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Há Blues em Castelo Rodrigo

Já por cá falámos da Aldeia Histórica de Castelo Rodrigo, no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo.

Falámos da magia das suas ruas e do património deslumbrante que possui. No entanto, a Aldeia Dourada das Beiras é mais do que património cultural e paisagem, sendo várias as iniciativas que aqui têm lugar, caso do Marofa Folk & Blues Fest.

De modo a promover o concelho e as suas belezas e cultura e de maneira a colocar Castelo Rodrigo noutra rota, desta vez a dos Festivais, o município decidiu promover aquele a que chama 1º Marofa Folk & Blues Fest 2015 – 1º Festival Internacional de Folk e Blues de Figueira de Castelo Rodrigo.

O palco deste Festival será o Palácio Cristóvão de Moura e promete atrair um vasto número de apreciadores deste género musical que, em Castelo Rodrigo, terão a oportunidade de aliar a música Folk e Blues à beleza deste espaço magnifico que já serviu muitas vezes de palco para eventos de moda, por exemplo.

Outro dos objetivos passa por atrair os nossos vizinhos espanhóis, e os de cá pois claro, dando a oportunidade de aliar a uma forte componente turística e gastronómica uma música que, por si só, tem o poder de envolver as pessoas.

O Folk é música do mundo sem autor conhecido que existe desde os tempos antigos e que é revisitada por novas vozes, que transmitem culturas e histórias. Trata-se de um género musical ritmado e que apela à dança.

Os Blues, mãe do Jazz e pai do rock, é um género musical que se caracteriza pelo uso de notas tocadas ou cantadas numa frequência baixa, com fins expressivos, usando sempre uma estrutura repetitiva. Nasceu nos Estados unidos a partir de cantos religiosos e espirituais e definiu o aparecimento de muitos outros géneros musicais.

Nos dias 31 de julho e 1 de agosto, Castelo Rodrigo vai encher-se destes sons inebriantes, sendo os portistas do Bando do Rei Pescador os responsáveis por abrir este Festival, estando a segunda parte da noite a cargo de André Indiana que irá apresentar o seu projeto de Blues – Indiana Blues Band. A noite de 1 de agosto começa com Flávio Martins e o seu mais recente projeto, Senhor Vadio. A segunda parte da noite de 1 de agosto estará a cargo de uma das mais importantes bandas de blues acústico da península ibérica, Miki Nervio & The Blues Makers.

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A promessa deste Festival vai no sentido de agitar estas noites de verão, num ambiente que se deseja intimista entre músicos e público.
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O bilhete custa 2 euros.

 

 

O Tasco quanto mais Tasco melhor!

Todas as localidades têm um, mas nas cidades eles proliferam às dezenas. Muitos pensam que são cafés, mas não, apenas estão disfarçados. Os Tascos, aqueles a sério, são santuários.

Os Tascos são locais guardadores de segredos de pessoas fieis a estes espaços.

Os seus donos, que humildemente nos recebem ao balcão, são confidentes e conhecem os seus clientes de um modo tal que não encontramos cumplicidade semelhante em mais nenhum lado. Mas, do mesmo modo que recebem o seu cliente fiel, abrem os braços e os sorrisos para os clientes novos. Há aqueles que nos atendem de modo carrancudo, de palito na boca, pano de cozinha ao ombro, com um rude “qué que vai ser chefe? Diga lá que tenho a casa cheia!”, mas que depois olham em cumplicidade para o cliente mais antigo e percebemos que é uma espécie de praxe e logo depois nos trazem os mais deliciosos petiscos que alguma vez comemos nada vida!

É sabido que os melhores locais para se comer são os tascos, e quando mais tasco melhor!

Quando falo em “quanto mais tasco melhor”, falo daquele tasco que tem cadeiras antigas e um calendário da Senhora do Socorro, ou do Talho lá da zona, datado de 1990, como que numa referência à altura em que abriu ao público.

Há petiscos inevitáveis em todos os tascos, começa pelos rissóis, pastéis vários, orelha e moelas, o que vier depois já é característica do tasco. E se há coisa que não pode faltar no tasco é o vinho e a cerveja, e mesmo que o vinho seja mau (temos de anuir sempre ao dono quando ele afirma, peremptoriamente, que é a melhor pinga da região…. cultura própria), torna-se bom ao final de uns pratos de moelas e uns tantos copos para ajudar a “empurrar”.

No tasco não se come apenas, fala-se de tudo como num fórum de sabedoria do povo, e o povo é que sabe! Fala-se de política com a mesma paixão que se fala do futebol e do jogo da noite anterior.

Nos tascos não há clube, não há partido político, há discussões, e muitas, acerca de tudo numa amálgama de opiniões.

Se se chega a alguma conclusão no final das conversas acesas pela bebida? Não. Mas também não interessa, porque no final o que fica é o sabor dos caracóis ou o picante do queijo.

Quando entramos num tasco não queremos mobiliário da moda nem um hipster a atender-nos, a não ser que seja filho do dono, e aí habilita-se a levar uns calduços. Quando entramos num tasco queremos os azulejos nas paredes e a montra das garrafas ao balcão. Queremos a média luz e os quadros com dizeres como “Aqui não se vende fiado” ou “Eu gosto tanto do vinho, e dá-me tanta alegria, que até chamo ao garrafão a minha telefonia”. Queremos a mini servida com os tremoços e as azeitonas sem termos de pedir.

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Os tempos mudam, eu bem sei, mas há coisas que eu gosto que permaneçam paradas no tempo, e um tasco, quanto mais característico melhor, sob pena dos seus petiscos perderem o sabor típico e tradicional que nos leva à nossa juventude.

O tasco é ponto de encontro e, mesmo que tenhamos um preferido, acabamos sempre por visitar outros.

Na Guarda há uns quantos muito característicos, de alma beirã, mesmo que o dono seja alentejano ou minhoto. Aqui somos bem recebidos e o riso é bondoso e genuíno. Não podemos deixar as tascas desaparecerem, são parte da nossa memória, e a memória é o que de mais importante temos!

 

B.F.M

Jardins Efémeros de Viseu, conheça-os!

A luz é o tema do festival de artes de Viseu que decorre até dia 12 de julho.

Uma luz produtora de momentos únicos que celebra a cidade e a comunidade. Uma luz que reflete, que indica e que acompanha os caminhos para as muitas partilhas que se dão nos Jardins Efémeros.

O centro histórico de Viseu está transformado num grande jardim que nos remetem para os grandes espaços barrocos que adornavam os palácios reais. Artistas locais, nacionais e internacionais que celebram as artes numa constante experiência com o público.

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Som, artes visuais, dança, teatro, conferencias, arquitetura, oficinas, mercados, cinema, fotografia e muito mais para ver, apreciar, sentir e cheirar nestes Jardins.

O Sonho vive na Casa nº 94 da Rua do Comércio. Uma Casa que chama pelos mais novos cheia de livros e jogos infantis recolhidos pelos comerciantes e oferecidos às gentes de Viseu, assim como o trabalho de cientistas e criadores do programa aplicado a 43 atividades com mais de 1500 vagas em oficinas pensadas para crianças.

Na Sé de Viseu a música pelos dedos de Lubomyr Melnyk e, nos Claustros, a produtora Holly Herndon prometem espetáculos únicos.

Mas há muito mais para descobrir!

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No palco dos Jardins Efémeros, no Adro da Sé, são muitos os nomes que vão marcar presença como Pye Corner & Not Waving, Tó Trips ou TochaPestana entre outros.

Na antiga garagem da Renault os Bizarra Locomotiva vão inaugurar o Fojo, um novo espaço e no “Jardim Errante, um palco sobre quatro rodas, poderemos descobrir novos projetos.

Na Casa do Miradouro, a arquitetura, as sombras e a terra fazem uma das peças construídas especialmente para esta edição dos Jardins Efémeros.

Visitemos a exposição “moderno & medieval camuflado” com peças de Pedro cabrita Reis, Mário Cesariny e Álvaro Lapa, com a participaçãoo especial de Eduardo Souto Moura e peças internacionais.

Nesta edição mantêm-se os seus princípios fundadores, cruzando artistas locais com internacionais, ciência e arte, estabelecendo-se pontes entre diferentes formas de intervir na cidade.

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Mantendo, ao mesmo tempo, a sua matriz social, artística e lúdica, a programação desenvolvida é um reflexo da tentativa de agregar diversas linguagens e conteúdos no mesmo espaço urbano – o centro histórico de Viseu.

“Iluminismo” é a palavra caracterizadora da V edição dos Jardins Efémeros. Se o “Século das Luzes” se traduziu na aplicação da razão aos mais diversos campos da vida, os Jardins convocam na cidade esse conceito e o pensamento crítico que lhe está associado através de práticas artísticas e culturais diversas.

Mais do que fornecer entretenimento sem conteúdo ou significado, procuramos estimular, em cada espectador, uma visão contemporânea da vida e das suas complexas intersecções. A dimensão experimental deste acontecimento cultural obriga, ao confronto entre o passado – representado pelas ruas, praças, edifícios e espaços -, o presente – momento em que decorre a ação – e o futuro – as infinitas possibilidades abertas de tudo a que assistimos. É também a ideia individual e colectiva de cidade, o respeito pela diferença e o intercâmbio das mais diversas vivências que nos motivam e entusiasmam neste acontecimento cultural.

Conheça o programa destes Jardins Efémeros em www.jardinsefemeros.pt e apresse-se, tal como o nome diz estes Jardins são de curta duração e, tal como a vida, efémeros!

 

Fotografia: Eduardo Ferrão: Fernando Carqueja

Aldeias a Património Cultural da Humanidade

Ah Interior de lindas terras e aldeias de pasmar, com os teus castelos e muralhas que protegem incontáveis tesouros de histórias e estórias de gentes com muito para contar!

É inegável a beleza singela de alguns dos recantos deste interior. Há muito que o sabemos e protegemos. Conhecemos esses recantos protegidos por “Aldeias Históricas” uma rede de 12 Aldeias que formam o um acervo único no país e que fascina todos quantos as visitam.

Aldeias Históricas de Portugal é uma Associação de Desenvolvimento Turístico, que tem como objetivo promover o desenvolvimento turístico da Rede “Aldeias Históricas de Portugal”, da qual fazem parte Almeida, Belmonte, Castelo Mendo, Castelo Novo, Castelo Rodrigo, Idanha-a-Velha, Linhares da Beira, Marialva, Monsanto, Piódão, Sortelha e Trancoso.

São lugares maravilhosos que carregam consigo o peso da história intimamente ligada com a fundação da própria nação, e tendo em conta o património histórico, social e cultural e tendo em conta o que representam estas localidades, não apenas para o Interior mas para todo o país, a Associação de Desenvolvimento Turístico – Aldeias Históricas, decidiu começar a trabalhar numa candidatura para Património Mundial da Humanidade, com a esperança que o processo fique concluído nos próximos cinco anos.

Esta distinção trará grandes benefícios a toda a região já que o selo da UNESCO poderá ter um forte impacto no que toda à divulgação, promoção e desenvolvimento turístico e cultural de toda a região.

Seja como for acreditamos que as nossas Aldeias têm potencial para receber essa distinção o que nos deixará ainda mais orgulhosos. Até lá cabe-nos ajudar a divulgar estas pérolas da região. Aqui no site da HeartBeat podem encontrar crónicas acerca de algumas dessas Aldeias.

 

Venha connosco:

https://heartbeat.pt/linhares-beira/

https://heartbeat.pt/sortelha/

 

 

Elevemos as Festas da Aldeia a Património Cultural!

Ser português é muita coisa. É ser hospitaleiro. Acreditar que somos os melhores do mundo e os piores também.

É defender o que é nosso com unhas e dentes porque as únicas pessoas que se podem queixar do que é português somos apenas nós, os portugueses.

Ser português é rilhar tremoços e beber uma cerveja numa esplanada num dia de verão. É juntar a família toda em piquenique, num qualquer parque deste país e acabar o dia com mais três famílias à mistura que por ali passaram e se juntaram. Ser português é viver numa eterna saudade, é ter um sorriso humilde e, mesmo na maior das pobrezas, tirarmos o casaco porque o vizinho está com frio.

É no verão que o que de mais português há em nós se revela.

São as nossas tradições e culturas que na época estival se manifestam com maior fervor. Porque é que esperamos ansiosamente pelo verão, e porque é que esta época é tão importante para os portugueses? Porque é nesta altura que o país se enche de vida. É no verão que abrimos os braços para receber quem está longe.

Não há noite de verão em que não haja um bailarico por aqui perto. Há sempre festa numa aldeia. É luz, cor, música e comida, muita comida, porque ser-se português é também saber comer bem.

Para os portugueses, principalmente nestas regiões do interior, o verão é o renascer, como se fossemos uma espécie de borboleta presa num casulo que espera pelo estio para abrir as suas asas e revelar as suas verdadeiras cores.

O verão é mais do que calor, é o renascer das nossas terras que, durante os meses de inverno, ficam quedas à espera que a luz do sol lhes desperte a alma e lhes devolva os filhos.

A Festa da Aldeia é mais do que uma banda no palco ou uma procissão no adro da igreja. É mais que luzes e pés de dança. É reencontro, lágrimas de alegria, abraços apertados e risos de pura felicidade. Vai muito além da tradição religiosa ou da pagã. É reunião. Reencontro de amigos e familiares. É a união de gerações e a partilha de felicidade.

Num bailarico de verão não se pensa em trabalho nem em tristezas. Não há doenças e a política é tabu. Num bailarico de verão comemora-se a vida, trocam-se olhares e investe-se em namoricos, não há novos nem velhos, há gente, e isso é o mais importante. Celebra-se o frango assado e a bifana, o vinho e a cerveja e agradece-se ao nosso santo do coração ter-nos dado mais um ano para voltarmos ao nosso ninho.

A Festa da Aldeia é mais que uma celebração e mesmo que, para muitos, seja uma festa popular, a sua essência vai muito além disso, alma que se sente mais quando estamos numa aldeia do interior.

No verão a população triplica e, normalmente, os filhos da terra voltam para a festa da aldeia, porque é nessa altura que todos se reúnem.

O bailarico de verão é mais do que uma festa. É o almoço em família. É ajoelhar na igreja e chorar porque conseguimos cá voltar. É segurar, com orgulho acrescido o andor, porque é uma honra levar nos ombros o nosso santo e o peso do seu significado.

É ouvir a banda marcar os passos na procissão.

É verificar que a nossa avó tem mais rugas e constatar que nunca foi mais linda do que agora. O bailarico da aldeia é música até o sol nascer, interrompida pelo sino da igreja que anuncia a primeira procissão do dia. É comprar rifas porque a bicicleta tem de ir para o meu Miguel. É o melhor fogo de artifício do mundo porque, nestes três dias, o mundo resume-se à nossa aldeia.

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No final o adro fica vazio de gente. A música acaba. As férias entram na sua fase final e o mundo real e cinzento começa a chamar por nós. Para o ano há mais e cá estaremos para fazer o tempo parar durante três ou quatro dias.

A Festa da Aldeia é algo tão português que devia ser elevado a Património Cultural da Humanidade.

É tão Português como o Fado ou como o Canto Alentejano. E mesmo aqueles que dizem não gostar acabam por ser vistos por lá, a dar um pé de dança como se aquele fosse o melhor espetáculo do mundo e, cá entre nós que ninguém nos ouve, é não é?

Vai um pé de dança?

Está calor, o verão está aí com todo o seu esplendor de luz, cor e energia! Os corpos pedem e em Lamego dá-se! Vamos dançar, libertar o stress de meses de frio e chuva! Vamos receber o calor com ritmo e animação, enquanto celebramos a dança!

O dia 4 de julho é dia de se celebrar a dança, com ritmos do mundo que prometem encher de energia quem aderir a este evento.

O Dança Lamego é um evento que vai durar todo o dia e que promete trazer a Ferreirim, onde decorre o Dança Lamego, instrutores inspiradores para quem a dança é mais que uma atividade física, é alma e vida!

O programa começa logo pela manhã com uma sessão de Styling que vai fazer as delicias das mulheres com dicas e truques para que fiquem, ainda mais, bonitas! Seguimos para a piscina e vamos dançar ao ritmo quente do Kizomba com Isaac Barbosa. Depois de almoço segue-se a Roda de Casino com Lino Nunes, por volta das 15h30 vamos até aos ritmos latinos com uns passos de Samba com André e Diana, seguido de Semba com Lino Nunes e ao final da tarde viajamos até Cabo Verde onde Isaac Barbosa nos vai fazer bambolear com alguns ritmos desta Ilha Africana. Depois de jantar a festa continua, o ritmo será constante e os corpos vão aquecer numa noite Afro-Latina com várias animações e surpresas.

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Para mais informações pode entrar em contacto com a organização pelo email secretaria@dancenter.pt.

É pé de chumbo? Não faz mal, o que interessa neste Dança Lamego é que liberte emoções, sinta e viva a dança, e viva a vida com animação e descontração! Quer melhor noite de verão?

 

 

A Cultura tem jornal na Covilhã

E você conhece a cultura e a arte que estão à sua volta? Sabe o que se faz na sua terra ou região? Conhece os artistas e os autores? E os seus trabalhos?

É altura de “dar voz às artes e às letras”, pelo menos este é o lema de António José da Silva, diretor da novíssima publicação cuja intenção é servir as artes e todas as manifestações culturais que se manifestem na Covilhã, uma terra que tem o maior número de associações por habitante do país e que se orgulha de ter enormes vultos da literatura, música, teatro, pintura, design e artes plásticas.

O editor é Pedro Leitão que aceita o convite por entender que esta publicação vem preencher uma lacuna existente no concelho, vendo este jornal como um espaço vazio na Covilhã para dar voz à cultura, aos escritores, aos pintores, assim como para mostrar os museus, dar a conhecer músicos e dar espaço aos atores sociais da Covilhã, acreditando que este jornal será ma mais valia no plano e no contexto social da cidade.

O Jornal de Cultura é um periódico mensal, que estará nas bancas no final de cada mês, uma entrevista a Ruy de Carvalho fez as honras de primeira página na edição de estreia desta publicação, ainda para ler uma reportagem sobre o Oriental da S. Martinho.

A primeira edição foi entregue de forma gratuita. O jornal conta com cerca de 20 colaboradores.

 

 

Abriu o concurso para Curtas de Viseu

O mundo da sétima arte é fascinante e os fãs deste universo são muitos.

O que não faltam são cinéfilos na região e a pensar nos apaixonados desta arte o Cine Clube de Viseu promove o VistaCurta, o Festival de Curtas de Viseu. Um Festival de cinema não se faz sem filmes e o Cine Clube de Viseu aceita, até dia 15 de agosto a inscrição de curtas-metragens produzidas desde 2012 e que preencham alguns requisitos como o facto de terem de ser filmes realizados no distrito e por autores do distrito de Viseu. As curtas têm de ser feitas sobre temas, histórias ou realidades transversais à região e à sua identidade.

Os filmes não podem ultrapassar os 30 minutos e podem ser de ficção, documentário, animação, filmes experimentais e vídeos musicais.

 

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O júri será selecionado entre profissionais de Cinema e especialistas que atribuirão o prémio para Melhor Filme, no valor de 1250€, Melhor Documentário, no valor de 1250€ e o prémio VistaJúnior, para o melhor filme realizado em contexto escolar ou por um realizador com menos de 18 anos (inclusive), no valor de 250€ atribuído em material audiovisual.

Não podem ser submetidas a concurso obras que já tenham estado presentes em edições anteriores, no entanto, não há limite para o número de obras apresentadas por candidato. Os filmes serão projetados durante o Festival e os filmes vencedores serão projetados em local e dia a designar.

O Vistacurta – Festival de Curtas de Viseu, nasceu em 2010 e em cinco edições já recebeu centenas de filmes que confirmam o potencial deste campo de ficção.

Este ano o Festival irá realizar-se em setembro de modo a apresentar um programa com mais sessões. Para mais informações é só visitar o site do Cine Clube.

 

 

As bodas do Tom

Assinala este ano as suas Bodas de Prata, dedicado às músicas do mundo, o Tom de Festa é o mais antigo Festival do género em Portugal.

São 25 anos que começaram de modo tão natural como a vida, como o reavivar de uma festa popular que evoluiu para um acontecimento artístico-cultural onde a matriz da ACERT se revisse. São 25 anos de mais de uma centena de noites e muitos encontros, de celebração de música ancorada às outras muitas artes e dinamização comunitária de que é moldada a ACERT.

A essência deste Festival não está na quantidade de gente que atrai. Esta na sua identidade e genuinidade que quem o faz e de quem se sente atraído por essas simples razões tão autenticas e por isso tão contagiantes. É um Festival com a alma de quem o faz e com a alma de quem nele participa, e por isso vale a pena ser vivido.

Este Festival é uma Ode ao mundo, à cultura e à arte, fator de relação solidária entre os povos.

Cheio de momentos surpreendentes, o Tom de Festa deste ano pretende dar continuidade ao que o torna único com um programa contagiante.

De 14 a 18 de julho serão várias as atividades e diversos os nomes que vão passar por Tondela.

Segundo a organização, durante este período, Tondela será guineense e mexicana, dançará o tango e rimará o rap, irá relembrar o foral que lhe deu jurisdição e não se esquecerá dos saltimbancos que por estas terras foram passando. Há ainda promessa de porco assado em mesa partilhada, numa mistura com os músicos, numa babel de sonhos e loucura à mistura tal qual a casa da ACERT.

A abrir as hostes do festival o concerto comemorativo dos 500 anos do Foral de Besteiros, logo no dia 14 de julho, convocados foram alguns nomes do panorama musical de raízes em Tondela como a cantora dos Deolinda, Ana bacalhau, Filipe Melo e Samuel Uria, assim como os músicos d’A Cor da Língua ACERT.

A companhia ACERT irá invadir o espaço do festival no dia 15 com uma Ode ligeira e humorada, com um final apoteótico que abrirá o pano de boca numa ceia onde artistas e público provarão um porco no espeto, porque “O Porco é um Bísaro e come-se!, tem mais é que ser comido e bebido como manda a lei.

Vamos até ao México no terceiro dia do festival!

Jenny and The Mexicats. Uma londrina, um espanhol e dois mexicanos resultam numa banda de som e ritmos poderosos numa sonoridade multicultural. A garantia é a de uma festa sonora que não deixará ninguém indiferente!

Jenny The Mexicats artigo

Para terras quentes e misteriosas é o rumo da viagem no dia 17. Da Guiné-Bissau, Karyna Gomes, apresenta-nos o seu disco a solo, Mindjer, uma homenagem às mulheres guineenses e à sua luta pela liberdade. Este álbum mistura a música tradicional com a mais moderna, com influências da soul, jazz e R’n’b. Da Guiné-Bissau passamos até ao outro lado do Atlântico, com a Orquestra típica de Fernandez Fierro da Argentina. A noite irá encher-se de tango numa energia inesgotável.

Karyna Gomes artigo

No dia 18 vamos sentir o arrepiar na pele da rima, com Capicua e o seu modo único de expressão. Rapper portuguesa, de verbo solto e rima afiada para intervir. Ainda no dia 18 sobem ao palco os Clã, banda icónica do panorama musical nacional.

Capicua artigo

Mas há mais para além da música neste Tom de Festa em Tondela. Há artesanato, exposições, produtos locais, literatura, gastronomia regional, vídeo e animações. Os preços variam entre os 5 e os 10€ para bilhetes diários e os 12,50€ e os 25€ para os três dias do Festival. Para mais informações o melhor mesmo é ir até http://www.acert.pt/tomdefesta/2015/sobre-o-festival/programa. Vemo-nos por lá!

Há arte urbana nas aldeias

Quem disse que a arte é para ser vista apenas nos núcleos urbanos?

Mesmo a dita arte urbana não se pode confinar apenas à urbe, deve ser livre e acessível a todos, ser integrada em contextos diversos e respirar!

Para os lados de Castelo Branco celebra-se esta ideia. As aldeias do Barbaído, Chão-da-vã, Freixal do Campo e Juncal do Campo, recebem nos dias 19, 20 e 21 de junho uma exposição de Arte Urbana, inserida no projeto de arte, comunidade e sustentabilidade “Aldeias Artísticas”, onde se procura explorar um novo modelo de desenvolvimento local através da fusão artística urbana com a rural.

“Aldeias Artísticas” acolhe trabalhos de diversos artistas de várias áreas transversais da arte como a arte urbana, ilustração, design gráfico, fotografia, artes performativas, entre outros, que estão em residência nas aldeias e produzem obras que nascem do seu contacto direto com o contexto envolvente, dando origem a uma identidade local única.

O projeto já envolveu 3 artistas urbanos que habitaram as aldeias e contactaram com o seu património, tradições e realidades, numa relação de aprendizagem e partilha.

Até ao festival acolherá mais 7 artistas.

Este projeto já desenvolveu workshops de fotografia que trouxeram cerca de 40 participantes de vários pontos do país às aldeias, numa perspectiva não apenas artística mas também de interação social com o meio e os seus.

O Festival “Aldeias Artísticas” quer ser, mais que uma exposição, um momento de celebração de todo o trabalho desenvolvido e uma oportunidade para as pessoas terem um contacto mais próximo com a iniciativa.

O projeto “Aldeias Artísticas” não tem fins lucrativos e é promovido pelas associações EcoGerminar e Terceira Pessoa, resultando da dinâmica comunitária do projeto “Há Festa no Campo”, uma iniciativa com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, e conta com diversos parceiros e apoio de associações locais.