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Quantos Castelos Castelo Branco tem?

Marcas que o passado trouxe até ao presente, símbolos de uma dicotomia desconcertante:

tanto nos fascinam pela sua majestade e imponência, simbologia e importância nas fundações da nação e da nacionalidade, como guardam, marcados nas suas pedras, pecados insondáveis de batalhas perdidas e ganhas, de almas que ali viram as suas vidas chegarem ao fim, de traições, medos e anseios.

São mais que pedras, monumentos ou simples locais, são guardiões de memórias, cofres de segredos e a todos fascinam, sejamos adultos curiosos, ou crianças cuja imaginação corre desenfreada quando os visitam.

São castelos. Portugal tem muitos. Na HeartBeat somos fãs de castelos, das suas histórias, da sua beleza. Já aqui falamos dos muitos que existem no distrito da Guarda e hoje exploramos os que ainda resistem no Distrito de Castelo Branco.

São 10 os que ainda podem ser visitados, apreciados e, acima de tudo, valorizados.

 

Castelo de Castelo Branco

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Lá do alto vigia a região com majestade. Uma fortaleza de 1220 que defendia a linha do Tejo, a par do Castelo de Almourol, Monsanto, o Castelo de Pombal, Tomar e o Castelo do Zêzere.

Foram muitas as lutas que travou sendo várias vezes danificado pelos ataques castelhanos e até nas invasões francesas, destruindo o sistema defensivo de Castelo Branco. Depois da visita dos franceses de Napoleão a população utilizou as suas pedras para a construção de habitações.

A natureza também ajudou a que a sua destruição fosse agravada, com os sucessivos desabamentos de terras causados por inundações a deixarem marcas profundas neste Castelo.

Foram várias as obras de restauração, controversas já que muitos dizem que as mesmas alteraram as características do monumento. Restam alguns troços de muralha, a chamada Porta dos Pelames e a Torre do Relógio. Originalmente este seria um Castelo de planta pentagonal, com cinco torres. A

Torre de Menagem ou dos Templários encontra-se bastante danificada.

 

Castelo de Monsanto

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Claro que a Aldeia mais típica de Portugal tinha de ter um Castelo.

Lá no seu topo granítico, com o rio Pônsul à sua direita, este Castelo complementa aquilo que a Aldeia tem para oferecer e representa.

É um Castelo Medieval, construído sob a orientação do Mestre da Ordem D. Gualdim Pais, sendo ampliado e restaurado por ordens de D. Dinis um século depois, e mais uma vez intervencionado, uns séculos mais tarde, no reinado de D. Manuel I, onde os muros foram reforçados por cinco torres, a mais alta, ao centro, a de menagem.

Infelizmente, dessa estrutura, poucos elementos resistiram ao tempo chegando aos nossos dias, fruto das diversas batalhas que travou, e remodelações, como a que ocorreu no inicio do século XIX, com a Guerra Peninsular, na qual demoliram as cinco torres, construíram três novas baterias e a adaptação da igreja do castelo para paiol, que mais tarde veio a explodir.

O Castelo e Muralhas estão classificados como Monumento Nacional e está ligado a várias lendas. Vale a pena ser visitado!

 

Castelo de Penha Garcia

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Este é mais um dos Castelos cuja origem se admite estar ligada aos Templários, havendo quem atribua a sua edificação ao Rei Povoador, D. Sancho I, passando depois para as mãos dos Templários. Situa-se na freguesia de Penha Garcia, numa posição dominante na serra do Ramiro, sobranceiro ao vale do Rio Pônsul.

A sua destruição o foi acelerada pelos caçadores de tesouros, restando apenas alguns troços de muralhas. Mas nem tudo se perdeu. Em bom estado encontramos um canhão antecarga, de alma lisa na povoação.

Ligada a este Castelo temos uma lenda que conta que D. Garcia, alcaide do Castelo, numa noite de tormenta raptou a bela D. Branca, filha do poderoso governador de Monsanto, que o apanhou e condenou à morte.

D. Branca, piedosa, rogou ao seu pai que reverte-se a sentença. E assim foi. D. Garcia não foi morto, mas ficou sem o braço esquerdo pela sua ousadia.

De acordo com os locais, a figura lendária do decepado continua a vigiar, do alto das torres, o morro sobranceiro de Monsanto, vagueando pelas torres do Castelo.

 

Castelo da Sertã

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Vamos até ao misterioso Castelo da Sertã. Conta a lenda que a sua origem se deve ao um exilado militar romano de nome Sertório, que se aliou aos lusitanos, tendo sido, mais tarde assassinado à traição durante um banquete.

O nome da terra tem origem numa outra história que conta que, durante uma batalha contra tropas romanas, aquando da morte do chefe das tropas do castelo, a sua esposa Celinda, tomou as rédeas à situação e liderou a defesa, lançando azeite a ferver sobre os romanos com uma grande frigideira que usava para fritar ovos no dia a dia (sertage), ganhando tempo para que chegassem reforços, obrigando os romanos a recuarem.

É daqui, desta frigideira que nasce o nome Certã, posteriormente, Sertã. Lenda perpetuada no brasão de armas da vila. Apesar da lenda não há provas que corroborem a sua edificação no período romano, havendo vestígios que remontam ao séc. X.

Trata-se de mais um Castelo que passou pelas mãos dos Templários. O abandono deste Castelo no século XVII levou à sua completa ruína e o que resta dele ainda não está classificado como Monumento Nacional.

Aguardemos a sua classificação.

 

Castelo de Belmonte

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Este é o ex-libris da vila de Belmonte.

A sua mais preciosa jóia. Do alto da vila vigia a região e contempla a Serra da Estrela. D. Sancho I terá sido quem mandou edificar este Castelo, tendo sido melhorado a mando de D. Dinis, tendo sido acrescentada a Torre de Menagem.

Ao longo dos séculos foi passando de “mão em mão”, tendo sido a sua defesa modernizada aquando da Guerra da Restauração, com a construção de alguns baluartes.

No inicio do século XX foi usado como prisão e desde que foi classificado como Monumento Nacional tendo sido, desde então, diversas vezes intervencionado para restauro, sendo, hoje em dia, utilizado para atividades culturais. O Castelo tem a fachada principal orientada para sul, com uma porta encimado pelas armas dos Cabral, cuja memória está também presenta nas ruínas do antigo Paço onde residiram.

 

Castelo de Penamacor

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Também conhecido por Fortaleza de Penamacor, é um Castelo templário e ergue-se num cabeço rochoso entre a ribeira de Ceife e a ribeira das Taliscas.

Apesar da ocupação romana na zona, este castelo deverá ter asido erigido por volta de 1210. Como o povo crescia, D. Dinis terá mandado construir uma segunda cintura de muralhas e a Torre de Menagem. Sob o reinado de D. Fernando foi iniciada uma barbacã para complemento da defesa do Castelo.

Mais tarde, devido à sua localização estratégica, o castelo foi reforçado.

Entretanto a Torre de Menagem que servia de paiol, explodiu, mas o verdadeiro declínio da edificação acontece com a delapidação das muralhas para construção de habitações. Só em 1940 é que as mentes despertam para a necessidade de preservação do castelo.

Restam a Torre de Menagem, uma porta de entrada para a antiga vila e parte dos antigos baluartes seiscentistas.

 

Castelo de Idanha-a-Velha

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A Torre dos Templários. Conjunto de defesas da antiga vila que se constituía, à época medieval, por uma torre e pela antiga cerca da povoação.

Não há muito que dizer acerca desta Torre.

Já a sua povoação, uma das mais antigas do país, cujo conjunto arqueológico e arquitectónico está classificado como Monumento Nacional, considerada uma aldeia-museu, com um dos mais ricos espólios do país.

 

Castelo de Idanha-a-Nova

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Deste Castelo restam ruínas e histórias.

Nascido pelas mãos dos templários, a estrutura obedece às mesmas linhas arquitectónicas características dos templários, nos Castelos de Almourol, Monsanto, Pombal, Tomar e Zêzere.

Hoje em dia as suas ruínas são uma das principais atrações municipais.

 

Castelo de Castelo Novo

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Na vertente leste da serra da Gardunha, na aldeia histórica de Castelo Novo, no Fundão, encontramos o seu castelo, cuja existência remonta ao século XIII, e com ligações aos templários.

D.Dinis manda reforçar as suas defesas, hipótese fundamentada nos vestígios de adarves e ameias dionisinas num dos troços da muralha.

O terramoto de 1755 foi cruel também com este castelo, tendo sido muito danificado. Sofreu algumas obras de restauração em 1938, mas nunca se viu ser classificado nem em vias disso.

Ao abrigo da Arqueonova, no âmbito do Programa Aldeias Históricas de Portugal, foram descobertos centenas de vestígios da sua ocupação medieval, como moedas do tempo de D. Sancho I, peças em ferro, cobre e cerâmica que podem ser vistas no Núcleo Museológico de Castelo Novo.

Está 650 metros acima do mar e é um exemplar da arquitetura militar no estilo gótico e manuelino, com planta irregular orgânica. Há ainda duas portas, a leste e a oeste. No troço oeste encontramos adarves, ameias e merlões em bom estado de conservação. Na Praça de Armas erguem-se as torres sineira, com cornijas e quatro gárgulas nos ângulos, com cobertura em falsa abóbada, e de menagem.

 

Castelo de Rodão

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Também referido como Castelo do Rei Wamba, constitui-se numa torre-atalaia, erguida numa escarpa sobranceira ao rio Tejo, sobre as chamadas Portas de Ródão, proporcionando uma vista maravilhosa aos seus visitantes.

Apesar de ser conhecido como o Castelo do Rei Wamba, último grande rei dos Visigodos, há quem defenda que a sua estrutura possa remontar à Invasão muçulmana e deverá ter sido mandada construir pelos templários.

Portugal é um país riquíssimo em história, com monumentos maravilhosos. Saia dos grandes centros e venha conhecer os castelos que se espalham um pouco por todo o país. A região interior centro tem um património histórico que merece e tem de ser visitado!

 

Fontes: wikkipedia, Aldeias Históricas de Portugal, Guia da cidade

Fotografias: Aldeias Históricas de Portugal, Wikkipedia, Guia da cidade, Adrião

 

Mais Castelos:

https://heartbeat.pt/cinco-castelos-beiras/

https://heartbeat.pt/castelos-guarda/

Está aí a Semana Académica de Viseu

Já se começam a preparar as Semanas Académicas dos Politécnicos e Universidades da Região.

Em Viseu a Federação Académica já apresentou o cartaz que vai animar as noites dos estudantes e a cidade entre 23 e 28 de abril.

A aposta para esta XXXII Semana Académica de Viseu vai para a música contemporânea nacional com artistas que enchem os Tops portugueses.

No dia 23 de abril, sábado, dia em que se dá a Bênção das Pastas atuam os D.A.M.A seguidos dos Filhos da Pauta e Dj Jamituh, também neste primeiro dia de Semana Académica terá lugar, à meia noite, a Serenata.

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No Domingo, dia 24, atua AGIR seguido de 7Riots e Dj Peter Sky. O dia 25 de abril tem como cabeça de cartaz Ninja Kore e Dj Master Hugo. No dia seguinte a animação é mais tradicional com José Malhoa a animar os estudantes seguido de TZ Music e Dj andré Flor. No dia 27 de abril atuam Landrick, Dj Primy e Dj The Boss, o último dia está a cargo de Dengaz, Tilhon e Dj Victor Pirez.

A animação promete ser constante no Pavilhão Multiusos de Viseu cartaz semana Viseu.

Guarda vive a Semana Santa

A Semana Santa vive-se intensamente na região da Guarda, com várias iniciativas a marcarem as festividades.

Esta é uma altura privilegiada na região com a visita de inúmeros turistas, principalmente espanhóis, que procuram a Guarda pela importância que as pessoas de cá dão à Páscoa.

A pensar nos locais e nos visitantes, o Município da Guarda, juntamente com várias coletividades e associações elaborou um cartaz de atividades que promete celebrar a Páscoa com a emoção que a data exige, com exposições, Teatro, Música e Tertulias a marcarem esta época.

Trata-se de um autentico roteiro de iniciativas de cariz religioso, com destaque para a exposição “Cruxifixus Fidei – Signos de Fé Interior”, uma Proto-instalação que pode ser apreciada no Paço da Cultura na Guarda até meados do mês de abril.

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As atividades acontecem até dia 26 de março, dia que antecede a Páscoa. No dia 25 o destaque é para o concerto de Páscoa pelo Órfeão do Centro Cultural da Guarda, pelas 21h00 na Igreja Matriz de Pousade.

Pousade será um dos principais palcos da Páscoa na região com a encenação do Drama da Paixão de Cristo que poderá ser visto no Anfiteatro de Pousade no dia 26 de março pelas 21h00, numa recriação que volta a trazer à freguesia uma tradição de anos e que reúne dezenas de pessoas entre atores e habitantes.

Na BMEL, no dia 18 de março, pelas 18h00, tem lugar a tertúlia “Guarda: a memória” e que junta, em conversa, Carlos Batista e João Marques.

No dia 13 de março tem lugar a procissão dos Passos, às 16h00, na Igreja da Misericórdia e no dia 20 a Procissão de Ramos, também a sair da Igreja da Misericórdia pelas 11h00. No dia 24 de março terá lugar a encenação de uma das mais importantes passagens da Biblia, “A última Ceia”, no Anfiteatro de Pousade pelas 21h00. No dia 25, pelas 21h00, assinala-se o Enterro do Senho na Igreja da Misericórdia.

Nas Férias da Páscoa o destino é Gouveia

Está aí mais uma edição do Festival do Secundário que decorre em Gouveia, e que atrai, durante o período de interrupção lectiva no período da Páscoa.

Este é um Festival que já é uma referencia para os mais jovens, e nas suas edições atrai milhares de estudantes.

Este é um evento festivo cheio de música, deporto e aventura que prima pela qualidade e pela segurança. Para a edição deste ano, que decorre de 20 a 24 de março no Parque Senhora dos Verdes em Gouveia estão preparadas várias atividades que prometem despertar sensações únicas nos participantes como Torneiros de BeachVoley, Beach Soccer, Basket 3×3, os festivaleiros poderão descarregar adrenalina com os desportos aventura como o Paintball, Arborismo, Slide, Tiros com Arco, desfrutar da natureza com BTT, participar nas aulas de Fitness e Zumba, divertires-te à grande nos Insufláveis, Aerotrim , Bungee Trampolines, entre outros equipamentos.

Estão ainda previstos Workshops, concertos e animação numa Discoteca onde passarão Dj’s Residentes e Convidados.

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O Festival do Secundário conta com nomes de peso do panorama musical nacional da atualidade, como Agir, Bezegol, Dillaz, Xeg, Karetus, Dynamic Duo, Dj Order, Ninja Kore, Alienn, Dj Kwan, Meninos da Vadiagem, Skills and the Bunny Crew, Dj Of, Carolina Torres, Von di Carlo, Party Junies e Carlos Besser.

As inscrições já estão encerradas e eram exclusivas para matriculados no presente ano letivo numa instituição de ensino, independentemente de ser do 3º Ciclo, Ensino Secundário, Ensino Recorrente, Cursos Profissionais ou Ensino Superior. No entanto, só poderá participar no 13º Festival Secundário quem tiver nascido nos anos de 2000, 99, 98, 97, 96 e 95, sendo esperados festivaleiros de todo o país.

A segurança é um dos aspetos mais importantes na organização deste evento.

Assim sendo, para esta edição serão reforçadas todas as medidas de segurança relativamente a edições anteriores. O Festival Secundário possuirá uma equipa de elementos de segurança privada permanente, no sentido de proporcionar toda a segurança aos participantes do Festival durante 24 horas.

Durante os 5 dias do Festival, os participantes do Festival terão à sua disposição assistência médica 24h, sendo a equipa médica constituída por médicos, enfermeiros e uma equipa de socorristas. Uma enfermaria de campanha estará montada durante os 5 dias, disponível 24h.

Cobertor de Papa está na moda

A região está cheia de produtos endógenos de elevada qualidade.

Muitos deles já foram descobertos, outros estão a ser alvo de grandes promoções para que o mundo possa ter acesso a estas pérolas.

Outrora um tecido considerado de uso exclusivo por pastores, e com uma conotação muito rígida em relação à Serra da Estrela, o Burel tem vindo a conquistar o mercado, apresentando-se como um tecido versátil e que pode originar peças de vestuário ou decoração de elevada qualidade e interesse, sendo, agora, considerado mesmo um tecido de design.

Esta nova vida dada ao Burel vem fazer com que este produto tão típico da região não desapareça, e que venha dar origem a novas ideias de negocio e novos criadores, prolongando a memória do tecido e dando-lhe novas perspectivas de futuro.

Depois do Burel é a vez do cobertor de papa conquistar a moda nacional, com esperança que essa conquista vá além fronteiras, porque disso pode depender, mesmo, a sobrevivência da arte e do produto que começa a ter poucos artesãos.

De modo a que este produto ganhe novo fôlego e novas vidas o Município da Guarda tem feito muitos esforços no sentido de reinventar este produto e com isso permitir que não desapareça no tempo.

Com o objetivo de dar a conhecer a versatilidade deste que é o cobertor típico da Guarda, o mesmo irá “invadir” as próximas edições do Moda Lisboa e Portugal Fashion através da estilista Alexandra Moura que irá apresentar peças produzidas a partir do cobertor de papa (peça de lã de fio grosso).

O desafio foi simples: pedia-se à estilista que cria-se cinco produtos a partir daquilo que é a matéria-prima que originava o cobertor de papa”.

Este cobertor é feito a partir de lã churra de ovelha e é conhecido pela sua elevada resistência.

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Este é um desafio que quer dar a conhecer as potencialidades do tecido de que são feitos os cobertores de papa e que pode ser utilizado em mais peças, mostrando a sua versatilidade e potenciando a produção deste produto na região.

A estilista adiantou que tem muito orgulho em fazer as peças, garantindo que na Moda Lisboa as peças serão colocadas no expositor onde terá os seus artigos para divulgação e venda, rematando que serão peças diferentes do desfile e também com um outro conceito.

Gouveia recebe Rodrigo Leão

Um dos mais aclamados músicos nacionais vai estar em Gouveia para um espetáculo no Teatro Cine de Gouveia onde, com certeza, irá deslumbrar com alguns dos seus mais conhecidos temas.

No dia 26 de março, Rodrigo Leão irá demonstrar em Gouveia o porquê de ser um dos mais importantes músicos do país, com uma obra reconhecida e apreciada além fronteiras.

Um artista com uma das mais interessantes discografias de produção nacional e que já colaborou com grandes nomes da música portuguesa como os Madredeus ou com alguns dos mais aclamados músicos mundiais como Ryuichi Sakamoto ou Beth Gibbons. A sua marca está também presente no cinema com as bandas sonoras dos filmes “A Gaiola Dourada”, “O Mordomo” e “NJINGA Rainha de Angola”.

O concerto tem hora marcada para as 21h30 e os bilhetes já podem ser adquiridos no Teatro Cine de Gouveia.

Está aí mais um Ciclo de Teatro na Covilhã

Decorre até 12 de março a vigésima edição do Ciclo de Teatro Universitário da Beira Interior, uma iniciativa promovida pelo TeatrUBI – Grupo de Teatro da Universidade da Beira Interior e a ASTA – Teatro e Outras Artes.

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Os espetáculos decorrem no Teatro Municipal da Covilhã e nesta vigésima edição o Ciclo contará com a presença de vários grupos nacionais, espanhóis, italianos e ainda vindos de Cabo Verde.

A abrir o Ciclo o mais recente trabalho dos anfitriões, “Sangue e Outras Substâncias”, de Rui Pires e Sérgio Novo e que conta com as interpretações de Edmilson Gomes, Filipa Canelas Pinto, Gonçalo de Morais, Helena Ribeiro e Iuri Lopes.

Este festival distingue-se por ser o mais antigo do país a ser realizado sem interrupções sendo, por isso, um marco muito importante no panorama do teatro universitário, em Portugal e no mundo.

De 3 a 5 de março pode assistir à peça da companhia anfitriã, a partir das 21h30. No dia 6, às 21h30 entra em cena o Grupo de Teatro da Universidade de Santiago de Compostela com a peça “Cinzas” e Às 22h30 é a vez do Tubo de Ensaios do Núcleo de Teatro da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa apresentar “Crime”.

No dia 7 as companhias TeatrUBI e ASTA apresentam “A Casa do Vestido Castanho” seguidos de Fc-Acto – Grupo de Teatro da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa com a peça “Ninguém se mata duas vezes da mesma maneira”.

No dia 8 sobe ao palco o Coletivo Criação Artística Caducado de Lisboa com o trabalho “ Meninas”, às 21h30. Também a essa hora mas no dia 9 entram em cena os Arte 4 -Estúdio de Actores de Madrid com a peça “El Sueño de una noche de Verano”.

No dia 10 é a vez da companhia Maricastaña da Universidade de Vigo – Campus de Ourense com a peça “Demediado”.

No dia 11 sobe ao palco a companhia Artimbanco – Escola de Teatro de Cecina em Itália, com a peça “Post Bataclan” seguidos dos Baula Escena de Ourense em espanha que apresnetam “Nexus”.

No último dia é a vez do Laboratório de Dança da Universidade Carlos III de Madrid subir ao palco com “El Cuerpo Aumentado”, seguido da aula de Dança pela mesma companhia. A fechar a noite e o programa o Grupo teatral Craq’Otchod de Mindelo em Cabo Verde com “Esquizofrenia”.

 

 

Quando a Serra se veste de neve

Sei que para muitos esta minha alegria infantil perante a neve deve parecer pateta. Eu sei que até o é, mas não posso controlar.

Cresce em mim uma ansiedade perante a possibilidade de um nevão e vou olhando para a janela de 5 em 5 minutos confirmando se começam a cair os flocos brancos que tanto desejo ver.

Se há alturas em que me questiono acerca do porquê de ter escolhido viver na Serra, aguentando os rigores do inverno, longe da minha família, é quando neva que percebo, claramente, a resposta.

Cada vez que cai um nevão é, para mim, como se a natureza me brindasse com um presente e sou, de novo, uma criança numa manhã de Natal!

Ver nevar é como uma terapia. Uma sensação de paz e euforia, que me liberta a alma e me faz sentir feliz. Não consigo conter o sorriso perante a paisagem pintada de branco, e mesmo que estas contingências da natureza tragam consigo muitos inconvenientes, são para mim males menores, porque o meu coração enche-se perante a beleza que a neve traz consigo.

Lembro-me da primeira vez que vi nevar. Na primeira semana em que vim estudar para a Guarda. Caíam tão pequenos que nem percebi que era neve, e assim que me dei conta do facto, abri um sorriso, levantei a cabeça e apreciei o momento, ali, parada no meio da rua, de nariz no ar, encantada com os flocos que se juntavam, num bailado único.

Deslumbrante.

Foi a primeira vez, e jamais me esquecerei daquela tarde de novembro, porque foi ali, naquele preciso momento, uma semana depois de ter chegado à cidade mais alta, que percebi que seria muito difícil ir-me embora.

 

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Quando neva tudo se transforma, a natureza veste o seu mais belo vestido para ir ao baile. A luz de uma manhã com neve é única, brilhante! E o silêncio que existe à noite depois de um nevão é mágico.

 

 

Neve, a vingança do Beirão

A cidade transforma-se num parque de diversões e as pessoas ficam, genuinamente, felizes!

Acho que é isso que mais gosto, esta partilha que só quem por aqui vive tem. É uma espécie de orgulho bairrista. Quando no verão somos “bombardeados”, nas redes sociais, com imagens de pessoas nas praias e de pores do sol à beira mar, ficamos cheios de vontade que chegue o Inverno porque ao primeiro nevão iremos desforrar-nos, com a vantagem, ainda, que a neve está nas nossas varandas e jardins e mesmo a casa mais feia fica deslumbrante com um manto de neve!

 

 

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Não iremos colocar fotografias sentados numa esplanada a beber uma cerveja, iremos colocar fotografias das batalhas e dos bonecos de neve!

Iremos “atacar” com imagens dos passeios à Serra, das tentativas de fazer ski ou sku, ou snowboard, ou apenas de trambolhões, com caras vermelhas de frio e um sorriso de quem está a ter o melhor momento das suas vidas!

Faremos questão de colocar imagens de pingentes de gelo e do termómetro do carro que aponta temperaturas negativas, “porque o frio aqui é a sério”, não mostramos o bikini, nem os pés na areia, mostramos as botas enterradas na neve e o mais colorido dos gorros, de preferência carregados de neve!

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E mostramos porque gostamos tanto de neve: porque é algo que desaparece assim que o sol aqueça, uma dádiva que deve ser aproveitada ao máximo, até porque não temos a certeza de quando voltará a cair!

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Em 15 anos de “Serra” pude ver que é algo que ocorre com cada vez menor frequência, e contam as pessoas de cá que “antigamente” nevava muito mais, com nevões que duravam dias!

Atualmente não vemos isso, prova que as alterações climáticas são bem reais, por isso quando neva é como se fosse um dia de festa!

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Este ano tivemos poucos nevões, pelo menos até agora e, pela primeira vez, entramos no carro e fomos à descoberta (por onde o carro podia ir), e posso confirmar, aqui, que aqueles que vão numa espécie de corrida desenfreada até à Torre, são uns tontos.

Havendo neve a cotas mais baixas o conselho que dou, para quem quer uma verdadeira experiência de neve na Serra da Estrela, é ir até uma aldeia e explorar a natureza à sua volta. Apreciar a coreografia dos flocos por entre as árvores. Ver a água em cristais transparentes. Deslumbrar-se com a vegetação coberta de neve, assistir à natureza suspensa em luz e serenidade. É entrar num mundo que inspira as histórias de fadas, duendes e princesas de gelo.

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Há magia palpável em nosso redor.

Esqueça as pistas de ski, esqueça os locais turísticos!

Não se arrelie com as estradas cortadas para a Torre, mais abaixo é onde a magia acontece.

Aqui a neve é fofa, intocada e não gelo sujo pelos carros e pelas centenas de pessoas que a pisam, com a vantagem de poder entrar num tasco da aldeia e aquecer o corpo com uma bebida quente e os cheiros beirões, sem ter de perder muito tempo dentro do carro!

Foi o que fiz este fim-de-semana, quando levei o meu pequeno de 4 anos a brincar na neve, fomos até um pequeno mundo encantado onde a imaginação foi o principal ator num palco encantado de alvura. Fui construir memórias de inverno, e preparo-me para disparar a minha rajada de fotografias no facebook, porque também mereço a minha pequena desforra!

 

Tânia Fernandes

 

Viaje pela Serra da Estrela:

https://heartbeat.pt/motivos-nao-visitar-serra-estrela/

Março tem Fundão Music Festival

Estamos no inicio de março e já todos ansiamos pela Primavera, por sair à rua e sentir o sol quente que anuncia o final do frio e antecipa o verão!

Março é mês de festas e música, como a que vai acontecer no Fundão no dia 24, falamos do Fundão Music festival que decorrerá no Pavilhão Multiusos do Fundão.

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Apesar do cartaz orientado para um publico mais jovem, a verdade é que este é um Festival aberto a todos aqueles que se queiram divertir ao som de boa música.

Este ano fazem parte do cartaz nomes como os Orelha Negra, Branko, Cruzfader, Tiago Bandeiras e Lollipopz, numa clara aposta pela promoção da música nacional.

Os bilhetes custam 15€ e a antecipar o Festival, a organização irá organizar uma Festa para apresentar o cartaz, no dia 19 de março que servirá de antecipação para o evento do dia 24.

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Nesta festa a música será uma constante com os Dj’s Lil’Pip, Incert, Lillipopz e Justice. A festa “Welcome FMF” decorrerá no Octógono, Antiga Praça no Fundão. Quanto aos bilhetes para esta Festa, aqueles que já têm os ingressos para o FMF pagarão 3€, quem ainda não tem bilhete pagará 5€, mas o ideal será mesmo aproveitar e comprar o bilhete duplo que dá acesso a esta festa e ao FMF por apenas 13€.

 

Conheça outros eventos no Fundão:

https://heartbeat.pt/festa-chocalhos/

Nevoeiro Adentro estreia em Viseu

Se gosta de Teatro não pode perder a estreia da próxima peça no Teatro Viriato em Viseu. Esta é uma peça que promete arrancar gargalhadas e levar-nos pela história de Portugal.

Nevoeiro Adentro está em cena em Viseu nos próximos dias 26 e 27 de fevereiro, tem encenação de John Mowat e é apresentada pelo Plot Teatro.

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Reza a história que aquando da construção da nova estação de metro do Terreiro do Paço, em Lisboa, foi encontrado um jarro de barro, totalmente selado, com data de 1579, contendo uma pequena quantidade de nevoeiro que se presume ter pertencido ao desaparecido Rei D. Sebastião de Portugal. Os historiadores consideram que esta é uma descoberta de valor incalculável na compreensão do Português dos nossos dias.

Inspirados nestes factos e depois de anos de profunda investigação, John Mowat e a companhia Plot Teatro estreiam Nevoeiro Adentro, um olhar caótico e excêntrico sobre Portugal e os portugueses, um espetáculo que vira as coisas do avesso e de pernas para o ar, sempre numa perspetiva de fora para dentro. Imerso numa manta de retalhos de mitos e lendas, este espetáculo explora e faz o seu caminho através de um pântano de hilariantes incertezas históricas.

Esta é uma peça para maiores de 16 anos, com início às 21h30 e duração de aproximadamente 60 minutos. Os bilhetes custam 10€ para a plateia e camarotes, 7,50 para as frisas frontais e 5€ para as frisas laterais.