Azeite de Pinhel medalhado

Há mais um motivo de orgulho pelas beiras, desta feita na área do azeite!

Já começamos a ficar habituados a ver produtos da região serem reconhecidos pela sua elevada qualidade, sendo que, desta vez, foi o nosso azeite o premiado.

Na edição deste ano do Concurso Internacional Ibérico da Qualidade do Azeite Virgem Extra, o galardão de prata foi entregue à empresa PINHELAZEITE – Diamante do Côa.

A empresa sediada em Pinhel produz os azeites Diamante do Côa, Fraga do Côa, Côazeite, na Denominação de Origem protegida da Beira Interior Norte. As azeitonas são selecionadas nas encostas do Côa, espaços privilegiados para o cultivo de olivais que, devido ao clima de extremos produzem um fruto de extrema qualidade.

O néctar, nesta empresa, é extraído num lagar ecológico a frio, que lhe confere um azeite de qualidade superior, 100% natural.

Este néctar é um dos principais ingredientes na gastronomia mediterrânica e não há mesa portuguesa que passe sem ele, e se for de qualidade como os produzidos na região, ainda melhor!

 

Há sardinhas na serra! E vem em pacotes!

Pelo ar já se sente aquele perfume que nos faz salivar, o perfume das sardinhas!

É impressionante como há perfumes que, mais do que possuírem os aromas óbvios, nos produzem sensações calorosas como é o caso do cheiro da sardinha assada.

Sardinha assada, nada cheira melhor do que a carne de sardinha a ser queimada pelo calor de brasas que estalam quando a gordura deste peixe lhe cai em cima. Sardinha assada cheira a verão, a longos entardeceres na esplanada na companhia dos amigos, cheira a manjerico e felicidade! Sardinha assada tem cheiro a calor, a Santos Populares e a bailarico. Mas há outro tipo de sardinhas capazes de fazer salivar, capazes de nos trazer à memória momentos doces e felizes.

São sardinhas que não se apanham no mar, mas podem andar em cardumes, aliás o ideal mesmo, é que andem em deliciosos cardumes. São sardinhas que de sardinha só têm o nome, e nas suas entranhas possuem o sabor de uma das joias que a natureza nos oferece aqui na região – a amêndoa.

Já sabem do que falo, não é?

E com certeza esboçaram um sorriso a pensar nas ditas sardinhas e, se já andou por terras de Trancoso, com certeza já as comeu aos cardumes! Porque é impossível ficarmos apenas por uma!

As sardinhas de Trancoso são um doce conventual, forjado pelas mãos das freiras do Convento de Freiras da Ordem de Santa Clara, ali por volta do séc. XVII. Acho que estas freiras, quando chegaram junto de S. Pedro, levaram um raspanete, porque este doce faz crescer em nós, meros mortais, o pecado da gula! Benditas freiras, digo eu!

Quem prova estas delicias fica rendido. A textura achocolatada ligeiramente estaladiça do seu exterior que casa na perfeição com o seu interior aveludado de ovos e amêndoa, que juntamente com a canela nos exalta o paladar numa festa que nos enche de felicidade!

sardinha trancoso

Porquê o nome sardinhas? Por causa do seu formato, porque de marinho não tem nada, a não ser a pitada de sal para equilíbrio de sabores, sendo que as Sardinhas de Trancoso são um cântico gastronómico à terra e à serra.

Este é um doce muito especial, e por isso tem já a sua Confraria, para que nunca se perca esta herança gastronómica e para que se promova juntamente com a terra que lhe dá o nome.

Para se deliciar com este doce pode ir a Trancoso, lá encontra este pecado com facilidade, recomendo, no entanto, que provem as Sardinhas Doces confecionadas pela Casa da Prisca, aliás, podem adquirir este delicioso manjar aqui, no nosso site!

Sardinhas Doces1

Para quem não gosta de sardinha, daquela pescada no mar e que gosta de estalar nas brasas de um bailarico nos Santos Populares, pode sempre comer esta alternativa, bem mais doce!

Tânia Fernandes

 

Sai uma Chouriça de cereja!

Ele há pastéis de cereja. Tartes de cereja. Compotas, bombons, doces e até sabonetes à base deste fruto.

No entanto, a criatividade gastronómica em torno deste fruto é, pelo que se tem vindo a demonstrar, infinita e eclética, não se cingindo apenas a doces, mas ultrapassando a barreira e indo de encontro com a proteína. E dizem vocês: “não é estranho juntar cerejas com carne”. Pois, de facto não é, a utilização de fruta como acompanhamento em pratos de carne não é novidade e é uma delicia, mas e se lhe disser que a cereja está a ser utilizada para fazer um enchido, a conversa muda de figura, a sobrancelha levanta-se e soltamos um estanho “hã?!” que depois de degustada se transforma em “huumm” seguido de um “yham, yham!”.
Pois é, foi apresentada uma variedade de enchidos feitos com cereja, na Feira da Cereja na freguesia de Ferro na Covilhã.

São farinheirinhas, morcelinhas, alheirinha e chouricinhas, ou chouriça, diminutivos que demonstram o carinho nutrido pelo seu criador em relação ao fruto. Este novo produto nasceu de um desafio lançado pelo Presidente da Junta de Freguesia da Vila de Ferro a João Ferreira, produtor de enchidos artesanais, que aceitou o desafio e, depois de muitas experiências, encontrou a formula perfeita para os seus enchidos, ou enchidinhos.
Os enchidos de cereja vêm rivalizar com outros produtos à base de cereja feitos na região e já tem encomendas de França. Os promotores desta nova iguaria acreditam que, em breve, os seus enchidinhos serão tão famosos quanto os Pastéis de cereja. Resta-nos ir até à Vila de Ferro e cortar umas rodelinhas de algum desses enchidos!

Comer, esse belo prazer!

Para muitos a comida é mais do que algo que existe para a nossa sobrevivência, é algo que representa um prazer imenso e à qual não conseguem resistir. Adoram comer como adoram cozinhar.

No entanto esse prazer, infelizmente para muitos, traduz-se num aumento do perímetro abdominal e em ancas proeminentes que, diga-se de passagem, não ficam nada bem naqueles calções de banho ou naquele biquíni que tínhamos reservado para uns dias na praia. Acontece que para quem gosta de cozinhar e comer, a batalha por controlar a gula e manter a barriga tonificada é herculana.

No entanto, e para gáudio dos gulosos, existem iniciativas que prometem ajudar os mestres da cozinha e os peritos do garfo a controlar as consequências dos seus prazeres sem abdicarem deles, como é o caso da atividade que o Município de Fornos de Algodres vai levar a cabo já no próximo dia 26 de Maio, com a colaboração da Escola de Turismo e Hotelaria do Instituto Politécnico da Guarda. Trata-se e um Workshop de Culinária dedicado à comida fácil e saudável. Ora, juntar as palavras comida, fácil e saudável num mesmo contexto só pode ser coisa boa!

Não precisa ser um profissional na cozinha, basta que tenha gosto por comida e por cozinhar e este workshop irá fazer maravilhas por si! Para participar basta dirigir-se à Biblioteca Municipal de Fornos de Algodres e fazer a sua inscrição, depois é só aparecer no mesmo local, no dia 26 a partir das 21h00.

A Mesa do Diogo Rocha

Por entre tachos e panelas, vapores, aromas e sabores encontramos um homem que vive para a comida, a boa comida.

No meio do vinhedo em Silgueiros, ali para os lados de Viseu, encontramos um espaço único, pensado, desenhado e construído para a excelência, seja nos seus vinhos seja nos seus serviços, e excelência é algo que tem atingido, graças ao esforço e conhecimentos das pessoas que lá trabalham. Falo da Quinta de Lemos, dos seus vinhos e do seu Restaurante que, ao final de um ano aberto, foi considerado a revelação de 2015 pelo Boa Cama Boa Mesa. Mas não é acerca o Mesa de Lemos que vos vou falar hoje, vou falar-vos do homem que comanda a cozinha, o chef Diogo Rocha.

Diogo Rocha é português, nascido nas Beiras e tem uma grande paixão, que não esconde e que gosta de alimentar – a comida. É jovem e tem sido aclamado pela crítica, às quais reage com natural agradecimento mas não se enche de arrogâncias até porque diz que o sucesso dele é fruto do trabalho conjunto de toda uma equipa, aliás, quando fala nos seus companheiros de cozinha nota-se que o verdadeiro orgulho que lhe enche a alma está nas pessoas com quem trabalha e no projeto onde está inserido.

A Quinta de Lemos está inserida numa empresa chamada Abyss & Habidecor, cujo proprietário nutre uma paixão imensa por Portugal, pelas suas gentes e pelos seus produtos, daí que o lema seja o “100% nacional”.

A Abyss & Habidecor é reconhecida além-fronteiras pela qualidade dos seus produtos têxtil-lar, tendo enveredado pela área agrícola recentemente mantendo os mesmos padrões de exigência que tornaram a empresa no que hoje é, aliás a excelência é a palavra de ordem e isso reflete-se no produto final. A Quinta de Lemos não é exceção e os seus produtos já são reconhecidos e valorizados no país e mercado internacional. Seguindo esta lógica de excelência o Restaurante Mesa de Lemos não poderia reger-se por outros padrões e o resultado está à vista.

Quando falamos do sucesso do Restaurante Mesa de Lemos não podemos deixar de considerar que um dos grandes responsáveis pelo feito é o Chef.

Diogo Rocha não se assume como o principal feitor, vincando que este é o resultado de todo um trabalho que vem sido desenvolvido há já dois anos, um ano antes do espaço abrir as suas portas ao público, e fruto do esforço de toda uma equipa que está focada no mesmo objetivo, o de enaltecer a comida e os produtos nacionais.

Aliás é quando falamos em comida que o Diogo mais se empolga, não querendo dizer que não fique feliz ao falar deste projeto, podemos sentir nas suas palavras que é com muito carinho e empenho que o lidera, mas é quando o assunto é comida que vemos o porquê de se ter tornado cozinheiro, palavra que ele diz com orgulho, sublinhando que é essa a profissão dele, “Chef é apenas o cargo, eu sou cozinheiro”.

O cozinheiro Diogo Rocha assume-se como um aficionado pelos produtos nacionais, apesar de ser conhecedor de muitas das cozinhas deste mundo, a gastronomia nacional é a que melhor lhe enche as medidas e que mais gozo lhe dá trabalhar, e no Restaurante Mesa de Lemos ele procura valorizar isso mesmo.

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Se o Restaurante Mesa de Lemos é reconhecido pela especialidade como um dos melhores espaços do país tal distinção não surgiu do acaso, é resultado de muito trabalho e de muita pesquisa em busca da personalidade do restaurante e essa é 100% Portuguesa.

Está nos produtos, alguns de produção própria, na sua rede de produtores, cuja ligação estabelecida é tão forte e pessoal que garante que o os elementos utilizados nos pratos que fazem a carta do Restaurante são de elevada qualidade e frescura. É isso mesmo que a ementa do Mesa de Lemos não é fechada, nem pode ser, porque depende daquilo que a natureza dá e que os seus produtores fornecem. Ir ao Mesa de Lemos é uma aventura na descoberta de sabores e pratos, estudados e planeados pelo Diogo com mestria e dedicação e apresentados com aquele tipo de simplicidade que só a busca constante pelo requinte consegue.

Diogo Rocha é um homem simples, apreciador da qualidade e um aficionado pelos produtos da região, procurando ajudar a desenvolver e promover alguns dos nossos produtos e introduzindo-os nos seus pratos que, como ele, primam pela simplicidade, o que não quer dizer que sejam vulgares, muito pelo contrário, e é aí que está a mestria deste Chef. “Não sou contra pratos muito elaborados, mas não é essa a minha aposta. Gosto que os pratos enalteçam os seus componentes, poucos mas de tal qualidade que o resultado final é extraordinário”. E aqui nada se esconde, até o nome dos pratos dizem automaticamente aquilo que são, como por exemplo o “Cabrito com legumes da horta” ou a “Sobremesa de citrinos”, os produtos são de época, biológicos e o mais frescos possível, porque só assim se garante a qualidade dos pratos, “é isso que nos distingue”.

O Chef, ou melhor, o cozinheiro Diogo Rocha reconhece que, ultimamente, a cozinha e cozinhar estão na moda, muito devido à promoção nas televisões através de programas de culinária ou concursos que despertaram o interesse generalizado pela gastronomia.

Reconhece com bons olhos esta revolução na culinária, “estes programas são importantes para que as pessoas passem a dar mais valor aos nossos produtos e para que vejam os cozinheiros com outros olhos”. Hoje em dia, graças ao advento dos programas do género, os cozinheiros, ou Chefs, são vistos como as novas estrelas pop, “já nos pedem autógrafos e querem tirar fotografias connosco! As pessoas vêm aos restaurantes, não apenas pela comida, mas também pelo cozinheiro!”.

O objetivo do Diogo em relação ao projeto do Restaurante Mesa de Lemos é estar no topo a nível nacional no que diz respeito à restauração, e isso será conseguido graças ao trabalho em equipa pois, como diz o cozinheiro, “a sorte dá muito trabalho e todos somos peças nesta máquina”. Almeja o sucesso dos seus projetos mas, acima de tudo, Diogo Rocha é um homem que gosta de comida e gosta de comer e eu respeito-o por isso, e parafraseando o cozinheiro “a cozinha partilha-se, gosto de dar a provar e de falar acerca de comida, em grupo”, fica prometida uma visita ao restaurante com a garantia que a conversa será acompanhada de comida deliciosa!

 

Douro Superior tem Festival do Vinho

Na região celebramos os nossos produtos, atribuindo-lhes o mérito que merecem.

São muitos os produtores e muitas as pessoas que todos os dias colocam a sua arte e engenho nos produtos que são nome à região.

A Serra da Estrela é uma região vasta que abrange vários territórios e que, em conjunto com outras formações geológicas, forma pequenas áreas onde é possível à natureza forjar um conjunto de condições que as tornam únicas no mundo como é o caso da região do Dão ou do Douro.

Como qualquer terra deste país, por cá os concelhos têm um orgulho desmedido nas suas culturas e produções, e Vila Nova de Foz Côa não é exceção. Localizado a norte do distrito da Guarda, este concelho faz parte dos territórios do Douro Superior e quer provar que o Douro não é só vinho do Porto e que aqui se produzem vinhos de elevada qualidade e com provas dadas um pouco por todo o mundo.

De modo a dar a conhecer os produtores e os vinhos que nascem na região do Douro superior, e também de forma a desmistificar essa ideia que existe de que no Douro apenas se produz Vinho do Porto, o Município de Vila Nova de Foz Côa promove o Festival do Vinho do Douro Superior que já vai na sua quarta edição.

Este ano o Festival do Vinho do Douro Superior tem lugar entre 22 e 24 de maio no Pavilhão de Exposições e Feiras em Vila Nova de Foz Côa.

Aqui os visitantes poderão ficar a conhecer alguns dos principais produtores e marcas de vinho da região, assim como comprar e degustar estes produtos contando, ainda, com um programa de animação diversificado, com música, teatro, provas comentadas, colóquios e um concurso de vinhos.

“Visite-nos e prove o melhor do Douro Superior”, é o convite lançado a todos os que apreciam vinho e não só.

A cereja no topo do bolo

Já aqui falamos das pepitas de ouro vermelho que brotam por estas bandas e que se tornaram na imagem de marca do concelho do Fundão.

E muito bem, diga-se, soube o Fundão fazer uso do fruto para se auto promover e, claro está, promover toda a região. Se há município que sabe fazer uso de uma marca é o Fundão. Neste momento a Cereja do Fundão não é apenas um fruto, é uma marca, e com elas têm nascido outras marcas transformadas em produtos que começam a conquistar o seu lugar no mercado.

Aliás, já há quem invista em terras no Fundão, devido ao valor atribuído ao fruto e ao que se tem conquistado em torno deste fruto.

A Cereja do Fundão está presente em produtos como os gelados da Santini, em gins, no Louge VIP da Transportadora Aérea Portuguesa, em bombons e até mesmo na Pastelaria, onde encontramos, por exemplo o pastel de nata de Cereja do Fundão, criado pelo chef João Paulo Carvalho, da Escola de Hotelaria e Turismo do Fundão. As suas pretensões passam por se tornar numa marca nacional e ser reconhecido além-fronteiras.

Com esta criação junta-se o melhor de dois mundos com assinatura portuguesa: o pastel de natas e a cereja do Fundão, e pode ser degustado em algumas pastelarias da região.

A receita original, no ano passado, vendeu entre 10 a 15 mil unidades só na Festa da Cereja em Alcongosta! Mas a revolução da cereja não passa apenas pela área alimentar, foi apresentado, já este ano, o sabonete de Cereja do Fundão, com assinatura da Quinta da Porta.

A cereja assume contornos de tesouro no Fundão, assumindo um papel vital para a economia do concelho, afinal esta região colhe cerca de seis mil toneladas deste fruto por ano, o que faz com que o Fundão, por si só, seja responsável por metade de toda a produção nacional. No ano passado a venda da cereja deixou, no concelho, mais de 12 milhões de euros, o que é revelador da importância que este fruto representa para a população da região.

E se Portugal está a ganhar terreno além-fronteiras, fazendo frente a países como Espanha ou a Turquia, os maiores produtores deste fruto da europa, não é pela quantidade, mas sim pela qualidade, o que só vem demonstrar que não precisamos ter muitos para sermos bons, aliás já há uns 500 anos atrás nos tínhamos dado conta disso…e mais, somos dos primeiros países a colher cereja em todo o hemisfério norte, e isso paga-se, e paga-se bem!

No ano passado em Helsínquia, capital da fresca Finlândia, a cereja do Fundão chegou a vender-se a 53euros o quilo!

Debaixo de olho está a conquista de terras de sua majestade juntamente com alguns países de norte, assim como o médio oriente, mas o alvo mais apetecido é o Japão e nós sabemos que este fruto é de pôr os olhos em bico, e por isso já está em curso um processo de certificação para entrar neste mercado ao estilo samurai!

O município começou com esta demanda da promoção da Cereja em 2004 e passados 10 anos o fruto gerou frutos e é exemplo de como bem gerir uma imagem, neste caso a da cereja. A receita? Pegamos num bom produto, que já era apreciado, com qualidade, juntamos uma mão cheia de determinação e marketing, adicionam-se campanhas aguerridas, mistura-se com bons parceiros, como a Vodafone ou a TAP, leva-se ao forno por uns tempinhos para cozinhar e, pronto, sai um delicioso bolo à base de sucesso, no topo do bolo? A cereja claro!

 

Mais sobre a cereja do Fundão:

https://heartbeat.pt/cerejas-fundao-ouro-vermelho/

Vinhos da Serra da estrela, o difícil é escolher

Hoje vamos beber um vinho, ou vinhos.

Um copo de delicioso vinho, ou vinhos! Alentejano? Nada disso. Beirão e bem Beirão. Um vinho que seja produzido por terras abençoadas pela Serra da Estrela. O problema é que não sei que vinho beber.

Sabemos que Portugal é terra de bom vinho e que começamos a dar cartas por esse mundo fora. Temos néctares variados e não são apenas os que são produzidos ali para os lados do Douro ou para os lados do Minho ou mesmo a sul no Alentejo a trazerem prémios para casa! Se formos até terras do Dão há verdadeiras pérolas a ganharem os maiores galardões por esse mundo fora no que diz respeito ao vinho. Lembro-me, por exemplo, da Quinta de Lemos trazer para casa diversas medalhas de ouro, prata e bronze em março passado no China Wine and Spirit Awards – Best Value, com vários vinhos da sua casa.

Ainda em março, mas por terras alemãs, no concurso Mundus Vinis, um dos mais conceituados concursos internacionais, os Vinhos Lagares do Cerrado de 2012 e Quinta do Cerrado 2013 trouxeram para casa a medalha de ouro, assim como os vinhos Quinta do Escudial Colheita Selecionada 2010, Opta 2013 e Titular Touriga Nacional de 2012.

Mas não é apenas o Dão que produz bons vinhos na região da Serra da Estrela.

Os vinhos da Beira Interior também somam medalhas, com duas de ouro e seis de prata na XVIIª edição do “Wine Masters Challenge 2015”, realizada recentemente no Estoril.

Entre mais de 5.000 vinhos de vários países, o júri atribuiu o ouro aos tintos “Quinta dos Termos Grande Escolha” (2011) e “Quinta dos Termos A surpresa de Virgílio Loureiro” (2011). A Adega do Fundão obteve quadro medalhas de prata com os tintos “Praça Nova Reserva” (2010), “Alpedrinha” (2012), “65º Aniversários” (2009) e “Fundanus Prestige” (2011). Esta distinção foi ainda concedida aos vinhos tintos “Quinta dos Termos Vinhas Velhas” (2011) e Quinta dos Termos (2012). Por regiões, a Denominação de Origem Beira Interior ficou no quinto lugar com 8 medalhas.

Portanto, o difícil mesmo está em decidir qual o vinho que vamos beber hoje! Podia, até, começar por pensar no que vai acompanhar esse vinho. Queijo? Enchidos? Um prato à base de cabrito ou borrego? Uma mariscada…. Não ajuda na decisão, até porque todos estes vinhos têm corpo, aroma e sabor para acompanhar este tipo de petiscos, não fossem todos filhos da mesma terra.

Tenho um problema, eu sei. A única certeza que tenho é a de que hoje vou ouvir o estalar de uma rolha, verter um delicioso néctar para um copo, desfrutar dos seus aromas e deliciar-me com o sabor de um bom vinho Beirão. Qual? Logo, mais tarde, saberei!

Tânia Fernandes

Um brinde aos campeões do Vinho do Dão

Nem só de queijo e morcelas vive a gastronomia da região. Cada vez mais somos reconhecidos pela qualidade superior dos vinhos que por cá se produzem. Na região do Dão têm surgido alguns vinhos que arrematam prémios um pouco por todo o mundo, atestando a qualidade dos esforços que se têm vindo a fazer na região, com resultado em vinhos de elevada qualidade.

Os Vinhos do Dão demonstram ser capazes de rivalizar, não só com os vinhos nacionais de maior relevo no estrangeiro, como com os vinhos que se fazem além-fronteiras. Ajudam a elevar Portugal, ainda mais, na categoria de bom fazedor de vinho.

A última prova dada da qualidade dos vinhos da região demarcada do Dão aconteceu em França, no Concurso Internacional de Lyon, uma competição que pretende ser uma montra para os melhores vinhos mundiais. Este ano a região voltou a trazer medalhas para casa com o Vinhos Casa da Ínsua colheira de 2011 e o Reserva de 2010, juntamente com o vinho Quinta de Lemos 2005 a arrecadarem as medalhas de prata na competição.

Os vinhos portugueses voltaram a dar provas de elevada qualidade ao serem contemplados com 21 troféus, 14 medalhas de prata e 7 de ouro, numa competição que tinha cerca de 3600 vinhos em prova provenientes de 22 países.

A Região demarcada do Dão é privilegiada por condições climatéricas únicas que permitem que a exploração vitivinícola seja de elevada qualidade com vários produtores a apostarem na inovação para elevar o estatuto dos seus vinhos ao mais elevado escalão. Autarquias como a de Nelas apostam no apoio a esta atividade e assumem o Vinho do Dão como uma imagem de marca a ser explorada, exemplo disso é a Feira do Vinho do Dão, que decorre no primeiro fim-de-semana de setembro em Nelas, e o Rally Vinho do Dão que este ano volta às estradas a 24 e 25 de outubro.