Festival de Vinhos do Douro Superior em Maio

Em Portugal celebramos o vinho como sendo um dos produtos de excelência que por cá produzimos e a verdade é que somos muito bons na arte!

Já lá vai o tempo em que quando falávamos de bons vinhos nacionais nos restringíamos a marcas do Douro ou Alentejo. Hoje em dia há cada vez mais regiões a darem cartas no mundo vinícola. Há que promover! Há que dar a conhecer a todos!

 

Em Vila Nova de Foz Côa a importância da promoção já foi percebida há muito tempo e o Festival do Vinho do Douro Superior começa a cimentar a sua posição na promoção dos vinhos e produtores desta região.

De 19 a 21 de Maio decorre a sexta edição do Festival do Vinho do Douro Superior, contando com a presença de enólogos, produtores e especialistas que vão dar a provar e a conhecer os néctares produzidos na região do Douro Superior.

Neste evento os visitantes e participantes podem contar com três provas comentadas começando pala do dia 19, “Grandes brancos do Douro Superior”, por Fernando Melo, jornalista e crítico da VINHO-Grandes Escolhas. No dia 20 terá lugar a prova comentada “Grandes Vinhos tintos do Douro”, com a participação de João Paulo Martins, jornalista e crítico da VINHO-Grandes Escolhas. No último dia decorrerá a prova “Vinho do Porto”, por Fernando Melo jornalista e crítico da VINHO-Grandes Escolhas.

Para além das provas decorrerá o Concurso de Vinhos dos Douro Superior. Haverá lugar, ainda, para um colóquio sob a temática “Um rio de patrimónios, da foz à nascente” com a presença do Jornalista Francisco José Viegas, do Professor Bianchi de Aguiar, do enólogo João Nicolau de Almeida, entre outros oradores, com moderação de João Paulo Martins, Jornalista e crítico da VINHO-Grandes Escolhas.

No dia 20 de maio os visitantes poderão assistir a uma prova comentada de azeites, por Francisco Pavão, especialista em azeites e assistir ao concerto de Tony Carreira.

 

 

 

 

Vítor de Sousa no Ciclo Nelas por Vocação

Continua o Ciclo de Conferências “Nelas por Vocação: 10 Conferências, 10 Convidados”, cujo objetivo é trazer ao espaço público, uma quinta-feira por mês, a discussão de grandes temas relacionados com a realidade local e nacional.

 

Todos os meses há um convidado especial e para o mês de fevereiro, a conduzir a conferência que decorrerá no dia 23 estará o ator Vítor de Sousa numa sessão a ter lugar pelas 20h45 em Lapa do Lobo, no edifício da Contracanto Associação Cultural.

“Do tal Canal ao estado atual”, é o nome desta Conferência, a quinta desta iniciativa.

Vítor de Sousa é um nome incontornável no panorama cultural português e não é invulgar vê-lo por terras de Nelas, tendo já participado em algumas iniciativas culturais que decorreram no concelho, como por exemplo, no Musical que já é parte integrante do programa da Feira do Vinho do Dão de Nelas e que decorre no primeiro fim-de-semana de setembro.

É um homem de letras e de palavras que nos habituou à sua vertente camaleónica, vestindo a pele de diversos personagens. Começou a sua carreira nos anos 60 e atravessou vários momentos históricos, modas e tendências, vários modos de ser ator. Do palco à televisão passando pelo cinema e pelos espetáculos ao vivo, iremos perceber, nesta conferência, como é que este ator com alma de poeta olha para a sua profissão e para a cultura da Era Digital.

Chef Vítor Sobral em Conferência de Papo Cheio em Nelas

Continua o Ciclo de Conferências “Nelas por Vocação” que pretende trazer para o espaço público, uma quinta-feira de cada mês, em dez edições, a discussão de grandes temas relacionados com a realidade local e nacional, sempre conduzida por um convidado público.

O mês de Janeiro é dedicado à culinária com o Chef Vítor Sobral como convidado numa Conferência ter lugar no dia 26 de Janeiro, pelas 20h45 no restaurante “Zé Pataco” em Nelas.

“De papo cheio” é o nome desta Conferência que decorrerá em Nelas e que nos irá remeter a um dos passatempos favoritos dos portugueses:  falar de comida. Seremos, muito provavelmente, um dos poucos povos que consegue discutir as iguarias ausentes, enquanto está sentado à mesa debatendo-se com outras.

Como construímos essa identidade? Que papel tem a gastronomia Beirã no todo nacional? E o que é isso de ser Chef? Estas serão algumas das questões a abordar nesta Conferência de fazer crescer água na boca!

O Chef Vitor Sobral é uma referência na culinária nacional.

Nascido na margem sul do Tejo enraíza a sua matriz de sabores nos paladares do litoral alentejano. Já esteve nos restaurantes mais conhecidos e hoje tem os seus próprios espaços na Tasca da Esquina e Cervejeira da Esquina em Lisboa.

Pelo reconhecimento dos seus esforços, dom e talento, o Chef Vitor Sobral recebeu, entre muitos outros reconhecimentos, o grau de comendador da ordem do Infante D. Henrique. É Chef consultor gastronómico de marcas como a TAP, Vista Alegre, Silampos, Oliveira da Serra, Norge, entre outros.

Vítor Sobral será o convidado especial da quarta Conferência promovida pela Câmara Municipal de Nelas.

Idanha-a-Nova e o Festival Fora do Lugar

Idanha-a-Nova está na boca de todos, seja por ter sido considerada Cidade Criativa da UNESCO, na área da Música, seja pela distinção de Reserva da Biosfera em 2016, um ano que assinala os 10 anos da criação do Geopark Naturtejo da Meseta Meridional, o primeiro geoparque em Portugal e a primeira classificação UNESCO da região.

Idanha-a-Nova é território UNESCO. Um incentivo à continuidade das boas práticas que sustentam os reconhecimentos obtidos, numa linha onde se insere, também, o resultado do trabalho desenvolvido junto de várias instâncias europeias que debatem e promovem o Projeto Europeu. Este Natal Idanha-a-Nova estará representado no Mercado de Natal de Estrasburgo, um evento com cinco séculos de história sendo a maior e mais antiga feira de natal europeia e que este ano tem Portugal como país convidado.

Natal à parte, Idanha-a-Nova é ponto de encontro por estes dias devido ao Fora do Lugar. Trata-se de um Festival de Música Clássica, que assinala a sua 5ª edição de 25 de novembro a 10 de dezembro e que se tem vindo a afirmar como um dos acontecimentos musicais mais originais do panorama nacional.

A edição deste ano traz novamente uma programação de grande qualidade e variedade. O cartaz que nos faz parar, parar para escutar. Para falar. Podemos parar para logo caminhar… ou parar por parar. Para ficar a olhar. Fechar os olhos e escutar, nas palavras de Filipe Faria, diretor do festival.

Sete lágrimas inaugura o Festival no dia 25. No dia seguinte atua Eduardo Paniagua em Monsanto. No dia 2 de dezembro é a vez do Trio Porteño atuar em Salvaterra do extremo. No dia 3 não perca o espetáculo Musicantes em Ladoeiro. No dia 9 de dezembro é a vez dos Kepa Boyd+Isaac Muller atuarem em Idanha-a-Nova.

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Música, natureza, gastronomia, workshops e mini concertos. São estes os elementos que compõem o cartaz deste Festival que vai andar por terras de Idanha numa aventura para os sentidos. Conheça ao programa completo em www.foradolugar.pt.

Chão inteligente vale prémio a alunos da UBI

E se a segurança da nossa casa ou empresa estivesse ao alcance de um simples passo, assente no chão que pisamos?

Uma ideia que apesar de simples é inovadora e que valeu o Prémio Open Mind promovido pela ESEGUR, a conhecida empresa de segurança a três alunos da UBI – Universidade da Beira Interior.

Cristiano Ramos e Mikael Grilo, alunos de mestrado em Engenharia Informática, juntamente com Rita Pinto, aluna de doutoramento de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, juntaram os seus cérebros e apoiados pelo professor Pedro Inácio, desenvolveram um projeto relacionado com segurança e que consiste num novo conceito de chão inteligente para detecção de intrusos, suportado por um sistema informático de pouco custo.

O protótipo desenvolvido, como prova de conceito, usa botões de pressão por baixo do chão, que comunicam com um computador Raspberry Pi, com o qual é possível interagir via Web.

Esta é uma ideia inovadora cujas aplicações práticas podem ser variadas indo desde a detecção de intrusos até à otimização de recursos, como por exemplo, a eletricidade, passando pela identificação de zonas de passagem, ou paragem, numa grande superfície e traçado de rotas.

As aplicações a longo prazo relacionadas com o tratamento dos dados que possam ser recolhidos por uma solução deste género e as tecnologias que podem ser usadas no projeto ainda estão a ser melhor estudadas.

A ESEGUR promove este concurso há dois anos e visa premiar ideias no sector da segurança, seja de infraestruturas, seja na informática. Na primeira edição foram apresentadas várias ideias pela UBI, tendo uma equipa chegado à fase final do concurso. Este ano chegaram duas à fase final, tendo uma se sagrado vencedora.

O Rally está de volta a Nelas!

As emoções do Rally estão de volta às terras do Dão. Nelas acolhe este fim-de-semana o Rally Vinho do Dão que vem retomar a história da presença do Concelho de Nelas nas provas e campeonatos automóvel.

Este Rally conta com o apoio técnico do Clube Automóvel do Centro e a Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting e pretende tornar-se uma referencia do novo campeonato FPAK de Ralis.

A prova começa amanhã, na Praça do Município às 19h00, seguindo-se uma Prova Super Especial às 19h20 na Zona Urbana de Nelas, junto às Piscinas e Biblioteca Municipais.

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No Domingo, dia 25 de Outubro, haverá lugar a sete Provas Especiais de Classificação, começando às 9h23 no troço de Vilar Seco- Quinta Cerca (com duas passagens), pelas 10h00 será realizado o troço de Santar- Vinhas do Dão (com três passagens) e por último o troço da Felgueira, pelas 13h46 (com duas passagens).
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Os prémios serão entregues às 16h30 na Praça do Município. O grande vencedor leva para casa a Grande Garrafeira do Dão, com cerca de 60 garrafas do melhor Vinho do Dão.

Esta prova fará parte do Troféu de Terra do Campeonato FPAK e terá três troços com aproximadamente 10 kms cada, passando pelas freguesias de Nelas, Canas de Senhorim, Vilar Seco e a inspiradora Vila Vinhateira do Dão – Santar.

 

Nelas, desporto, rally, dão

Vidas de lã por Kayzer Ballet

Já aqui demos a conhecer a Companhia de Bailado com sede na Covilhã, a Kayzer Ballet.

Começou a dar os primeiros passos recentemente e já tem provas dadas. A sua mais recente criação “Vidas de lã” sobe ao palco do Teatro Municipal da Covilhã já nos dias 17 e 18 de outubro, num espetáculo que promete arrebatar almas, numa Ode à industria têxtil da Covilhã.

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Ricardo Runa, Diretor Artístico da Kayzer Ballet relembra que “A Indústria têxtil foi outrora o sustento da cidade da Covilhã, considerada a “Manchester” portuguesa devido ao elevado número de fábricas a trabalhar, com o passar dos anos e com a crise financeira que se abateu no País e na Região, a cidade assistiu ao declínio de grande parte das suas fábricas, operários despedidos e vidas destroçadas.

A cidade tem hoje um cemitério de fábricas abandonadas, espaços fantasma onde habitam outros seres vivos que não humanos. Famílias perderam a sua fonte de sustento, mas a cidade não parou…

Não se esquece o passado, e é perante os obstáculos da vida que o Homem se reinventa.

A cidade é hoje a principal “porta” de entrada para a Serra da Estrela, conta com milhares de estudantes universitários vindos de todo o País e Estrangeiro, que dão vida e enchem a alma da Cidade.

É uma cidade de talento, paixão e união”, o Diretor remata que a Covilhã “é a Cidade do meu Coração”.

Um bailado para se ver e deixar deslumbrar. O espetáculo do dia 17 tem hora marcada para as 21h30 e no dia 18 pode ser visto às 16h00. Esta criação da Kayzer Ballet conta com um outro espetáculo marcado para a Guarda onde subirá ao palco do Pequeno Auditório do Teatro Municipal da Guarda no dia 6 de novembro.

Os bilhetes custam 6€ e podem ser adquiridos, na Covilhã, na bilheteria do Teatro Municipal da Covilhã e na Guarda no TMG.

Fotografia: Carlos Pimentel

 

Os melhores percursos pedestres são nossos!

Nada que nos surpreenda é claro, afinal estamos envoltos numa paisagem maravilhosa, cheia de surpresas a cada canto e recanto.

Também sabemos que, por cá, se valoriza prática desportiva em espaços abertos e somos uma região rica em percursos pedestres, o que nos pode surpreender até, e sem modéstias claro, é que na lista dos 10 melhores percursos pedestres feita pela VortexMag, só lá tenhamos 8!

Esta lista contempla, então 10 percursos pedestres que o site considera serem os melhores, 8 deles são na região da Serra da Estrela e nas regiões em torno dela. E quais são? Pois bem, comecemos pelos percursos pedestres na região da Serra da Estrela.

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O primeiro percurso selecionado é em Gouveia, a Rota dos Penedos, que percorre as freguesias de Nespereira, Arcozelo, Rio Torto e Vinhó. Trata-se de um percurso circular que atravessa áreas de interesse arqueológico, como por exemplo, na freguesia do Arcozelo onde é possível observar duas sepulturas antropomórficas esculpidas no cimo de um rochedo.

É ainda possível, ao longo do percurso, visitar o Dólmen de Rio Torto. Com sorte, poderão encontrar raposas, texugos, ginetas e javalis.

O percurso, que começa e termina no Parque Senhora dos Verdes, tem cerca de 20,3Km e tem um grau de dificuldade moderado.

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A Rota do Javali em Manteigas é outro dos percursos pedestres selecionados pelo site. Este é um percurso com características circulares e, ao longo da caminhada, os aventureiros podem atingir a cota dos 1306m.

É um percurso de dificuldade média e tem cerca de 11km, com duração prevista de 5h.

Nesta Rota tem-se uma vista panorâmica sobre a Vila de Manteigas e é possível cruzar o interior de florestas magníficas, subir ao topo da ribeira de Leandres e sentir a cascata do “Poço do Inferno”.

Para ver com calma a Casa do Guarda-Florestal dos Carvalhais ou o Viveiro Florestal das Moitas. De destacar a paisagem provocada pelo fenómeno das cascalheiras – depósitos de fragmentos rochosos grosseiros, normalmente localizados em pendentes de inclinação moderada a forte gerados pelo fender das rochas quando a água passa do seu estado liquido a gelo.

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O percurso circular que envolve a Aldeia Histórica de Piódão foi também escolhido como um dos melhores do país. Este percurso permite vislumbrar e apreciar as paisagens envolventes desta aldeia e a sua própria fisionomia que a torna tão especial.

O percurso começa, e acaba, no Largo Cónego Manuel Nogueira ligando a aldeia ao lugar de Foz d’Égua que é igualmente belo.

É um percurso fácil, com declive pouco acentuado.

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O site selecionou, igualmente, para constar na sua lista, a Rota do Feto em Viseu, na freguesia de Mundão, com uma extensão de cerca de 5km e relativamente fácil de ser percorrido.

O percurso inicia-se junto ao Lago na Quinta do Catavejo e segue por zona residencial em direção à floresta onde se convida a descansar e apreciar a natureza envolvente.

O percurso segue pela povoação de Nespereira, passando junto à Quinta dos Cabrais, destacando-se pela sua bela e importância histórica. Chegados ao largo do fontanário o melhor mesmo é beber uns goles de água pura e restabelecer energias, seguindo por uma zona habitacional e regressando ao ponto de partida.

Ao longo deste percurso é impossível ficar-se indiferente à beleza envolvente.

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Em Carregal do Sal está outro dos percursos escolhidos pela VortexMag, o Circuito Pré Histórico Fiais/Azenha, um projeto de revitalização e valorização patrimonial que permite a quem o visita ficar a conhecer vários marcos da pré história da região. Com cerca de 4 km de extensão, este percurso permite aos aventureiros desfrutarem de uma paisagem deslumbrante.

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O Trilho das Terras de Granito na Serra do Caramulo e que atravessa as aldeias de Macieira de Alcôba, Urgeira e Carvalho, é um trilho que desvenda o antigos lugares perdidos na encosta virada a sudoeste, assim como diversos moinhos.

Os praticantes podem ainda ver vestígios de casas e campos, de vidas e lendas que contam o passado das gentes da serra.

Visite este trilho no outono e deslumbre-se com os cursos de água.

É um percurso circular com cerca de 8,90km de fácil acesso.

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Em Castro Daire está outro dos percursos pedestres selecionados como sendo um dos dez melhores do país, o Trilho do Moinhos, de tipo circular com cerca de 6,02km de extensão e de grau de dificuldade moderado.

Tem um elevado interesse paisagístico, cultural e ambiental.

Quem o percorre encontra moinhos em cascata, cursos de água maravilhosos e que convidam à contemplação.

Por fim, a lista da VortexMag refere a Rota do Megalitismo em Sever do Vouga, uma rota de dificuldade moderada com cerca de 9km, onde o passeio leva as pessoas pela história ancestral da região, com muitas antas ou dólmens, com destaque para a Anta da Capela dos Mouros, Anta do Poço dos Mouros e a Anta da Sepultura do Rei.

 

Da lista do site figuram ainda o Trilho do Vinho do Porto no Douro e o Percurso da Pedra Bela no Gerês.

Sabemos que a nossa região é rica em história e paisagens de cortar a respiração.

A nossa sugestão é que pegue nas sapatilhas e vá à descoberta destes percursos pedestres, reserve um sábado ou um domingo de outono e parta à aventura!

Fotografia: 100atalhos

 

Rodrigo Leão no TMG

Rodrigo Leão vai estar no Teatro Municipal da Guarda, no próximo dia 17 de outubro, para apresentar o trabalho “O Espírito de Um País”, álbum editado em outubro do ano passado.

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Este é um dos nomes incontornáveis do panorama musical português. Dono de uma das mais interessantes discografias, Rodrigo Leão, músico e compositor, tem visto o seu talento ser reconhecido em todo o mundo, facto que lhe tem permitido trabalhar com nomes de peso do mundo da música como Ryuichi Sakamoto ou Beth Gibbons (Portishead).

“O Espírito de Um País” é um bom pretexto para o regresso aos palcos, num formato especial e diferente daquele a que nos tem habituado. Trata-se de um espetáculo em português, onde se enaltece a alma e a identidade de um povo. Aqui, Rodrigo Leão, reencontra as suas raízes e volta a apaixonar-nos.

Um concerto a não perder no Teatro Municipal da Guarda onde, durante 75 minutos, poderemos perder-nos no universo musical deste artista. Pode adquirir o bilhete no TMG ou online no site do Teatro Municipal da Guarda. O bilhete tem um custo de 15€ e o concerto está previsto para as 21h30 no Grande Auditório no dia 17 de outubro.

 

 

5 Motivos para não visitar a Serra da Estrela

Ao longo destes 14 anos a viver na Guarda, tive a oportunidade de ficar a conhecer as belezas e as vicissitudes desta bela região.

Vim para cá estudar e por cá fiquei depois de cair de amores por um Beirão (consta que Minhotos e Beirões têm uma certa predisposição para se enamorarem. Resultado de um estudo, feito por mim, em que constatei que tenho, pelo menos, quatro casais amigos com essas características).

Não são raras as vezes em que os meus amigos e familiares do litoral me questionam pelo facto de termos preferido ficar a viver na região da Serra da Estrela em detrimento do Minho.

Ora, meus amigos minhotos não me interpretem mal, não se trata de uma questão de preferência. Adoro a minha região natal e para mim não há outra igual, tal como não há outra Serra da Estrela no mundo. Fiquei por cá porque uma parte de mim dizia que tinha de ficar e porque a vida assim o quis.

Há vantagens e desvantagens em se viver nesta região, assim como em qualquer outra deste país. Mas há coisas únicas na Serra da Estrela que a tornam tão especial e, mesmo assim, há quem não perceba porque eu gosto de aqui viver.

Decidi, para essas pessoas, fazer uma lista de motivos pelo qual, essas pessoas, NÃO devem visitar a Serra da Estrela:

 

1 – Se está de Dieta é melhor não vir até à Serra da Estrela.

Por cá as iguarias são, absolutamente, irresistíveis!

É impossível não comer um pouco de queijo da região com pão caseiro, acompanhado de umas rodelas de morcela ou de um outro qualquer enchido.

É muito difícil deixar passar o requeijão com doce de abóbora sem lhe meter a colher e os pratos de cabrito que por estes lados confecionam são um hino aos deuses da culinária.

E mais, as pessoas daqui têm uma mania terrível, algo que se acentua mais em pessoas de idade, insistindo, constantemente, para que comamos mais uma fatia de queijo, mais uma rodela de chouriça, mesmo que tenhamos acabado de almoçar.

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2 – Como é que consegues aguentar aquele frio?

Aqui o frio é, de facto, algo que se sente durante uma boa parte do ano. Se é daquelas pessoas que não aguenta temperaturas abaixo dos 10 graus é melhor não vir, a não ser que traga um casaco, peça que por estes lados faz parte da indumentária durante outono, inverno, primavera e em algumas noites de verão. O frio por aqui não é para os fracos, as temperaturas negativas são comuns durante o inverno, seja dia ou noite.

A verdade é que também sinto frio quando vou até ao norte! Por cá o frio é diferente, seco e, na minha opinião, mais suportável que o frio do inverno minhoto.

A vantagem de nos levantarmos pela manhã para enfrentarmos temperaturas negativas é que ficamos com as peles esticadas sem ser necessário o recurso a botox o que faz com que as gentes da Serra pareçam muito mais jovens!

Não é invulgar termos de tirar o gelo dos carros e conduzir com extra precaução por estradas cobertas de gelo ou neve, pode até ser uma grande arrelia, mas quando paramos para ver a paisagem à nossa volta, essas vicissitudes parecem apenas um mal menor.

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3- Se não gosta de caminhar e explorar o mundo à sua volta é melhor não vir visitar a Serra.

As paisagens são de tal modo deslumbrantes que não podem ser percorridas de carro.

O nosso corpo implora por explorar tudo minuciosamente, descobrindo cantos e recantos, podendo sentir o deslumbramento em tudo o que vemos.

A Serra existe para ser explorada e descoberta, passear de carro (a não ser que seja um Todo-o-terreno) não nos mostra a verdadeira beleza escondida nestas paisagens.

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4- Gosta da agitação e reboliço urbano?

Então não venha até cá.

Aqui reina um sentimento raro nos dias de hoje – tranquilidade.

Por cá não há longas filas de trânsito (a não ser em dias de feriado ou fins-de-semana no inverno, nos últimos quilómetros até à Torre no ponto mais alto da Serra, é que os visitantes ainda não perceberam que aquilo que está à volta da Torre é Serra da Estrela também).

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5- É um urbanoide convicto e assumido?

Deixe-se ficar pela grande cidade.

Na Serra da Estrela não há poluição.

Não há buzinadelas nem filas intermináveis de trânsito com condutores enraivecidos, apenas algumas ovelhas que nos podem atrasar 5 minutos no caminho. Aqui as pessoas fazem as coisas com calma.

Fazem longos almoços ao fim-de-semana em família. Conhecem os vizinhos e convivem com eles.

Aqui o ar respira-se sem restrições e podemos ouvir os pássaros cantar.

Em alguns locais não existe rede de telemóvel e, sabem que mais, não é preciso. Quem vem visitar a Serra deve aproveitar a natureza e deixar as tecnologias de lado, a não ser o GPS que nos ajudará nas nossas descobertas.

Estes são apenas algumas das razões que enuncio quando me questionam acerca da minha opção de vida.

 

A Serra tem estes “defeitos”, como a natureza selvagem, a simpatia e genuinidade das suas gentes, a beleza das suas aldeias, o frio tão especial e nos pequenos presentes que obtemos por cá viver, como acordar e abrir as janelas para uma manhã branca de neve ou encontrar o mundo envolto em cristais de gelo, a paisagem a perder de vista com um manto de nevoeiro ou sentarmo-nos numa mesa farta de sabores que só aqui encontramos.

Tânia Fernandes

Fotografia: Manuel Ferreira