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Trancoso cheio de sabor na Feira do Fumeiro

Já lhe sentimos o sabor! É impossível ser-lhe indiferente, mesmo quando o médico nos diz que o colesterol está alto!

Os portugueses sabem que é muito complicado resistir-lhe, e aqui nas beiras essa luta assume contornos de maléfico requinte, com a tentação a levar, na maioria das vezes, a melhor. Falo, claro, dos enchidos, das delicias do fumeiro, daquelas tentações às quais nem queremos resistir!

E, como já sabemos que não conseguimos resistir, o melhor mesmo é darmo-nos como vencidos e celebrar!

É o que se vai fazer já no próximo fim-de-semana em Trancoso com a 13ª Feira do Fumeiro dos sabores e do Artesanato do Nordeste da Beira. A festa arranca no dia 26 e decorre até o dia 28, parando uns dias e voltando à carga nos dias 5 e 6 de março, no Pavilhão Multiusos de Trancoso.

Serão cerca de 100 os expositores que irão encher o pavilhão de cheiros irresistíveis e sabores únicos, com enchidos e fumados, queijos, pão, doçaria regional, vinhos, mel, azeites, e como se isso não bastasse para nos fazer ter encontro marcado em Trancoso, junta-se ainda o artesanato regional, configurando aquela que será, provavelmente, a maior mostra de produtos agro alimentares da região das Beiras.

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Paralelamente a esta atividade decorrerá, ainda, uma exposição de suínos de raça bísara, ao pé do pavilhão. E além da Feira, vários restaurantes da região irão promover, durante estes dias, o 9º Festival Gastronómico “Trancoso Gastronomia com Tradição”. Motivos mais que suficientes para que até Quinta-feira faça uma dieta para depois no fim-de-semana ir até Trancoso e provar de tudo um pouco, porque afinal, quem consegue resistir?

 

5 locais de visita obrigatória em Viseu

Viseu. Cidade de Viriato. Várias vezes eleita como a melhor cidade para se viver. E não é para menos.

Viseu reúne as virtudes de um centro cosmopolita, onde podemos encontrar tudo aquilo que a vida moderna exige, como centros comerciais, Museus, Teatro ou centros desportivos, às grandes vantagens de uma cidade no interior de Portugal, como a tranquilidade, segurança e ar puro, para não falar das belezas naturais que a sua proximidade com a Serra da Estrela proporcionam.

A centralidade de Viseu torna-a uma cidade apetecível, não apenas para viver, mas também para visitar, e sabemos que, além de tudo o que já vos disse, Viseu conta ainda com a tão afamada hospitalidade beirã característica das pessoas de cá, não que as restantes regiões do país não saibam receber, mas Viseu tem um jeito diferente de acolher.

Quem visita a cidade não pode deixar de apreciar a gastronomia e as paisagens, mas hoje, e porque não me quero alongar, vou sugerir 5 locais imperdíveis!

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Centro Histórico

Um passeio pelo passado 

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Se visitar Viseu passeie nas suas ruas do Centro Histórico, este é o coração da cidade. O Adro da Sé é considerado uma das mais belas praças deste país, com quatro majestosas edificações a apreciar: a Varanda dos Cónegos e Torre de Menagem, a Sé Catedral, O Museu Grão vasco e a Igreja da Misericórdia.

No Rossio deslumbre-se com a ampla praça, um ponto de encontro sombreado de tílias. Aqui encontra os Paços do Concelho, a Igreja dos Terceiros de estilo Barroco, o Painel de Azulejos ao longo do Jardim das Mães e ao cimo a Casa Museu Almeida Moreira.

Viseu possui um dos mais belos conjuntos de casas, portais e janelas de estilos Gótico-Manuelino que poderá apreciar um pouco por todo o centro histórico. A janela geminada Manuelina mais bonita da cidade pode ser vista na Praça D. Duarte, onde está a estátua do Rei de Portugal.

 

A Sé Catedral

Pela fé e pela arte 

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Fiel sentinela desta cidade. No alto da sua imponência é o farol desta cidade. É impossível ficar indiferente à sua presença, abraça todos e dá as boas vindas a quem visita Viseu.

Ancestral de seu nascimento, veio para ficar e o seu lugar jamais será conquistado por qualquer outro monumento.

Quando entramos não ficamos indiferentes à sua dimensão, assoberbados pela beleza requintada da sua construção. Somos pequenos aqui. Somos grandes na sua alma. Aqui contamos a passagem do tempo pelos seus estilos.

Quem visita a Sé Catedral não faz apenas uma viagem pela fé, embarcando numa viagem pela própria história da arquitetura religiosa portuguesa. Vale a pena visitar, seja pelo seu carácter religioso, seja pela peça de arte que a mesma é. Seja como for, em ambos os casos, visitar a Sé de Viseu é encetar uma caminhada pela alma.

 

Museu Nacional Grão Vasco

A Cultura tem lugar

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Este é um local de visita obrigatória, não apenas pela coleção de pintura quinhentista do autor Vasco Fernandes, mas também pela pintura portuguesa dos séculos XIX e XX.

O Museu está instalado no antigo paço Episcopal e foi totalmente renovado pelo arquiteto Souto Moura.

No Museu Nacional Grão Vasco pode ainda ficar a conhecer exemplares de faiança portuguesa, porcelana oriental e mobiliário, assim como um conjunto de objetos e suportes figurativos originalmente destinados a práticas litúrgicas.

 

Cava de Viriato

O Mistério de Viseu

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Monumento Nacional desde 1910, a Cava de Viriato é um dos maiores mistérios da região. Não se sabendo ao certo a sua construção, esta fortaleza de planta octogonal de 38 hectares é rodeado por muros e protegida por taludes.

A Cava é cercada por um fosso de água onde nos surpreende o sofisticado sistema de engenharia hidráulica que ligava o seu interior ao rio Paiva e à ribeira de Santiago. Esta é uma configuração única na Península Ibérica e sabe-se que, apesar de Viriato lhe dar o nome, não terá qualquer relação com o guerreiro lusitano, apesar da famosa estátua lá erigida, havendo teorias que defendem que terá sido construída por muçulmanos.

Em 2001 a área foi requalificada e conta com uma passadeira ao longo de toda a estrutura dos taludes permitindo que os visitantes possam apreciar este monumento.

Apesar das teorias em torno da Cava a sua fundação ainda não foi determinada com certeza, daí o mistério em torno do monumento. A sua importância para Viseu é imensa, sendo que os símbolos adotados pelo Município para a sua Identidade Visual são inspirados no formato da Cava de Viriato. Visite-o e imagine, você mesmo, o que terá acontecido aqui!

 

Parque do Fontelo

O Pulmão de Viseu

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Este é o pulmão de Viseu. Um dos locais favoritos para retemperar energias, o Parque Florestal do Fontelo é um local secular, apreciado desde há muito pelas pessoas de Viseu para os seus passeios pela natureza. É um sitio magnifico para passear com a família, rico em espécies vegetais e árvores de onde se destacam os castanheiros e os carvalhos.

Outrora considerado uma das mais luxuosas e exóticas quintas de recreio em Portugal, hoje encontramos neste espaço várias valências como campos de futebol, basquete e ténis, piscinas, um Skate Park, um pavilhão multiusos e um parque infantil.

 

Viseu é uma cidade maravilhosa para se viver, em constante evolução, com uma qualidade de vida invejável. vale a pena ser visitada e apreciada. Estas são apenas algumas sugestões daquilo que pode ficar a conhecer em Viseu, para outro dia ficam as sugestões gastronómicas!

 

Fotografia: cidadeviseu.com, visitecentroportugal.com.pt, bp.blogspot.com

Descubra Viseu:

https://heartbeat.pt/8-maravilhas-viseu/

https://heartbeat.pt/top-viseu/

A Estrada perfeita para Fugir

Há dias, momentos da vida em que, de forma desesperada, temos uma vontade de desaparecer para parte incerta.

Desligar o telemóvel, esquecer os e-mails e redes sociais, apagar dos olhos as paisagens de sempre, cortar o som das vozes costumeiras e simplesmente ir. Seguir esta estrada.

 

Que estrada? – N 221 – Barca D’Alva – Penedo Durão

Porquê? – Ficar off line.

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A internet está cheia de imagens de estradas com frases bonitas sobre isto. Esqueça a Internet. Mas leia este artigo até ao fim. Descobri o caminho para Barca D’Alva e Penedo Durão há muitos anos, quando precisava de distância de quase tudo.

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Quando achar que é o seu dia de respirar fundo, coloque combustível no carro e siga sozinho em direção a Figueira de Castelo Rodrigo, depois Escalhão e finalmente Barca d’Alva.

Até lá a estrada já é agradavelmente solitária, boa para pensar, apreciar o clima e flora semidesérticos daquela região. Rádio? Erm… há poucas [ou até nenhumas] estações disponíveis. Mais vale um CD/USB com aquelas músicas deprimentes que o fazem questionar o sentido da vida.

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Os Travis cantam My eyes à chegada a Barca D’Alva.

O interessante desta pequena aldeia tão isolada é que tem um pouco de Mundo com os barcos carregados de turistas que ali chegam frequentemente. O espelho do Douro reflete a beleza de uma região agreste e misteriosa.

Paro.

Três cães brincam e aproximam-se alegremente de mim enquanto fotografo o rio. “Ó bóbi não mordes pois não?”

Não.

Não morde.

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Saio da primeira localidade da Nação que o Douro banha e uns quilómetros à frente viro numa pequena cortada à esquerda com uma placa que diz “Estrada do Candedo”.

Aqui começa o troço mais interessante.

A estrada tem, basicamente, a largura do carro e é esculpida nas escarpas. Há uma dose de risco, nesta estrada. Em caso de acidente o isolamento é muito real.

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Mas sendo positivos, olhemos para as pedras afiadas e precipícios como uma experiência diferente, surpreendente e única. Pergunto-me “ainda estou em Portugal?” Esta paisagem lunar açambarca-me e engole o carro.

Conhece estradas sem trânsito?

Esta está 2 níveis acima disso.

Não tem trânsito, não tem pessoas, não tem nada.

Já está perdido.

Longe.

Off line.

Vá devagar.

Ou até a pé.

Agora é saborear a subida até ao miradouro de Penedo Durão e uma vez lá chegado, com o nevoeiro a passear pelos vales do Douro Internacional é altura de parar o carro, sentar-se no capô e fazer reset à alma. Volte para a civilização quando quiser.

Não tem de quê.

Handerson Aguiar Engrácio

 

Veja também:

 

O Entrudo é Gordo para lados do Sabugal

Aproxima-se o fim-de-semana mais folião do ano!

Um pouco por toda a região apresentam-se os cartazes que irão fazer a festa e não há terra onde o Carnaval não se vá fazer sentir!

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No Sabugal o Entrudo é Gordo em homenagem às tradições associadas à matança do porco que era, e ainda é, tradição na ruralidade do concelho por estes dias do ano, o porco, é portanto, o Rei do Carnaval do Sabugal.

O Carnaval tem 5 dias neste concelho raiano, de 5 a 9 de fevereiro e durante esse período os restaurantes da região irão render-se aos sabores com a atividade “Os Nossos Sabores”, confecionando pratos alusivos a esta época de folia.

No dia 6 de fevereiro a freguesia do Soito acolhe o VII Capitulo da Confraria do Bucho Raiano enquanto que em Penalobo haverá o “Desamuar do Forno e Ronda dos Pipos. Em Quarta-Feira haverá o “Pão da Nossa Aldeia” e no domingo será a leitura da “Fama do Entrudo”, enquanto que a Lageosa da raia acolhe a Capeia de Carnaval. No sabugal a Festa desenrola-se ao ritmo do Baile de Finalistas e em Aldeia Velha terá lugar o Baile de Carnaval.

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No domingo, a partir das 15h00 sai pelas ruas do Sabugal o Desfile de Carnaval. De 7 a 9 de fevereiro, Aldeia do Bispo recebe o Mercado da Terra, e no dia 7, aqui, terá lugar a Largada, Desfile e Garraiada.

Venha daí o BOOM!

Já começa a ganhar forma um dos festivais mais alternativos da Europa e que se realizada em Idanha-a-Nova de dois em dois anos.

Este é um evento conhecido em Portugal, mas é no público estrangeiro que ele ganha expressão, sendo, um dos Festivais que mais pessoas atrai em Portugal, sendo que na sua maioria falamos de pessoas que chegam dos quatro cantos do mundo, Falamos do Boom Festival.

É um festival alternativo, com uma essência muito própria e que transforma a região, com uma energia muito própria e uma filosofia única, fatores que o tornam tão especial e tão procurado, de tal modo que ao final de um mês de colocação à venda dos 33,333 bilhetes online os mesmo já tinham esgotado, e falamos de bilhetes a custarem 130€.

O Boom Festival decorre de 11 a 18 de agosto na Barragem de Idanha-a-Nova e celebra a cultura alternativa, sendo um festival multidisciplinar, transgeracional e intercultural, cruzando diversas correntes artísticas como a pintura, escultura, land art, instalações interativas, música, vídeo arte, galeria de artes plásticas ou graffiti.

O cartaz contém música, claro, conferencias, workshops, tertúlias e apresentações de temas variados.

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Para este ano o tema escolhido é o Xamanismo, a mais antiga forma de religião da humanidade, assente numa forte ligação ecológica, na consciencialização da interdependência dos organismos terrestres, e na crença da existência de mundos invisíveis. Este tema pretende ser um tributo às inúmeras formas simbólicas que a figura do xamã representa nas diversas culturas da América, África, Austrália, Ásia e Europa, aliado ao facto de ser uma das mais importantes inspirações mundiais do movimento psicadélico e visionário.

Para este ano o Festival Boom conta com algumas novidades como a introdução de uma nova zona dedicada à Dança, um novo espaço dedicado às tecnologias ecológicas, com uma abordagem centrada em modelos comunitários e no conceito “Faz tu mesmo”, de forma a descobrir as inovações que estão a ser desenvolvidas de modo a criar um futuro mais sustentável.

Outra das novidades é a criação de uma zona dedicada às Organizações Não Governamentais. Haverá ainda um novo jardim repleto de instalações interativas de arte digital e uma nova área de restauração e convívio no Campismo e Parque de Caravanas B.

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Os bilhetes online já estão esgotados. A organização mantem a premissa de limitação de bilhetes por acreditar que crescimento não é sinónimo de sucesso. No entanto, haverá bilhetes à venda, a partir de 23 de fevereiro nos embaixadores, locais escolhidos onde as pessoas poderão comprar o seu bilhete e ficar a conhecer mais pormenores do Festival, podem consultar a lista no site oficial do Festival.

O Boom Festival é o único Festival Português com prémios internacionais reconhecido pela sua filosofia ambiental.

 

 

O Laboratório do Circo está em Viseu

Está de volta o Circus Lab a Viseu, o laboratório do circo, depois de uma primeira fase decorrida no ano passado, com um momento de reflexão sobre as artes no ensino e de criação artística de raiz, durante os dias 22, 23, 25 e 26 de janeiro.

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Serão três os processo desenvolvidos pelos parceiros artísticos deste projeto, a ACERT, a Binaural/Nodar, Companhia Paulo Ribeiro, Erva Daninha, Companhia O Último Momento e a Companhia Radar 360º , com turmas da escola Secundária Viriato, do agrupamento de Escolas de Tondela Tomaz Ribeiro e do Agrupamento de Escolas de São Pedro do Sul.

Com este projeto procura-se promover o contacto com o Novo Circo, uma disciplina pouco explorada no nosso país, e fomentar em cada grupo a discussão de temas universais que aproximam as artes e o ensino.

Os processos criativos culminarão com apresentações na ACERT, Cine Teatro Municipal Jaime Gralheiro e no Teatro Viriato. Neste último a apresentação será precedida de uma conferencia internacional que reflete a importância do ensino artístico no ensino obrigatório, destinada a professores, diretores de agrupamentos e decisores políticos com responsabilidade nas políticas do ensino e investigadores da área.

Consulte o programa deste Circus Lab em www.teatroviriato.com.

Foto:Carlos Fernandes

 

Em Viseu o Teatro é à grande e à francesa!

Este sábado, Viseu será invadido, pacificamente, por pequenos espetáculos teatrais no Teatro Viriato, com a nova temporada a arrancar “À grande e à francesa”, com a participação de diferentes companhias de Teatro, resultando numa grande festa cultural.

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Durante a tarde e a noite está prometida uma viagem mágica pelo universo do teatro das pequenas formas que irá ocupar os espaços do Teatro, principalmente os mias inusitados e desconhecidos do público.

Esta é uma viagem que inclui oito espetáculos, com duas estreias pelas mãos da Companhia A Tarumba e pelo Teatro Mais Pequeno do Mundo.

O destaque vai para os clássicos franceses do teatro de objetos, criados por algumas companhias que iniciaram o seu percurso no século XIX.

Esta viagem conta também com artistas residentes em Viseu e que presentearão o público com pequenas formas em tom de experiências artísticas.

Este será um momento único pata todos os públicos conhecerem o teatro de pequenas formas mas, e também, o Teatro Viriato que, assim, se abre em festa para uma nova Temporada.

O programa arranca com a Companhia Les Petits Miracles com o trabalho Les Puces Savantes, que conta a história de Alfredo Panzani, ex-domador de gatos, trocou os seus leões por um espetáculo cujos protagonistas são pulgas. Les Puces Savantes é um espetáculo cómico, onde cada comichão é motivo de riso. “este não é o nariz de Gógol, mas podia ser…” pela Companhia A tarumba fala da importância de ter um nariz, seja para não dar com o ele na porta, não meter o nariz onde não é chamado, ser dono do nariz ou para meter o nariz em tudo! Pequena forma em miscelânea de narizes.

Seguindo o programa podemos assistir a “Vingt Minutes sous les mers” pelo Theatre de Cuisine, aqui mergulhamos no mar onde um mergulhador arrisca a sua vida em batalhas marítimas, que envolvem polvos gigantes, sereias e dentes de tubarão sedentos de sangue.

Um espetáculo de micro-objetos que nos fazem estremecer. Segue-se o Anima Théâtre com o trabalho “Pulsion Scopique” onde entramos num jogo excêntrico. Ver, ser visto e desejar ser visto.

É este o excêntrico jogo que é proposto em Pulsion Scopique, da companhia Anima Théatre. Para narrar esta estranha aventura, serão utilizados diversos objetos que aguardam ganhar vida e serem vistos.

Continuando este programa cheio de surpresas encontramos a Companhia de Lechelle com a peça “Le Grand Théâtre Mécanique. Criado em 1900 para a Exposição Universal de Paris, Le Grand Théâtre Mécanique recria um autêntico teatro italiano em miniatura, com 710 lugares, assistentes de sala, animadores e claro um concerto prestes a começar.

Neste “À grande e à francesa” há espaço para as produções portuguesas como é o caso de “Refúgio” pelo Teatro mias pequeno do Mundo”, em “Refúgio” verificamos que de vez em quando um homem precisa de se recolher, de entrar no seu casulo e de se deixar estar. Longe do ruído do quotidiano, onde há espaço para pensar, para se lembrar que a vida é doce como o mel. Jonas Runa e Vítor Rua levam-nos por uma viagem pelos sentidos com Zul Telectu – Sonic Rumble, que surge com o intuito de ativar os sentidos do público, Jonas Runa e Vítor Rua propõem a audição de Sonic Rumble, do projeto Zul Telectu.

Haverá ainda lugar para experiências artísticas por Ana Bento, Francisca Mata, João Dias, Luís Belo, Mariana Veloso, Rafaela Santos, Ricardo Meireles e Romulus Neagu.

Não deixe de assistir a este arranque de temporada do Teatro Viriato, será “À grande e à francesa”, começa às 16h00 e segue até às 21h30, o preço é de 5€ para quem tem entre 8 e 18 anos e de 10€ para maiores de 18 anos.

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Entretanto no café-Concerto, a partir das 23h30 atuam os Irmãos Makossa, Dj Africanos, dois amigos, pesquisadores de música africana da década de 70 e das suas influências, decidiram cruzar caminhos e divulgar ao público os seus conhecimentos. Do seu encontro surgiu o DJ set Irmãos Makossa. Representam uma viagem por África, pela história sonora africana, e de como esta influenciou o mundo musical. Uma história contada pela música que emana dos vinis e CDs que os dois músicos possuem. Fela Kuti, criador do Afrobeat, Manu Dibango, Ebo Taylor, Tony Allen, entre outros, são algumas das referências desta dupla. Inspirados pelos ritmos quentes e sonoridades alegres africanas, os Irmãos Makossa propõem uma noite de celebração.

A entrada custa 4€.

Camané e David Fonseca no TMG

Ano novo, vida nova, novos eventos, mais atividade e mais cultura é o que nos espera no Teatro Municipal da Guarda.

A par das novidades para este ano, que incluem o serviço de babysitting que estará disponível no TMG e que irá permitir que mais pessoas possam assistir aos espetáculos deste que é um dos mais importantes núcleos culturais da região centro, foi apresentada a agenda para os próximos três meses e está cheia de bons motivos para que deixemos o sofá e visitemos o TMG.

Começamos pela música com os concertos da Brigada Vitor Jara, que assinalam os seus 40 anos de existência, no dia 23 de janeiro, Camané no dia 27 de fevereiro e no Dia do Pai, 19 de março, sobe ao palco principal do TMG David Fonseca.

david fonseca

Há outros concertos na agenda dos próximos meses começando já no dia 14 de janeiro, no Café Concerto com os The Drowning Bride, um projeto de Ana Figueiras e João Sousa, trazendo o folk americano até à Guarda numa atmosfera intimista.

B-Riddim atua no Pequeno Auditório no dia 29 de janeiro, no Café Concerto atuam, no dia 5 de fevereiro, os Universus Ensemble, e no dia 18 de fevereiro, no mesmo local, atuam os Stoned, num tributo aos Rolling Stones. Ana Deus e Nicolas Tricot apresentam “Bruta” no Pequeno Auditório no dia 26 de fevereiro.

No dia 18 de março é a vez do Café Concerto receber os The Ramblers.

No dia 24 de março Adriana Queiroz sobe ao palco do Pequeno Auditório para apresentar o seu trabalho “Tempo” enquanto que no dia 31 de março os Hitchpop aninam os visitantes do Café concerto.

O TMG recebe no dia 20 de Fevereiro a 18ª Gala SPAL com aquela que é, provavelmente, a Banda de música menos preparada de sempre, os Planeta Fluffen voltam para azucrinar os ouvidos do auditório do TMG com a garantia de música má e muitas gargalhadas.

Destaque neste trimestre no TMG para aquele que é já uma tradição na Guarda, o Festival de Tunas da Cidade da Guarda, o Oppidana que este ano assinala a sua 15ª edição, a não perder no Grande Auditório no dia 5 de março.

Há ainda espaço para outras artes na agenda do TMG. Se é apreciador de dança não perca o espetáculo do dia 22 de janeiro com Luís Marrafa a apresentar o projeto Abstand no Pequeno Auditório.

luis marrafa

O Teatro também marcará presença nos próximos três meses com destaque para o espetáculo “Juntos em Revista” integrado no programa do GuardaFolia 2016, um trabalho da Marina Mota produções, pontuado pelo humor e pela critica social e política, nacional e internacional.

“Terra Sonâmbula” de Mia Couto sobe ao palco do Pequeno Auditório pela Estação Teatral no dia 16 de janeiro. Convidam-se as famílias no dia 30 para assistirem à peça “Antes de começar” de Almada Negreiros pelo Ace Teatro do Bolhão.

No dia 12 de fevereiro pode assistir à peça “Guardião do Rio” pelo Teatro da Palmilha Dentada, e no dia 13 de fevereiro junte a família e assista na caixa de palco do Grande Auditório à peça “Poeira de Estrelas”. Por fim a companhia O Vicentenário traz à Guarda no dia 17 de março a peça “Farsa de Inês”.

O cinema também está em destaque com uma seleção de filmes que participaram no Cine’Eco a serem exibidos ao longo dos próximos três meses.

Destaque ainda para a exposição Passé Présent – Pinturas da Memória de Luís Rodrigues, patente na Galeria de arte entre 23 de janeiro e 31 de março.

Este trimestre será, ainda, rico em tertúlias, e outros eventos que pode consultar em pormenor no site do Teatro Municipal em www.tmg.com.pt.

TMG com serviço de Babysitting para espetadores

Ótimas notícias para os amantes do Teatro.

A pensar em captar novos públicos o TMG – Teatro Municipal da Guarda decidiu inovar e apresenta três novas medidas que prometem reforçar a visibilidade geral deste Teatro por parte do público.

A primeira medida está relacionada com o programa “Amigos do TMG” que permite a quem comprar 30€ em ingressos possuir um cartão, de forma gratuita, que lhe permitirá usufruir de um desconto de 50% em compras de bilhetes futuras.

Outra das medidas que muito irá agradar ao público do TMG é a campanha “Dois em Um” que, permitirá, em espetáculos pontuais, a oferta de um bilhete na compra de outro.

Para muitas pessoas ir ao Teatro é um prazer a que poucas vezes se podem dar, grande parte das vezes porque não têm onde deixar os filhos. A pensar nisso o TMG apresenta o serviço lúdico criativo de “babysitting” que irá permitir que os pais deixem as crianças aos cuidados de profissionais especializados e em total segurança, podendo ir usufruir de bons momentos culturais enquanto que as suas crianças ficam em boas mãos.

Para além destas novidades o Teatro Municipal da Guarda mantém os descontos de 50% para jovens até aos 25 anos e desempregados e de 30% para os portadores de cartão de estudante ou cartão jovem, para maiores de 65 anos, famílias, grupos (dez ou mais pessoas) e funcionários da Câmara Municipal.

Estas são medidas que irão permitir abrir o leque de potenciais visitantes deste que é um dos mais importantes espaços culturais da região centro!

Antes que 2016 acabe…

Ano novo, vida nova! Dizem muitos.

É nesta altura que tomamos as novas resoluções, muitas delas velhas, que já transitam de ano para ano desde a nossa adolescência, o que não quer dizer que não se cumpram, apenas são um processo de longo prazo, tão longo que já fazem parte da lista de resoluções deste 2001, (na melhor das hipóteses).

Pois bem, este ano, tal como grande parte da população mundial, decidi fazer uma espécie de “Bucket List” de coisas para fazer antes que 2016 acabe. Já defini que são dez as resoluções, umas requerem mais coragem que outras, algumas exigem uma boa preparação física e outras obrigam a que encontre companhia adequada.

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Pego na caneta e começo a definir as ditas resoluções.

 

1 – Jantar no Mesa de Lemos

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“Tens de experimentar!” dizem-me alguns amigos que tiveram a oportunidade de se deliciarem com os petiscos do Chef Diogo Rocha.

Verdade seja dita que, do que já comi confecionado por este senhor, nada me desagradou e posso adiantar até, que foi uma festa no paladar, o que me leva a acreditar quando me dizem que jantar no Mesa de Lemos é uma experiência gastronómica única. E não deve ser mentira já que foi considerado o Restaurante revelação de 2015 pelo Guia Boa Cama Boa Mesa. Fica em Silgueiros na Quinta de Lemos, nas verdes colinas de Viseu, inserido numa paisagem fantástica onde os olhos também comem.

O restaurante fica num edifício moderno ao qual é impossível ficar-se indiferente. Sei que o Chef Diogo Rocha prima pela simplicidade nos seus pratos apostando em ingredientes de época e de elevada frescura, o que resulta em menus que maravilham até o mais exigente dos comensais.

Já conheço o espaço, a próxima incursão será até à mesa onde espero sentar-me e deliciar-me!

 

2 – Um mergulho em Loriga

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A paisagem é de cortar a respiração, rivalizando com as praias salgadas do litoral. Esta fica incrustada na Serra da Estrela, com águas geladas que refrescam o corpo e a alma de quem nelas mergulha.

A Praia Fluvial de Loriga é uma das mais belas do país e não é para mais, é linda e mais nada! Pelo menos a avaliar pelas fotografias e vídeos que tive a oportunidade de ver.

Já mergulhei em algumas das praias fluviais da região centro e a Praia de Loriga será um dos destinos do meu verão.

Quem por estas bandas veraneia sabe que a água é gelada e isso a mim não incomoda, faz parte da experiência, é como dizem os mais velhos: “enrrijece os ossos e estica as peles!”, podemos considerar uma espécie de “lifting” natural!

 

3 – Participar no Fim-de-semana mais longo da Guarda

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São três dias sem parar de animação pelas Ruas da Cidade mais alta, com várias ofertas culturais e de animação que levam milhares de pessoas até ao centro histórico da Guarda.

Este ano deverá ter a sua terceira edição.

Estive nas duas anteriores e conto participar na terceira.

Convidarei alguns amigos para virem conhecer a Guarda com outra dinâmica e vida.

É uma ótima altura para explorar o comércio tradicional que fica de portas abertas até mais tarde. As pessoas ficam mais descontraídas e a luz e a música invadem as ruas até de madrugada. A não perder este verão!

 

4 – A Feira mais antiga

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E há lá verão sem a Feira de S. Mateus? Claro que não! Este ano lá estarei, mais uma vez, eu e mais uns milhares de pessoas, já que se adivinha ser, mais uma vez, uma das melhores Feiras Francas do País, avaliando pelo número de visitantes da edição de 2015 (950 mil num mês!!).

Um mês de concertos, exposições, feiras, mostras e muita animação! Mal posso esperar pelo cartaz para poder planear o mês de agosto com a família e os amigos!

 

5 – A Rota dos Túneis

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São vários os amigos que já fizeram esta Rota dos Túneis, onde o medo é uma constante obrigando-nos a respirar fundo, não ceder aos tremeliques nas pernas e rezar para que o coração não falhe durante a travessia de umas das pontes ou dos túneis.

A Rota dos Túneis é uma Rota cuja beleza supera a coragem que é necessário ter para a concluir. Liga La Fregeneda em Espanha a Barca d’Alva em Figueira de Castelo Rodrigo, no distrito da Guarda.

A Rota segue pela linha desativada do comboio que fazia ligação à Espanha, o que inclui túneis que parecem não ter fim, pontes vertiginosas e paisagens deslumbrantes.

“Puentes em mal estado” é o que diz a placa colocada pela RENFE (empresa ferroviária de Espanha), vi numa fotografia logo no inicio do percurso. “A sério que te metes numa Rota que começa com este aviso?”, “vale bem a pena!” dizem-me…. a ver vamos… terei de começar a trabalhar a questão que se prende com o meu problema com alturas… o que nos leva a outra das resoluções para este ano: combater as minhas vertigens, com…

 

6 – Um salto de parapente

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Para quem tem problemas com alturas esta é uma resolução, a par da Rota dos Túneis, um pouco, direi, parva. Mas 2016 é para superar medos e desafios, ir de encontro ao desconhecido e atirar-me de um barranco agarrada a um Parapente parece-me ser uma ótima ideia!

Seguirei com coragem até Linhares da Beira onde o Clube Vertical promove a sua atividade e depois, bem, depois logo se vê! Mas voar parece-me uma ótima ideia para 2016!

 

7 – Dormir na Casa das Penhas Douradas

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É verdade que o turismo na região tem evoluído e levado ao aparecimento de cada vez mais unidade hoteleiras de elevada qualidade, e que vêm cimentando a sua posição no mercado turístico nacional e internacional.

Mas há uma unidade hoteleira que exerce em mim uma atração diferente.

A avaliar pelos comentários de quem já lá pernoitou e pelas fotografias disponíveis, a Casa das Penhas Douradas é um sitio idílico, onde a paisagem e a Casa se complementam de modo sublime, prometendo uma estadia maravilhosa onde a tranquilidade e a paz imperam.

Guardarei esta visita para o inicio do outono, altura em que a Serra da Estrela se enche de cores quentes e convidativas e onde os frutos da época ganham a dimensão gourmet que tanto aprecio.

A Casa das Penhas Douradas parece-me ser o sitio ideal para uma escapadinha romântica, e para retemperar as forças e a alma.

 

8 – Participar no OH Meu Deus!

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Oh Meu Deus mesmo! Esta é uma daquelas resoluções que exigem que comece a dar ao chinelo, ou à sapatilha, já que esta é a mais longa e mais difícil prova de Ultra Trail do País.

Tem lugar nos dias 3, 4 e 5 de junho e não é para qualquer um. Tem 5 modalidades de distância, sendo a mais curta de 20 km e a mais cumprida com cerca de 160 km, por caminhos e trilhos na Serra da Estrela. Uma prova que testa resistência, resiliência e força de vontade.

“Mas tu não corres!” dirão aqueles que me conhecem, pois meus caros, há sempre uma primeira vez! E se conseguir fazer os primeiros 500 metros já será uma superação! (É melhor começar a treinar).

 

9 – Um dia em Castelo Rodrigo

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Prometi ao meu filho que iria tentar levá-lo a conhecer, pelo menos uma Aldeia Histórica, por ano.

Espero conseguir que ele conheça mais que uma, mas a deste ano de 2016 já está escolhida: iremos passar um dia em família em Castelo Rodrigo. Já lá estive e mal posso esperar para ver a cara do miúdo quando passear à vontade pelas ruas douradas e floridas desta aldeia perto de Figueira de Castelo Rodrigo.

A primavera será a altura escolhida já que esta aldeia se enche de flores e os dias são mais amenos e convidativos a passeios e piqueniques.

Castelo Rodrigo faz parte das 12 Aldeias Históricas de Portugal e é um local encantador, exemplo da beleza das paisagens e hospitalidade beirãs. Parece perdida no tempo em que os contos de fadas nasceram!

 

10 – Uma Incursão pelos vinhos do Dão

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Sou fã incondicional da gastronomia da região, dos seus enchidos, doces e claro, dos seus vinhos.

Em 2015 tive a oportunidade de conhecer alguns vinhos da Beira Interior que muito me agradaram e que se revelaram uma agradável surpresa e que muito bem casam com as comidas aqui da região.

Em 2016 seguirei rumo à Região Demarcada do Dão, aproveitando a Feira do Vinho do Dão que este ano assinala os seus 25 anos de existência, o que se pronuncia muito favorável à presença de grandes vinhos da região em prova no evento.

No primeiro fim-de-semana de setembro reservarei a minha agenda para apreciar este néctar que tem vindo a deixar a sua marca em alguns dos mais importantes concursos nacionais internacionais, mostrando que Portugal não é apenas vinho do Douro!

 

São dez as resoluções para 2016. Algumas irei cumprir com certeza, outras, bem, tentarei! E você, tem alguma destas resoluções na sua lista?

 

Tânia Fernandes