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São Mateus com programa para todos

É a Feira Franca mais antiga da Península Ibérica e todos os anos, durante um mês, traz à cidade de Viriato milhares de pessoas de todo o país. Com 623 anos a Feira de São Mateus tem o melhor cartaz de animação, no que toca a uma Feira do tipo, da região e por isso é tão aguardada.

Comecemos pelo cartaz deste ano que, à semelhança de anos anteriores, está recheado de grande nomes da música nacional, apostando em artistas diferenciados e numa variedade de géneros que atrairá vários tipos de público.

No sábado dia 8 de agosto o palco BIC será comandado pelos Dj’s RFM Dance Floor – Kura que, a partir das 22h00 até às 2 da madrugada vão colocar Viseu a dançar, no domingo dia 9 de agosto sobe ao Palco a Banda do Mar.

A semana começa com música tradicional, com o Rancho Folclórico “As Cabacinhas de Santiago e o Grupo de Cantares Flamiam a animar a noite de segunda-feira.

A noite de terça-feira dia 11 começa com um concerto de Diogo André e logo a seguir vai eleger-se a mais bela portuguesa além fronteiras no concurso Miss Emigrante.

Os amantes do RAP podem bater palmas ao som de AGIR na quarta-feira e na quinta é a vez de António Zambujo animar as hostes. A partir das 22h00 do dia 14 de agosto o palco Banco BIC fica sob o comando de Pedro Abrunhosa.

Na Feira de São Mateus aposta-se em grandes nomes que enchem a casa como é o caso do que, com certeza, irá acontecer na noite de 15 de agosto quando Tony Carreira subir ao palco.

Voltamos à música tradicional portuguesa no domingo com o Festival Internacional de Folclore, a acontecer a partir das 22h00 e na segunda-feira dia 17 é a vez da atuação do grupo de Cavaquinhos de Passos de Silgueiros.

Os The Greyhound James Band atuam na terça-feira e na quarta dia 19 é a vez de Mara Pedro presentear os visitantes da Feira com uma noite de fados.

Na quinta-feira dia 20 de agosto são três os momentos musicais que prometem animar a noite, começando às 21h00 com a Tuna da AH dos Bombeiros Voluntários de Viseu, seguidos de uma das bandas nacionais do momento, Os Azeitonas e a fechar a noite o Dj PPKOOL.

Na praça dos concertos, no dia 21 de agosto não perca, a partir das 19h00 a demonstração da Federação Portuguesa de Lohan Tao, às 22h00 no palco Banco BIC atua o Coro Mozart.

Viseu vai terminar o dia de 22 de agosto em grande com um concerto que, certamente irá atrair milhares de espetadores, os Xutos & Pontapés voltam à cidade de Viriato e prometem arrasar.

Slimmy e Ricardo Azevedo são os artistas da noite de domingo dia 23, e no dia 24 a Feira de São Mateus enche-se de dança com ritmos Afro-latinos.

Os Lamed Klan são a banda da noite de terça-feira e a Infantuna de Viseu vai encher o Palco de ritmos académicos na quarta dia 26 de agosto.

Na Feira de S. Mateus há lugar para todos os tipos de música e na quinta feira enche-se de ritmo com Cachupa Psicadélica.

Na sexta feira, dia 28, o Brasil invade o recinto ao ritmo de Daniela Mercury, e no dia seguinte Anselmo Ralph anima a noite.

Domingo recebe os The 7Riots seguido de uma sessão de cinema, que se repete na segunda feira seguinte.

Na terça-feira dia 1 de setembro é vez de o recinto receber os Depeche Note e João Bota atua na noite de 2 de setembro. A noite de sexta-feira está a cargo dos Rock Moit’Alive: “Os Vultos”. No sábado sobem ao palco os Diabo na Cruz e os D.A.M.A vão conquistar Viseu na noite de domingo.

Venha dançar ao ritmo da música tradicional na segunda-feira com os Minhotos Marotos, e na terça ao ritmo dos Cantorias.

Na quarta-feira dia 9 de setembro o que se promete é uma viagem pelas últimas décadas através da música num espetáculo chamado “Life is Life”. Na sexta-feira a música Gospel é rainha e no último dia, a fechar com chave de ouro, José Cid!

layout palco layout sao mateus

Na edição deste ano a Feira de S.Mateus irá apresentar-se com cara nova, mais jovem e atrevida, com um espaço pensado de forma a ser mais eficaz e tornar a Feira mais imponente, com a Sé de Viseu a servir de cenário para os grandes concertos que nos esperam!

 

 

 

As sortes dos 60 no Sabugal

“No meu tempo é que era!”

“Antigamente as coisas eram diferentes!”

Quantas vezes não ouvimos estas expressões e ficamos a imaginar como seria há uns 40 ou 50 anos atrás? Ainda bem que há iniciativas que nos fazem ter uma ideia de como eram os tempos há umas dezenas de anos, como é o caso do evento que vai decorrer no Sabugal nos dias 24, 25 e 26 de julho. O “Sabugal, Surpreenda os Sentidos” leva, nesta edição, os visitantes numa viagem até aos anos 60, uma viagem “às sortes” da década onde a ditadura ainda mandava na nação, onde as colónias eram nossas enquanto os norte Americanos e os Russos corriam para ver quem chegava primeiro à lua.

O “Sabugal, Surpreenda os Sentidos” é um evento que, todos os anos, leva os visitantes até uma época especifica, e todas as temáticas, animações, atividades e ações são pensadas e planeadas em função da época escolhida e de acontecimentos ocorridos durante a mesma.

A edição deste ano chama-se Viagem “às sortes” dos anos 60 e levará quem por lá passar até essa época centrando-se na dualidade temática da inspeção militar (pré e pós guerra colonial).

as sortes sabugal 2

Neste evento não faltarão atividades e animação para todos com um mercado de época, tabernas, teatralizações, música ao vivo e muitos espetáculos que prometem surpreender.

Vamos lá entrar na máquina do tempo rumo aos anos 60, no Sabugal!

 

Elevemos as Festas da Aldeia a Património Cultural!

Ser português é muita coisa. É ser hospitaleiro. Acreditar que somos os melhores do mundo e os piores também.

É defender o que é nosso com unhas e dentes porque as únicas pessoas que se podem queixar do que é português somos apenas nós, os portugueses.

Ser português é rilhar tremoços e beber uma cerveja numa esplanada num dia de verão. É juntar a família toda em piquenique, num qualquer parque deste país e acabar o dia com mais três famílias à mistura que por ali passaram e se juntaram. Ser português é viver numa eterna saudade, é ter um sorriso humilde e, mesmo na maior das pobrezas, tirarmos o casaco porque o vizinho está com frio.

É no verão que o que de mais português há em nós se revela.

São as nossas tradições e culturas que na época estival se manifestam com maior fervor. Porque é que esperamos ansiosamente pelo verão, e porque é que esta época é tão importante para os portugueses? Porque é nesta altura que o país se enche de vida. É no verão que abrimos os braços para receber quem está longe.

Não há noite de verão em que não haja um bailarico por aqui perto. Há sempre festa numa aldeia. É luz, cor, música e comida, muita comida, porque ser-se português é também saber comer bem.

Para os portugueses, principalmente nestas regiões do interior, o verão é o renascer, como se fossemos uma espécie de borboleta presa num casulo que espera pelo estio para abrir as suas asas e revelar as suas verdadeiras cores.

O verão é mais do que calor, é o renascer das nossas terras que, durante os meses de inverno, ficam quedas à espera que a luz do sol lhes desperte a alma e lhes devolva os filhos.

A Festa da Aldeia é mais do que uma banda no palco ou uma procissão no adro da igreja. É mais que luzes e pés de dança. É reencontro, lágrimas de alegria, abraços apertados e risos de pura felicidade. Vai muito além da tradição religiosa ou da pagã. É reunião. Reencontro de amigos e familiares. É a união de gerações e a partilha de felicidade.

Num bailarico de verão não se pensa em trabalho nem em tristezas. Não há doenças e a política é tabu. Num bailarico de verão comemora-se a vida, trocam-se olhares e investe-se em namoricos, não há novos nem velhos, há gente, e isso é o mais importante. Celebra-se o frango assado e a bifana, o vinho e a cerveja e agradece-se ao nosso santo do coração ter-nos dado mais um ano para voltarmos ao nosso ninho.

A Festa da Aldeia é mais que uma celebração e mesmo que, para muitos, seja uma festa popular, a sua essência vai muito além disso, alma que se sente mais quando estamos numa aldeia do interior.

No verão a população triplica e, normalmente, os filhos da terra voltam para a festa da aldeia, porque é nessa altura que todos se reúnem.

O bailarico de verão é mais do que uma festa. É o almoço em família. É ajoelhar na igreja e chorar porque conseguimos cá voltar. É segurar, com orgulho acrescido o andor, porque é uma honra levar nos ombros o nosso santo e o peso do seu significado.

É ouvir a banda marcar os passos na procissão.

É verificar que a nossa avó tem mais rugas e constatar que nunca foi mais linda do que agora. O bailarico da aldeia é música até o sol nascer, interrompida pelo sino da igreja que anuncia a primeira procissão do dia. É comprar rifas porque a bicicleta tem de ir para o meu Miguel. É o melhor fogo de artifício do mundo porque, nestes três dias, o mundo resume-se à nossa aldeia.

banda festa

No final o adro fica vazio de gente. A música acaba. As férias entram na sua fase final e o mundo real e cinzento começa a chamar por nós. Para o ano há mais e cá estaremos para fazer o tempo parar durante três ou quatro dias.

A Festa da Aldeia é algo tão português que devia ser elevado a Património Cultural da Humanidade.

É tão Português como o Fado ou como o Canto Alentejano. E mesmo aqueles que dizem não gostar acabam por ser vistos por lá, a dar um pé de dança como se aquele fosse o melhor espetáculo do mundo e, cá entre nós que ninguém nos ouve, é não é?

Quer entrar no espírito medieval?

Sois daqueles que sonha acordado com cavaleiros em demandas sagradas no espirito medieval?

Tempos idos de lutas e conquistas, donzelas e cavaleiros? Sonhais ser o protagonista de um romance da época medieval? No entanto, e apesar de saberes ler cantigas de amigo indecifráveis, não conseguis abdicar dos confortos mundanos do século XXI? O vosso problema está resolvido meus senhores, ide até Castelo Mendo no fim-de-semana de 11 e 12 de abril e entrai num mundo de incontáveis aventuras!
A Festa Medieval de Castelo Mendo, que tem vindo cada vez mais a assumir o carácter de Feira Medieval, tem sido reconhecida pelo seu valor cultural, didático e lúdico.

Deixe-se seduzir pelos aromas, sons e surpresas do passado que irão acontecer nesta Aldeia Histórica perto de Almeida. Encante-se com as diabruras dos jograis, os galanteios dos espadachins, divirta-se com as rabulas dos bobos e com os amores e desamores das damas e dos nobres. Cuidado com as feitiçarias das bruxas malévolas do caldeirão de ferro e delicie-se com os manjares e as bebidas nas tabernas do mercado.
Uma aventura que transportará toda a família diretamente para tempos idos onde tiveram origem as mais fantásticas aventuras que hoje enchem o imaginário de todos.

Castelo Mendo é uma aldeia de características, predominantemente, medievais, o que torna este evento uma experiência fabulosa para todos os visitantes.

É constituída por dois núcleos amuralhados, a Cidadela e a Barbacã. A Cidadela de formato oval corresponde ao burgo velho, formado após o foral de D. Sancho II. O burgo novo ou Arrabalde de S. Pedo protegido por uma muralha dionisiana, foi no passado guarnecida por oito torres, parcialmente destruídas com o terramoto de 1755.

De ruelas estreitas e cantos cheios de segredos, esta é uma das 12 Aldeias históricas e convida à descoberta. O mote nestas aldeias é deixar a imaginação fluir. Venha com muito tempo, a pressa aqui é inimiga, e estes locais são legados de uma história rica e grandiosa.

Visite Castelo Mendo em qualquer altura do ano, pernoite numa das muitas casas de Turismo Rural da região e aproveite para conhecer as terras das Beiras que, mesmo estando perto da fronteira com Espanha, carregam a essência que forjou a nação. Visitar Castelo Mendo neste fim-de-semana é uma visita com bónus, e se quiser viver a experiência medieval ainda com mais vigor, faça a sua reserva para o Festim medieval através do telefone 271571083 ou através do email: geral.ceama@gmail.com.