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5 locais de visita obrigatória em Viseu

Viseu. Cidade de Viriato. Várias vezes eleita como a melhor cidade para se viver. E não é para menos.

Viseu reúne as virtudes de um centro cosmopolita, onde podemos encontrar tudo aquilo que a vida moderna exige, como centros comerciais, Museus, Teatro ou centros desportivos, às grandes vantagens de uma cidade no interior de Portugal, como a tranquilidade, segurança e ar puro, para não falar das belezas naturais que a sua proximidade com a Serra da Estrela proporcionam.

A centralidade de Viseu torna-a uma cidade apetecível, não apenas para viver, mas também para visitar, e sabemos que, além de tudo o que já vos disse, Viseu conta ainda com a tão afamada hospitalidade beirã característica das pessoas de cá, não que as restantes regiões do país não saibam receber, mas Viseu tem um jeito diferente de acolher.

Quem visita a cidade não pode deixar de apreciar a gastronomia e as paisagens, mas hoje, e porque não me quero alongar, vou sugerir 5 locais imperdíveis!

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Centro Histórico

Um passeio pelo passado 

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Se visitar Viseu passeie nas suas ruas do Centro Histórico, este é o coração da cidade. O Adro da Sé é considerado uma das mais belas praças deste país, com quatro majestosas edificações a apreciar: a Varanda dos Cónegos e Torre de Menagem, a Sé Catedral, O Museu Grão vasco e a Igreja da Misericórdia.

No Rossio deslumbre-se com a ampla praça, um ponto de encontro sombreado de tílias. Aqui encontra os Paços do Concelho, a Igreja dos Terceiros de estilo Barroco, o Painel de Azulejos ao longo do Jardim das Mães e ao cimo a Casa Museu Almeida Moreira.

Viseu possui um dos mais belos conjuntos de casas, portais e janelas de estilos Gótico-Manuelino que poderá apreciar um pouco por todo o centro histórico. A janela geminada Manuelina mais bonita da cidade pode ser vista na Praça D. Duarte, onde está a estátua do Rei de Portugal.

 

A Sé Catedral

Pela fé e pela arte 

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Fiel sentinela desta cidade. No alto da sua imponência é o farol desta cidade. É impossível ficar indiferente à sua presença, abraça todos e dá as boas vindas a quem visita Viseu.

Ancestral de seu nascimento, veio para ficar e o seu lugar jamais será conquistado por qualquer outro monumento.

Quando entramos não ficamos indiferentes à sua dimensão, assoberbados pela beleza requintada da sua construção. Somos pequenos aqui. Somos grandes na sua alma. Aqui contamos a passagem do tempo pelos seus estilos.

Quem visita a Sé Catedral não faz apenas uma viagem pela fé, embarcando numa viagem pela própria história da arquitetura religiosa portuguesa. Vale a pena visitar, seja pelo seu carácter religioso, seja pela peça de arte que a mesma é. Seja como for, em ambos os casos, visitar a Sé de Viseu é encetar uma caminhada pela alma.

 

Museu Nacional Grão Vasco

A Cultura tem lugar

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Este é um local de visita obrigatória, não apenas pela coleção de pintura quinhentista do autor Vasco Fernandes, mas também pela pintura portuguesa dos séculos XIX e XX.

O Museu está instalado no antigo paço Episcopal e foi totalmente renovado pelo arquiteto Souto Moura.

No Museu Nacional Grão Vasco pode ainda ficar a conhecer exemplares de faiança portuguesa, porcelana oriental e mobiliário, assim como um conjunto de objetos e suportes figurativos originalmente destinados a práticas litúrgicas.

 

Cava de Viriato

O Mistério de Viseu

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Monumento Nacional desde 1910, a Cava de Viriato é um dos maiores mistérios da região. Não se sabendo ao certo a sua construção, esta fortaleza de planta octogonal de 38 hectares é rodeado por muros e protegida por taludes.

A Cava é cercada por um fosso de água onde nos surpreende o sofisticado sistema de engenharia hidráulica que ligava o seu interior ao rio Paiva e à ribeira de Santiago. Esta é uma configuração única na Península Ibérica e sabe-se que, apesar de Viriato lhe dar o nome, não terá qualquer relação com o guerreiro lusitano, apesar da famosa estátua lá erigida, havendo teorias que defendem que terá sido construída por muçulmanos.

Em 2001 a área foi requalificada e conta com uma passadeira ao longo de toda a estrutura dos taludes permitindo que os visitantes possam apreciar este monumento.

Apesar das teorias em torno da Cava a sua fundação ainda não foi determinada com certeza, daí o mistério em torno do monumento. A sua importância para Viseu é imensa, sendo que os símbolos adotados pelo Município para a sua Identidade Visual são inspirados no formato da Cava de Viriato. Visite-o e imagine, você mesmo, o que terá acontecido aqui!

 

Parque do Fontelo

O Pulmão de Viseu

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Este é o pulmão de Viseu. Um dos locais favoritos para retemperar energias, o Parque Florestal do Fontelo é um local secular, apreciado desde há muito pelas pessoas de Viseu para os seus passeios pela natureza. É um sitio magnifico para passear com a família, rico em espécies vegetais e árvores de onde se destacam os castanheiros e os carvalhos.

Outrora considerado uma das mais luxuosas e exóticas quintas de recreio em Portugal, hoje encontramos neste espaço várias valências como campos de futebol, basquete e ténis, piscinas, um Skate Park, um pavilhão multiusos e um parque infantil.

 

Viseu é uma cidade maravilhosa para se viver, em constante evolução, com uma qualidade de vida invejável. vale a pena ser visitada e apreciada. Estas são apenas algumas sugestões daquilo que pode ficar a conhecer em Viseu, para outro dia ficam as sugestões gastronómicas!

 

Fotografia: cidadeviseu.com, visitecentroportugal.com.pt, bp.blogspot.com

Descubra Viseu:

https://heartbeat.pt/8-maravilhas-viseu/

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Bate leve, levemente, como quem chama por mim

Bate leve, levemente, como quem chama por mim.

Alva e flutuante, tão leve, quase etérea. Desfaz-se nos dedos, desmaiando. Enche a paisagem de uma magia que nos faz felizes. E por momentos, quando a podemos apreciar, sentimo-nos agradecidos por poder ter o privilégio de a vislumbrar. Cobre a paisagem de um branco tão puro tornando-a absolutamente majestosa. É neve. É pura.

A natureza é caprichosa mas generosa. São estes espetáculos que ela proporciona que nos fazem apreciar o mundo e o facto de sermos capazes de a valorizar. Abrir a janela para uma paisagem branca é uma sensação maravilhosa!

Hoje caíram os primeiros flocos de neve na Serra da Estrela! Anuncia o tempo frio e, ao contrário do que acontece noutros locais, aqui na Serra o Inverno não é pronuncio de descanso, é nesta altura do ano em que a Serra ganha vida e atrai o resto do mundo, apresentando-se no seu mais belo e branco vestido de gala!

Aos que no sopé da Serra apenas sentem o seu gelado respirar, resta-nos esperar que o frio se torne mais intenso e nos dê o prazer de a ver cair e pintar as nossas paisagens de branco!

Mal podemos esperar! E se há momentos em que nos questionamos acerca do porquê de aqui viver, é quando neva que percebemos que é porque este pedaço de terra no mundo é capaz de nos surpreender a cada estação!

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Anunciam os senhores do tempo que será por apenas uns dias. Aproveitemos, e se conseguirem subir até à Torre, matem saudades por nós e tirem muitas fotografias!!

 

Fotografia: Manuel Ferreira

Rota – Caminhar na companhia do Côa

Vamos caminhar. Andar com determinação descontraída porque a paisagem e a demanda da Rota assim exigem. Desfrutemos do que a natureza nos oferece e deixemo-nos caminhar.

Hoje vamos até ao Sabugal por Meandros do Côa, começamos o nosso percurso junto ao rio Côa, atravessando-o por um velho pontão paralelo à nova ponte. Espera-nos a ribeira da Paiã que, depois de passada, num recanto repleto de testemunhos do passado com ancestrais construções de pedra para aproveitamento das águas, sobe até Quintas de S. Bartolomeu.

Por esta rota podemos apreciar o frondoso carvalhal.

Respiremos.

Vamos descendo até ao rio, por entre esses carvalhais e pinhais, por onde, de quando em vez, podemos ver o vale no seu magnifico esplendor.

Seguimos até aos abandonados Moinhos dos Margaridos, votados, há décadas, à tranquilidade dos dias e é essa a sensação que nos transmitem.

O trilho ladeia o rio coberto por um teto de uma floresta luxuriante de enormes freixos, amieiros, salgueiros, carvalhos e castanheiros. Paremos para apreciar o que nos rodeia. Aqui somos votados a olhar para cima e apreciar este cenário pela natureza forjado. Admiremos os açudes e moinhos abandonados e, até quem sabe, tenhamos a sorte de assistir a brincadeiras das lontras que por aqui vivem na companhia de patos-reais.

Chegados aos Moinhos da Volta a paisagem muda, torna-se mais ampla, com a manta recortada de hortas e pastagens que anunciam o regresso ao Sabugal.

Esta é a proposta do roteiro Pr1, uma rota com a duração de 3 horas, ou mais, se aproveitar para apreciar o que o envolve.

É um percurso de grau fácil, numa distância de cerca de 10 km, subindo a uma altitude máxima de 784m.

Uma pequena rota circular que nos mostra o ambiente que se vive junto ao rio Côa, dando-nos a conhecer um pouco da essência deste rio que nasce na Serra das Mesas, perto da aldeia de Fóios, junto à fronteira com Espanha.

É no Sabugal que ele muda, subitamente, o seu percurso e corre nos seus 130km de extensão até ao rio Douro, próximo de Foz Côa. Nestas rotas junto ao Côa a sensação é a de se estar num local remoto e selvagem onde somos inundados por sons, cores e cheiros que nos invadem os sentidos. Percursos que podem ser visitados em qualquer estação do ano, pois cada uma revela uma beleza diferente.