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Idanha-a-Nova e o Festival Fora do Lugar

Idanha-a-Nova está na boca de todos, seja por ter sido considerada Cidade Criativa da UNESCO, na área da Música, seja pela distinção de Reserva da Biosfera em 2016, um ano que assinala os 10 anos da criação do Geopark Naturtejo da Meseta Meridional, o primeiro geoparque em Portugal e a primeira classificação UNESCO da região.

Idanha-a-Nova é território UNESCO. Um incentivo à continuidade das boas práticas que sustentam os reconhecimentos obtidos, numa linha onde se insere, também, o resultado do trabalho desenvolvido junto de várias instâncias europeias que debatem e promovem o Projeto Europeu. Este Natal Idanha-a-Nova estará representado no Mercado de Natal de Estrasburgo, um evento com cinco séculos de história sendo a maior e mais antiga feira de natal europeia e que este ano tem Portugal como país convidado.

Natal à parte, Idanha-a-Nova é ponto de encontro por estes dias devido ao Fora do Lugar. Trata-se de um Festival de Música Clássica, que assinala a sua 5ª edição de 25 de novembro a 10 de dezembro e que se tem vindo a afirmar como um dos acontecimentos musicais mais originais do panorama nacional.

A edição deste ano traz novamente uma programação de grande qualidade e variedade. O cartaz que nos faz parar, parar para escutar. Para falar. Podemos parar para logo caminhar… ou parar por parar. Para ficar a olhar. Fechar os olhos e escutar, nas palavras de Filipe Faria, diretor do festival.

Sete lágrimas inaugura o Festival no dia 25. No dia seguinte atua Eduardo Paniagua em Monsanto. No dia 2 de dezembro é a vez do Trio Porteño atuar em Salvaterra do extremo. No dia 3 não perca o espetáculo Musicantes em Ladoeiro. No dia 9 de dezembro é a vez dos Kepa Boyd+Isaac Muller atuarem em Idanha-a-Nova.

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Música, natureza, gastronomia, workshops e mini concertos. São estes os elementos que compõem o cartaz deste Festival que vai andar por terras de Idanha numa aventura para os sentidos. Conheça ao programa completo em www.foradolugar.pt.

Em Agosto fazemos Boom!

Passaram dois anos. Muitos são aqueles cuja ansia já não cabe no peito. Para eles este é o Festival mais aguardado. É um Boom de emoções!

Um dos maiores Festivais temáticos da europa e considerado um dos melhores, sendo procurado por milhares de pessoas que esgotam a bilheteira horas depois de abrir.

Começo este artigo por dizer que se não compraram o bilhete para este ano, podem esquecer, porque os ingressos já esgotaram em dezembro!

O Festival é diferente, irreverente. Alternativo.

Para muitos envolto em mistério e histórias, para outros um Festival para “gente estranha” e “cenas maradas”. Para essa “gente estranha” as “cenas maradas” são uma filosofia de vida. Pessoas cuja ligação à natureza não é compreendida por muitos, mas a sua paz é encontrada nessa filosofia e o Boom Festival é o materializar dessa filosofia, dessa essência, desse modo de encarar o mundo que nos rodeia e se fazer ser parte dela!

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Idanha-a-Nova acolhe com orgulho este festival que é já um dos seus maiores cartões de visita na Europa, mais não seja porque a esmagadora maioria dos participantes no Boom são estrangeiros.

De 11 a 18 de agosto esta Vila no Distrito de Castelo Branco enche-se de pessoas que invadem as margens da Barragem de Idanha-a-Nova onde a arte, música, novos e velhos amigos, tempo quente, pó, encontros aleatórios.

Quem visita este Festival arrisca-se a perder a tenda, a apaixonar-se por um português ou uma portuguesa, a decidir ir até à Índia ou nunca mais ir à Índia novamente, tudo situações que contribuem para uma inesperada aventura!

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Este é um Festival aberto a todas as pessoas.

Os portões abrem às 9 da manhã do dia 11 de agosto e fecham às 6 da manhã do dia 18.

Este é um evento com um alto nível de consciência ambiental pelo que a organização apela a que as pessoas optem por levar tendas e não autocaravanas até porque não há locais específicos para elas que tenham, por exemplo, eletricidade, aliás há vários avisos em relação a assuntos como os dejetos e onde podem ser depositados de modo a que não se interfira com o ambiente nem se ponha em risco a saúde pública.

A organização aconselha a que se leve uma tenda, um saco cama, colchão, e o material necessário para que se faça um espaço confortável para os dias do evento, mas todo o material deverá ser ecologicamente responsável.

Ao contrário do que se possa pensar este é um festival que também pode ser apreciado por crianças existindo uma área especial para elas chamada Baby Boom e está aberto durante o dia com uma variedade de atividades para crianças de todas as idades.

O festival tem uma área de restauração com bastante variedade de comida de todo o mundo e possui mesmo uma mercearia com produtos frescos que os participantes podem utilizar para cozinhar na cozinha comunitária.

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Existem várias áreas de animação na Boomland, a Dance Temple, um espaço desenhado de forma a que os participantes possam ter uma experiência musical inovadora com ótima acústica e efeitos visuais fantásticos.

Há ainda uma área dedicada à arte com instalações de vários artistas.

A música electrónica provou ser um bom meio para se atingir outros estados de consciência, no entanto há mais no som psicadélico do que ritmos sintetizados e melodias, na área Sacred Fire os participantes poderão experienciar sons únicos!

O Liminal Village é outro dos espaços da Boomland, um local cultural e um laboratório de sabedoria onde as ideias mais radicais e o mais recente conhecimento científico converge num programa educacional e de entretenimento.

Os Chill Out Gardens são locais inspirados nos dialetos entre os jardins, arte e arquitetura e ainda a cultura psicadélica moderna. Estes são espaços ideias para o relaxamento mental e físico.

No Alchemy Circle os princípios anciãos encontram a música psicadélica moderna.

No Being Fields o convite está em conhecermo-nos e a nossa relação com o mundo e a natureza.

Há ainda uma parte dedicada à Performance com vários artistas a levarem os visitantes a mundos fantásticos.

Destaque para um Museu de Arte Visionária, um palco dedicado às danças do mundo e o Utopia Boom Landing onde podemos curar o corpo e a mente.

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É, de facto, um Festival alternativo mas não apenas orientado para pessoas alternativas. É um espaço onde as culturas se emergem numa filosofia comum, a da comunhão com a natureza e connosco mesmos.

 

Fotografia: Boom festival Official, Jakob Kolar

Venha daí o BOOM!

Já começa a ganhar forma um dos festivais mais alternativos da Europa e que se realizada em Idanha-a-Nova de dois em dois anos.

Este é um evento conhecido em Portugal, mas é no público estrangeiro que ele ganha expressão, sendo, um dos Festivais que mais pessoas atrai em Portugal, sendo que na sua maioria falamos de pessoas que chegam dos quatro cantos do mundo, Falamos do Boom Festival.

É um festival alternativo, com uma essência muito própria e que transforma a região, com uma energia muito própria e uma filosofia única, fatores que o tornam tão especial e tão procurado, de tal modo que ao final de um mês de colocação à venda dos 33,333 bilhetes online os mesmo já tinham esgotado, e falamos de bilhetes a custarem 130€.

O Boom Festival decorre de 11 a 18 de agosto na Barragem de Idanha-a-Nova e celebra a cultura alternativa, sendo um festival multidisciplinar, transgeracional e intercultural, cruzando diversas correntes artísticas como a pintura, escultura, land art, instalações interativas, música, vídeo arte, galeria de artes plásticas ou graffiti.

O cartaz contém música, claro, conferencias, workshops, tertúlias e apresentações de temas variados.

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Para este ano o tema escolhido é o Xamanismo, a mais antiga forma de religião da humanidade, assente numa forte ligação ecológica, na consciencialização da interdependência dos organismos terrestres, e na crença da existência de mundos invisíveis. Este tema pretende ser um tributo às inúmeras formas simbólicas que a figura do xamã representa nas diversas culturas da América, África, Austrália, Ásia e Europa, aliado ao facto de ser uma das mais importantes inspirações mundiais do movimento psicadélico e visionário.

Para este ano o Festival Boom conta com algumas novidades como a introdução de uma nova zona dedicada à Dança, um novo espaço dedicado às tecnologias ecológicas, com uma abordagem centrada em modelos comunitários e no conceito “Faz tu mesmo”, de forma a descobrir as inovações que estão a ser desenvolvidas de modo a criar um futuro mais sustentável.

Outra das novidades é a criação de uma zona dedicada às Organizações Não Governamentais. Haverá ainda um novo jardim repleto de instalações interativas de arte digital e uma nova área de restauração e convívio no Campismo e Parque de Caravanas B.

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Os bilhetes online já estão esgotados. A organização mantem a premissa de limitação de bilhetes por acreditar que crescimento não é sinónimo de sucesso. No entanto, haverá bilhetes à venda, a partir de 23 de fevereiro nos embaixadores, locais escolhidos onde as pessoas poderão comprar o seu bilhete e ficar a conhecer mais pormenores do Festival, podem consultar a lista no site oficial do Festival.

O Boom Festival é o único Festival Português com prémios internacionais reconhecido pela sua filosofia ambiental.

 

 

Idanha Fora do Lugar

Fora do Lugar é um Festival, mas não é um Festival comum, assumindo-se como um dos fenómenos musicais mais originais do panorama nacional. O Fora do Lugar – Festival Internacional de Músicas Antigas é potenciado pelas infindáveis oportunidades que o território de Idanha-a-Nova oferece e este pequeno “andarilho” continua a surpreender com a sua programação onde cruza, de forma feliz, interpretes, reportórios e lugares.

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Este Festival começa a 27 de novembro e estende-se até dia 12 de dezembro e não vive apenas de música, sendo que a programação é transversal havendo espaço para a gastronomia, natureza, masterclasses, oficinas e ainda espaço para serviço educativo.

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Do programa deste Festival constam concertos no dia 27 de novembro de Noa Noa e Convidados, na Antiga Sé em Idanha-a-Velha, no dia 28 sobem ao palco do salão da Junta de Freguesia de Oledo os Caravana e no dia 4 de dezembro é a vez dos Quintana (Itália e República Checa) participarem neste Fora do Lugar em Monsanto. Em Aldeia Santa atua Emilio Villalba e Sara Marina de Espanha no dia 5 de dezembro. No dia 11 Pedro Jóia e Quarteto Arabesco invadem o Centro Cultural Raiana em Idanha-a-Nova. O dia 12 de dezembro irá acolher o concerto de Marco Beasley de Itália, na Antiga Sé em Idanha-a-Velha.

No dia 10 de dezembro terá lugar o Jantar Pobre pelas 20h00 em Idanha-a-Nova, com inscrições abertas até 72 horas antes.

As atividades relacionadas com Natureza arrancam no dia 27 de Novembro com a saída de campo, “A água e a vida do rio Ponsul, na Várzia” tendo como destinatários a comunidade escolar. Continuam no dia 28 com a saída de campo “Vamos ser geólogos e padeiros por um dia na Rota dos Fósseis de Pena Garcia. No dia 11 a saída de campo “A água e a vida do rio Ponsul, na Várzia” terá a sua segunda edição e no dia 12 de dezembro terá lugar a saída de campo “No Canhão Fluvial do Erges, em Segura, quem é quem no admirável mundo das plantas?”.

No que toca às Oficinas, no dia 28, em Oledo, na Casa do Povo, será dinamizada uma relacionada com Danças Tradicionais Europeias, no dia 5 de dezembro no Centro Cultural Raiano terá lugar a Oficina “O alaúde e a harpa na Itália no Século XVII, com Quintana. Ainda no dia 5, pelas 17h00 será levada a cabo a Oficina “Os Instrumentos perdidos do Al-Andaluz, também no Centro Cultural Raiano. Por fim, no dia 12, pelas 10h30, terá lugar a Oficina/Concerto Comentado, “As cordas entre nós” com Pedro Jóia.

A Grande Festa da Raia é a Feira Raiana

Arranca hoje a XIX Feira Raiana que promete trazer a Idanha-a-Nova milhares de pessoas durante 5 dias de muita animação!

Esta Feira Raiana é um dos melhores exemplos da cooperação transfronteiriça entre Portugal e Espanha e resulta num dos mais emblemáticos eventos do Interior de Portugal e de além fronteira.

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O cartaz deste ano promete atrair muita gente com a aposta a recair em grandes nomes da música nacional sem esquecer a tradição.

A Feira Raiana arranca com os Lucky Duckies que prometem levar todos os que forem até Idanha-a-Nova numa viagem pelo passado. No dia 30 no Palco Produtos da Terra atua a Ana Laíns e no Palco principal um dos artistas mais acarinhados do país, José Cid. No dia 31 o público mais jovem é chamado à Feira com os Amor Electro a fazerem as honras da casa.

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No dia 1 de agosto é a vez dos The Gift de Sónia Tavares animarem a Feira. O dia 2 de agosto está reservado para a tradição com a Filarmónica Idanhense “Sinfonia das Cores” a fechar o Festival.

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Estes são apenas alguns dos destaques do programa desta edição da Feira Raiana onde haverá animação de rua, palestras, Corridas de Touros, Danças Flamencas entre muitas outras atividades. Podem consultar o programa em www.facebook.com/FeiraRaiana.

 

 

Não é Boom, é Ben-in

Atenção! A gerência informa que o Ben-In não é um Mini Boom.

Não vai haver música eletrónica, Psy-Trace ou qualquer tipo de sons eletrónicos. É um festival, diferente, voltado para um público muito específico, mas não é um mini Boom, apesar de ter nascido do espirito do Boom Festival, e de ter lugar na Boom Land (lago de Idanha-a-Nova) no entanto promete, à semelhança do outro festival, revolucionar terras de Idanha-a-Nova, com um formato diferenciador, inovador, e apelativo por ser invulgar.

Mas afinal o que é o Ben-In 2015? Já sabemos que não é o Festival Boom que acontece todos os anos por aquelas paragens e que traz milhares de festivaleiros a Idanha-a-Nova, e que é apreciado por esse mundo fora, apesar de ser pouco conhecido por terras lusas. Mas isso também não interessa, já que grande parte do público deste evento é estrangeiro.

Mas voltemos ao Ben-In 2015. Afinal o que é?

É um festival, que apenas pode ser apreciado por 5000 pessoas, por limitações de espaço, que queiram ligar-se às suas raízes, explorar as modalidades de cura holística e dançar ao ritmo do Trance orgânico.

Este festival decorre entre 18 e 21 de junho e vai celebrar o solstício de verão e apelar a um estilo de vida mais sustentável. A organização refere-se a este evento como sendo o resultado das sementes lançadas durante o Boom Festival, e trata-se de uma oportunidade de apreciarem a Boom Land com o tempo mais ameno e dar as boas vindas à estação quente.

Durante 4 dias os visitantes poderão experienciar workshops de cura, espiritualidade, bem-estar, yoga, meditação, massagens, temazcal e watsu, tudo pensado para ajudar a tornar mais natural a saúde, bem-estar e felicidade dos participantes.

O convite é para que se desliguem da tecnologia e se deixem embarcar numa viagem de ritmos ancestrais da terra e assim encontrar o equilíbrio.

É um festival de música acústica, trance orgânico (sem ligações elétricas, e com recurso a instrumentos não eletrónicos) e músicas do mundo, demarcando-se, desta forma, do Boom festival, mais focado para o trance eletrónico, garantindo que terá presente algumas das melhores bandas deste género musical que levarão os participantes numa viagem onde se ligará o trance contemporâneo com tradições musicais antigas e sons sagrados do mundo.

Conheça melhor o programa em www.madeinboomland.org/be-in. Os bilhetes que forem adquiridos até 17 de maio custam 110€ mais 4€ de taxas, a partir de 18 de maio até ao dia 21 de junho o bilhete custará 130€ mais 5€ de taxas, e podem ser adquiridos no site do evento.

Lembramos, mais uma vez, que o Ben-In não é um mini Boom Festival, muito menos o próprio Boom Festival, apesar de ser produzido pela mesma equipa. O Boom Festival decorre entre 11 e 18 de Agosto, durante a lua cheia! Até lá… Ben-in.