dão.

Sou apreciador de vinho – sublinhe-se o apreciador porque não sou muito conhecedor. Sou capaz de distinguir um bom vinho de um feito à “pressão” e vendido a granel, mas não me façam perguntas difíceis como: quais os taninos que sente? Ou quantas castas saboreia? Sei dizer se é encorpado e se é bom ou é mau, pelo menos ao meu paladar.

Fui então até Nelas de mente aberta e curiosidade desperta.

Já me tinham falado dos vinhos e conhecia um ou outro das muitas noticias acerca de prémios que têm vindo a arrecadar, cá e lá fora. Decidi provar por minha conta e risco e lá fui até Nelas.

Foi uma agradável surpresa o espaço situado no Largo do Município, em frente à Câmara Municipal.

Umas dezenas de tendas alinhadas com a centralidade das mesmas ocupada por vários produtores da região, uns mais conhecidos que outros. Logo à entrada adquiri o meu copo de balão e bolsa para o guardar e assim desocupar as mãos ao longo do meu périplo pelos stands.

Confesso que me apetecia apreciar todos os vinhos e ficar à conversa com alguns dos anfitriões, mas não consegui, provei alguns e vinhos houve acabaram nas “cuspideiras” outros não tive coragem de recusar de tão deliciosos que são.

Há alguns que me surpreenderam pela sua leveza outros pelo seu carácter, perfume e sabor intenso.

Fiquei a saber o nome de algumas castas e apreciei um Touriga Nacional maravilhoso e quando me dirigi à Praça da Alimentação tive a oportunidade de comer um conjunto de sandes (vitela, bacalhau e requeijão com doce de abóbora) com assinatura de um Chef da região que, harmonizado (aprendi este termo na Feira e, para quem não sabe, significa, basicamente, casar o vinho com o que comemos num equilíbrio de sabores) com um tinto que me fez as papilas gustativas baterem palminhas de contentes!

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Voltei à minha demanda pela Feira.

Eis que todas as luzes se apagam.

Num ecrã gigante surge um cronómetro em contagem decrescente.

Faltavam 5 minutos.

Eu sabia que havia um espetáculo previsto para essa noite, pensei que fosse uma espécie de concerto com gentes da terra, eis que o cronometro para e o vento começa a soar, no ecrã surgem imagens de vinhas e paisagens de Nelas, um vulto levanta-se do lado direito do palco (num cenário fantástico diga-se) e começa a entoar um poema, uma voz que reconheci à primeira palavra. Vítor de Sousa, recitava um poema acerca do Dão.

Prendeu-me de imediato a atenção.

Surgem bailarinos e mais atores em cena, contou-se uma história de amor entre melodias que, ainda hoje, ao final de 3 dias , continuam a tocar na minha cabeça.

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Um Musical que me espantou pelo enredo, som e coreografias e que terminou com uma surpreendente chuva de estrelas em jeito de fogo de artifício que maravilhou as centenas de pessoas presentes.

A noite terminou com mais uns stands e uma Wine Party onde serviam um cocktail de espumante, à descrição.

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Para casa trouxe umas garrafas de vinho para apreciar com alguns amigos e mostrar que há mais vinho em Portugal do que o Alentejano, do Douro ou o Verde.

Aliás, esta região começa a dar passos de gigante rumo ao reconhecimento da qualidade dos seus vinhos e isso é algo que muito me agrada! Trouxe conhecimento acerca de vinho, até fiquei a saber o nome de algumas castas como a Touriga Nacional, Jaen, Encruzado ou Alfrocheiro (nomes que ficam na memória).

Agora é só juntar um punhado de amigos, um prato de queijo da Serra da Estrela, outro de chouriça e outro de morcela, abrir umas garrafas que trouxe de Nelas e serei uma pessoa ainda mais feliz!

 

BFM

No Fundão come-se bem!

Nesta vida existem muitos pecados.

Consta que são sete os mortais e, quem pela Serra passa ou vive não consegue controlar um dos sete pecados em especial – o da Gula.

A culpa não é da nossa incapacidade de controlar o ímpeto de fincar o dente nas coisas deliciosas que por aqui há.

A culpa é delas mesmas, desses petiscos pecaminosos! E sabem o que mais? Deixemo-nos ceder à Gula, até porque com Festivais Gastronómicos como o que vai decorrer no Fundão a partir do dia 4 e até ao dia 20 de setembro não dá mesmo para controlar o apetite nem para dominar dietas. Aliás, que se danem as dietas e se no final acabarmos no inferno ao menos vamos consolados!

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“Aqui come-se bem” é o nome do Festival dedicado aos sabores da Transumância que é como quem diz, dedicado a comida muito, mas muito boa, e ainda por cima feitos por quem é perito na arte das panelas!

Neste Festival vão participar 21 restaurantes do concelho do Fundão, como o Restaurante As Tílias, Boguinhas, Cantinho dos Grelhados, Hermínia, Marisqueira Bela Vista, Moagem D’Avó, O Alambique, O Beiral, O Eclipse, Snack-Bar Sitio Vale, todos estes no Fundão. Mas há mais por este concelho fora como o Fiado Restaurante na freguesia de Janeiro de Cima, O Lagarto em Castelo Novo, Gruta da Beira, calhambeque, O Mário e o papas e Migas em Alcaria, em Alpedrinha pode visitar o restaurante Cerejal, e em Pêro Viseu o Casa da Eira, participam ainda os restaurantes Martinho no Salgueiral, O Fernandes em telhado e o Pipo em Souto da Casa.

Este Festival Gastronómico não é um Festival comum.

A regra é que sejam criados ou recriados pratos típicos regionais ligados à Transumância e, para este ano, a organização tem uma inovação: o Passaporte Gastronómico que é o convite perfeito para este roteiro gastronómico e que faz com que ao deliciar-se com os pratos regionais ainda ganhe vantagens.

Cada cliente tem direito a um carimbo que lhe dá acesso a vários descontos e ofertas. Por exemplo, na primeira refeição terá direito ao seu passaporte e ao primeiro carimbo que lhe dará acesso a um desconto de 25% nas atividades de aventura do Parque do Convento (aqui poderá queimar as calorias que acumulou nos repastos), o segundo carimbo dar-lhe-á um desconto de 5€ no aluguer de segway (porque isto de comer bem pode dar preguiça e este veículo sempre ajuda na deslocação). Ao terceiro carimbo ganhará um carimbo que lhe garante 30% de desconto em compras no Posto de Turismo do Fundão (pode começar já a pensar nas lembranças para oferecer no Natal àqueles amigos do litoral). Ao quarto carimbo garante 5% de desconto na próxima refeição. Ao quinto ganha um cabaz com produtos regionais do Clube de Produtores do Fundão.

Com 3 carimbos de Festivais Gastronómicos e de Restaurantes distintos (no mínimo 2), ganha um fim-de-semana de alojamento nas Casas da Mina – Hostel, com pequeno-almoço incluído para 4 pessoas.

Se há motivos para cedermos ao pecado, este é um dos melhores. O verão está a acabar, despeça-se dele de barriga cheia!

 

 

A Chocalhar é que se está bem!

Já é uma tradição. O ponto de encontro de amigos dos amigos e familiares dos familiares. São milhares os que acorrem a esta festa dos Chocalhos e marcam a data, religiosamente, nas suas agendas.

Os Chocalhos – Festival dos Caminhos da Transumância tem lugar todos os anos no terceiro fim-de-semana de setembro e este ano calha nos dias 18, 19 e 20 em Alpedrinha, no Fundão.

É já a 14ª edição de um Festival que passa as fronteiras do comum.

Aqui toda a aldeia de Alpedrinha é o palco do evento.

Há animação de rua com vários grupos locais e nacionais a percorrerem as artérias da terra, misturando-se com os visitantes numa amálgama de som e cor. Haverá atividades no Terreiro de Santo António que vão promover o património material e imaterial do universo da pastorícia da Beira Interior, com conversas, oficinas, apontamentos musicais, mostras de artesanato e produtos da terra.

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Quem visitar Alpedrinha, no Fundão, por estes dias poderá acompanhar um rebanho e juntar-se ao Pastor e sê-lo por um dia, por um dos caminhos da transumância, no final a recompensa é festa, animação de rua e deliciosos petiscos pelas diversas tasquinhas que marcam presença neste evento.

E é aqui, nas tasquinhas, que está um dos aspetos diferenciadores desta festa que mistura ovelhas e homens, música e boa comida.

Durante estes dias quem visitar Alpedrinha é convidado a entrar nas casas e experienciar a verdadeira hospitalidade Beirã.

Nestes dias todos são amigos e todos têm a oportunidade provar os produtos da região que cada um possui nas suas casas, transformando a aldeia numa enorme família de portas abertas por onde todos podem circular livremente experienciando a comunidade como um todo e sendo parte dela.

É o sitio ideal para “provar” a Serra porque, por aqui, a gastronomia vai muito além dos petiscos e dos pratos tradicionais. Aqui a gastronomia é um conjunto de fatores, sabores e saberes. Aqui não se degusta apenas. Apuram-se outros sentidos. O sentido de comunhão e partilha. Esta é a Serra que todos devem conhecer. Assim se saboreia o verdadeiro gosto da Serra da Estrela.

O resultado do esforço e do trabalho é aqui dado a provar. E quem prova, vive, gosta e volta no ano seguinte com mais amigos!

Todo o Festival dos Chocalhos é uma amálgama de gente e uma celebração ao que de genuíno existe na Serra.

Alpedrinha é famosa pelos seus embutidos em madeira, trabalhos em ferro, cestaria e loiça preta, com uma arquitetura magnifica, merecedora da nossa visita.

Desde tempos perdidos na memória que, com a aproximação do estio, os pastores desta região viam-se forçados a subir à Serra da Estrela com os seus rebanhos em busca de melhores pastos. Com a aproximação do Inverno, os pastores faziam o caminho inverso.

São estes caminhos as Rotas da Transumância, e por eles viajavam mais do que rebanhos e pastores, seguiam as suas culturas, memórias e tradições.

A Transumância é, portanto, o deslocamento sazonal de rebanhos para locais onde os pastos eram mais férteis.

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São estas celebrações que fazem com que a memória e  cultura passem de geração em geração.

No terceiro fim-de-semana de setembro os nossos caminhos cruzam-se com os da Transumância, rumo a Alpedrinha onde todos vamos Chocalhar!

 

 

Um brinde a mais medalhas para os vinhos da Beira Interior

Ora levantemos o copo e façamos mais um brinde a mais um conjunto de medalhas ganhas por Vinhos da Beira Interior, comprovando que nesta região se quer impor uma nova tradição, a de ser premiada pela qualidade dos vinhos que aqui se produzem.

Desta vez o reconhecimento vem de Espanha onde alguns Vinhos da Beira Interior se viram ser premiados no XI Concurso Internacional Prémios Arribe 2015, que teve lugar em Trabanca, na região de Salamanca.

O júri do concurso era composto por 28 membros, todos profissionais do sector, de ambos os países, que avaliou 450 néctares de 64 Denominações de Origem de Portugal e Espanha.

Para casa os Vinhos da Beira Interior trouxeram duas Medalhas de Ouro e duas de Prata.

O ouro foi atribuído ao vinho Alpedrinha, Branco de 2013 da Adega Cooperativa do Fundão, e ao Vinho Doispontocinco, Tinto de 2011 do produtor 2.5 de Belmonte.

As Medalhas de Prata foram atribuídas aos Vinhos Varanda do Castelo, Tinto de 2013 e Pinhel Síria 2013, Branco, ambos da Adega Cooperativa de Pinhel.

Este reconhecimento vem atestar o trabalho de qualidade e o empenho que os produtores da região têm depositado no fabrico de néctares de qualidade, demonstrando que a Região da Beira Interior é mais do que Queijo e Borrego. Aqui produzem-se produtos de elevada qualidade e o Vinho começa a marcar a sua posição no panorama vínico nacional.