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Os Grandes do Dão da Revista de Vinhos

No passado dia 17 de fevereiro a Revista de Vinhos anunciou, na sua Gala, quais os Grandes Vinhos de 2016, segundo a classificação atribuída pela sua equipa editorial.

O ano de 2016 ficou marcado pela ascensão dos brancos: 8 de os 30 melhores, dois verde Alvarinho e seis de outras regiões do país (Douro, Dão, Bairrada, Lisboa e Alentejo).

Mas é do Dão que falamos neste artigo com dois vinhos a figurarem na Lista dos Grandes Vinhos de 2016 nestes prémios Excelência da Revista de Vinhos:

 

Fonte do Ouro Dão Nobre branco 2015
Sociedade Agrícola Boas Quintas

Este é um vinho de cor amarelo citrino brilhante, de aroma rico em frutos brancos e amarelos delicados que combinam perfeitamente com as noras de tosta da barriga. Sobressai na boca a sua mineralidade, frescura e elegância dos sabores da fruta branca e do amanteigado e baunilha do casamento com a madeira. De volume e persistência notáveis com grande potencial de evolução. O final é suave, longo e agradável.

 

Villa Oliveira Dão Touriga Nacional tinto 2011
Casa da Passarella

Aroma muito delicado, com notas florais, fruta vermelha viva, notas de ervas aromáticas. Corpo médio, belíssima acidez, taninos firmes, tudo elegante e fresco, com final explosivo, de muito bom comprimento.

Movecho distinguida pela Exame

Mais boas noticias para o mundo empresarial da região! A empresa Movecho, com sede em Nelas, foi distinguida pela Revista Exame como sendo a melhor PME do setor da cortiça e móveis!

Não é por estar no interior que uma empresa não pode ser reconhecida como sendo uma das melhores do país, independentemente do setor em que labora. Prova disso mesmo está nesta distinção atribuída à Movecho.

Todos os anos a revista Exame distingue as 1000 melhores Pequenas e Médias Empresas do país, premiando os negócios que pretendam afirmar-se em tempos mais difíceis. A Movecho volta a figurar na lista que este ano incluiu empresas de 22 setores de atividade.

A Movecho tem-se destacado no mercado pela qualidade elevada dos seus produtos, inovação e design diferenciador. Trata-se de uma empresa luso-suíça composta por uma equipa de 170 colaboradores jovens e dinâmicos, distribuídos nas áreas de conceção e desenvolvimento, design, engenharia do produto, fabricação, comercialização e instalação.

“Querer ser e fazer melhor” é o mote da empresa que procura sempre inovar e apostar na evolução tecnológica, dando repostas ágeis e flexíveis às exigências do mercado.

Rolling Stone distingue Boom Festival

Apesar de ainda ser um pouco desconhecido do público português, o BOOM Festival, que decorre de dois em dois anos em Idanha-a-Nova, tem vindo a somar prémios e reconhecimentos por esse mundo fora, atraindo milhares de pessoas a esta terra no interior de Portugal ansiosos por entrarem num mundo alternativo durante uma semana.

Um mundo de música, cor, luz, animação, arte e consciencialização daquilo que somos e qual a nossa ligação com o mundo.

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Para quem já ouviu falar deste Festival a primeira ideia que transmitem, pelo menos no público nacional, é que se trata de um Festival alternativo onde reinam as drogas e a música psicadélica, frequentado por novos hippies.

O BOOM Festival não é um local onde se reúnem drogas, é até mesmo, uma festa aberta a todos os tipos de público e de qualquer idade.

É de facto procurado por pessoas que procuram um estilo de vida alternativo e mais ligado às raízes e à natureza, encontrando aqui um universo que lhes proporciona essa visão, e são milhares essas pessoas, sendo que os 33 mil bilhetes disponíveis para este ano esgotaram em 34 dias.

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É um Festival especial e envolto numa mística única e por isso muitas pessoas confundem o que lá se passa, mas não quem realmente percebe o evento e é por isso que revistas como a Rolling Stone, que é a mais importante publicação de música no mundo, indicam este evento como sendo um dos “sete espetaculares acontecimentos do mundo”, como foi anunciado esta semana num artigo que a revista publicou.

O BOOM Festival surge ao lado de eventos internacionais como Burning Man (Nevada, Estados Unidos), Symbiosis Gathering e Lightening in a Bottle (ambos na Califórnia, Estados Unidos), Envision (Costa Rica), Beloved (Oregon, Estados Unidos) e Shambhala Gathering (Canadá).

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A verdade é que o BOOM é mais conhecido fora de Portugal do que cá dentro, sendo que 85% do seu público é estrangeiro.

A Rolling Stone sublinha ainda que o BOOM Festival é como um regresso à vibra o boémia e espiritual dos anos 60, misturada com comida, música e performance artística fenomenais da Península Ibérica, realçando, também a internacionalmente premiada política de sustentabilidade que o próprio Festival promove e o seu programa artístico, cuja música “é decididamente mais madura” do que a que se ouve noutros festivais.

O BOOM deste ano realiza-se de 11 a 18 de agosto.

Vinhos da Beira Interior são boa compra

No passado dia 12 de fevereiro teve lugar a Gala da Revista de Vinhos que distinguiu marcas e personalidades relacionadas com o universo do Vinho.

A região Interior de Portugal tem vindo a deixar a sua marca de qualidade nos vinhos e prova disso foram as distinções dadas pela revista à Região Demarcada do Dão, no entanto a Beira Interior também esteve em destaque, principalmente no que toca à relação qualidade/preço dos vinhos produzidos nesta região.

A Revista de Vinhos tem vindo a avaliar vários vinhos nacionais e afirma que as noticias são cada vez melhores para os consumidores já que, no ano passado, a revista atribuiu um total de 765 selos Boa Compra, um indicador precioso para quem procura as melhores relações qualidade/preço.

Em dezembro passado a revista lançou o seu Guia de Compras para 2016 que compila cerca de 2200 notas de prova, juntando todas as impressões recolhidas pelos seus especialistas ao longo de 2015. A atribuição de 765 selos Boa Compra permite concluir que a percentagem de vinhos com a relação qualidade/preço digna de realce é superior a 35%, ou seja, mais de um em cada três.

Na Beira Interior quase uma em cada duas opções no mercado (46,9%) respeitam os critérios para merecerem o selo.

Conheça os vinhos da Beira Interior que a Revista de Vinhos destaca como sendo uma boa compra:

 

boa compra

 

Almeida Garrett Beira Interior Reserva branco 2010

Sabe

 

Alpedrinha Beira Interior Reserva branco 2014

Alpedrinha Beira Interior tinto 2012

Adega Cooperativa do Fundão

 

Beyra Beira Interior branco 2014

Beyra Beira Interior tinto 2013

Rui Roboredo Madeira

 

Boa Pergunta Beira Interior Col. Selec. tinto 2011

Coop. Agr. Beira Serra

 

Casas do Côro Beira Interior branco 2013

Casas do Côro

 

Doispontocinco Beira Interior tinto 2012

Doispontocinco Beira Interior Touriga Nacional tinto 2012

2.5 Vinhos de Belmonte

 

Fora de Jogo Beira Interior branco 2011

Coop. Agr. Beira Serra

 

Marquês de Almeida Beira Interior branco 2014

CARM – Casa Agrícola Roboredo Madeira

 

Pinhel Beira Interior Grande Escolha Síria branco 2013

Varanda do Castelo Beira Interior Reserva tinto 2011

Adega Cooperativa de Pinhel

 

Quinta do Cardo Beira Interior branco 2013

Quinta do Cardo Beira Interior Síria branco 2014

Quinta do Cardo Beira Interior tinto 2012

Quinta do Cardo Beira Interior Touriga Nacional Reserva tinto 2011

Companhia das Quintas

 

Quinta dos Currais Beira Interior branco 2013

Quinta dos Currais

 

Quinta dos Termos Beira Interior Reserva branco 2013

Quinta dos Termos Beira Interior Selecção tinto 2013

Quinta dos Termos Beira Interior tinto 2012

Quinta dos Termos Vinhas Velhas Beira Interior Reserva tinto 2011

Quinta dos Termos

 

Terra Boa Old Vines Reg. Terras da Beira tinto 2013

Aliança – Vinhos de Portugal

 

A Revista de Vinhos revelou, também, quais os melhores vinhos de 2015, em Portugal. Na região da Beira Interior foram três os néctares recomendados:

 

Bom Karácter Selecção Rui Madeira

Beira Interior tinto 2011

Rui Roboredo Madeira

Bom Karacter Selecção Rui Madeira-500x500
Feito de Tinta Roriz e Jaen, mostra uma concentração de cor pouco habitual nestas castas, e um perfil profundo e complexo, lembrando frutos negros (amoras, mirtilos), alcatrão, especiarias. Gordo e texturado, com final longo, um tinto de guarda. (14,5%)
Quinta do Cardo

Beira Interior Grande Escolha tinto 2011

Companhia das Quintas

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Concentrado na cor, aroma de rosas e violetas, sobressai o lado floral do vinho, fruta em segundo plano. Bom volume de boca, tem estrutura e boa acidez, ambiente polido e rico no conjunto. (14%)

 

Quinta do Cardo

Beira Interior Touriga Nacional Reserva tinto 2011

Companhia das Quintas

quinta-cardo-reserva

Muito concentrado na cor, aroma de bergamota e de recorte citrino, todo austero mas muito convidativo. Volumoso e de taninos bem presentes, é vinho refinado, ainda em crescimento, perfeito na acidez e final. (14,5%)

 

A Revista de Vinhos gosta do Dão

A revista de Vinhos, uma das mais conceituadas publicações do género em Portugal, já anunciou aqueles que considera serem os melhores do país na área do vinho.

A Gala que teve lugar no passado dia 12 de fevereiro, premiou vinhos, produtores, campanhas, enólogos, entre várias outras categorias que compõem o universo do nosso vinho.

A Região do Dão esteve em destaque nesta edição que decorreu no Velódromo de Sangalhos, recebendo algumas distinções, nomeadamente na categoria de Revelação do Ano, Organização Vitivinícola do Ano e Campanha Publicitária do Ano.

A Caminhos Cruzados foi distinguida como sendo a Revelação de 2015. Este é um projeto com sede em Nelas, e assume-se como o símbolo de um Dão cada vez mais ambicioso. A visão de Paulo Santos, a gestão de Lígia Santos e a enologia de Carlos Magalhães e Manuel Vieira fazem da Caminhos Cruzados uma história de sucesso que ainda agora começou.

A Comissão Vitivinícola Regional do Dão venceu na categoria de Organização Vitivinícola do Ano. A missão da CVRDÃO pode resumir-se numa frase: pôr o Dão no mapa dos vinhos portugueses. Ou “repor”, para sermos mais exatos. A CVR do Dão assumiu a missão e atacou em várias frentes: o enoturismo, a promoção internacional, a organização de eventos marcantes a nível nacional.

A região reforça a sua presença nas bocas do mundo e nos copos dos apreciadores.

A Casa da Passarella também foi distinguida nesta Gala com a Campanha Publicitária “Uma história escrita com vinho”. O vinho é muita coisa. É trabalho, é prazer, é partilha. Memória, alegria, sofrimento, paixão. No vinho cabem muitas histórias e por trás de cada um há sempre uma história. E é nessas histórias que assenta a campanha da Casa da Passarella – seis vinhos, seis histórias, seis portas que se abrem para uma partilha mais completa. Estes vinhos trazem um texto e um contexto.

melhor de portugal

Nesta Gala a Revista de Vinhos destacou, ainda, os grandes vinhos portugueses de 2015, sendo que a Região Demarcada do Dão também teve a sua representação com a Revista a sugerir os seguintes vinhos:

 

António Madeira Vinhas Velhas

Dão tinto 2012

António José Madeira

A barrica não esconde a fruta muito pura e expressiva, com apontamentos de terra e minerais, num estilo muito leve e elegante. Grande frescura de boca, super equilibrado, com tudo no sítio, um Dão à antiga, no melhor sentido.

 

Cabriz 25 Anos

Dão tinto 2011

Global Wines

Resulta da selecção das melhores 10 barricas da casa, com Touriga Nacional, Aragonês, Baga e Tinto Cão. Vê-se que foi feito para durar, com aroma elegante que contrasta com um sabor cheio, com taninos firmes e acidez viva. Final longo, apimentado e pontuado por leves amargos vegetais. Tudo muito personalizado e para crescer em garrafa.

 

Casa da Passarella O Fugitivo

Dão Garrafeira branco 2013

Casa da Passarella

Cor dourada. Mostra nariz contido, com pouca fruta. Muito equilíbrio e profundidade, harmonioso, com flores secas discretas e notas minerais. Denso e encorpado, com acidez integrada, um branco enorme, de grande harmonia e promessa de futuro. Brilhante.

 

Casa da Passarella O Fugitivo Vinhas Centenárias

Dão tinto 2012

Casa da Passarella

Aroma discreto e suave, com frutos vermelhos, serra, muita leveza e delicadeza. Subtil e franco na boca, com taninos finos e acidez envolvida, encanta pela leveza, profundidade e polimento. Um novo e antigo Dão.

 

Druida

Dão Encruzado Reserva branco 2013

C2O

Oriundo de vinhas de altitude (500 metros) é um vinho que impressiona pela forte mineralidade, com notas de sílex que se envolvem com a levíssima tosta da barrica e as nuances citrinas da casta. Cremoso, distinto, brilhante de frescura, tem tudo para crescer em garrafa.

 

Flor das Maias

Dão branco 2012

Soc. Agr. Faldas da Serra

Feito sobretudo de Encruzado e com barrica. Muito bem no perfil, todo austero mineral, apenas com leve floral no fundo. Muito potente na boca, fresco e com bela acidez, novamente mineral com notas de silex intensas. Belíssima evolução, está um grande branco do Dão.

 

Paço dos Cunhas de Santar Vinha do Contador

Dão tinto 2009

Paço de Santar – Vinhos do Dão

Excelente e muito bem integrada barrica, fruto opulento e vivo sem qualquer evolução, excelente equilíbrio de boca, taninos suaves e apimentados, muita complexidade, volume e persistência.

 

Pape

Dão tinto 2011

Quinta da Pellada – Álvaro Castro
As quintas da Passarela e da Pellada dão origem a este belíssimo tinto que conjuga concentração e elegância, fruta de cereja madura, enorme frescura e expressividade, com apontamentos minerais a conferir classe. Muito carácter. E o álcool moderado é um bónus.

 

Pedra Cancela Signatura

Dão tinto 2012

Pedra Cancela Vinhos do Dão

Fruta madura, notas vegetais, leves balsâmicos, registo sério e sisudo. Boa textura de boca, taninos finos asseguram-lhe longevidade, a alegria da fruta torna a prova muito agradável e a barrica está no ponto.

 

Quinta da Falorca Lagar

Dão Reserva tinto 2010

QVE – Sociedade Agrícola de Silgueiros

Intenso na cor, conjuga discretos apontamentos florais e de frutos vermelhos com notas de vegetais secos e pimenta. Profundo, concentrado mas não pesado, o tempo de garrafa deu-lhe complexidade e elegância, mantendo o mix de sobriedade e frescura que caracteriza os vinhos desta casa de Silgueiros.

 

Quinta de Pinhanços Altitude

Dão branco 2011

Quinta da Pellada – Álvaro Castro

Vendido propositadamente mais tarde que o habitual. Ligeira evolução mas só na cor, de resto nota mineral excelente, vidrado, conjunto austero e muito interessante. Prova de boca com volume, cremoso até, silex, todo em frescura e complexidade, termina longo. Muito bem.

 

Quinta dos Carvalhais Branco Especial

Dão branco

Sogrape Vinhos

Lote de várias colheitas. Amarelo dourado na cor, aroma muito rico e complexo, com notas de resinas e mel, de compotas e leve nota de pólvora. Na boca é volumoso, surpreende pela excelente acidez que sustenta a estrutura e lhe confere uma enorme aptidão gastronómica.

 

Quinta dos Carvalhais

Dão Encruzado branco 2014

Sogrape Vinhos

Grande delicadeza aromática, assente numa fruta muito delicada e numa barrica de grande qualidade que apenas confere leves notas de tosta. Estruturado e amplo na boca, acidez exemplar e textura de seda.

 

Quinta dos Roques

Dão Encruzado branco 2014

Quinta dos Roques

Muito bem aromaticamente com o perfil austero da casta em harmonia com um lado citrino mais acessível. Muito bem igualmente na boca, mineralidade em alta, barrica discreta, acidez belíssima e um final que se projecta. Uma das melhores edições de sempre.

 

Ribeiro Santo Vinha da Neve

Dão branco 2014

Magnum Carlos Lucas Vinhos

Excelente presença aromática, super elegante, com delicados citrinos de limão e laranja, fumados de barrica muito discretos, sugestões de pedra molhada. Impressiona pelo brilho e frescura que dele emana, é um magnífico exemplo de Encruzado jovem, entusiasmante pelo que promete de futuro. Estará perfeito com mais um ou dois anos de garrafa.

 

Ribeiro Santo Vinha da Neve

Dão tinto 2011

Magnum Carlos Lucas Vinhos

É um excelente exemplo da harmonia que é possível alcançar nos melhores tintos do Dão. Bagas silvestres, eucalipto, especiarias, taninos presentes mas finos e polidos, barrica muito bem integrada a envolver tudo sem se sobrepor. Muito bem.

 

Varanda da Serra

Dão branco 2014

Ares do Dão

A segunda edição desta marca difere da anterior pelo mais afinado uso da barrica, aqui em perfeito diálogo com a fruta citrina, a especiaria e a mineralidade das vinhas velhas. O vinho cresceu em sofisticação, frescura e carácter, é um branco distinto, muito elegante e que vai ter um enorme futuro. A garrafa magnum ajuda, claro está.

 

Villa Oliveira

Dão branco 2012

Casa da Passarella

Encruzado. Bela intensidade aromática, flores brancas, muito mineral, barrica no ponto, nota a mel, mantém o perfil borgonhês. Prova de boca com potência, larga e muito saborosa, talvez mais fresco e tenso que a edição de 2011 mantendo a precisão. Final imponente que crescerá com estágio em garrafa.

 

Agora é só escolher. Se preferir, e não se importe de aguardar algum tempo, sugerimos que no primeiro fim-de-semana de setembro visite a Feira do Vinho do Dão, em Nelas, onde poderá encontrar grande parte destes vinhos e fazer uma degustação, depois é só comprar!