Venha daí o Diabo!

Mergulhar, mãos no volante e adiante, pra qualquer lugar, vidro aberto, rádio alto, no asfalto, sem apoquentar, saborear o mar, as serras, cobrir-me de pó e geada, roer o osso desta terra, na vida de estrada. É o Diabo que anda por aí, de pé na estrada, caminhando a passo largo até nós.

Siga em fila vai, nove emprego cinco sai, quinto império do atalho, bomba, escola, pão, talho, trívia, televisão, aurora do quadrilião, no ar um cheiro a esturro, bom pró esperto, mau pró burro.

Ao ritmo do rock o Diabo vem, agarrado à cruz da boa música. Há quem diga que é rock popular, uma espécie de folclore urbano, que nos entra no corpo e extravasa em dança. É rock com alma portuguesa. É como se o cancioneiro típico português e um roqueiro tivessem um filho.
É um som que nos confunde. Tem sabor popular mas é moderno e viciante.

Fraco tão fraco o sol neste buraco, Boa, tão boa a vida boa, Mora, demora, O que é bom nunca é pra agora, Quem me dera ir daqui pra fora!

Queres saber como eu sou, como é esta geração, quem não quer que o diabo fale, não lhe dê ocasião. Dêmos-lhe, pois, ocasião para falar! É que seja já no dia 16 de maio no Teatro Municipal da Guarda.

A banda de Jorge Cruz visita a cidade mais alta para apresentar o mais recente álbum desta banda que promete deixar a sua marca bem vincada no panorama musical nacional. O álbum é homónimo, é já o terceiro, e vem confirmar que os Diabo na Cruz são uma Banda de qualidade provando que a música tradicional portuguesa pode ser reinventada e apreciada por todos. A fórmula é perfeita e representa a alma desta geração de portugueses, as suas angústias, ambições e esperanças.

Venha lá ao bailarico, por a pedra no rescaldo, quem tem jeito do Porfírio, quem se esfalfa, mas não é nenhum Ronaldo!
Os bilhetes custam 10€ e o concerto está marcado para as 21h30.

Eu estou pronto para ganhar o dia, estou pronto para ganhar o dia, estou pronto para me consolar, e ninguém, ninguém, ninguém, ninguém, me pode incomodar!

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