A Cultura tem jornal na Covilhã

E você conhece a cultura e a arte que estão à sua volta? Sabe o que se faz na sua terra ou região? Conhece os artistas e os autores? E os seus trabalhos?

É altura de “dar voz às artes e às letras”, pelo menos este é o lema de António José da Silva, diretor da novíssima publicação cuja intenção é servir as artes e todas as manifestações culturais que se manifestem na Covilhã, uma terra que tem o maior número de associações por habitante do país e que se orgulha de ter enormes vultos da literatura, música, teatro, pintura, design e artes plásticas.

O editor é Pedro Leitão que aceita o convite por entender que esta publicação vem preencher uma lacuna existente no concelho, vendo este jornal como um espaço vazio na Covilhã para dar voz à cultura, aos escritores, aos pintores, assim como para mostrar os museus, dar a conhecer músicos e dar espaço aos atores sociais da Covilhã, acreditando que este jornal será ma mais valia no plano e no contexto social da cidade.

O Jornal de Cultura é um periódico mensal, que estará nas bancas no final de cada mês, uma entrevista a Ruy de Carvalho fez as honras de primeira página na edição de estreia desta publicação, ainda para ler uma reportagem sobre o Oriental da S. Martinho.

A primeira edição foi entregue de forma gratuita. O jornal conta com cerca de 20 colaboradores.

 

 

Abriu o concurso para Curtas de Viseu

O mundo da sétima arte é fascinante e os fãs deste universo são muitos.

O que não faltam são cinéfilos na região e a pensar nos apaixonados desta arte o Cine Clube de Viseu promove o VistaCurta, o Festival de Curtas de Viseu. Um Festival de cinema não se faz sem filmes e o Cine Clube de Viseu aceita, até dia 15 de agosto a inscrição de curtas-metragens produzidas desde 2012 e que preencham alguns requisitos como o facto de terem de ser filmes realizados no distrito e por autores do distrito de Viseu. As curtas têm de ser feitas sobre temas, histórias ou realidades transversais à região e à sua identidade.

Os filmes não podem ultrapassar os 30 minutos e podem ser de ficção, documentário, animação, filmes experimentais e vídeos musicais.

 

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O júri será selecionado entre profissionais de Cinema e especialistas que atribuirão o prémio para Melhor Filme, no valor de 1250€, Melhor Documentário, no valor de 1250€ e o prémio VistaJúnior, para o melhor filme realizado em contexto escolar ou por um realizador com menos de 18 anos (inclusive), no valor de 250€ atribuído em material audiovisual.

Não podem ser submetidas a concurso obras que já tenham estado presentes em edições anteriores, no entanto, não há limite para o número de obras apresentadas por candidato. Os filmes serão projetados durante o Festival e os filmes vencedores serão projetados em local e dia a designar.

O Vistacurta – Festival de Curtas de Viseu, nasceu em 2010 e em cinco edições já recebeu centenas de filmes que confirmam o potencial deste campo de ficção.

Este ano o Festival irá realizar-se em setembro de modo a apresentar um programa com mais sessões. Para mais informações é só visitar o site do Cine Clube.

 

 

As bodas do Tom

Assinala este ano as suas Bodas de Prata, dedicado às músicas do mundo, o Tom de Festa é o mais antigo Festival do género em Portugal.

São 25 anos que começaram de modo tão natural como a vida, como o reavivar de uma festa popular que evoluiu para um acontecimento artístico-cultural onde a matriz da ACERT se revisse. São 25 anos de mais de uma centena de noites e muitos encontros, de celebração de música ancorada às outras muitas artes e dinamização comunitária de que é moldada a ACERT.

A essência deste Festival não está na quantidade de gente que atrai. Esta na sua identidade e genuinidade que quem o faz e de quem se sente atraído por essas simples razões tão autenticas e por isso tão contagiantes. É um Festival com a alma de quem o faz e com a alma de quem nele participa, e por isso vale a pena ser vivido.

Este Festival é uma Ode ao mundo, à cultura e à arte, fator de relação solidária entre os povos.

Cheio de momentos surpreendentes, o Tom de Festa deste ano pretende dar continuidade ao que o torna único com um programa contagiante.

De 14 a 18 de julho serão várias as atividades e diversos os nomes que vão passar por Tondela.

Segundo a organização, durante este período, Tondela será guineense e mexicana, dançará o tango e rimará o rap, irá relembrar o foral que lhe deu jurisdição e não se esquecerá dos saltimbancos que por estas terras foram passando. Há ainda promessa de porco assado em mesa partilhada, numa mistura com os músicos, numa babel de sonhos e loucura à mistura tal qual a casa da ACERT.

A abrir as hostes do festival o concerto comemorativo dos 500 anos do Foral de Besteiros, logo no dia 14 de julho, convocados foram alguns nomes do panorama musical de raízes em Tondela como a cantora dos Deolinda, Ana bacalhau, Filipe Melo e Samuel Uria, assim como os músicos d’A Cor da Língua ACERT.

A companhia ACERT irá invadir o espaço do festival no dia 15 com uma Ode ligeira e humorada, com um final apoteótico que abrirá o pano de boca numa ceia onde artistas e público provarão um porco no espeto, porque “O Porco é um Bísaro e come-se!, tem mais é que ser comido e bebido como manda a lei.

Vamos até ao México no terceiro dia do festival!

Jenny and The Mexicats. Uma londrina, um espanhol e dois mexicanos resultam numa banda de som e ritmos poderosos numa sonoridade multicultural. A garantia é a de uma festa sonora que não deixará ninguém indiferente!

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Para terras quentes e misteriosas é o rumo da viagem no dia 17. Da Guiné-Bissau, Karyna Gomes, apresenta-nos o seu disco a solo, Mindjer, uma homenagem às mulheres guineenses e à sua luta pela liberdade. Este álbum mistura a música tradicional com a mais moderna, com influências da soul, jazz e R’n’b. Da Guiné-Bissau passamos até ao outro lado do Atlântico, com a Orquestra típica de Fernandez Fierro da Argentina. A noite irá encher-se de tango numa energia inesgotável.

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No dia 18 vamos sentir o arrepiar na pele da rima, com Capicua e o seu modo único de expressão. Rapper portuguesa, de verbo solto e rima afiada para intervir. Ainda no dia 18 sobem ao palco os Clã, banda icónica do panorama musical nacional.

Capicua artigo

Mas há mais para além da música neste Tom de Festa em Tondela. Há artesanato, exposições, produtos locais, literatura, gastronomia regional, vídeo e animações. Os preços variam entre os 5 e os 10€ para bilhetes diários e os 12,50€ e os 25€ para os três dias do Festival. Para mais informações o melhor mesmo é ir até http://www.acert.pt/tomdefesta/2015/sobre-o-festival/programa. Vemo-nos por lá!

Há luz em Almeida

Quando pensamos em Almeida o que nos acorre ao pensamento é a recriação histórica das Invasões francesas e muralhas em forma de estrela, a par de um património histórico rico.

É certo que a recriação histórica da invasão francesa é o evento do ano em Almeida, mas há mais nesta vila, exemplo disso é o evento que vai decorrer já nos dias 3, 4 e 5 de julho, com a organização do Festival Cultura e Luz que promete transformar o Centro Histórico da Vila numa experiência cultural que promete marcar pela diferença, com várias áreas dedicadas à arte, cultura, evolução tecnológica, entre outras.

A organização promete um Festival em torno da luz com espetáculos e percursos de luz, projeções multimédia e vídeo mapping em edifícios do centro histórico, e os locais mais emblemáticos da vila vão enaltecer a herança histórica local e garantir uma visita surpreendente a Almeida.

Além das atividades em torno da cultura e da temática da luz, quem visitar Almeida por esses dias terá a oportunidade de assistir a vários tipos de animação de rua, face painting, o apagão, teatro de rua, poderá caminhar pela rota dos candeeiros coloridos, esculturas de fogo e música com concertos dos “Desajeitados”, Dj´s, Zumba, Glow Party e fogo de artifício.

O público infantil também não foi esquecido e poderão, durante o festival, fazer uma viagem pelo corpo humano a 3 dimensões, através do Champimóvel da Fundação Champalimaud, assim como poderão desfrutar de animatróicos onde poderão assistir a clássicos da animação infantil.

Almeida irá, então, encher-se de luz e cultura num festival pensado para toda a família e que promete dinamizar o centro histórico da vila!

 

 

Há arte urbana nas aldeias

Quem disse que a arte é para ser vista apenas nos núcleos urbanos?

Mesmo a dita arte urbana não se pode confinar apenas à urbe, deve ser livre e acessível a todos, ser integrada em contextos diversos e respirar!

Para os lados de Castelo Branco celebra-se esta ideia. As aldeias do Barbaído, Chão-da-vã, Freixal do Campo e Juncal do Campo, recebem nos dias 19, 20 e 21 de junho uma exposição de Arte Urbana, inserida no projeto de arte, comunidade e sustentabilidade “Aldeias Artísticas”, onde se procura explorar um novo modelo de desenvolvimento local através da fusão artística urbana com a rural.

“Aldeias Artísticas” acolhe trabalhos de diversos artistas de várias áreas transversais da arte como a arte urbana, ilustração, design gráfico, fotografia, artes performativas, entre outros, que estão em residência nas aldeias e produzem obras que nascem do seu contacto direto com o contexto envolvente, dando origem a uma identidade local única.

O projeto já envolveu 3 artistas urbanos que habitaram as aldeias e contactaram com o seu património, tradições e realidades, numa relação de aprendizagem e partilha.

Até ao festival acolherá mais 7 artistas.

Este projeto já desenvolveu workshops de fotografia que trouxeram cerca de 40 participantes de vários pontos do país às aldeias, numa perspectiva não apenas artística mas também de interação social com o meio e os seus.

O Festival “Aldeias Artísticas” quer ser, mais que uma exposição, um momento de celebração de todo o trabalho desenvolvido e uma oportunidade para as pessoas terem um contacto mais próximo com a iniciativa.

O projeto “Aldeias Artísticas” não tem fins lucrativos e é promovido pelas associações EcoGerminar e Terceira Pessoa, resultando da dinâmica comunitária do projeto “Há Festa no Campo”, uma iniciativa com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, e conta com diversos parceiros e apoio de associações locais.

 

 

Tempos idos em arte no Côa

A ideia que ficamos é a de estarmos num bailado, com as montanhas a ondularem numa espécie de magia que só a mãe natureza sabe produzir.

Esculpidas por vinhas e extensos olivais e onde, na primavera, brotam, aos milhões, as flores das amendoeiras, transformando a paisagem numa visão etérea! No fundo o Côa.

No outono, as folhas das vinhas envermelhecem e pintam o quadro cor de fogo. Ao fundo corre, sereno, o rio Côa, que com a sua persistência vai esculpindo a paisagem desde tempos em que o homem não pisava estas terras, o que foi mesmo há muitos milénios, já que esta região sempre atraiu o Homem, e aqui encontramos, ao longo do leito do rio, nas suas rochas de xisto, painéis de arte, com milhares de gravuras legadas pelos nossos antepassados.

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Na região os testemunhos de tempos idos.

Trazem-nos 25.000 anos de tempo, levando-nos numa viagem até ao Paleolítico Superior, com passagens pelo Neolítico e Idade do Ferro, transpondo de rompante dois mil anos de História para firmar na Época Moderna representações religiosas, nomes e datas até há poucas dezenas de anos.
Este espólio ao ar livre foi descoberto no séc. XX, sendo que nos últimos 17 km do rio Côa, com centenas de gravuras do Paleolítico nas suas margens e que se estendem até ao Douro, viriam a pertencer ao primeiro parque arqueológico português, agora incluídos na lista de monumentos do Património da Humanidade da UNESCO.
A arte rupestre não está apenas em cavernas e o Côa é prova disso, e pode ser apreciado no Museu do Côa através de originais de arte móvel, réplicas de painéis e informação interativa fazendo uso da tecnologia digital e também em visitas organizadas ao vale com guias especializados.
O Museu do Côa integra-se na paisagem, como um complemento à mesma, sendo “um gesto forte e afirmativo, mas também subtil, sensível à topografia e dialogante com a paisagem que o recebe”, como se pode ler no site da Fundação do Côa, lá dentro, todo esse universo de arte e mistério que envolve o Côa.

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No Museu os visitantes têm a oportunidade de realizar visitas orientadas a sítios de arte rupestre do Parque Arqueológico do Vale do Côa, como a Canada do Inferno, Penascosa e Ribeira de Piscos.

Locais apenas acessíveis por caminhos de terra batida, com visitas feitas em horários onde a luminosidade natural é a ideal de modo a que se possa potenciar ao máximo a sua visualização, sendo que os sítios da Canada do Inferno e da Ribeira de Piscos são visitados apenas durante a manhã. Já os painéis da Penascosa, uma vez que se encontram do lado oposto do rio em relação os restantes lugares, só podem ser visitados de tarde.

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Visitar os sítios onde a arte “vive” pode não ser fácil para algumas pessoas, variando o grau de dificuldade entre os três locais, sendo o da Ribeira de Piscos considerado de dificuldade média com um percurso pedestre exigente e longo, com ligeiros desníveis, e no verão as visitas a estes locais podem ser complicadas devido às temperaturas elevadas que a região experiencia nesta altura do ano.

Os visitantes têm também a oportunidade de fazer uma visita noturna ao sitio de arte rupestre da Penascosa, muito semelhante à experiência diurna, com a oportunidade de ver a arte com recurso a luz artificial que proporciona uma iluminação rasante dos motivos gravados.

Esta visita pretende criar as melhores condições possíveis para uma adequada apreciação da beleza desta arte, com a criação de efeitos de luz e sombra que realçam os motivos gravados, fazendo-os emergir da superfície da rocha, dando a oportunidade de salientar alguns motivos em relação a outros, juntando a isto a mística que só o ambiente noturno pode proporcionar!

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Seja como for, o Museu do Côa merece ser visitado, não apenas pela viagem ao passado que proporciona, mas até pelo edifício em si, exemplo da arquitetura moderna com respeito pela envolvente.

Toda a região é apelativa para um dia de passeio em família, com paisagens deslumbrantes, por algum motivo a Humanidade se foi abeirando por estes lados, deixando a sua marca!

Fotografia: José Paulo Ruas; João Ramba; Mário Reis
Fonte: www.arte-coa.pt

O Cartoonista soldado da democracia

Ninguém lhes fica indiferente e é impressionante como um rabisco no papel pode ter uma força de tal ordem corrosiva que fere mais que uma arma, falamos do cartoonista.

O Cartoon, e o cartoonista, tem um papel importantíssimo desde tempos históricos, principalmente na sátira. Faz rir muitos, leva outros tantos à reflexão, ofende outros e brutaliza alguns, exemplo disso foram os acontecimentos do passado 7 janeiro em Paris, uma data que ficará marcada na memória de todos. Mas não são acontecimentos destes que farão aqueles que usam o lápis e o papel como armas de luta esmorecer.
Os Cartoonistas –Soldados de Infantaria da Democracia, de Stéphanie Valloatto, é o retrato de doze formidáveis, loucos e trágicos cartoonistas dos quatro cantos do mundo que defendem a democracia com uma só arma: um lápis, correndo com isso, a cada desenho, risco de vida. São franceses, russos, mexicanos, americanos, chineses, venezuelanos, palestinianos, israelitas, tunisinos, entre outros, com uma única missão: defender a liberdade e a democracia, fazendo rir. São heróis dos nossos tempos. Pessoas com coragem. Um filme para ver, refletir e sentir, em exibição no Pequeno Auditório do Teatro Municipal da Guarda, às 21h30 do dia 16 de junho.

Velhos são os trapos, vamos à Feira de Artesanato!

Os aficionados do colecionismo e de antiguidades podem bater palminhas de contentes, a Feira de Antiguidades e Colecionismo regressa já este fim-de-semana à Guarda, no mesmo local onde decorreu nos anos anteriores, bem no coração da cidade, frente à Sé Catedral.

A Feira de Antiguidades e Colecionismo irá realizar-se no primeiro domingo dos meses de junho, julho, agosto e setembro. É uma ótima oportunidade para quem quer encontrar verdadeiros tesouros ou vendê-los! São dezenas as bancas que se espalham por toda a Praça Luís de Camões, que este ano se apresentará com uma componente visual melhorada, criando um espaço mais atrativo tanto para os vendedores como para quem visita a Feira.

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São vários os artigos que se encontram nesta Feira. Em edições anteriores os visitantes podiam encontrar desde peças de mobiliário e loiças, a roupas ou calendários.

É um festim para os aficionados e atrai dezenas de pessoas ao Centro Histórico da cidade vindos de toda a região e inclusive da vizinha Espanha.

A par da sua vertente económica irão decorrer várias atividades lúdicas que irão dinamizar toda a envolvente da Feira, estando previsto um Ateliê de Crachás onde os visitantes terão a oportunidade de aprender como se faz este objeto podendo, no final, levar o crachá consigo.

Trata-se de um evento para toda a família sendo que para os mais pequenos também existem atividades como um ateliê de pinturas faciais. A organização promete a criação de um ambiente mágico com uma Mulher-Estátua que do alto dos seus três metros de altura dará as boas-vindas aos visitantes e para a Ribeirinha que andará pelo recinto em busca do seu amado D. Sancho I. Ainda a presença da dupla “Flower World” , vinda de um século distante, que irá espalhar charme por todo o recinto, e da presença de música tradicional portuguesa garantida por grupos da região.

A primeira edição da feira é já este domingo a partir das 10h da manhã e é uma grande oportunidade para encontrar verdadeiros tesouros!

 

 

Mary Poppins, a Ama que todos queremos!

Está no nosso imaginário há muitos anos. É, provavelmente, uma das personagens mais marcantes e queridas do cinema e fez as delicias de muitas famílias nas noites de cinema.

Enigmática, divertida e deliciosamente mágica, ela é a ama perfeita, aquela com que, quando éramos crianças, gostaríamos de ter tido e aquela que gostaríamos que existisse para tomar conta dos nossos filhos, com os poderes de voar com o seu guarda chuva preto incluídos, ela era Mary Poppins! Estreou nas salas nacionais em 1965, e está de volta, não à sétima arte mas ao teatro, e aqui bem perto, com assinatura nacional, no Teatro Municipal da Guarda.

No dia 13 de junho, sobe ao palco do Pequeno Auditório a Peça “Mary Poppins, a mulher que salvou o mundo”. Esperamos que a ama venha salvar o mundo de mais uma família, mas da mesma forma que as taxas de juro podem variar, o mesmo acontece com os ventos, e Mary Poppins parte sempre que o vento muda, deixando o caos. Mary Poppins apresenta-se a uma nova família, candidatando-se ao lugar de preceptora. Deve sujeitar-se a uma entrevista de emprego, apresentando o seu vasto curriculum e falando do seu longuíssimo percurso.

A família está ansiosa para a receber e lança-se em pedidos e desejos que a preceptora deverá satisfazer.

O espetáculo explora o sentido musical existente nas palavras, a prosápia, os momentos corais, o absurdo dos sentidos, integrando o non-sense, tentando dar emprego à antiga preceptora.

Segundo a critica este é um espetáculo surpreendente e enigmático, divertido, ligeiro, analítico, profundo, rigoroso e disfarçado de ingénuo. Quem o traz à Guarda é Ricardo Neves-Neves pela produção do Teatro do Eléctrico e com interpretações de Ana Valentim, Custódia Gallego, Patrícia Andrade, Rafael Gomes e Vítor Oliveira.

Para ver com toda a família no Pequeno Auditório do TMG no dia 13 de Junho pelas 21h30, o bilhete custa 6€.

Mais TMG:

https://heartbeat.pt/aniversario-tmg/

 

Do Sanatório para a Cultura

Um Sanatório que passou a Museu. Nasceu para ser visitado e apreciado, guardando no seu interior obras de arte de vários tipos.

Pensado desde a sua fundação para ser um Museu de referencia e conseguiu-o. Hoje falamos do Museu do Caramulo, mandado edificar por Abel e João de Lacerda nos anos cinquenta, baseado nos mais modernos conceitos de museologia.

Abel de Lacerda era um apaixonado pela arte e manda construir um edifício para albergar e expor uma invulgar coleção de objetos de arte constituída por 500 peças das mais diversas expressões, desde a pintura, escultura, mobiliário, cerâmicas e tapeçarias. Já o irmão, João de Lacerda nutria uma forte paixão pelo mundo automóvel, mandando construir junto ao primeiro edifício um espaço vocacionado para a exposição de cerca de 100 automóveis e motos, seguindo o principio de que todos os veículos pudessem sair facilmente para poderem ser exibidos ou conservados.

Este Museu, além da sua intenção óbvia de servir de espaço de exposição, tinha como propósito retirar à região do Caramulo o seu carácter de Sanatório.

Livrando-a do estigma da doença, apesar de aí ter sido mandado edificar pelo pai de ambos, Jerónimo de Lacerda, aquela que era, há altura, a maior estância senatorial, não apenas do País, mas de toda a Península Ibérica e que viu o seu declínio às mãos do progresso da medicina.

Os irmãos João e Abel conseguiram aquilo que tanto desejavam, retirar o estigma da doença à região e fazer com que este espaço fosse uma homenagem à arte nas suas mais diversas formas, hoje quem visita o Museu do Caramulo pode apreciar obras de arte antiga, com peças de arte Egípcia, escultura, cerâmica chinesa ou arte Japonesa, entre outras, poderá, igualmente, apreciar obras de arte moderna ou contemporânea com peças do século XX e XXI assim como artes gráficas. Aliás, este que é um dos mais importantes Museus do país possui algumas obras de artistas de renome como Pablo Picasso, Salvador Dali, Miró, Vieira da Silva e Jean Lurçat.

 

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Este é um Museu para todos e mesmo os mais novos irão deliciar-se com a exposição de brinquedos lá patente, e que, garantidamente, farão as delicias também dos adultos.

No que toca aos mundo dos motores, os visitantes poderão ver veículos automóveis variados, assim como motociclos ou velocípedes. Da sua coleção fazem parte uma réplica do primeiro automóvel de Karl Benz, um Peugeot de 1899, um Bugatti 35-B (o mais rápido automóvel de competição da época), o Rolls-Royce Phantom III, conhecido por “Carro dos Papas” e ainda o Mercedes Blindado que este ao serviço de Abel Salazar, antigo estadista nacional.

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O Museu do Caramulo está inserido numa paisagem deslumbrante que oferece aos visitantes muitos motivos para visitarem a região. Este Museu já recebeu, desde a sua abertura em 1959, mais de um milhão e meio de visitantes e está aberto praticamente todos os dias, com exceção de alguns feriados como o Natal.

A região do Caramulo já não é vista como um local onde se iam curar as maleitas do corpo, um Sanatório,  hoje é um dos locais de eleição para quem quer curar as maleitas da mente e apagar a sede de cultura.