A que sabe Piranha tatuar

Sentem-se como picadas de abelhas. Queima. Uma dor que se tolera porque a recompensa é bem maior.

É um crescendo de emoção e ansiedade, envolve-nos numa empolgação de meninice e é verdade, quem faz uma não se fica por ali.

O processo é todo um conjunto de emoções. A escolha. O significado. A coragem. E nunca se esquece a primeira vez!

No meio dos ais, dos franzires de testa e das lágrimas que teimam em querer cair, tolhemos o corpo, cerramos os punhos e os dentes e muitas vezes queremos sair e desistir, deixar aquelas mil abelhas que nos torturam a pele e nos queimam sem piedade. Mas não. Não o podemos fazer. Não há lugar ao arrependimento. Temos a certeza que queremos fazer! E por isso, não vamos sair dali.

Para o zumbido. Ganhamos coragem para abrir os olhos. Não queremos olhar. Não posso olhar. VOU OLHAR!

Paramos uns segundos, enquanto observamos. Está como eu queria? Já é parte de mim, de quem eu sou. É minha, esta na minha pele. Está perfeita! UFA! Hoje sou mais eu, completei um pouco mais a minha essência. A minha tatuagem! Doeu? Sim, doeu que se fartou! Momentos de pura tortura… Não vejo a hora de fazer outra!

Quem já tatuou a pele conhece esta sensação e sabe que é para sempre, talvez seja por isso que muitas pessoas não têm coragem de fazer, talvez seja por isso que muitas outras o fazem.

 

É um compromisso. Um compromisso com a nossa pele, com o que nós somos. São parte da nossa identidade, sejam mais escondidas, sejam visíveis a todos como um grito do que é a minha essência. É, para muitos, o maior compromisso que já fizeram na vida, está-lhes, literalmente, na pele!

 

Sabemos que podemos tirar, é como um casamento – ninguém casa a pensar que se vai divorciar – e tal como num matrimónio quando o divórcio acontece há a certeza de que muitas cicatrizes poderão ficar e que o processo será moroso e doloroso.

Tatuar o corpo é como casar, assumir um compromisso com a nossa pele.

Há que escolher o par certo.

E para que todo o processo aconteça sem riscos há que encontrar o “padre” perfeito, aquela pessoa que nos vai unir. Não é fácil. É uma escolha difícil e que implica muita confiança. E se falha o desenho? Terei de viver com o erro do outro marcado na minha pele para sempre?! O melhor mesmo é saber a que mãos nos vamos entregar! É um compromisso muito sério. Uma entrega. Um salto de fé. Ninguém quer um tiro no escuro.

Em Portugal começamos a abrir a nossa mente à tatuagem. Já não é um tabu, nem algo que membros de “determinados grupos” fazem. Apesar de ainda existir algum estigma, são milhares as pessoas que possuem tatuagens, algumas tão íntimas que não fazemos ideia que aquela pessoa a tem.

Segredos.

E tal como as mentes começam a ficar mais abertas, muito graças à abertura de fronteiras virtuais proporcionada pelo advento das novas tecnologias e internet, que nos mostram todo um novo mundo ao nosso alcance e nos abrem perspectivas, também aumentam o número de artistas dispostos a perpetuarem a sua arte no corpo de alguém. Mas nem todos são bons. Ainda bem que em Viseu os há de grande qualidade.

Os artistas do Piranha Studios em Viseu trouxeram a confirmação da sua qualidade do Oporto Tattoo que aconteceu na semana passada, confirmação em forma de taça de 1º e 2º lugares, numa das maiores convenções de Tattoos do país.

O Piranha Tattoo não é um estúdio qualquer. Aqui as tatuagens são levadas muito a sério. São arte e como tal toda a perspectiva em torno da tatuagem se modifica. O respeito é diferente. A alma é maior. Não é um trabalho. É uma filosofia.

Esta é uma casa composta por vários artistas de renome internacional nos diversos estilos de tatuagem e a qualidade tem de ser sempre de topo, seja na higiene e segurança, seja nos campos estéticos e artísticos.

A equipa é composta por 3 profissionais residentes de diversas nacionalidades e é, hoje em dia, considerado um dos melhores estúdios do país. Tal como um Museu ou uma companhia de arte, também este estúdio do Piranha Tattoo recebe, regularmente a visita de tatuadores, artistas convidados, com grande prestigio internacional, que fazem com que a notoriedade dos estúdios seja reconhecida além fronteira.

São 16 anos de crescimento e dedicação à arte que atrai clientes de todo o país e do estrangeiro, e conscientes da evolução do mundo o a Piranha Studios possui uma loja online que permite, aos seus clientes, independentemente da sua localização geográfica, terem acesso aos produtos disponíveis na loja em Viseu.

São vários os serviços disponíveis na Piranha Studios, desde a tatuagem, claro, passando pelo piercing, Microdermal, Micropigmentação, remoção laser, ou despigmentação laser (que tenta resolver más escolhas de tatuagens passadas) à formação.

Os artistas residentes são o João Morais, Enrich Rabel, Kati e Lucas Ferreira, contando com artistas convidados como Sérgio Gas, Pavel Krim, Samuel Potucek, Léo Neguin ou António Furtado.

piranha team

Na edição deste ano do Oporto Tattoo, Convenção de Tatuagem que decorreu em Gondomar, vieram para casa de mãos cheias de prémios, com um 1º lugar na categoria Black and Grey (sábado) da autoria de João Morais, Best Tattoo of Day sábado por João Morais (Melhor tatuagem do dia),

joao morais tattoo

outro 1º lugar Best Black and Grey, desta vez no domingo, com uma tatuagem da autoria de Enrich Rabel,

best domingo

um 2º lugar Best Black and Grey (domingo) por João Morais,

2 best domingo

ainda o 1º lugar Best Neotradicional (domingo) por Lucas Ferreira e um Best Tattoo of Shoe por João Morais artista residente (Melhor Tatuagem da convenção).

1 neo

Este reconhecimento só vem atestar a qualidade de um dos melhores estúdios do país, numa arte que muitos ainda consideram underground (uma das mais antigas artes da humanidade e ainda mal percebida por muitos), mas que tem vindo a ganhar cada vez mais adeptos e que tem vindo a ser, e ainda bem, cada vez mais desprovida de preconceitos e convenções.

E por incrível que pareça, este que é um estúdio de tatuagens respeitado por esse mundo fora pelos seus pares, fica numa cidade do interior de Portugal. Parece que, afinal, o interior não e tão interior assim!

Já conhece Viseu?

https://heartbeat.pt/ano-oficial-visitar-viseu/

Viseu desafia artistas de rua

A arte urbana tem vindo a assumir, cada vez mais, um papel de destaque como forma de pensar as cidades modernas, conferindo-lhes cor, luz e novas vidas a edifícios cinzentos e cabisbaixos.

Para muitos pode ser vista como vandalismo, mas, afinal, quando falamos em arte urbana, não falamos em Graffiti de tags, falamos de autenticas peças de arte, sejam pintura ou escultura ou apenas simples instalações, entre muitas outras formas que procuram o seu lugar no espaço público.

A arte urbana tem uma forte componente critica e procura que quem a observa seja forçado a pensar.

Viseu percebeu o impacto e a importância que a arte urbana tem na cultura e na expressão artística de uma cidade, e tem feito desta modalidade um dos seus cartões de visita, destacando-se no panorama nacional no que diz respeito a esta forma de ver e pensar a arte, a par de outras cidades como a Covilhã ou o Fundão.

Quem passeia pelas ruas de Viseu pode apreciar este movimento e constatar o efeito estético que têm na urbe. Consciente dessa importância, a Viseu Marca e o Município de Viseu desafia os artistas de Viseu a integrarem o 2º Festival de Street Art que decorrerá, na cidade, de 19 a 22 de maio.

O Festival de Street Art será o evento-âncora dos “Tons da Primavera” e até dia 2 de maio os artistas de Viseu podem enviar a sua candidatura para integrarem o leque de criativos que vão participar no Festival e que conta com artistas nacionais e internacionais.

akacorleone

Trabalho realizado na edição do ano passado do artista AKACORLEONE

 

A tela serão as paredes exteriores do Pavilhão Cidade de Viseu (antigo Inatel) e os concorrentes deverão apresentar uma maqueta inspirada em marcas que compõem a identidade da cidade, tendo de escolher pelo menos uma de entre as seguintes: “Cidade Vinhateira”, “Cidade Jardim” e/ou “Cidade de Grão Vasco”, no ano em que o Museu nacional Grão Vasco assinala o seu centenário.

Este iniciativa pretende integrar os talentos locais e a sua formação com os artistas nacionais e internacionais consagrados ou muito experientes.

Os interessados deverão enviar a maqueta do trabalho para streetart@viseumarca.pt, através do envio de imagens ou apresentação em PDF até ao máximo de 3MB, e deverão incluir além da maqueta, uma sinopse dos projetos (max. 500 caracteres) e a indicação dos materiais necessários ao desenvolvimento do trabalho.

O Júri é composto pelo gestor da Marca Viseu e pelos artistas Akacorleone e Kruella D’Enfer. A seleção final será anunciada a 6 de maio e as obras deverão ser feitas entre 19 e 22 de maio, excepto aquelas que exijam mais tempo de execução.

Ruínas ganham vida a três dimensões

Quantas vezes ao visitar um monumento antigo não imaginamos como terá sido. Qual o seu aspeto? Teria sido grandioso?

A imaginação começa a voar perante as ruínas e as histórias que ouvimos acerca desses locais acabam por necessitar de um enquadramento arquitectónico para que as possamos “visualizar” melhor.

A Beira Interior está cheia de monumentos antigos, alguns em ruína, restando apenas as memórias e algumas pedras que nos fazem questionar como teriam sido nos seus tempos áureos.

Pois bem, agora já podemos ter uma preciosa ajuda na tentativa de visualizar como terão sido alguns dos mais interessantes monumentos da região, graças ao trabalho de alguns alunos do curso de Arqueologia da Universidade de Coimbra que foram desafiados, na cadeira de Informática Aplicada à Arqueologia, a reproduzir um conjunto de edifícios romanos e medievais emblemáticos da região em 3 dimensões.

Os edifícios foram escolhidos pela sua situação atual, ou seja, procuraram reproduzir edifícios que se encontram alterados na sua aparência original, o que torna este trabalho ainda mais interessante pois exigiu estudo e pesquisa, por parte dos alunos, acerca da história destes monumentos e das características de outros semelhantes existentes na região.

Foram dez os edifícios a serem “reconstruídos” por parte dos alunos da licenciatura, com recurso ao programa livre SketchUp.

 

Templo Romano de Idanha-a-Nova

templo romano idanha

Este é um edifício que se encontra bastante degradado, restando apenas o pódio, reutilizado como base da Torre de Menagem do Castelo Templário de Idanha-a-Nova.

Tiago Cordeiro, autor deste projeto, serviu-se de dados recolhidos em escavações arqueológicas desenvolvidas entre 2007 e 2008, como referencia para o seu modelo a 3 dimensões.

 

Fortificação de Castelo Novo

fortificaçaio castelo novo

Lara Leonor Duque desenvolveu o projeto relacionado com a Fortificação de Castelo Novo, cujo traçado sofreu muitas alterações ao longo do tempo, faltando alguns troços de muralha. A Torre de Menagem está bastante danificada preservando a sua primitiva altura apenas em parte. Outros elementos originais estão, atualmente, muito descaracterizados em relação à sua versão original.

A aluna fez o seu modelo tendo em consideração alguns estudos realizados entre 2002 e 2004.

 

Templo Romano de Orjais

templo romano orjais

Este foi outro dos edifícios sujeito a estudo e à reconstituição do que seria no passado. Ricardo Ferreira foi o responsável por trazer o Templo Romano de Orjais, na Covilhã, à vida, ou pelo menos ao papel.

O seu atual estado é de ruina quase completa, restando apenas o pódio, alguns muros em socalco e testemunhos de uma escadaria frontal que desceria do terraço.

A referencia de Ricardo para este trabalho foram as escavações desenvolvidas no local em 2001. José luís Madeira já tinha feito alguns desenhos em 2013 e Ricardo serviu-se deles como base para o seu trabalho.

 

Castelo de Belmonte

castelo belmonte

Este é um dos mais emblemáticos monumentos da região e ex-libris de Belmonte. Margo Van Puyvelde assina este projeto a 3 dimensões. Este castelo encontra-se em relativo bom estado de conservação, faltando apenas o adarve e as ameias de grande parte do recinto. Já não existem, igualmente, os edifícios palacianos no seu interior.

O modelo foi inspirado tendo por base as escavações arqueológicas desenvolvidas entre 1992 e 1994 e propõe uma fortificação dominada por vários edifícios palacianos e outras estruturas de apoio ao reduto, apara além da torre de menagem.

 

Castelo da Guarda

castelo guarda

Ricardo Lobo é o responsável pela reconstrução do Castelo da Guarda do qual resta apenas Torre de Menagem, estando a base de referencia para este trabalho em estudos arqueológicos realizados nos anos 90.

A proposta de Ricardo apresenta uma fortificação com espaço interior exíguo que não albergaria muitas estruturas de apoio, apenas apresentando adarve na sua face virada para Leão.

 

Igreja de Santa Maria em Castelo Mendo

igreja st maria castelo mendo

As ruínas da Igreja de Santa Maria de Castelo Mendo são um dos mais místicos monumentos da região. Joana Gabriel desenhou uma versão a 3 dimensões que nos remete ao que poderia ser o seu aspeto original apenas tendo como referências o seu estado atual.

 

Castelo de Almeida

castelo almeida

Todos conhecemos a fortaleza de Almeida, uma das mais belas e bem conservadas da Península Ibérica, no entanto, Almeida, também tem um Castelo, ou pelo menos ruinas do que outrora fora um Castelo, já que o mesmo sofreu uma explosão tremenda aquando das invasões napoleónicas. David Magalhães é o autor desta reconstituição feita tendo por base um desenho do século XVI.

 

Castelo de Monforte do Côa

castelo monforte

Em Figueira de Castelo Rodrigo encontramos os vestígios do que outrora foi o Castelo de Monforte do Côa. Atualmente restam apenas o embasamento da muralha e das torres. Inês Carolina Alberto baseou o seu modelo numa proposta de planta da extinta fortificação publicada em 2014, já que este Castelo nunca foi alvo de intervenções arqueológicas e existem poucas referencias acerca dele em artigos científicos.

 

Igreja de Stª Marinha de Moreira de Rei

igreja st marinha

A Igreja de Stª Marinha de Moreira de Rei fica no concelho de Trancoso e foi o alvo do projeto de Luís Oliveira. O monumento encontra-se com bom estado de conservação, faltando-lhe alguns elementos decorativos na fachada sendo que o seu campanário foi restaurando recentemente, pelo que o modelo teve por base o atual estado do edifício, até porque nunca foram realizadas escavações arqueológicas no local.

 

Castelo de Numão

castelo numao

Este Castelo fica no concelho de Vila Nova de Foz Côa. José André Guimarães é o autor deste projeto em 3 dimensões. Era composto por uma cerca amuralhada de planta oval irregular, reforçada originalmente por 15 torres, das quais apenas restam 6, algumas delas adossadas pelo exterior. As estruturas religiosas e habitacionais que existiam no seu interior estão arruinadas. Este projeto teve por base as escavações realizadas na capela e necrópole de S. Pedro entre 1999 e 2001, e resumiu-se à muralha defensiva e à Igreja de Stª Maria.

 

Apesar de não terem sido desenhados com o intuito de respeitarem fielmente o traço original, estes trabalhos permitem que tenhamos uma ideia de como foram esses edifícios, oferecendo-nos um contexto visual precioso e levantando questões que merecerão futuras revisões nas investigações que se façam sobre estes exemplares de arquitetura romana e medieval na região.

Este é também um projeto que demonstra o interessante que é o Património arqueológico da Beira interior, muitas vezes esquecido, servindo de divulgação dos próprios monumentos e um meio de cativar os jovens formandos para as terras do interior.

Continuamos a viagem?

https://heartbeat.pt/cinco-castelos-beiras/

Lobo Ibérico invade o Fundão

Um olhar que nos entra na alma. Inanimado mas tão cheio de vida e sensação que nos é impossível ficar-lhe indiferente.

É um Lobo Ibérico.

Mas não é um animal.

É uma metáfora desconcertante acerca do desperdício e do consumismo que define a sociedade em que vivemos.

No Fundão ocupa uma parede onde outrora nada existia, agora é uma escultura, uma mensagem, um apelo e um grito.

liunce fundão1

Este Lobo Ibérico feito de lixo e tem assinatura de Robalo II, um artista que conta com cerca de 30 trabalhos em Portugal, Espanha, França e Estados Unidos da América, mas desenganem-se aqueles que julgam que uma escultura feita de lixo não pode ser uma obra de arte cheia de emoção e significado. Este Lobo é prova disso e Robalo II volta a demonstrar a dualidade da sua arte, desta feita no Fundão, como já o havia feito na Covilhã com um mocho gigante que agora habita uma parede, outrora degradada.

Nesta obra que pode ser vista na parede de um edifício do Largo da estação existem vários tipos de materiais que isolados nada mais são do que lixo, falamos de queimados, para choques, pneus, cabos ou bicicletas. Materiais recolhidos no centro de reciclagem e transformados numa obra cheia de vida e dimensão. A mensagem implícita é bem explicita a quem observa a obra: a questão dos nossos hábitos consumistas estarem a destruir o planeta e o lixo que produzimos ser o inicio do fim.

liunce fundão3

Esta obra vem, igualmente, ajudar a tornar o espaço onde se insere mais interessante, enriquecendo o património do concelho na denominada arte de rua, numa aposta que tem vindo a ser feita por parte do executivo há já algum tempo, com intervenções magníficas que figuram já em vários catálogos nacionais e internacionais de “Street Art”, com a grande vantagem de ajudarem a dar nova vida e requalificar locais degradados ou devolutos.

 

Mais arte:

https://heartbeat.pt/arte-rua-viseu/

Transversalidades com inscrições abertas

Já estão abertas as inscrições para mais um Transversalidades – Fotografia sem Fronteiras, o concurso de fotografia promovido pelo Centro de Estudos Ibéricos.

São cinco anos de edições em que a Fotografia é o elemento principal.

Este concurso tem como objetivo promover a cooperação territorial, aproveitando o valor estético, documental e pedagógico da imagem para promover a inclusão dos territórios menos visíveis, inventariar recursos, valorizar paisagens, culturas e patrimónios locais.

Este concurso procura promover a cooperação entre pessoas, instituições e territórios, de aquém e além fronteiras, fomentar a troca de experiências e de conhecimentos entre espaços unidos pela matriz ibérica comum, espalhados por diferentes países de vários continentes.

Outro dos objetivos passa por formar novos públicos e usar as novas tecnologias de comunicação como meio privilegiado de comunicar, apelando à participação de jovens estudantes universitários e, assim, alargar a rede internacional de investigadores que se vai organizando a partir do CEI.

transversalidades

As imagens recolhidas no âmbito deste concurso irão documentar a diversidade de territórios, sociedades e culturas de diferentes continentes, agrupadas nos temas “Património natural, paisagens e biodiversidade”, “Espaços rurais, agricultura e povoamento”, “Cidade e processos de urbanização” e “cultura e sociedade: diversidade cultural e inclusão social”.

O concurso é aberto a todos os fotógrafos profissionais e amadores de fotografia, apelando-se a estudantes que frequentem cursos que tenham afinidades com os temos do concurso (geografia, economia, sociologia, jornalismo, artes, antropologia, geologia, biologia, ambiente, etc…). de modo a valorizar a dimensão estética, a coerência formal, documental e pedagógica da imagem, os concorrentes submeterão as suas candidaturas a uma e só uma das seguintes modalidades: Preto e Branco e Cor.

A candidatura é gratuita e universal, devendo cada candidato submeter entre um mínimo de três e um máximo de seis fotografias num único tema do concurso. Devem ser submetidas eletronicamente, através do sitio www.cei.pt.

As candidaturas estão abertas até dia 31 de maio e os resultados serão revelados até dia 31 de outubro de 2016.

O vencedor absoluto para o melhor portfólio receberá 1500 euros, o vencedor de cada tema receberá 750 euros, sendo atribuídas, ainda, até 12 menções honrosas no valor de 150 euros.

Consulte o site do Centro de Estudos Ibéricos e fique a par de todo o regulamento. Pegue na sua máquina e mostre o que os seus olhos vêm.

Workshop ensina a dar vida a móveis antigos

Para os aficionados das tendências não é novidade dizer-lhes que o vintage está na moda e que há cada vez mais adeptos do Retro.

Há também uma grande preocupação, hoje em dia, em preservar a memória, e não falo daquela que pode ser ajudada com medicamentos e vitaminas, falo de objetos, como os móveis por exemplo.

Quantos de nós não temos, lá por casa, uma peça que tem vindo a passar de geração em geração, ou móveis que já foram dos tios ou dos avós e fazem parte de um conjunto de móveis que já não se adequam ao design contemporâneo mas que nos custam deitar fora.

Pois dizem as tendências que não temos de as deitar fora, podemos adaptá-las às novas tendências e dar-lhes novas vidas e novas memórias!

worshop

Foi a pensar nestas pessoas e no ambiente, pela sua componente de reciclagem, que o Aquilo Teatro se juntou à Quercus e vão orientar um Workshop dedicado ao Restauro de Móveis.

O Workshop de Restauro de Móveis tem como objetivo dotar os participantes de um conjunto de técnicas de modo a que sejam capazes de valorizar os móveis que possuem em vez de promover o seu descarte.

Aqui os participantes deverão aprender a transformar os seus móveis antigos e dar-lhes nova vida, recuperando o seu aspeto e devolvendo-lhes brilho e qualidade originais.

Aqui pretende-se dar-se uma segunda oportunidade ao seu móvel antigo.

O workshop será orientado por Fernando Sanchez, que vive na Guarda há 4 anos, encantando-se pela região o que o levou a envolver-se fortemente com a comunidade. Foi proprietário da loja Atelier Vintage, La Bohéme e o seu último trabalho de criação foi a construção do Galo que foi o protagonista do Carnaval deste ano na Guarda.

Para participar basta inscrever-se pelo aquilo.teatro@sapo.pt ou aquiloteatro@gmail.com, ou dirigir-se ao Aquilo Teatro no Largo do Torreão. A inscriçãoo custa 14€ e deverá enviar para o email uma fotografia do móvel que pretende recuperar. No dia do workshop, que decorrerá a 19 de março das 14h30 às 18h30, deverá levra consigo um móvel antigo, como por exemplo um banco, um sofá, cadeira, mesinha de cabeceira, etc.

 

Cobertor de Papa está na moda

A região está cheia de produtos endógenos de elevada qualidade.

Muitos deles já foram descobertos, outros estão a ser alvo de grandes promoções para que o mundo possa ter acesso a estas pérolas.

Outrora um tecido considerado de uso exclusivo por pastores, e com uma conotação muito rígida em relação à Serra da Estrela, o Burel tem vindo a conquistar o mercado, apresentando-se como um tecido versátil e que pode originar peças de vestuário ou decoração de elevada qualidade e interesse, sendo, agora, considerado mesmo um tecido de design.

Esta nova vida dada ao Burel vem fazer com que este produto tão típico da região não desapareça, e que venha dar origem a novas ideias de negocio e novos criadores, prolongando a memória do tecido e dando-lhe novas perspectivas de futuro.

Depois do Burel é a vez do cobertor de papa conquistar a moda nacional, com esperança que essa conquista vá além fronteiras, porque disso pode depender, mesmo, a sobrevivência da arte e do produto que começa a ter poucos artesãos.

De modo a que este produto ganhe novo fôlego e novas vidas o Município da Guarda tem feito muitos esforços no sentido de reinventar este produto e com isso permitir que não desapareça no tempo.

Com o objetivo de dar a conhecer a versatilidade deste que é o cobertor típico da Guarda, o mesmo irá “invadir” as próximas edições do Moda Lisboa e Portugal Fashion através da estilista Alexandra Moura que irá apresentar peças produzidas a partir do cobertor de papa (peça de lã de fio grosso).

O desafio foi simples: pedia-se à estilista que cria-se cinco produtos a partir daquilo que é a matéria-prima que originava o cobertor de papa”.

Este cobertor é feito a partir de lã churra de ovelha e é conhecido pela sua elevada resistência.

AlexandraMoura

Este é um desafio que quer dar a conhecer as potencialidades do tecido de que são feitos os cobertores de papa e que pode ser utilizado em mais peças, mostrando a sua versatilidade e potenciando a produção deste produto na região.

A estilista adiantou que tem muito orgulho em fazer as peças, garantindo que na Moda Lisboa as peças serão colocadas no expositor onde terá os seus artigos para divulgação e venda, rematando que serão peças diferentes do desfile e também com um outro conceito.

Já conhece o Cinclus de Vouzela?

A paixão pela natureza e pela sua envolvente na região é partilhada por todos os que aqui vivem.

No entanto, são poucos os que sabem do seu real valor e fragilidades. Há que sensibilizar todos, os de cá e os de fora, para que saibam valorizar aquilo que nos rodeia. Vouzela sabe disso.

Decorre nos dias 29, 30 e 31 de janeiro o Cinclus – Festival de Imagem de Natureza de Vouzela, um evento cujo objetivo passa pela promoção e conservação da natureza através da imagem. Durante estes dias Vouzela irá acolher grandes nomes da fotografia de natureza nacionais e internacionais que irão partilhar o seu conhecimento em palestras, workshops e exposições.

cinclus joao cosme

(Fotografia: João Cosme)

Para os interessados, esta é uma oportunidade de ver em vários stands, as mais prestigiadas marcas e representantes de material fotográfico, podendo ainda desfrutar das magníficas paisagens da região e gastronomia local.

cinclus tania araujo

(Fotografia: Tânia Araújo)

O Festival começa com a entrega dos prémios aos vencedores do GENERG – Fotógrafo de Natureza do Ano, um concurso que teve inicio em novembro e era aberto a profissionais e amadores de fotografia portugueses.

Do programa constam exposições de Luís Quinta e João Cosme, palestras por Joel Santos (fotógrafo de viagens), Gonçalo Rosa (fotografo de natureza), Nuno Sá (fotografo de natureza), Tânia Araújo (fotografa de natureza), Pedro Rego (fotografo de natureza), Eduardo Barrento (fotografo de natureza), Alexandre Vaz (fotografo), Vasco Flores Cruz, Luís Ferreira, Bruno D’Amicis (fotografo de vida selvagem) e Joaquín Gutiérrez Acha.

cinclus nuno sa

(Fotografia: Nuno Sá)

Haverá também espaço para uma Degustação de Cogumelos, prova de produtos regionais e para a projeção do filme “Guadalquivir” de Joaquín Gutiérrez Acha.

Conheça em pormenor o programa em cinclusvouzela.com

O Presente perfeito está aqui

pack total

 

O Natal é uma época especial, todos sabemos disso.

O Natal é, também, uma altura em que oferecemos presentes a quem mais gostamos e é sabido que não é fácil encontrar o presente ideal. Damos voltas e voltas ao pensamento para encontrar aquele presente certo para aquela pessoa especial, e a verdade é que quanto mais especial ela é mais difícil é encontrar o presente adequado. Pois bem, meus caros, a nossa demanda acabou, a HeartBeat tem a solução!

HeartBeat-Premium-1

 

A HeartBeat acaba de lançar no mercado dois Packs – o HeartBeat Premium e o HeartBeat Table – que prometem emocionar quem os receber, reunindo o que de melhor a Região Interior de Portugal tem para oferecer. Um conjunto de Hotéis e Restaurantes de qualidade superior que garantem experiências emocionantes e genuínas daquilo que a Região do Interior é hoje em dia, moderna e sofisticada!

HeartBeat-Premium-3

O Pack Premium reúne uma série de Hotéis e Casas de Turismo Rural com alguns dos melhores exemplos da Hotelaria que a Região tem para oferecer, com parceiros como as Pousadas de Portugal ou o grupo Visabeira ou ainda Hotéis como a Casa das Penhas Douradas ou o H2otel. Este Pack tem o preço de venda de 165€ e a garantia de que quem o adquirir irá poder usufruir de uma experiência única, podendo disfrutar daquilo que de melhor esta região tem para oferecer.

HeartBeat-Table-1

Para os apreciadores da boa mesa, reunimos um conjunto de Restaurantes, criteriosamente selecionados, que melhor representam a gastronomia moderna da região. No HeartBeat Table encontrará restaurantes como o Cova da Loba em Linhares ou o Restaurante Viriato em Viseu.

Este é um presente que garante, à semelhança do HeartBeat Premium, uma experiência de qualidade superior e encontra-se à venda pelo preço de 65€.

Heart-Beat-Table-3

Estes são dois Packs que podem ser o presente ideal deste Natal. São vendidos numa embalagem simples e sofisticada, à semelhança daquilo que oferecem. Podem ser adquiridos online, no site  www.heartbeat.pt, ou nas instalações da loja no centro histórico da Guarda.

Se não sabe o que ofercer este Natal, esta é uma ótima sugestão com a garantia de que quem o receber irá ter mais que uma simples caixa, terá toda uma região e as emoções que ela proporciona!

Visite:

https://heartbeat.pt/categoria-produto/heartbeat-packs/

Há Pechakucha no Fundão

Sabe o que é Pechakucha? Não, não é nenhum parente do Kunami!

Pechakucha vem do japonês e trata-se de um formato de apresentação em que o conteúdo pode ser fácil, eficiente e informalmente mostrado, normalmente num evento destinado a isso mesmo. E é isso mesmo que vai acontecer no Fundão, já pela sexta vez, no próximo dia 4 de dezembro, pelas 21h00 no edifício da Antiga Praça.

Este pretende ser um espaço onde os oradores, que dispõem apenas de seis minutos para fazerem a sua apresentação, irão tentar cativar o público dando a conhecer as suas ideias e projetos a um leque mais alargado de pessoas, a fim de estabelecerem eventuais contactos e parcerias com empresas ou entidades.

Este projeto surge no âmbito do Living Lab Cova da Beira, o ateliê pedronovo arquitetos e contando com o apoio do Município do Fundão, pretendendo-se enquadrar o Fab Lab Aldeias do Xisto, no tecido empresarial, enquanto instrumento e ferramenta de incremento económico ao dispor das empresas locais.

pechakucha

O Pechakucha consta de apresentações curtas, com cerca de 6 minutos, onde os oradores apresentam cerca de 20 slides onde constam as suas ideias e projetos.

Este evento distingue-se pela sua dinâmica muito característica, potenciada pelo pouco tempo disponível para cada apresentação o que faz com que os oradores tenham de fazer pleno uso da sua criatividade e poder de persuasão.

Este tipo de formato permite que se possa ter vários oradores sem que se perca a dinâmica e interesse no público.

Trata-se de um encontro de criadores, construído sobre um formato aplaudido em mais de 800 cidades em todo o mundo.

Nesta sexta edição do PechaKucha Fundão os oradores serão os seguintes: Júlio Vaz de Carvalho (Atalaias da Beira Baixa), Manuel Barbosa (Estudante), Nuno Donato (Eng. Informático), João Pedro Silva (Fotógrafo), Tiago Milheiro (Designer de Equipamento), Vanessa Martins (Filósofa), António Pedro Martins (Escultor), Renato Gonçalves (1991 Architects), Filipa Pimpão (1991 Architects), Helena Simões (Arquiteta), Câmara Municipal do Fundão, Alexandre Barata (ESTE – Estação Teatral), Aires Proença (Casa do Barro), Virgínia Batista (Mercearia Comunitas), Hugo Barros (Dome Architecture), Pedro Bragança (Dome Architecture), Dinora Xavier (D’Organic) e Nuno Vieira (D’Organic).