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O Açor e as suas Aldeias do Xisto

Já por aqui vos falámos acerca das Aldeias de Xisto, um conjunto de 27 lugares magníficos que ficam no centro de Portugal.

São lugares que nos levam ao que de mais genuíno existe no nosso país e que valem mesmo a pena serem visitados. Seja em escapadinhas românticas ou em passeios de família, mostrando às futuras gerações a identidade nacional.

Num primeiro artigo, que podem ler em https://heartbeat.pt/ja-conhece-as-aldeias-de-xisto/, demos a conhecer o Grupo de Aldeias de Xisto da Serra da Lousã, hoje vamos até à Serra do Açor:

 

Aldeia das Dez

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Sobranceira ao rio Alvôco, a Aldeia das Dez é um local encantador, com vista privilegiada para as serras envolventes.

Descubra esta aldeia com tempo, conheça as suas histórias e deixe-se envolver pela paisagem. Construída predominantemente em granito, a Aldeia das Dez, detém um património construído impressionante, com destaque para a Igreja Matriz , cujo interior está decorado com sumptuosa talha dourada.

Na aldeia moraram muitos entalhadores e douradores, que beneficiaram a aldeia com as suas obras. A talha dourada da Igreja Matriz é disso exemplo, juntamente com esculturas e pinturas que embelezam o interior do edifício. Mas os encantos da aldeia vão para lá disso: também se encontram nas pessoas e na paisagem. A gastronomia por aqui é uma delicia com os coscoreis e cavacas à moda da Aldeia das Dez a aguçarem o paladar juntamente com a compota e o licor de medronho.

 

Benfeita

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Se for a benfeita no dia 7 de Maio não estranhe o bater do sino desta “aldeia branca”.

Todos os anos, neste dia, o sino celebra o final da II Guerra Mundial com 1620 badaladas, exaltando a paz com uma torre, um sino e um relógio. Esta aldeia fica próxima da Fraga da Pena e da Mata da Margaraça, uma das mais importantes florestas caducifólicas de Portugal. Deixe-se envolver pelo canto das ribeiras da Mata e do Carcovão e veja como se aproveitava a força da água em tempos idos visitando o moinho do Figueiral e alambique.

Do outro lado da rua descubra a Igreja Paroquial e o atelier da Feltrosofia, onde se fazem artesanalmente peças de feltro com um design inovador. Suba à Fonte das Moscas e aprecie o conjunto de casario branco com as suas ruelas e passadiços característicos, nas quais se destaca a Torre da Paz, de alvenaria de xisto, com uma interessante história para contar.

 

Fajão

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Esta é uma antiga vila, encaixada numa pitoresca concha da Serra, perto da nascente do Rio Ceira, entre altos e gigantescos penedos de quartzito.

Se for aventureiro pode escalar os penedos e usufruir de vistas magníficas. Esta é uma aldeia que foi requalificada recentemente adotando, com a colaboração de moradores e proprietários, uma aura mais pitoresca.

A aldeia, viveiro de cultura, tem o seu próprio museu, que ficou com o nome do Monsenhor Nunes Pereira. O espólio inclui xilogravuras, aguarelas de Fajão e objetos pertencentes à história da aldeia (como o seu primeiro telefone público).

Vá ao adro da igreja, sinta a frescura da Fonte Velha. Percorra os pátios do largo da cadeia e do Museu Monsenhor Nunes Pereira para chegar ao topo da aldeia. Lá a piscina aguarda os dias de Verão. No percurso tome atenção às tramelgas que escondem as fechaduras, bem como outros pormenores arquitectónicos singulares.

Acompanhe a história contada nos painéis de ardósia que remetem para os “Contos de Fajão”. Siga os passos das suas personagens, sente-se à mesa delas e descubra porque é que a gastronomia é um dos atrativos maiores de Fajão.

 

Sobral de São Miguel

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Aqui é o coração do Xisto! Aqui encontrará um dos maiores aglomerados de edifícios em xisto de Portugal, se bem que na maioria se encontram rebocados e pintados de branco.

Daqui se exporta xisto para todo o mundo.

A gastronomia também assume contornos de grande importância em Sobral de São Miguel, com a ginja, pica de chouriço, sardinha ou bacalhau, passando pelo mel e pelo pão de forno a lenha a fazerem as delicias de quem por aqui passa.

A aldeia possui uma vasta envolvente de novas construções, pelo que devemos orientar a nossa visita para o núcleo mais antigo. Aí o casario acompanha as curvas mais ou menos pronunciadas da ribeira, elevando-se como que em escadaria, encosta acima. Os arruamentos são quase sempre paralelos à ribeira, sendo ligados por inúmeras quelhas com degraus ou por ruelas inclinadas que procuram contornar as habitações. Estas são quase sempre justapostas, não havendo espaço para quintais. De dois ou três pisos, a altura dos edifícios cria ruas onde, mesmo durante o dia, predomina a sombra.

 

Vila Cova de Alva

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É a Aldeia do Xisto que possui o maior conjunto monumental, nomeadamente por nela uma ordem religiosa ter estabelecido um convento.

Caminhe ou descanse pelos espaços públicos da aldeia, casos do Largo da Igreja Matriz e do Pelourinho, onde coabitam dois solares do séc. XVII. Descubra os muitos monumentos religiosos e civis. Falo do Solar dos Condes da Guarda, o Solar Abreu Mesquita, o edifício dos Osórios Cabrais ou ainda a Rua Quinhentista.

O material de construção predominante é o xisto, recorrendo-se ao granito para os elementos nobres das construções, nomeadamente os vãos – ombreiras, padieiras, soleiras das portas e peitoris das janelas. A quase totalidade das fachadas encontra-se rebocada e pintada de branco. Nos seus meandros uma rua quase exclusivamente composta por portas e janelas manuelinas transporta-nos ao séc. XVI.

Se fizer uma visita no verão não deixe de ir dar um mergulho à Praia Fluvial!

Fonte: Aldeias do Xisto

Fotografia: ADXTUR

Outras Aldeias do Xisto:

https://heartbeat.pt/ja-conhece-as-aldeias-de-xisto/

https://heartbeat.pt/as-aldeias-do-xisto-do-zezere/

 

Vinhos e Sabores em Pinhel em Novembro

A primeira edição Do Vinhos e Sabores em Pinhel foi um sucesso e a segunda promete seguir-lhe as pisadas!

Novembro será o mês do Beira Interior – Vinhos & Sabores! De 18 a 20 de Novembro Pinhel enche-se de deliciosos sabores em torno do vinho. Um evento que lhe irá apresentar os néctares que são feitos na região. Um certame que contará com um Salão de Vinhos com cerca de 50 expositores, degustações, provas comentadas, uma Mostra Gastronómica Regional, um seminário, showcookings e muita animação musical.

São esperadas centenas de pessoas nesta segunda edição, atendendo ao sucesso da edição do ano passado, mantendo o conceito de um evento elegante, demonstrando o potencial dos vinhos da Beira Interior e não apenas os do concelho de Pinhel.

 

Já conhece as Aldeias de Xisto?

Já conhece as Aldeias de Xisto no centro de Portugal?

As Aldeias de Xisto são um conjunto de 27 lugares magníficos que ficam no centro de Portugal. Daqueles lugares mágicos que nos transportam por um Portugal cheio de história e histórias para contar. Locais inspiradores para criativos, escritores ou empreendedores. Sítios que revelam a verdadeira essência portuguesa, ideais para passeios românticos ou em família onde descobrimos quem somos e de onde vai ser muito difícil querer sair, seja pelas paisagens, pelos recantos, pelas pessoas ou pela comida. Serão muitos os motivos que o farão voltar uma e outra vez porque haverá sempre algo novo para descobrir.

A Rede das Aldeias do Xisto é um projeto de desenvolvimento  de âmbito regional, liderado pela ADXTUR- Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto, em parceria com 21 Municípios da Região Centro e com cerca de 100 operadores privados que atuam no território. A ADXTUR congrega assim as vontades públicas e privadas de uma Região, que se revêm na gestão partilhada de uma marca, na promoção conjunta de um território, na criação de riqueza através da oferta de serviços turísticos e, finalmente, na preservação da cultura e do património do mundo rural beirão. Pelo desenvolvimento integrado do território, contra a desertificação humana e o esquecimento.

Ora, como já lhe dissemos, são 27 as aldeias que integram esta rede, distribuídas pro 16 concelhos que vão desde Castelo Branco a Coimbra, num território essencialmente constituído por montanhas de xisto, daí o nome da Rede, circundado e atravessado por uma boa rede rodoviária que permite que circule entre elas com relativa facilidade.

Esta Rede está dividida em 4 grupos, o Grupo Serra da Lousã, o Grupo Serra do Açor, Grupo Zêzere e Grupo Tejo-Ocreza. Cada grupo tem o seu conjunto de aldeias. Lugares onde se pode fazer muito mais que apenas passear, aqui há um mar de montanhas. Montanhas de águas que correm límpidas criando praias fluvias fantásticas e ainda muitos quilómetros de percursos pedestres e BTT para os que apreciam a aventura!

 

Vamos então conhecer, muito ao de leve, porque há muito para dizer acerca destes locais, as nossas Aldeias de Xisto do Grupo da Serra da Lousã:

 

Aigra Nova

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Um pequeno lugar cheio de mistério, dividida em três pequenas ruas que atravessam a aldeia.

A nascente e o clima ameno são propícios à prática agrícola e aos vastos pastos. Nesta aldeia viva há hortas, gado, burros e muitas atividades que prometem surpreender.

É obrigatório parar aqui e deixar-se envolver pelo projecto do Eco-Museu Tradições do Xisto e visitar os seus diversos Núcleos. A simpatia é tão contagiante como é serena a paisagem. É bom saber que, no fundo destes vales, veados e javalis continuam a subsistir imperturbados, como que protegidos do mundo.

 

Aigra Velha

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Esta é a Adleia de Xisto que se encontra em maior altitude, a cerca de 770 metros, lá no alto perto do topo da Serra da Lousã.

A envolvente paisagística da aldeia faz toda a diferença. Aqui tudo é simples, feito segundo o padrão da natureza que nos envolve. Implantada numa cumeada da serra, Aigra Velha é circundada por alguns terrenos agrícolas e uma vasta área de pastoreio. Se, por um lado, avista a Serra da Estrela, a Este dá para os colossais Penedos de Góis.

O conjunto das construções organizaram-se num arranjo defensivo contra as intempéries meteorológicas, os intrusos e animais selvagens como os lobos, permitindo comunicação e circulação entre os diferentes espaços, mas mantendo a privacidade de cada família. Aqui poderá ouvir as histórias antigas de caravanas de comerciantes que vagueavam pela serra e paravam para pernoitar. À noite havia lobos, o que levou os habitantes a cortar a única rua da aldeia e a fazer ligações internas entre as casas. Estas paredes de xisto, rodeadas de pastagens verdes, são o abrigo antes de partir à descoberta do parque florestal da Oitava e da Ribeira da Pena.

 

Candal

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Na bacia hidrográfica da Ribeira de S. João encaixa, entre outros, este anfiteatro onde se alojou o Candal e a sua ribeira.

Está aninhada na Serra da Lousã, numa colina voltada a Sul. Esta aldeia está habituada a receber visitantes que são recompensados por subir as suas ruas inclinadas. Chegados ao miradouro, uma belíssima vista sobre o vale se apresenta, refrescada pela Ribeira do Candal.

Beneficiado pela acessibilidade privilegiada que lhe proporciona a Estrada Nacional, Candal é muitas vezes considerada a mais desenvolvida das aldeias serranas e uma das mais visitadas. Aos seus habitantes de sempre é comum juntarem-se ocupantes de férias e fins-de-semana que aqui acorrem em busca de ar puro e boa companhia.

 

Casal de São Simão

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Pequena aldeia, essencialmente construída em quartzito.

Situa-se num dos flancos da crista quartzítica que dá origem às Fragas de São Simão. Possui o templo mais antigo do concelho de Figueiró dos Vinhos. Nesta aldeia há apenas uma rua, com uma fonte de águas cristalinas, uma capela que guarda uma lenda e uma vereda que nos leva a uma praia fresca encaixada nas Fragas de São Simão.

Nesta aldeia há um novo sentir coletivo feito de pessoas que recuperaram as casas com as suas próprias mãos. São novos aldeões que vieram da cidade e que trouxeram nova vida a estas paragens. Todos os fins-de-semana, e sempre que podem, juntam-se todos nas casa uns dos outros e entreajudam-se nas refeições, nas obras, no convívio.

 

Casal Novo

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Discreta, casal Novo é uma aldeia que cresce na dobra da encosta, em declive acentuado, escondida pelas árvores.

A malha urbana corresponde, quase exclusivamente ao eixo criado pelo caminho que atravessa a aldeia no sentido ascendente-descendente, e que a liga ao Santuário de Nossa Senhora da Piedade. Duas ou três vielas perpendiculares e umas quantas entradas laterais em espaços de fruição pública, quebram o contínuo de construções que, de um e do outro lado, se encavalitam. Da eira da aldeia pode observar-se a Lousã e o seu castelo.

 

Cerdeira

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Aqui o Xisto sobrepõe-se ao verde envolvente, num desalinhado de casarios implantados sobre um morro rochoso.

As áreas planas foram reservadas para a agricultura numa engenharia que rodeou a aldeia de uma escadaria de socalcos que seguram a terra que as chuvas e a erosão levaram encosta abaixo. Entre encostas declivosas rasgadas por linhas de água que se precipitam lá do cimo. A Cerdeira aninha-se, na mais bucólica envolvente. Esta é uma aldeia que a arte e a criatividade ajudaram a refundar. Aliás, em certos momentos do ano, esta aldeia é animada por encontros temáticos que juntam arte e botânica.

 

Chiqueiro

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Este é um local onde o tempo parece ter ficado esquecido.

Uma pequena aldeia delimitada por duas pequenas linhas de água e dissimulada pela frondosa vegetação que a envolve. Uma aldeia de arquitetura simples e organizada por ruelas íngremes ladeadas pelo casario. O xisto é escuro, de aparelho tosco e apenas a capela é rebocada. Este é um local que convida à descoberta e às caminhadas pelas suas frondosas florestas.

 

Comareira

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Na Comareira podemos fugir do mundo, aceitando a simpatia dos seus habitantes e o seu jeito sereno de ser, discreto mas presente.

É a mais pequena aldeia da rede. Integra o conjunto das quatro Aldeias do Xisto do concelho de Góis. É abrangida pela dinâmica criada em torno Ecomuseu das Tradições do Xisto. A aldeia é um pequeno conjunto de construções, para habitantes e gado doméstico.  Soalheira todo o dia, a Comareira é feita de casas aninhadas umas nas outras, avistando a paisagem que se estende até perder de vista. Os habitantes orgulham-se de dizer que este é um ponto estratégico para os visitantes das Aldeias do Xisto que se interessem pelas parias fluviais desta região ou pelo Parque Florestal da Oitava.

 

Ferraria de São João

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A riqueza paisagística e cultural da aldeia é por demais evidente.

Os novos habitantes que ao longo dos anos se têm fixado, gerindo os seus negócios ou simplesmente por opção de vida, têm mudado a face da aldeia e estimulado uma nova energia entre as pessoas. A Ferraria, como abreviadamente lhe chamam, abriu-se ao mundo sem deixar de ser o que é. As intervenções na aldeia, tanto por parte da Rede das Aldeias do Xisto, como dos agentes locais e do Município, assentam no que de mais identitário e genuíno aquele local é e tem para oferecer.

Na Ferraria de São João, convivem a ruralidade e o turismo ativo. A aldeia possui um conjunto de aspetos que a distinguem das demais: um magnifico sobreiral, um numeroso conjunto de currais tradicionais, um Caminho do Xisto, um Centro de BTT, um FunTrail para os mais pequenos, e muitos trilhos para descobrir.

O cenário de fundo perfeito para emoldurar o ex-líbris da Aldeia: um conjunto de currais comunitários na orla de um imenso e mágico montado de sobreiros. Um dos projetos mais visíveis e de maior sucesso da Associação de Moradores, revitalizada pelos novos habitantes, é a adoção de sobreiros.

 

Gondramaz

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A aldeia estrutura-se a partir de uma rua principal que se sobrepõe à linha de festo, até ao limite em que o declive permitiu construções.

Desta rua, sai uma rede de ruelas estreitas e sinuosas que apetece percorrer com curiosidade. Gondramaz distingue-se pela tonalidade específica do xisto que nos envolve da cabeça aos pés. Até o chão que se pisa é exemplo da melhor arte de trabalhar artesanalmente a pedra. Esta é, aliás, terra de artesãos cujas mãos hábeis criam figuras carismáticas que são marca da serra e que levam consigo o nome do mestre e da aldeia além-fronteiras.

Com uma notável aplicação em xisto, o pavimento permite que sobre ele se desenvolva um percurso acessível para pessoas com mobilidade reduzida.

Numa das mais bem sucedidas intervenções de requalificação da Rede das Aldeias do Xisto, não é de estranhar o surgimento de novos habitantes e o ambiente animado que aqui se vive em cada fim-de-semana. A animação com provas de BTT protagonizada a partir daqui, traz praticantes e uma movimentação que os habitantes já não estranham.

 

Pena

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A receber-nos um castanheiro secular.

A arquitetura da aldeia é o resultado perfeito da construção conjugando o xisto com o quartzito. As condições topográficas levaram a que a aldeia se desenvolvesse ao longo de um promontório, parecendo que o casario se encontra em desafio às leis do equilíbrio e à força da gravidade. A aldeia de Pena retira da água cristalina da ribeira todos os proveitos. Ali ao lado, os Penedos de Góis são uma proposta de aventura para os mais ousados.

 

Talasnal

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Provavelmente a mais carismática das Aldeias de Xisto do Grupo da Lousã, não só pela sua dimensão mas também pela sua posição, assim como pelos muitos pormenores das recuperações das suas casas, sem falar na gastronomia!

As videiras estão presentes nas varandas e a ruela principal acompanha o declive da encosta, num percurso íngreme. Dela derivam quelhas e becos, que criam um ambiente de descoberta que todos gostam de explorar à espera da surpresa de um novo recanto.

Descobrir esta aldeia representa mergulhar no mundo mágico da Serra da Lousã e embrenhar-se numa vegetação luxuriante por onde espreitam veados, corços, javalis e muitas outras espécies. Aqui reina a Natureza, sensível, que pede respeito. Mas que permite inúmeras possibilidades de lazer e de desportos ativos. Aqui sente-se o pulsar da terra e a sua comunhão com os homens quando se avistam ao longe as aldeias. Parecem ter nascido do solo xistoso, naturalmente, como as árvores.

 

Fonte: Aldeias de Xisto

Fotografia: ADXTUR

 

Continue a viagem:

https://heartbeat.pt/as-aldeias-do-xisto-do-zezere/

https://heartbeat.pt/acor-as-suas-aldeias-do-xisto/

https://heartbeat.pt/as-aldeias-de-xisto-do-tejo/

 

 

 

 

Espanhóis rendidos à região

Sabemos que os nuestros hermanos até apreciam uns passeios aqui pela região, e nós gostamos de os ver por cá.

Sabemos que são extremamente nacionalistas e é sempre um orgulho quando publicações de destaque referem as nossas belas localidades pela positiva! Foi o que aconteceu esta semana com o Guia de Viagens do Jornal El País, o “El viajero” a destacar aquelas que consideram ser as 25 localidades mais bonitas do nosso belo Portugal, e eis que da lista, 12 são da nossa região!

Piódão

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Almeida

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Monsanto

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Castelo Rodrigo

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Marialva

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Castelo Mendo

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Sortelha

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Trancoso

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Belmonte

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Castelo Novo

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Linhares da Beira

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Não que  não soubéssemos que estas são das mais lindas localidades de Portugal, também justiça seja feita que o nosso país é belíssimo, mas mesmo assim, vendo os nomes destas terras constarem das preferências de publicações internacionais, ficamos cheios de orgulho.

Esperemos que este seja mais um incentivo a que os nossos compatriotas as venham conhecer e, também eles, se deixem deslumbrar pela beleza destas localidades, autênticos tesouros do nosso país!

A par destas 12 localidades, outras também foram apresentadas como sendo as mais belas de Portugal. Vila Franca do Campo, Óbidos, Estremoz, Castelo de Vide, Sintra, Monsaraz, Marvão, Lajes do Pico, Provesende, Ponte de Lima, Dornes, Tavira e Ericeira.

Este verão aproveite e vá para fora cá dentro! Cá os esperamos!

Temos FIT a menos de um mês

Já está tudo a postos para a terceira edição da Feira Ibérica de Turismo que decorrerá entre os dias 5 e 8 de maio no Parque Urbano do Rio Diz na Guarda.

A FIT é uma Feira dedicada ao Turismo sendo uma montra privilegiada para Operadores e Agentes do sector do Turismo nacional e espanhol para a promoção dos seus produtos, serviços e recursos.

Este ano há uma novidade, para além de Portugal e Espanha, a Feira irá receber um país convidado, o Brasil.

Esta é uma Feira destinada ao público em geral e uma ótima oportunidade para os visitantes ficarem a conhecer as diferentes ofertas turísticas da península ibérica com a vantagem de poderem aproveitar promoções e pacotes especiais que, normalmente, são pensados propositadamente para este tipo de eventos.

Há ainda bastante animação durante a FIT e que torna este evento um dos mais atrativos realizados na cidade da Guarda.

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Para os empresários esta Feira é uma boa oportunidade para a troca de contactos, informações ou para o desenvolvimento de parcerias.

Nas edições anteriores foram vários os operadores turísticos presentes assim como empresas, autarquias e associações que permitiram às cerca de 30 mil pessoas que por lá passaram ficarem a conhecer as suas ofertas, assim como puderam participar em workshops e seminários transfronteiriços.

Região da Serra da Estrela invade a BTL

A região centro está “em peso” na BTL, Bolsa de Turismo de Lisboa e Feira Internacional de Turismo, até ao dia 6!

Aproveitam para promover o que de melhor há por cá, por isso, se anda pela capital faça lá o favor de ir até ao Parque das Nações e ficar a conhecer as ofertas existentes nos Distritos de Viseu, Guarda e Castelo Branco, e aproveite as promoções existentes para visitar a nossa região!

A Bolsa de Turismo de Lisboa é um dos mais importantes eventos de Turismo do país e tem-se assumido como um forte impulsionador de Portugal no mundo.

É um evento aberto a profissionais ligados ao sector do turismo é uma oportunidade para encontrar compradores profissionais, para conhecer a concorrência, analisarem a tendência de mercados e posicionar a sua oferta de uma forma inovadora e competitiva.

Para o público em geral , constitui a oportunidade de conhecer novos destinos e soluções, assim como comparar propostas e preços altamente competitivos.

Quanto aos números deste ano, a Feira conta com mais de 30 startups, mais de 1000 expositores, acima de 35,000 visitantes profissionais, 400 compradores internacionais, reunidos numa área de 30,200 m2, com 760 eventos em agenda e acolherá mais de 3000 reuniões profissionais e conta ainda com 36 destinos internacionais!

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A BTL revela-se uma ótima oportunidade para a divulgação turística das regiões, e por isso as principais cidades e agentes turísticos fazem questão de marcar presença, como é o caso dos Municípios da Guarda, Viseu, Manteigas, Gouveia, Aguiar da Beira, Belmonte, Carregal do Sal, Cinfães, Figueira de Castelo Rodrigo, Idanha-a-Nova, Sátão, Castro Daire e Penedono, de associações como as Comunidades Intermunicipais Dão Lafões e Beiras e Serra ou ainda as Aldeias Históricas de Portugal ou as Aldeias do Xisto, ou alojamentos como o Hotel Vanguarda ou a Pousada Convento de Belmonte ou ainda empreendimentos como as Termas de S. Pedro do Sul.

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Destacamos o Município da Guarda que aposta na promoção da região e dos seus principais eventos, e aposta em atividades que prometem chamar a atenção dos visitantes como provas gastronómicas.

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O Município de Viseu faz-se representar com um Stand muito original, composto por 1500 octógonos, a marca da cidade de Viriato. A animação é uma constante e promete atrair os visitantes através de eventos originais, como shows de magia, culinária, Street art ao vivo, música ao vivo, e ainda experiências que nos “levam” até Viseu de uma forma inédita como os vídeos 360º de Viseu que proporcionam autenticas viagens virtuais.

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Manteigas aposta no turismo apelando às sensações da Serra com uma mascote muito original, uma feijoca que promove o Festival de Outono, a celebração das cores e sabores próprios do Outono mas que surgem com mais intensidade e resplendor pelas terras de Manteigas.

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Carregal do Sal aposta na memória de Aristides de Sousa, com um Stand que promete não deixar ninguém indiferente!

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Estes são apenas alguns dos exemplos daquilo que é a presença da região na BTL. Até dia 6 não deixe de visitar esta Feira e deslumbre-se com a região! Aproveite!

 

Cinco alojamentos de Turismo Rural que tem de visitar

Visitar a região da Serra da Estrela e sua envolvente é sempre um prazer.

Muito para conhecer, muitos sabores para se deliciarem e sítios fantásticos para poderem desfrutar, seja a dois, ou em família. Na Heartbeat escolhemos 5 espaços de Alojamento de Turismo Rural (diferenciadores) que farão da sua experiência na região algo de inesquecível!

 

Casa das Penhas Douradas

Fugir do mundo

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Gosta de estar no meio da natureza e longe da azáfama do dia-a-dia? Procura um local moderno mas acolhedor? A Casa das Penhas Douradas é o local ideal. A 1500 metros de altitude, este Design Hotel e Spa é um boutique hotel, de quatro estrelas, situado no coração do Parque Natural da Serra da Estrela. Este é um local que surpreende pela sua arquitetura e envolvente natural.

Seja de verão ou de inverno a paisagem é deslumbrante e o serviço prima pela simpatia e qualidade. Os quartos têm o conforto da madeira, com cores quentes e um ambiente intimista.

A piscina, coberta, com as suas vidraças cuja natureza abraça, remetem-nos a um paraíso escondido do qual não quereremos sair. Jamais!

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Cerca Design House

 A Serra contemporânea

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No Fundão há um alojamento que o vai surpreender pela sua luz, elegância e contemporaneidade.

A Cerca Design House é uma casa cheia de história, agora transformada em turismo de charme, onde a sobriedade da pedra contrasta com o suave toque do burel e com as cores vibrantes de uma decoração pensada para o bem estar do corpo e da alma.

Podem visitar a Cerca Design House em qualquer altura do ano, mas hoje sugerimos que o faça na primavera e no verão. A paisagem verdejante complementa a alvura da casa e os jardins ganham vida. Aproveite para desfrutar da piscina e da esplanada num ambiente único de requinte e elegância, espelho da nova forma de viver na Serra da Estrela.

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Casas da Lapa e Casas do Soito

O Mundo a nossos pés

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No alto da aldeia de Lapa dos Dinheiros, em Seia, há um alojamento que surpreende pela sua beleza. Esqueçam as casas de turismo rural convencionais.

Aqui a casas de pedra escondem um segredo surpreendente no seu interior. Seja nas Casas da Lapa ou nas Casas do Soito (distam a 300 metros umas das outras) o conceito assenta no design, conforto e modernidade, complementando-se com uma envolvente de perder de vista.

Lá do alto o mundo estende-se aos nossos pés. Nas Casas da Lapa são 8 os quartos disponíveis, cuidadosamente decorados para criar um ambiente único.

Nas Casas do Soito pode alugar um T2 ou um T3 e passar uns dias inesquecíveis.

Sabemos que não vai querer sair destas casas, mas a região envolvente é tão magnifica que não podemos deixar de o aconselhar a sair e a participar nas atividades que este empreendimento organiza, como é o caso dos passeios pedestres.

A aldeia é igualmente rica em locais muito interessantes seja em que altura do ano for.

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Chão do Rio

A nossa aldeia privada

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Pegue na família e venha passar uns dias inesquecíveis a esta quinta. São oito hectares de terreno, com a natureza a comandar!

Uma experiência para toda a família, num alojamento intimista que o fará esquecer-se do mundo.

Fica entre Seia e Oliveira do Hospital e conta com seis casas de tipologias diferentes que formam uma pequena aldeia cujo centro é ocupado por uma piscina natural e onde poderá estar em contacto com a fauna e flora locais, incluindo ovelhas!

Este é o espaço ideal para passar uns dias em família. A quinta conta com um parque infantil e um verde de perder de vista onde todos poderão estar em sintonia com a natureza, neste pequeno paraíso escondido na Serra da Estrela.

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Casas do Pátio Country Houses & Nature

A elegância do Dão

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E que tal fugir até Nelas?

Em plena região Demarcada do Vinho do Dão, em Caldas de Felgueiras, conhecida pelas suas termas, encontramos as Casas do Pátio Country Houses & Nature.

Um local onde o passado deu lugar a um espaço moderno e elegante.

Quatro casas intimistas com uma decoração que surpreende pela simplicidade e bom gosto, inspiradas nos quatro elementos da natureza: água, ar, fogo e terra. Cada uma com a sua personalidade bem vincada. Em comum: o conforto.

Aconselhamos uma visita na altura das vindimas, onde poderá aproveitar para fazer um de roteiro pelas Vinhas do Dão. Traga uma garrafa de vinho do Dão e desfrute-a na casa que escolher, a garantia é de uma experiência surpreendente!

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Seja em que altura do ano for. Seja em família ou numa escapadinha a dois. Estes são apenas alguns dos melhores exemplos do tipo de Alojamento de Turismo Rural que tem surgido na região da serra da Estrela e sua envolvente. Espaços que refletem a nova forma de estar das pessoas de cá. Locais que nasceram da vontade de preservar histórias e criar novas. Visite. Seja quando for. Como for, ou com quem for. Mas visite!

Alguns destes alojamentos estão disponíveis no nosso Pack Premium, aproveite! Visite em https://heartbeat.pt/produto/hearbeat-premium/

O Interior celebra o Turismo

O turismo tem assumido um papel cada vez maior para o desenvolvimento económico do país.

Na região interior, se reveste de uma importância fulcral apoiado pelas enormes potencialidades, nas mais diversas vertentes, que aqui existem, sejam elas na área do património natural ou edificado, seja na gastronomia ou nas condições geográficas e climatéricas que diferem este território das restantes.

A aposta no turismo e a consciencialização do papel que ele tem para o desenvolvimento futuro da região está bem patente nas atividades e ofertas que têm sido dinamizadas um pouco pelos principais núcleos urbanos aqui existentes.

Para assinalar o Dia Mundial do Turismo no próximo dia 27 alguns municípios irão dinamizar Postos de Turismo, Museus e Centros Históricos com iniciativas que pretendem dar a conhecer aquilo que de mais turístico têm para oferecer.

O lema para as celebrações deste ano é “Mil Milhões de Turistas, Mil Milhões de Oportunidades” e, numa ação simbólica, o município de Almeida irá oferecer um Kit Promocional a todos os turistas que procuram os Postos de Turismo de Almeida e Vilar formoso, bem como um desconto de 50% em todas as publicações que se encontram à venda nestes espaços.

Na Guarda o dia 27 será assinalado com uma série de visitas guiadas, visitas encenadas e percursos em tuk-tuk no Centro Histórico enquanto que o Welcome Center acolherá os visitantes de uma forma especial, proporcionando a todos os que visitarem a cidade no domingo experiências e sensações únicas. Estão ainda previstas visitas guiadas ao Museu da Guarda e será ainda possível explorar a Torre de Menagem.

Belmonte vai receber os visitantes com uma Prova de Cerveja Artesanal Cabralina no Posto de Informação Turística.

Haverá ainda espaço para Artesanato ao Vivo com trabalho em Burel e oferta de um Kit de promoção turística do Centro de Portugal, ação que será igualmente feita em Manteigas pelo Posto de Informação Turística desta Vila. Em Seia os visitantes do Posto de Informação Turística de Sabugueiro poderão, além de receberem o Kit de promoção, degustar alguns produtos regionais.

Viseu também assinala o Dia Mundial do Turismo com uma mostra de produtos regionais como o azeite, mel, vinho e rosmaninho, havendo lugar, ainda, para uma demonstração de sabonetes tradicionais e a oferta do Kit de promoção turística do Centro de Portugal. Durante o dia os turistas poderão usufruir de um passeio em comboio turístico. Está ainda prevista uma visita guiada à Mina do Cume em Bodiosa havendo, ainda, espaço para uma peça de teatro intitulada “Volfrâmio – cenas duma aldeia de camponeses-mineiros” no Convento de S. Francisco em Orgens.

Por terras de Idanha-a-Nova também se assinala, no domingo, o Dia Mundial do Turismo com os Postos de Informação Turística de Monfortinho, Idanha-a-Velha, Idanha-a-Nova, Monsanto, penha Garcia, Proença-a-Velha e Segura com degustação de produtos regionais e oferta do Kit promocional e oferta de um percurso pedestre GR10/GR12 aos primeiros 30 visitantes de cada um dos Postos. Está ainda programada uma visita temática a Idanha-a-Velha.

 

 

Vamos descansar no Pátio

Seguimos rumo a Nelas. As paisagens por estas alturas remetem-nos ao mundo do vinho, com as vindimas a acontecerem um pouco por toda a parte, com carros carregados de cestos de uvas que mais tarde irão dar origem aos tão afamados vinhos do Dão.

Realmente por estas bandas o clima é diferente. O sol brilha intenso pela paisagem verde que nos acompanha ao longo do caminho. Hoje vamos até Caldas de Felgueiras, não para passarmos uns dias nas termas, mas para descansar num espaço que nos foi recomendado por amigos. “Um pequeno refúgio”, segundo eles. As Casas do Pátio.

As Casas do Pátio – Country Houses & Nature são um empreendimento de Turismo Rural, mas desenganem-se aqueles que pensam que é uma unidade dita convencional, com pormenores serranos ou campestres que nos remetem à vida bucólica do interior de Portugal.

Aqui o rural apresenta-se numa vertente mais moderna e luxuosa, sendo que a ruralidade, como a concebemos, apenas se sente quando saímos e encaramos a belíssima paisagem circundante.

Já tínhamos andado a espreitar algumas fotografias das Casas do Pátio – Country Houses & Nature, porque isto de partir ao desconhecido não é para todos e nós fazemos parte daquele grupo de indivíduos que gosta de ir à descoberta mas sabendo o que deverá encontrar.

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Chegamos e percebemos que, efetivamente, não era um espaço de Turismo Rural como normalmente convencionamos.

À conversa com as proprietárias ficamos a saber que Casas do Pátio – Country Houses & Nature nasceram da vontade de preservar a história de uma família.

Três casas unidas por um pátio que guardava histórias, memórias e segredos e que se viam maltratadas pelo tempo.

Ao fator sentimental forte aliou-se a oportunidade de serem empreendedoras fazendo algo que as gratificasse e lhes desse prazer.

Nascem Casas do Pátio – Country Houses & Nature e ainda bem que tiveram a coragem e resiliência necessária para tornarem este sonho realidade.

A natureza é o mote para tudo neste local e as casas tinham de seguir essa filosofia, não estivessem inseridas no meio de três serras com uma paisagem maravilhosa e, ainda por cima, numa estância termal como é Caldas da Felgueira, a inspiração para a renovação destas casas tinha de estar, invariavelmente, relacionada com a natureza.

As Casas do Pátio – Country Houses & Nature são constituídas por 4 casas sendo que os 4 elementos, água, terra, fogo e ar, serviram de inspiração para a reconstrução e decoração das casas. Assim, quem quiser por aqui pernoitar ou passar uns dias, poderá escolher entre:

. Casa do Ar, nome atribuído pela envolvência natural e uma homenagem ao ar puro que se respira na região.

. Casa da Água em jeito de homenagem ao Rio Mondego que passa na aldeia.

. Casa da Terra, uma referencia ao interior e fonte de recursos naturais que sustentam parte da economia da região.

. Casa do Fogo inspirada pelas águas medicinais quentes das Termas.

Ficamos na Casa da Água que nos surpreendeu pela delicadeza dos elementos decorativos em tons de azul.

A luz é surpreendente nesta casa, o branco e o jogo de cores suaves remete-nos para uma tranquilidade avassaladora que nos percorre o corpo.

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É como estar em casa. Constituída por um quarto, cozinha e uma sala com lareira que logo me fez prometer voltar por alturas do inverno só para poder beber um chá quente embrulhada numa manta a ouvir o crepitar da lareira, até porque foi-nos dito que quem por cá passa, seja em que altura do ano for, recebe sempre uns miminhos que tornam a estadia ainda mais especial.

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Não é uma casa enorme, o que a torna ainda mais confortável e acolhedora, ideal para uma escapadinha romântica seja em que altura do ano for.

A mobília cuidadosamente escolhida transforma esta casa num espaço único de onde não queremos sair.

É de facto um luxo no meio da natureza e o momento que mais apreciei foi no final do dia poder beber um copo de vinho do Dão sentada numa cadeira no terraço enquanto apreciava o final de mais um dia.

Disseram-nos que, para quem quisesse, podem ser agendados passeios a cavalo, dispensei porque não sou aficionada, mas aceitei as sugestões para a descoberta da gastronomia da região, e que bela gastronomia é!

Há pequenos pormenores que nos relembram que estas são casas com história e que estamos num meio rural, seja em peças de mobiliário ou em objetos de decoração, sendo estas casas o exemplo perfeito de como se transporta a ruralidade para o mundo moderno e contemporâneo. Este é o fator diferenciador deste empreendimento. O modo como está pensado e como foi construído, deixando de lado os conceitos mais usuais existentes neste tipo de turismo.

As Casas do Pátio – Country Houses & Nature são um espaço acolhedor e intimista, permitindo a quem as visita gozar de privacidade e tranquilidade, sentindo que aquele espaço não é apenas mais um quarto de hotel, mas sim um local onde poderíamos viver.

Conheça Almeida, a Estrela do Interior

Chamam-te a Estrela do Interior, por causa da tua forma.

Os árabes chamaram-te, devido à tua localização em planalto, Al-Mêda (a Mesa). Foste quartel general de batalhas pela guarda da Fronteira. Uma máquina de guerra adaptada para nos defender dos invasores que surgiam além-fronteira, dos lados de Espanha e que queriam subjugar a nação aos seus domínios. Foste e és Almeida.

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Conheci-te num dia frio de Primavera.

Um daqueles dias em que o sol apenas ilumina e não aquece.

Entrámos por uma das tuas portas duplas, já não sei qual, mas lembro-me que me deslumbraste. Não tinha noção do quão bonita Almeida é.

Caminhámos pelas tuas ruas desertas e podemos observar os edifícios e fachadas beirãs em tranquilidade sem o reboliço das gentes. Estavas só.

Chegámos às tuas muralhas e caminhámos junto a elas. Aqui começámos a perceber o porquê de te chamarem estrela.

Sei que fiquei impressionada com a tua arrumação e organização. O cuidado com o teu património salta à vista.

Chegados ao Picadeiro D’el Rey tivemos a oportunidade de ver alguns cavalos e animar os mais pequenos que corriam empolgados com tanto espaço por onde libertar a imaginação.

Saídos, subimos à tua muralha e caminhámos apreciando a paisagem que te rodeia.

Contámos ao miúdos parte da história das tuas batalhas que, depressa, começaram a recriar.

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Seguimos caminhando, porque Almeida entre muros conhece-se andando, chegámos às Casamatas/Baluarte de S. João de Deus. No interior encontra-se um vasto complexo construído de 20 compartimentos abobadados e com cobertura megalítica, única no seu tipo. Contam-nos que serviram de refúgio à população quando a Praça-forte era atacada. Hoje é um Museu onde podemos conhecer melhor a história das Batalhas que aqui tiveram lugar.

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Almeida é muito conhecida por causa das invasões francesas, mas as suas histórias de luta remontam a um passado bem mais distante do que aquele em que Napoleão andou por este mundo.

Em Almeida ainda há vestígios do seu castelo cuja origem, se supõe, seja de fundação muçulmana ou leonesa. Presume-se que o segundo castelo tenha surgido antes do reinado de D. Dinis, de estilo gótico e um dos mais pequenos da zona fronteiriça.

São muitos os teus atrativos. Recordo um dos mais impressionantes, nestas coisas da arquitetura militar, onde te destacas no mundo, o Revelim Doble, de estrutura dupla (daí o nome), considerado um dos baluartes mais perfeito por cobrir todos os flancos. Aqui acabaram por construir um Hospital de Sangue devido ao número elevado de feridos que ocupavam a cadeia e a casa da câmara.

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És cheia de histórias para contar, e não é difícil imaginar as disputas que aqui tiveram lugar.

És um livro a três dimensões, e por isso fazes parte do Roteiro das Aldeias Históricas.

Voltarei no final de agosto para assistir a um dos maiores eventos nacionais no que toca a recriações históricas.

Serás invadida pelos franceses e irás lutar para te defender durante 3 dias, recordando o que aconteceu entre 15 e 28 de agosto de 1810. Tenho a certeza que, desta vez, não serão apenas os mais pequenos a embarcarem na viagem pela imaginação.

Sei que foste campo de batalha, palco sangrento de disputas. A tua arquitetura foi feita com esse propósito e hoje encontrei-te em paz, longe dos dias de tormenta, morte e medo. Encontrei-te tranquila, deserta e silenciosa, mas convidativa. Voltarei de certeza com a esperança de te ver cheia de gente, porque esta Estrela do Interior merece ser visitada, apreciada e vivida!

Tânia Fernandes