ART&TUR rende-se ao Centro

Já foram anunciados os premiados do ART & TUR 2016, o Festival Internacional de Cinema de Turismo, um evento ímpar no panorama nacional e internacional.

O Festival ART&TUR é organizado pela APTUR – Associação Portuguesa de Turismologia e pela BRIDGE – Events and Entertainment e com o apoio oficial da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia. ESte evento surgiu da ambição de instituir em Portugal um evento pioneiro que pudesse ser, simultaneamente, um polo de criatividade e inovação no domínio da promoção turística (referência incontornável para todos os operadores e entidades do Turismo), um fórum de reflexão sobre as novas tendências do turismo, facilitando o diálogo entre os especialistas universitários e os representantes do setor empresarial, e ainda um evento original com capacidade para se diferenciar no meio da torrente de eventos que proliferam de Norte a Sul de Portugal.

Os prémios deste ano já foram anunciados e a região centro foi uma das mais galardoadas, conheça aqui os que foram atribuídos à nossa região!

 

Destinos Turísticos – Região

1º Prémio

Grand Prix – Nacional

“Turismo Centro de Portugal – Destino Preferido 2017”

realizador: Sara Reis

Produtor: Slideshow

Duração: 2’10”

 

Aventuras, Expedições e Viagens

1º Prémio

“Verão no interior do país”

Realizador: Cristina Amaro

Produtor: Luís Leal

Local: Serra da Lousã

Duração6’14”

 

http://rd3.videos.sapo.pt/j1ceRz2Hs1OMmprZwBwR

 

Destinos inovadores – Eventos, Feiras e Congressos

2º Prémio

“Festival de StreetArt de Viseu”

Realizador: Rui Costa

Produtor: NIC

Local: Viseu

Duração: 2’53”

 

 

Turismo Rural e de Natureza

1º Prémio

“Pastor de Sonhos”

Realizador: Paulo Fajardo

Produtor: João J. Francisco e Paulo Fajardo

Duração: 5’30”

 

 

Turismo de Natureza

2º Prémio

“Oleiros de beleza rara”

Realizador: Eduardo Rêgo

Produtor: Traduvárius, Município de Oleiros

Local: Concelho de Oleiros, Castelo Branco

Duração 15’09”

 

 

Turismo Rural

2º Prémio

GR22 – Grande Rota das Aldeias Históricas de Portugal

Realizador: Humberto Rocha

Produtor: Um Segundo Filmes

Local: Aldeias Históricas de Portugal

Duração: 3’55”

 

 

 

 

 

 

As Aldeias do Xisto do Tejo

São 27 as Aldeias do Xisto espalhadas pela região Centro de Portugal.

Todas as Aldeias do Xisto tem a sua própria identidade, a sua beleza singular e uma mística muito própria, muito portuguesa… tão nossa.

Já por aqui viajamos pelas aldeias do Xisto da Lousa, da Serra do Açor e do Zêzere, hoje terminamos a nossa viagem no grupo Tejo-Ocreza, o mais pequeno, com apenas quatro aldeias, mas aquele que possui a maior distribuição territorial, numa área já com menor influência atlântica.

 

Água Formosa

agua-formosa

A Aldeia no centro de Portugal, ou quase, já que fica a 10km do centro geodésico de Portugal.

Escondida entre a Ribeira da Corga e a Ribeira da galega, numa encosta que o sol gosta de beijar.

Em água Formosa encontramos vestígios das antigas tradições, como os fornos a lenha ou evidências de tradições ligadas à utilização da força da água. Aqui os declives das encostas são acentuados e os afloramentos rochosos uma constante, e as casas estão viradas para o sol.

Nesta aldeia somos cativados pela sincera simpatia dos habitantes, pelo caminho calcetado que conduz à fonte de água puríssima, um antídoto para o calor que também mata a sede de descanso. Experimente ainda atravessar a ponte pedonal sobre a ribeira para apreciar uma outra perspectiva da aldeia.

Com a requalificação da aldeia surgiram novos habitantes: de quatro em 2002, a aldeia conta atualmente com nove habitantes permanentes. Uma unidade de alojamento surgiu num dos últimos anos. E uma a uma as restantes casas vão sendo recuperadas. Aos fins-de-semana chegam os residentes temporários, que partem com ânsia de em breve regressarem. Há novas  hortas à volta de toda a aldeia e árvores de fruto. A aldeia revive.

 

Figueira

figueira

Na Aldeia de Figueira o mundo rural é um charme, com o cacarejar das galinhas a darem-nos as boas vinda.

O forno comunitário, a joia da aldeia, ainda tem o cheiro irresistível do pão acabado de cozer e os quintais são verdes e cheios de vida.

Esta é uma aldeia de xisto onde é fácil caminhar já que é bastante plana.  Na sua envolvente terrenos agrícolas povoados de oliveiras dão origem ao “ouro verde” que já foi a riqueza da aldeia.

O acesso à aldeia coloca-nos numa bifurcação cujos caminhos envolvem o casco antigo do povoado. Este é alongado, com quelhas ora paralelas ora perpendiculares, formando como que um labirinto onde a todo o momento a presença de múltiplos pormenores da arquitetura tradicional nos transportam para outros tempos. Hortas, quintais, arrumos agrícolas, currais e capoeiras convivem em todo o espaço urbano.

 

Martim Branco

martim-branco

Em Martim Branco os fornos são os elementos mais interessantes, com o cheiro do pão acabado de cozer e que depois da primeira dentada nos entranha na alma.

Num terreno de variados relevos, ora altos ora baixos, ora estreitos ora largos, ora arredondados ora bicudos, é neste tipo de paisagem, ora agreste ora meiga, ora nua ora arborizada, onde os matos a custo desabrocham, “que vive Martim Branco”. Esteios de xisto erguem-se nos quintais. Antes dividiam propriedades, agora unificam a identidade da aldeia. Algumas casas testemunham raro casamento do xisto com granito, união de materiais que garante a qualidade e a perenidade dos imóveis. As portas ostentam belas e vistosas ferragens.

A Aldeia de tão pequena que nos parece, imagina-se parada no tempo, entre penedias de xisto e de quartzo, onde todas as casas e construções são modestas mas de uma genuinidade que o tempo não destruiu. Em Martim Branco há sempre um recanto que nos encanta.

 

Sarzedas

sarzedas

Antiga Vila e sede de Concelho, o seu Pelourinho, o Largo, as Igrejas e Capelas, sobressaem numa malha urbana com casas de belo traçado e volumes grandiosos, que atestam a presença marcante da História.

Sarzedas distingue-se pelos traços de cor que lhe marcam as fachadas das casas rebocadas a caminho da Fonte da Vila. No Alto de São Jacinto, junto à Igreja Matriz, o Campanário com a sua Torre Sineira – que ficou da antiga Igreja sobre Outeiro – ergue-se solitário sobre a aldeia. Está-se bem aqui, neste espaço de leitura moderna, a pensar na história deste lugar cujo povoamento se deve a D. Gil Sanches.

Continue a viagem:

https://heartbeat.pt/ja-conhece-as-aldeias-de-xisto/

https://heartbeat.pt/acor-as-suas-aldeias-do-xisto/

https://heartbeat.pt/as-aldeias-do-xisto-do-zezere/

Fonte: Aldeias de Xisto

Fotografia: ADXTUR

Festival de Outono em Manteigas

Manteigas já está vestida a rigor para o Outono, com os mil tons de castanho e dourado que embelezam a paisagem e deslumbram quem por cá passa. Mas o outono na Serra não é apenas paisagem, é sabor, e que sabor!

Uma boa altura para vir visitar Manteigas e a região da Serra da Estrela é por alturas do Festival de Outono de Manteigas e que este ano decorre entre 4 e 6 de Novembro, até porque este é um dos eventos que mais pessoas atrai à Vila serrana, mais não seja pelo cartaz de luxo que costuma apresentar.

festival

Este ano a música vai estar nas mãos de dois dos nomes mais sonantes do panorama musical nacional, nem mais nem menos que Miguel Araújo, que subirá ao palco no dia, em acústico, no dia 4 seguido de DJ Re Wax .

No dia 5 são os Cais do Sodré Funk Connetion que fazem a festa juntamente com os The Sweet Childreen e Dj Marl.

Mas aparte da música, este Festival faz-se de sabores e aromas, para isso a Praça Municipal da vila, palco do evento, irá encher-se de gastronomia com a truta, cabrito, castanhas, cogumelos e a feijoca de Manteigas a serem os protagonistas, a par dos showcookings que estão previstos e que trarão a Manteigas o Chef Manuel André, a Rosarinho, a Escola Profissional de Hotelaria de Manteigas e o Mini Chef Nair.

Não pode deixar de ir até Manteigas nos dias 4, 5 e 6 de novembro e deliciar-se com os sabores, aromas e sons do Outono. A entrada é livre!

 

As Aldeias do Xisto do Zêzere

Continuamos a nossa viagem pelas Aldeias do Xisto, um conjunto de 27 lugares onde o xisto transforma as casas e torna estes espaços sítios deslumbrantes que nos levam ao Portugal mais genuíno e belo.

Já passeamos pelas Aldeias do Xisto do Grupo da Serra da Lousã e pelas que fazem o Grupo da Serra do Açor. Hoje vamos até à região do Zêzere. Só a aldeia de Mosteiro não se encontra nas margens do Zêzere, mas sim na margem da Ribeira de Pera, quando esta está próxima de ser afluente do Zêzere. E, de todas, apenas Mosteiro não é sede de freguesia.

O material de construção dominante é o xisto, excepto em Pedrógão Pequeno. Em três destas aldeias, Barroca, Janeiro de Baixo e Janeiro de Cima, calhaus rolados de cores claras oriundos do leito do Zêzere juntam-se ao xisto escuro como material de construção de muros e fachadas.

Vamos então conhecê-las:

 

Álvaro

alvaro

Aqui a fé respira-se e sente-se, sendo uma aldeia que pertenceu em tempos idos à Ordem de Malta.

A aldeia de Álvaro estende-se ao longo do viso de uma encosta junto ao rio Zêzere, parecendo, lá do alto das paisagens que a envolvem, uma alva muralha que guarda a passagem do rio. Esta é mais uma das aldeias brancas do Xisto, o que quer dizer que grande parte das construções esconde o xisto por baixo de um manto branco de reboque.

Rica em património religioso, a aldeia foi outrora uma importante povoação para as ordens religiosas, nomeadamente a Ordem de Malta, que deixou inúmeros testemunhos da sua presença. A Igreja da Misericórdia exige uma visita, mas para conhecer bem esta Aldeia há que fazer o circuito das Capelas. Nelas encontrará manifestações importantíssimas de arte sacra, desde pinturas a artefactos singulares, como por exemplo uma imagem do Senhor dos Passos, um Sacrário Renascentista ou ainda um Cristo morto com as Santas Mulheres e S. João Evangelista.

 

Barroca

barroca

A Casa Grande, antigo solar do Séc. XVIII onde hoje funciona o Centro Dinamizador das Aldeias do Xisto, acolhe-nos e lança-nos à descoberta da Aldeia da Barroca.

Aqui continua a respirar-se um ambiente rural, pautado pelos seus ciclos agrícolas. A paisagem circundante é enquadrada pelo pinhal e pelas pirâmides das escombreiras da Lavaria do Cabeço do Pião, que já pertenceram às Minas da Panasqueira. A parte mais antiga da Barroca está implantada ao longo de um pequeno morro, ladeado por duas linhas de água profundamente cavadas, formando um conjunto perpendicular ao curso do Zêzere, com o qual confina.

No caminho que nos leva à beira do Zêzere descobrem-se antigos moinhos que laboravam com a força do rio. O espelho de água e a paisagem impõem um momento de pausa, antes de se atravessar a ponte pedonal para a outra margem e descobrir as gravuras rupestres que os nossos antepassados ali deixaram gravadas na rocha há milhares de anos. A Casa Grande também alberga um Centro de Interpretação deste património e desafia-nos a percorrer a Rota da Arte Rupestre do Pinhal Interior.

 

 Janeiro de Baixo

janeiro-de-baixo

A aldeia dos cinco parques onde irá passar uns dias de ócio de qualidade!

Um moinho escavado na rocha saúda a sua chegada. Ali à frente podemos desfrutá-lo no parque de campismo ou na praia fluvial com o seu extenso areal. O núcleo central da aldeia, sua igreja e capelas, sentem a envolvência do rio e tranquilizam-no com mais murmúrios de xisto que ele voltará a receber em Álvaro e em Pedrógão Pequeno. São as cumplicidades do Zêzere com as Aldeias do Xisto.

Dentro da aldeia há todo um conjunto de pontos de interesse que nos prendem, desde o património religioso e arquitectónico, passando pelas recentes infraestruturas para acolher os visitantes, até à curiosa memória do “Tronco”, lugar onde antigamente se ferravam os animais. Ali próximo está ainda a Barragem de Sta. Luzia.

 

Janeiro de Cima

janeiro-de-cima

À beira do Zêzere grita-se “Ó da barca!” para fazer a travessia do rio.

Em Janeiro de Cima era assim que antigamente se uniam as gentes e o comércio das duas margens. Hoje é ainda possível fazê-lo num passeio rio acima. No núcleo antigo da aldeia, caminha-se sem pressas pelo emaranhado de ruas sinuosas em que as casas se encostam umas às outras revelando as suas características fachadas em xisto, ponteadas por seixos redondos e brancos. É por aqui que se escondem segredos como a Casa das Tecedeiras, que reinventam tradições e nos fazem viajar no tempo.

 

Mosteiro

mosteiro

Aqui a água assume contorno de grande importância no desenvolvimento passado da aldeia, hoje é um dos maiores atrativos de lazer, principalmente no verão.

Mosteiro é uma pequena localidade de cariz rural. Aqui a água e a agricultura são elementos fundamentais que condicionaram positivamente o seu desenvolvimento, possuindo o maior regadio do concelho de Pedrógão Grande. A Aldeia do Mosteiro desenvolveu-se na margem direita da ribeira de Pêra. Os terrenos férteis situados perto do leito da ribeira, promoveram a criação de hortas e moinhos que sustentavam a população da aldeia que vivia da agricultura de subsistência. Por isso mesmo, visita obrigatória são os moinhos, as levadas, os lagares e regadios que serviram como infraestruturas base durante séculos para a sustentação desta aldeia, e que agora servem de polos de atração turística.

 

Pedrógão Pequeno

pedrogao

Esta é a jóia da Beira Baixa.

Uma aldeia branca, em granito no mar de xisto castanho que a envolve. Antiga Vila, junto à margem esquerda do Zêzere, à beira do IC8. Está a poucos quilómetros de Pedrógão Grande e da Barragem do Cabril. Do seu património destacam-se a Igreja Matriz e a Ponte Filipina sobre o Zêzere. Em terras do xisto há um Pedrógão – afloramento de granito – que deu pedra para cantarias de portas e janelas, embora o xisto seja o material de construção predominante.

Em Pedrógão Pequeno o xisto esconde-se sob rebocos alvos. Quando a banda filarmónica ali vem tocar, as ruas enchem-se e vem à memória a década de 50. Uma época em que chegaram à aldeia os trabalhadores que construíram a Barragem do Cabril. Para descobrir a vista do alto do Monte da Senhora da Confiança e a velha estrada que, sobre uma antiga ponte Filipina, nos leva ao Zêzere. É obrigatório provar a sopa de peixe.

 

Continue a sua viagem pelas Aldeias do Xisto:

https://heartbeat.pt/acor-as-suas-aldeias-do-xisto/

https://heartbeat.pt/ja-conhece-as-aldeias-de-xisto/

Fonte: Aldeias do Xisto

Fotografia ADXTUR

 

 

 

 

 

 

 

 

Aldeias Históricas premiadas

As Aldeias Históricas de Portugal é um projeto que alberga 12 aldeias da região centro, abrangendo os distritos da Guarda, Castelo Branco e Coimbra, e que visa promover o património cultural e histórico destes aglomerados que se destacam, também, pela sua beleza.

Este é um projeto que tem sido reconhecido na área do turismo pela sua importância e pelo papel que tem desempenhado no desenvolvimento turístico da região. Desta vez o reconhecimento veio por parte da ART&TUR, Festival Internacional de Cinema e Turismo, arrecadando o 2º prémio na Categoria Temática Turismo Rural com o filme promocional “GR22– Grande Rota das Aldeias Históricas de Portugal”, produzido pela Um Segundo Filmes com a direção de Humberto Rocha para as Aldeias Históricas de Portugal.

Em competição estiveram 301 filmes de 52 países, sendo que este Festival é um dos maiores e mais criativos certames de turismo a nível mundial, promovido pela APTUR – Associação Portuguesa de Turismologia, numa parceria com a BIDGE – Events and entertainment, sendo internacionalmente reconhecido como um veículo eficaz de Marketing Turístico, em particular na valorização e ativação das marcas das entidades participantes.

As Aldeias Históricas de Portugal são: Almeida, Belmonte, Castelo Mendo, Castelo Novo, Castelo Rodrigo, Idanha-a-Velha, Linhares da Beira, Marialva, Monsanto, Piódão, Sortelha e Trancoso.

O Açor e as suas Aldeias do Xisto

Já por aqui vos falámos acerca das Aldeias de Xisto, um conjunto de 27 lugares magníficos que ficam no centro de Portugal.

São lugares que nos levam ao que de mais genuíno existe no nosso país e que valem mesmo a pena serem visitados. Seja em escapadinhas românticas ou em passeios de família, mostrando às futuras gerações a identidade nacional.

Num primeiro artigo, que podem ler em https://heartbeat.pt/ja-conhece-as-aldeias-de-xisto/, demos a conhecer o Grupo de Aldeias de Xisto da Serra da Lousã, hoje vamos até à Serra do Açor:

 

Aldeia das Dez

aldeia-das-dez

Sobranceira ao rio Alvôco, a Aldeia das Dez é um local encantador, com vista privilegiada para as serras envolventes.

Descubra esta aldeia com tempo, conheça as suas histórias e deixe-se envolver pela paisagem. Construída predominantemente em granito, a Aldeia das Dez, detém um património construído impressionante, com destaque para a Igreja Matriz , cujo interior está decorado com sumptuosa talha dourada.

Na aldeia moraram muitos entalhadores e douradores, que beneficiaram a aldeia com as suas obras. A talha dourada da Igreja Matriz é disso exemplo, juntamente com esculturas e pinturas que embelezam o interior do edifício. Mas os encantos da aldeia vão para lá disso: também se encontram nas pessoas e na paisagem. A gastronomia por aqui é uma delicia com os coscoreis e cavacas à moda da Aldeia das Dez a aguçarem o paladar juntamente com a compota e o licor de medronho.

 

Benfeita

benfeita

Se for a benfeita no dia 7 de Maio não estranhe o bater do sino desta “aldeia branca”.

Todos os anos, neste dia, o sino celebra o final da II Guerra Mundial com 1620 badaladas, exaltando a paz com uma torre, um sino e um relógio. Esta aldeia fica próxima da Fraga da Pena e da Mata da Margaraça, uma das mais importantes florestas caducifólicas de Portugal. Deixe-se envolver pelo canto das ribeiras da Mata e do Carcovão e veja como se aproveitava a força da água em tempos idos visitando o moinho do Figueiral e alambique.

Do outro lado da rua descubra a Igreja Paroquial e o atelier da Feltrosofia, onde se fazem artesanalmente peças de feltro com um design inovador. Suba à Fonte das Moscas e aprecie o conjunto de casario branco com as suas ruelas e passadiços característicos, nas quais se destaca a Torre da Paz, de alvenaria de xisto, com uma interessante história para contar.

 

Fajão

fajao

Esta é uma antiga vila, encaixada numa pitoresca concha da Serra, perto da nascente do Rio Ceira, entre altos e gigantescos penedos de quartzito.

Se for aventureiro pode escalar os penedos e usufruir de vistas magníficas. Esta é uma aldeia que foi requalificada recentemente adotando, com a colaboração de moradores e proprietários, uma aura mais pitoresca.

A aldeia, viveiro de cultura, tem o seu próprio museu, que ficou com o nome do Monsenhor Nunes Pereira. O espólio inclui xilogravuras, aguarelas de Fajão e objetos pertencentes à história da aldeia (como o seu primeiro telefone público).

Vá ao adro da igreja, sinta a frescura da Fonte Velha. Percorra os pátios do largo da cadeia e do Museu Monsenhor Nunes Pereira para chegar ao topo da aldeia. Lá a piscina aguarda os dias de Verão. No percurso tome atenção às tramelgas que escondem as fechaduras, bem como outros pormenores arquitectónicos singulares.

Acompanhe a história contada nos painéis de ardósia que remetem para os “Contos de Fajão”. Siga os passos das suas personagens, sente-se à mesa delas e descubra porque é que a gastronomia é um dos atrativos maiores de Fajão.

 

Sobral de São Miguel

sobral-sao-miguel

Aqui é o coração do Xisto! Aqui encontrará um dos maiores aglomerados de edifícios em xisto de Portugal, se bem que na maioria se encontram rebocados e pintados de branco.

Daqui se exporta xisto para todo o mundo.

A gastronomia também assume contornos de grande importância em Sobral de São Miguel, com a ginja, pica de chouriço, sardinha ou bacalhau, passando pelo mel e pelo pão de forno a lenha a fazerem as delicias de quem por aqui passa.

A aldeia possui uma vasta envolvente de novas construções, pelo que devemos orientar a nossa visita para o núcleo mais antigo. Aí o casario acompanha as curvas mais ou menos pronunciadas da ribeira, elevando-se como que em escadaria, encosta acima. Os arruamentos são quase sempre paralelos à ribeira, sendo ligados por inúmeras quelhas com degraus ou por ruelas inclinadas que procuram contornar as habitações. Estas são quase sempre justapostas, não havendo espaço para quintais. De dois ou três pisos, a altura dos edifícios cria ruas onde, mesmo durante o dia, predomina a sombra.

 

Vila Cova de Alva

vila-cova-alva

É a Aldeia do Xisto que possui o maior conjunto monumental, nomeadamente por nela uma ordem religiosa ter estabelecido um convento.

Caminhe ou descanse pelos espaços públicos da aldeia, casos do Largo da Igreja Matriz e do Pelourinho, onde coabitam dois solares do séc. XVII. Descubra os muitos monumentos religiosos e civis. Falo do Solar dos Condes da Guarda, o Solar Abreu Mesquita, o edifício dos Osórios Cabrais ou ainda a Rua Quinhentista.

O material de construção predominante é o xisto, recorrendo-se ao granito para os elementos nobres das construções, nomeadamente os vãos – ombreiras, padieiras, soleiras das portas e peitoris das janelas. A quase totalidade das fachadas encontra-se rebocada e pintada de branco. Nos seus meandros uma rua quase exclusivamente composta por portas e janelas manuelinas transporta-nos ao séc. XVI.

Se fizer uma visita no verão não deixe de ir dar um mergulho à Praia Fluvial!

Fonte: Aldeias do Xisto

Fotografia: ADXTUR

Outras Aldeias do Xisto:

https://heartbeat.pt/ja-conhece-as-aldeias-de-xisto/

https://heartbeat.pt/as-aldeias-do-xisto-do-zezere/

 

Já conhece as Aldeias de Xisto?

Já conhece as Aldeias de Xisto no centro de Portugal?

As Aldeias de Xisto são um conjunto de 27 lugares magníficos que ficam no centro de Portugal. Daqueles lugares mágicos que nos transportam por um Portugal cheio de história e histórias para contar. Locais inspiradores para criativos, escritores ou empreendedores. Sítios que revelam a verdadeira essência portuguesa, ideais para passeios românticos ou em família onde descobrimos quem somos e de onde vai ser muito difícil querer sair, seja pelas paisagens, pelos recantos, pelas pessoas ou pela comida. Serão muitos os motivos que o farão voltar uma e outra vez porque haverá sempre algo novo para descobrir.

A Rede das Aldeias do Xisto é um projeto de desenvolvimento  de âmbito regional, liderado pela ADXTUR- Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto, em parceria com 21 Municípios da Região Centro e com cerca de 100 operadores privados que atuam no território. A ADXTUR congrega assim as vontades públicas e privadas de uma Região, que se revêm na gestão partilhada de uma marca, na promoção conjunta de um território, na criação de riqueza através da oferta de serviços turísticos e, finalmente, na preservação da cultura e do património do mundo rural beirão. Pelo desenvolvimento integrado do território, contra a desertificação humana e o esquecimento.

Ora, como já lhe dissemos, são 27 as aldeias que integram esta rede, distribuídas pro 16 concelhos que vão desde Castelo Branco a Coimbra, num território essencialmente constituído por montanhas de xisto, daí o nome da Rede, circundado e atravessado por uma boa rede rodoviária que permite que circule entre elas com relativa facilidade.

Esta Rede está dividida em 4 grupos, o Grupo Serra da Lousã, o Grupo Serra do Açor, Grupo Zêzere e Grupo Tejo-Ocreza. Cada grupo tem o seu conjunto de aldeias. Lugares onde se pode fazer muito mais que apenas passear, aqui há um mar de montanhas. Montanhas de águas que correm límpidas criando praias fluvias fantásticas e ainda muitos quilómetros de percursos pedestres e BTT para os que apreciam a aventura!

 

Vamos então conhecer, muito ao de leve, porque há muito para dizer acerca destes locais, as nossas Aldeias de Xisto do Grupo da Serra da Lousã:

 

Aigra Nova

aigra-nova

 

Um pequeno lugar cheio de mistério, dividida em três pequenas ruas que atravessam a aldeia.

A nascente e o clima ameno são propícios à prática agrícola e aos vastos pastos. Nesta aldeia viva há hortas, gado, burros e muitas atividades que prometem surpreender.

É obrigatório parar aqui e deixar-se envolver pelo projecto do Eco-Museu Tradições do Xisto e visitar os seus diversos Núcleos. A simpatia é tão contagiante como é serena a paisagem. É bom saber que, no fundo destes vales, veados e javalis continuam a subsistir imperturbados, como que protegidos do mundo.

 

Aigra Velha

aigra-velha

Esta é a Adleia de Xisto que se encontra em maior altitude, a cerca de 770 metros, lá no alto perto do topo da Serra da Lousã.

A envolvente paisagística da aldeia faz toda a diferença. Aqui tudo é simples, feito segundo o padrão da natureza que nos envolve. Implantada numa cumeada da serra, Aigra Velha é circundada por alguns terrenos agrícolas e uma vasta área de pastoreio. Se, por um lado, avista a Serra da Estrela, a Este dá para os colossais Penedos de Góis.

O conjunto das construções organizaram-se num arranjo defensivo contra as intempéries meteorológicas, os intrusos e animais selvagens como os lobos, permitindo comunicação e circulação entre os diferentes espaços, mas mantendo a privacidade de cada família. Aqui poderá ouvir as histórias antigas de caravanas de comerciantes que vagueavam pela serra e paravam para pernoitar. À noite havia lobos, o que levou os habitantes a cortar a única rua da aldeia e a fazer ligações internas entre as casas. Estas paredes de xisto, rodeadas de pastagens verdes, são o abrigo antes de partir à descoberta do parque florestal da Oitava e da Ribeira da Pena.

 

Candal

candal

Na bacia hidrográfica da Ribeira de S. João encaixa, entre outros, este anfiteatro onde se alojou o Candal e a sua ribeira.

Está aninhada na Serra da Lousã, numa colina voltada a Sul. Esta aldeia está habituada a receber visitantes que são recompensados por subir as suas ruas inclinadas. Chegados ao miradouro, uma belíssima vista sobre o vale se apresenta, refrescada pela Ribeira do Candal.

Beneficiado pela acessibilidade privilegiada que lhe proporciona a Estrada Nacional, Candal é muitas vezes considerada a mais desenvolvida das aldeias serranas e uma das mais visitadas. Aos seus habitantes de sempre é comum juntarem-se ocupantes de férias e fins-de-semana que aqui acorrem em busca de ar puro e boa companhia.

 

Casal de São Simão

casal-sao-simao

Pequena aldeia, essencialmente construída em quartzito.

Situa-se num dos flancos da crista quartzítica que dá origem às Fragas de São Simão. Possui o templo mais antigo do concelho de Figueiró dos Vinhos. Nesta aldeia há apenas uma rua, com uma fonte de águas cristalinas, uma capela que guarda uma lenda e uma vereda que nos leva a uma praia fresca encaixada nas Fragas de São Simão.

Nesta aldeia há um novo sentir coletivo feito de pessoas que recuperaram as casas com as suas próprias mãos. São novos aldeões que vieram da cidade e que trouxeram nova vida a estas paragens. Todos os fins-de-semana, e sempre que podem, juntam-se todos nas casa uns dos outros e entreajudam-se nas refeições, nas obras, no convívio.

 

Casal Novo

casal-novo

Discreta, casal Novo é uma aldeia que cresce na dobra da encosta, em declive acentuado, escondida pelas árvores.

A malha urbana corresponde, quase exclusivamente ao eixo criado pelo caminho que atravessa a aldeia no sentido ascendente-descendente, e que a liga ao Santuário de Nossa Senhora da Piedade. Duas ou três vielas perpendiculares e umas quantas entradas laterais em espaços de fruição pública, quebram o contínuo de construções que, de um e do outro lado, se encavalitam. Da eira da aldeia pode observar-se a Lousã e o seu castelo.

 

Cerdeira

cerdeira

Aqui o Xisto sobrepõe-se ao verde envolvente, num desalinhado de casarios implantados sobre um morro rochoso.

As áreas planas foram reservadas para a agricultura numa engenharia que rodeou a aldeia de uma escadaria de socalcos que seguram a terra que as chuvas e a erosão levaram encosta abaixo. Entre encostas declivosas rasgadas por linhas de água que se precipitam lá do cimo. A Cerdeira aninha-se, na mais bucólica envolvente. Esta é uma aldeia que a arte e a criatividade ajudaram a refundar. Aliás, em certos momentos do ano, esta aldeia é animada por encontros temáticos que juntam arte e botânica.

 

Chiqueiro

chiqueiro

Este é um local onde o tempo parece ter ficado esquecido.

Uma pequena aldeia delimitada por duas pequenas linhas de água e dissimulada pela frondosa vegetação que a envolve. Uma aldeia de arquitetura simples e organizada por ruelas íngremes ladeadas pelo casario. O xisto é escuro, de aparelho tosco e apenas a capela é rebocada. Este é um local que convida à descoberta e às caminhadas pelas suas frondosas florestas.

 

Comareira

comareira

Na Comareira podemos fugir do mundo, aceitando a simpatia dos seus habitantes e o seu jeito sereno de ser, discreto mas presente.

É a mais pequena aldeia da rede. Integra o conjunto das quatro Aldeias do Xisto do concelho de Góis. É abrangida pela dinâmica criada em torno Ecomuseu das Tradições do Xisto. A aldeia é um pequeno conjunto de construções, para habitantes e gado doméstico.  Soalheira todo o dia, a Comareira é feita de casas aninhadas umas nas outras, avistando a paisagem que se estende até perder de vista. Os habitantes orgulham-se de dizer que este é um ponto estratégico para os visitantes das Aldeias do Xisto que se interessem pelas parias fluviais desta região ou pelo Parque Florestal da Oitava.

 

Ferraria de São João

ferraria

A riqueza paisagística e cultural da aldeia é por demais evidente.

Os novos habitantes que ao longo dos anos se têm fixado, gerindo os seus negócios ou simplesmente por opção de vida, têm mudado a face da aldeia e estimulado uma nova energia entre as pessoas. A Ferraria, como abreviadamente lhe chamam, abriu-se ao mundo sem deixar de ser o que é. As intervenções na aldeia, tanto por parte da Rede das Aldeias do Xisto, como dos agentes locais e do Município, assentam no que de mais identitário e genuíno aquele local é e tem para oferecer.

Na Ferraria de São João, convivem a ruralidade e o turismo ativo. A aldeia possui um conjunto de aspetos que a distinguem das demais: um magnifico sobreiral, um numeroso conjunto de currais tradicionais, um Caminho do Xisto, um Centro de BTT, um FunTrail para os mais pequenos, e muitos trilhos para descobrir.

O cenário de fundo perfeito para emoldurar o ex-líbris da Aldeia: um conjunto de currais comunitários na orla de um imenso e mágico montado de sobreiros. Um dos projetos mais visíveis e de maior sucesso da Associação de Moradores, revitalizada pelos novos habitantes, é a adoção de sobreiros.

 

Gondramaz

gondramaz

A aldeia estrutura-se a partir de uma rua principal que se sobrepõe à linha de festo, até ao limite em que o declive permitiu construções.

Desta rua, sai uma rede de ruelas estreitas e sinuosas que apetece percorrer com curiosidade. Gondramaz distingue-se pela tonalidade específica do xisto que nos envolve da cabeça aos pés. Até o chão que se pisa é exemplo da melhor arte de trabalhar artesanalmente a pedra. Esta é, aliás, terra de artesãos cujas mãos hábeis criam figuras carismáticas que são marca da serra e que levam consigo o nome do mestre e da aldeia além-fronteiras.

Com uma notável aplicação em xisto, o pavimento permite que sobre ele se desenvolva um percurso acessível para pessoas com mobilidade reduzida.

Numa das mais bem sucedidas intervenções de requalificação da Rede das Aldeias do Xisto, não é de estranhar o surgimento de novos habitantes e o ambiente animado que aqui se vive em cada fim-de-semana. A animação com provas de BTT protagonizada a partir daqui, traz praticantes e uma movimentação que os habitantes já não estranham.

 

Pena

pena

A receber-nos um castanheiro secular.

A arquitetura da aldeia é o resultado perfeito da construção conjugando o xisto com o quartzito. As condições topográficas levaram a que a aldeia se desenvolvesse ao longo de um promontório, parecendo que o casario se encontra em desafio às leis do equilíbrio e à força da gravidade. A aldeia de Pena retira da água cristalina da ribeira todos os proveitos. Ali ao lado, os Penedos de Góis são uma proposta de aventura para os mais ousados.

 

Talasnal

talasnal

 

Provavelmente a mais carismática das Aldeias de Xisto do Grupo da Lousã, não só pela sua dimensão mas também pela sua posição, assim como pelos muitos pormenores das recuperações das suas casas, sem falar na gastronomia!

As videiras estão presentes nas varandas e a ruela principal acompanha o declive da encosta, num percurso íngreme. Dela derivam quelhas e becos, que criam um ambiente de descoberta que todos gostam de explorar à espera da surpresa de um novo recanto.

Descobrir esta aldeia representa mergulhar no mundo mágico da Serra da Lousã e embrenhar-se numa vegetação luxuriante por onde espreitam veados, corços, javalis e muitas outras espécies. Aqui reina a Natureza, sensível, que pede respeito. Mas que permite inúmeras possibilidades de lazer e de desportos ativos. Aqui sente-se o pulsar da terra e a sua comunhão com os homens quando se avistam ao longe as aldeias. Parecem ter nascido do solo xistoso, naturalmente, como as árvores.

 

Fonte: Aldeias de Xisto

Fotografia: ADXTUR

 

Continue a viagem:

https://heartbeat.pt/as-aldeias-do-xisto-do-zezere/

https://heartbeat.pt/acor-as-suas-aldeias-do-xisto/

https://heartbeat.pt/as-aldeias-de-xisto-do-tejo/

 

 

 

 

Vamos ao Borrego na Carrapichana!

Os aficionados da carne de Borrego encontram nesta altura do ano a oportunidade de melhor se deliciarem com os pratos feitos com esta carne.

O borrego assume grande importância na região e é um animal que merece honras de festejo na Serra da Estrela. Exemplo disso é o festival que acontece na Carrapichana, freguesia do concelho de Celorico da Beira.

Este ano entramos na décima edição de uma festa que atrai centenas de pessoas por estes dias à Carrapichana. A festa decorre nos dias 22 e 23 e é organizada pela Confraria do Borrego, do Município de Celorico da Beira e da Junta de Freguesia da Carrapichana.

É claro que o Borrego é o rei da festa, mas há muito mais para ver, fazer e comer durante o Festival do Borrego, como uma Feira de Artesanato, tasquinhas, o trilho do borrego, um leilão de borrego Serra da Estrela e uma mostra de gado. No dia 23 o ponto alto será o concurso do Rebanho mais bem enfeitado e a Mostra de Gado. No dia 24 a animação estará a cargo da cantora popular e irreverente Rosinha.

cartaz_borrego_2016

O Festival do Borrego será antecedido, entre os dias 15 e 22 de outubro pelo Roteiro Gastronómico nos restaurantes aderentes do concelho que irão disponibilizar ementas onde o Borrego DOP Serra da Estrela será o ingrediente principal.

Esta é uma altura privilegiada para quem aprecia este produto, por isso, não hesite em vir visitar a região e deliciar-se com os petiscos apresentados, tanto nos restaurantes como no próprio Festival!

7 itens indispensáveis para quem visitar a Serra

Portugal é lindo. Disso ninguém tem dúvida, e há lugares mágicos que devem ser visitados, seja porque são deslumbrantes, seja porque nos apresentam toda uma nova perspectiva do mundo e da nossa vida.

Caso disso é a região da Serra da Estrela, cujas paisagens, histórias e gentes nos fazem abrandar o ritmo e ver que a vida é mais do que multidões, stress e rotinas entediantes.

Por cá estamos sempre de braços abertos para receber quem quer que seja, mas há pormenores que devem ser levados em conta quando visita a Serra da Estrela, aqui vamos facilitar-lhe a vida e apresentar-lhe uma pequena lista de itens que têm de fazer parte da bagagem quando visitar a região, a começar por:

 

Traga pouca bagagem

Se vem até à Serra da Estrela não precisa trazer muita bagagem consigo. Traga uma mochila com água e algumas provisões é suficiente para ficar a conhecer a verdadeira Serra da Estrela. Não se preocupe com a vestimenta, aqui não existe dress code formal.

 

Calçado adequado

Já que falamos em roupa, aconselhamos a que traga calçado apropriado para caminhar entre as matas, conhecer os nossos vales, descer escarpas e subir encostas. É contactando diretamente com a natureza que irá experienciar a verdadeira Serra da Estrela, mesmo que o faça de Jipe. As sapatilhas são o elemento fundamental para que possa caminhar pelas aldeias, conhecer as quintas e casais que se encontram por aqui dispersas, subir aos montes e aos penedos que, garantidamente, lhe servirão de altar para vislumbrar paisagens de tirar o fôlego e nos encher de vida!

 

Agasalho

serrafoto

Mesmo no verão aconselhamos que traga um casaco, se for até aos pontos mais altos da Serra da Estrela. O calor até pode apertar durante o dia, mas como a noite traz as estrelas, irá sentir-se mais confortável se poder observar o céu sem fim deste pequeno pedaço de mundo sem o som do bater dos seus dentes a estragar a banda sonora noturna da natureza. Mas também não é preciso exagerar, por cá 15 graus são os mesmos 15 graus que fazem noutro sitio qualquer do país e não é Inverno o ano todo, apenas de Novembro a Junho.

Se vier nas alturas mais frias, agasalhe-se, mas agasalhe-se bem, porque as temperaturas facilmente descem até valores negativos ou bem lá perto, e não quer ser apanhado desprevenido e levar para casa, além das lembranças e fotografias, uma pneumonia.

 

Baterias e cartões extras

Quando falamos em cartões, referimo-nos aos cartões de memória da máquina fotográfica. Se é daquelas pessoas que gosta de registar os momentos e aquilo que vê, aconselhamos a que traga alguns cartões extra porque não vai querer deixar de perpetuar em fotografia a beleza que por cá vai encontrar.

Desde os cursos de água que serpenteiam livres pelas encostas, às mil cores de que se vestem as árvores no outono. A brancura da neve que as cobre no Inverno, passando pelos pássaros ou pelas raposas que pode ver pularem por entre a vegetação e acabando nas vertiginosas encostas pintalgadas de castanho, branco e verde, tudo telas pintadas pela natureza e que, com certeza, irá querer guardar, não apenas na memória e na alma, mas também em fotografia, até porque serão ótimas motivos para deixar os seus colegas do escritório roídos de inveja pela sua escapadinha serrana.

Quanto aos telemóveis, pode trazer, mas o mais certo é que em grande parte da Serra não tenha rede, portanto, guarde as fotografias e mais tarde, quando chegar a casa ou ao hotel, poderá atualizar o Facebook ou o instagram.

 

GPS

Somos pessoas modernas, certo? Conscientes de que a Serra não é um local pequeno e que perdermo-nos por estes lados pode ser uma experiencia interessante do ponto de vista do turista, mas complicada e até mesmo perigosa do ponto de vista prático. Traga mapas e GPS quando nos visitar e, já agora, avise sempre alguém acerca dos vossos planos e trajetos, não vamos arriscar, ok? Com segurança e um mapa na mão a aventura pode ser vivida intensamente na mesma!

 

Antiácidos

requijao-slide

Vir à Serra da Estrela, um pouco como em qualquer outro local de Portugal, é garantia de boa gastronomia. É impossível resistir aos petiscos, principalmente àqueles que irá encontrar ao visitar algumas aldeias por estes lados. Não será de estranhar se acabar a lanchar na casa de um perfeito desconhecido que o irá apresentar aos enchidos mais deliciosos que alguma vez comeu ou ao queijo mais intensamente delicioso que alguma vez as suas papilas gustativas tiveram o prazer de provar! E se for até um restaurante o mais certo é não conseguir parar de petiscar ou debicar as iguarias que lhe vão apresentar, portanto, se quiser continuar o seu passeio sem indisposições gástricas que podem acontecer pela quantidade de comida que vai ingerir, o melhor é vir munido de alguns antiácidos para garantir que o passeio continua sem azia.

 

Tempo

Traga tempo consigo. Visitar a região de cronometro na mão não o deixará apreciar ao máximo a experiencia da Serra da Estrela. Aqui não pode correr, apenas caminhar, parar para apreciar a paisagem (ou deixar um rebanho de ovelhas passar), seguir por caminhos que o convidam a esperar, contemplar e respirar. O tempo é inimigo do turista na Serra da Estrela, parece escorrer pelas mãos e por isso traga algum consigo. A garantia é de que voltará novamente, seja como for, porque há sempre algo de novo para ver, seja na primavera, verão, outono ou inverno. A Serra baila pelas estações, pelos dias e pelas horas, numa coreografia cronometrada pela luz e para assistirmos ao espetáculo o tempo é um fator essencial!

Caminhar pela Rota do Carvão

Esta é uma das alturas ideias para se fazerem caminhadas na região.

A montanha começa a vestir-se de cores que parecem impossíveis, numa palete cromática impressionante que não deixa ninguém indiferente. Paisagens de cortar a respiração, sons e cheiros que antecipam o Inverno que em breve chegará.

O outono na Serra da Estrela é de uma beleza incrível que nos faz ver como a natureza é generosa e uma artista como não há igual.

O convite passa por calçar umas sapatilhas, colocar uma mochila com provisões às costas e partir numa viagem pelo deslumbre, agora que o tempo está mais fresco e os dias convidam à contemplação.

Vamos até Manteigas que nos convida para já no próximo dia 25 de setembro a caminharmos pela Rota do Carvão, num périplo de cerca de 15km que começa nas Penhas Douradas.

rota-carvao

 

A Rota do Carvão

A Rota do Carvão é especial, conta uma parte da história de Manteigas que se encontra intimamente ligada com a pastorícia, o centeio e a floresta.

Lá no alto do percurso, além de se aproveitar os terrenos para o pasto, era o local onde era produzido carvão que seria depois vendido na Vila, através da queima da raiz da urze, também conhecido por borralho.

Quem por estes trilhos caminha poderá observar a beleza que os matos e matagais proporciona, as florestas de folhosas entre as esculturas naturais que são as escarpas rochosas como a Fraga da Cruz, o Fragão do Corvo e a Pedra Sobreposta.

A viagem começa nas Penhas Douradas, uma pequena aldeia de montanha (hoje um dos maiores pontos turísticos da Serra da Estrela) que teve a sua origem no tratamento em altitude de doenças do foro respiratório, passando pela Nave da Mestra, uma depressão topográfica que apresenta um largo plano rodeado por um maciço granítico muito fracturado.

A Rota leva-nos ainda pelo Vale das Éguas, pelo espelho de água de Vale Rossim, pela Charca do Perdigueiro, pela panorâmica para o Vale Glaciar e para o acumular de serras que se estendem até Espanha numa paisagem deslumbrante.

Ao longo da Rota do Carvão poderemos ainda ver o Observatório Meteorológico das Penhas Douradas, construído há mais de cem anos.

Esta é uma Rota que nos apresenta uma enorme variedade de vegetação e fauna. O salgueiro-branco, o plátano-bastardo, o cervum, a consolda-vermelha, o jacinto dos campos, a faia, o castanheiro e o carvalho-negral compõem parte do conjunto da vegetação. Realça-se o valor da tramazeira, do zimbro e do vidoeiro, devido à sua raridade em Portugal. Também é possível encontrar a caldoneira que detém o estatuto de conservação pela Directiva Habitats, que considera ser de interesse comunitário.

Mas há mais para além da Flora, a Fauna ao longo deste percurso é variada já que neste traçado habitam o javali, a raposa, a toupeira, o ouriço-cacheiro e a lebre.

Quanto aos répteis, o sardão e a lagartixa-do-mato estão presentes. As linhas de água fomentam a existência de anfíbios como a rã-iberica, a rã-verde e o lagarto-de-água.

O peneireiro, a coruja das torres e o tartaranhão-caçador são as aves que dominam os altos céus da Rota do Carvão. Com menos porte, temos o melro-azul, o melro das rochas, o andorinhão-preto e o guarda-rios.

No dia 25 de setembro a saída está programada para as 8h25 junto à Câmara Municipal de Manteigas onde os participantes seguirão em autocarro até às Penhas Douradas. A chegada está prevista para as 16h30.

As inscrições são gratuitas mas obrigatórias, e pode fazê-la para o email gtflorestal@cm-manteigas.pt ou pelo telemóvel 961937977.