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Let’s G!O à Romaria em Gouveia!

A arte manifesta-se de diversas formas e qualquer local pode ser alvo de uma intervenção artística.

A intenção da Arte Urbana é dar nova vida a edifícios e espaços das cidades criando novas dinâmicas. No interior o mapa da Arte Urbana integra cidades como Viseu, Covilhã e Castelo Branco, mapa que agora recebe mais uma cidade, que verá, durante a próxima quinzena, o edifício do seu Mercado Municipal ser tela para alguns artistas nacionais e estrangeiros.

Gouveia em parceria com o projeto G!O Romaria Cultural promove a valorização artística do espaço do Mercado e a sua renovação contribuindo, assim, para novas dinâmicas, valorizando o espaço e criando uma oferta cultural gratuita.

O grupo portuense CIRCUS, conhecido pelos seus trabalhos na cidade invicta, pelas mãos de Lara Luís e os Chei Crew serão os responsáveis pelo início desta obra e estarão em residência na cidade de Gouveia até ao final de julho.

O Projeto G!O Romaria Cultural pretende fazer de Gouveia um ponto de encontro, unindo as pessoas pelo seu amor à cultura e arte.

Trata-se de uma celebração da cultura dando-a a conhecer a quem visitar esta cidade, e fazer com que voltem todos os anos.

Uma iniciativa de cariz comunitário que surgiu da vontade de um grupo de Gouveenses preocupados com a falta de ofertas culturais diversificadas na sua cidade e no interior do país. Surge como uma forma original de promoção do concelho de Gouveia através de estratégias de valorização do património.

Vai já na sua segunda edição e apresenta uma programação totalmente gratuita.

Os objetivos desta Romaria cultural passam por promover a visibilidade e atratividade do concelho de Gouveia, reforçar a capacidade de mudança e de criação do valor do comércio local, valorizar tradições e reinventá-las no contexto contemporâneo, fomentar o contexto cultural, dando a conhecer os recursos humanos existentes nessa área e promover uma atitude de cidadania participativa.

A G!O Romaria Cultural deste ano decorrerá nos dias 24, 25 e 26 de julho.

Os visitantes terão a oportunidade de ver o trabalho final na intervenção artística do Mercado Municipal a par de iniciativas de cinema, como a “Monstra à solta em Gouveia” que irá ter lugar no Teatro Cine de Gouveia e que vai passar filmes do Festival de animação de Lisboa.

Durante estes dias terá ainda lugar o 1º Instameet serrano que convida todos os instagrammers portugueses para capturar fotos em Gouveia.

Outra das atividades que terão lugar durante este G!O Romaria Cultural são as Feirinhas G!O Romaria Cultural, no Mercado Municipal, Praça Alípio de Melo, Av. Dos Bombeiros e Jardim do Museu Abel Manta, e que consistem em Feiras de Artesanato, 2ªmão, Gastronomia, Agricultura e Feira de Troca de Brinquedos. Para visitar, ainda as exposições no Teatro Cine Club Camões, Galerias Abel Manta, Casa da Torre e lojas do centro da cidade.

Ainda em várias ruas da cidade os visitantes poderão assistir a vários concertos de vários géneros que passarão pelo Fado, Clássica e passando pelo Pop Rock e pela música electrónica.

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São várias as iniciativas a decorrer durante estes três dias em Gouveia como dança, poesia, teatro, performances, jogos tradicionais, workshops, apresentação de livros, observação de aves, desporto, contadores de histórias e intervenções artísticas que convidam a ir em Romaria num percurso cultural totalmente gratuito.

Conheça em pormenor o programa deste evento em www.goromariacultural.wordpress.com ou no facebook em www.facebook.com/romariacultural.

 

 

Jardins Efémeros de Viseu, conheça-os!

A luz é o tema do festival de artes de Viseu que decorre até dia 12 de julho.

Uma luz produtora de momentos únicos que celebra a cidade e a comunidade. Uma luz que reflete, que indica e que acompanha os caminhos para as muitas partilhas que se dão nos Jardins Efémeros.

O centro histórico de Viseu está transformado num grande jardim que nos remetem para os grandes espaços barrocos que adornavam os palácios reais. Artistas locais, nacionais e internacionais que celebram as artes numa constante experiência com o público.

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Som, artes visuais, dança, teatro, conferencias, arquitetura, oficinas, mercados, cinema, fotografia e muito mais para ver, apreciar, sentir e cheirar nestes Jardins.

O Sonho vive na Casa nº 94 da Rua do Comércio. Uma Casa que chama pelos mais novos cheia de livros e jogos infantis recolhidos pelos comerciantes e oferecidos às gentes de Viseu, assim como o trabalho de cientistas e criadores do programa aplicado a 43 atividades com mais de 1500 vagas em oficinas pensadas para crianças.

Na Sé de Viseu a música pelos dedos de Lubomyr Melnyk e, nos Claustros, a produtora Holly Herndon prometem espetáculos únicos.

Mas há muito mais para descobrir!

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No palco dos Jardins Efémeros, no Adro da Sé, são muitos os nomes que vão marcar presença como Pye Corner & Not Waving, Tó Trips ou TochaPestana entre outros.

Na antiga garagem da Renault os Bizarra Locomotiva vão inaugurar o Fojo, um novo espaço e no “Jardim Errante, um palco sobre quatro rodas, poderemos descobrir novos projetos.

Na Casa do Miradouro, a arquitetura, as sombras e a terra fazem uma das peças construídas especialmente para esta edição dos Jardins Efémeros.

Visitemos a exposição “moderno & medieval camuflado” com peças de Pedro cabrita Reis, Mário Cesariny e Álvaro Lapa, com a participaçãoo especial de Eduardo Souto Moura e peças internacionais.

Nesta edição mantêm-se os seus princípios fundadores, cruzando artistas locais com internacionais, ciência e arte, estabelecendo-se pontes entre diferentes formas de intervir na cidade.

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Mantendo, ao mesmo tempo, a sua matriz social, artística e lúdica, a programação desenvolvida é um reflexo da tentativa de agregar diversas linguagens e conteúdos no mesmo espaço urbano – o centro histórico de Viseu.

“Iluminismo” é a palavra caracterizadora da V edição dos Jardins Efémeros. Se o “Século das Luzes” se traduziu na aplicação da razão aos mais diversos campos da vida, os Jardins convocam na cidade esse conceito e o pensamento crítico que lhe está associado através de práticas artísticas e culturais diversas.

Mais do que fornecer entretenimento sem conteúdo ou significado, procuramos estimular, em cada espectador, uma visão contemporânea da vida e das suas complexas intersecções. A dimensão experimental deste acontecimento cultural obriga, ao confronto entre o passado – representado pelas ruas, praças, edifícios e espaços -, o presente – momento em que decorre a ação – e o futuro – as infinitas possibilidades abertas de tudo a que assistimos. É também a ideia individual e colectiva de cidade, o respeito pela diferença e o intercâmbio das mais diversas vivências que nos motivam e entusiasmam neste acontecimento cultural.

Conheça o programa destes Jardins Efémeros em www.jardinsefemeros.pt e apresse-se, tal como o nome diz estes Jardins são de curta duração e, tal como a vida, efémeros!

 

Fotografia: Eduardo Ferrão: Fernando Carqueja

A Cultura tem jornal na Covilhã

E você conhece a cultura e a arte que estão à sua volta? Sabe o que se faz na sua terra ou região? Conhece os artistas e os autores? E os seus trabalhos?

É altura de “dar voz às artes e às letras”, pelo menos este é o lema de António José da Silva, diretor da novíssima publicação cuja intenção é servir as artes e todas as manifestações culturais que se manifestem na Covilhã, uma terra que tem o maior número de associações por habitante do país e que se orgulha de ter enormes vultos da literatura, música, teatro, pintura, design e artes plásticas.

O editor é Pedro Leitão que aceita o convite por entender que esta publicação vem preencher uma lacuna existente no concelho, vendo este jornal como um espaço vazio na Covilhã para dar voz à cultura, aos escritores, aos pintores, assim como para mostrar os museus, dar a conhecer músicos e dar espaço aos atores sociais da Covilhã, acreditando que este jornal será ma mais valia no plano e no contexto social da cidade.

O Jornal de Cultura é um periódico mensal, que estará nas bancas no final de cada mês, uma entrevista a Ruy de Carvalho fez as honras de primeira página na edição de estreia desta publicação, ainda para ler uma reportagem sobre o Oriental da S. Martinho.

A primeira edição foi entregue de forma gratuita. O jornal conta com cerca de 20 colaboradores.

 

 

Há arte urbana nas aldeias

Quem disse que a arte é para ser vista apenas nos núcleos urbanos?

Mesmo a dita arte urbana não se pode confinar apenas à urbe, deve ser livre e acessível a todos, ser integrada em contextos diversos e respirar!

Para os lados de Castelo Branco celebra-se esta ideia. As aldeias do Barbaído, Chão-da-vã, Freixal do Campo e Juncal do Campo, recebem nos dias 19, 20 e 21 de junho uma exposição de Arte Urbana, inserida no projeto de arte, comunidade e sustentabilidade “Aldeias Artísticas”, onde se procura explorar um novo modelo de desenvolvimento local através da fusão artística urbana com a rural.

“Aldeias Artísticas” acolhe trabalhos de diversos artistas de várias áreas transversais da arte como a arte urbana, ilustração, design gráfico, fotografia, artes performativas, entre outros, que estão em residência nas aldeias e produzem obras que nascem do seu contacto direto com o contexto envolvente, dando origem a uma identidade local única.

O projeto já envolveu 3 artistas urbanos que habitaram as aldeias e contactaram com o seu património, tradições e realidades, numa relação de aprendizagem e partilha.

Até ao festival acolherá mais 7 artistas.

Este projeto já desenvolveu workshops de fotografia que trouxeram cerca de 40 participantes de vários pontos do país às aldeias, numa perspectiva não apenas artística mas também de interação social com o meio e os seus.

O Festival “Aldeias Artísticas” quer ser, mais que uma exposição, um momento de celebração de todo o trabalho desenvolvido e uma oportunidade para as pessoas terem um contacto mais próximo com a iniciativa.

O projeto “Aldeias Artísticas” não tem fins lucrativos e é promovido pelas associações EcoGerminar e Terceira Pessoa, resultando da dinâmica comunitária do projeto “Há Festa no Campo”, uma iniciativa com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, e conta com diversos parceiros e apoio de associações locais.

 

 

Tempos idos em arte no Côa

A ideia que ficamos é a de estarmos num bailado, com as montanhas a ondularem numa espécie de magia que só a mãe natureza sabe produzir.

Esculpidas por vinhas e extensos olivais e onde, na primavera, brotam, aos milhões, as flores das amendoeiras, transformando a paisagem numa visão etérea! No fundo o Côa.

No outono, as folhas das vinhas envermelhecem e pintam o quadro cor de fogo. Ao fundo corre, sereno, o rio Côa, que com a sua persistência vai esculpindo a paisagem desde tempos em que o homem não pisava estas terras, o que foi mesmo há muitos milénios, já que esta região sempre atraiu o Homem, e aqui encontramos, ao longo do leito do rio, nas suas rochas de xisto, painéis de arte, com milhares de gravuras legadas pelos nossos antepassados.

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Na região os testemunhos de tempos idos.

Trazem-nos 25.000 anos de tempo, levando-nos numa viagem até ao Paleolítico Superior, com passagens pelo Neolítico e Idade do Ferro, transpondo de rompante dois mil anos de História para firmar na Época Moderna representações religiosas, nomes e datas até há poucas dezenas de anos.
Este espólio ao ar livre foi descoberto no séc. XX, sendo que nos últimos 17 km do rio Côa, com centenas de gravuras do Paleolítico nas suas margens e que se estendem até ao Douro, viriam a pertencer ao primeiro parque arqueológico português, agora incluídos na lista de monumentos do Património da Humanidade da UNESCO.
A arte rupestre não está apenas em cavernas e o Côa é prova disso, e pode ser apreciado no Museu do Côa através de originais de arte móvel, réplicas de painéis e informação interativa fazendo uso da tecnologia digital e também em visitas organizadas ao vale com guias especializados.
O Museu do Côa integra-se na paisagem, como um complemento à mesma, sendo “um gesto forte e afirmativo, mas também subtil, sensível à topografia e dialogante com a paisagem que o recebe”, como se pode ler no site da Fundação do Côa, lá dentro, todo esse universo de arte e mistério que envolve o Côa.

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No Museu os visitantes têm a oportunidade de realizar visitas orientadas a sítios de arte rupestre do Parque Arqueológico do Vale do Côa, como a Canada do Inferno, Penascosa e Ribeira de Piscos.

Locais apenas acessíveis por caminhos de terra batida, com visitas feitas em horários onde a luminosidade natural é a ideal de modo a que se possa potenciar ao máximo a sua visualização, sendo que os sítios da Canada do Inferno e da Ribeira de Piscos são visitados apenas durante a manhã. Já os painéis da Penascosa, uma vez que se encontram do lado oposto do rio em relação os restantes lugares, só podem ser visitados de tarde.

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Visitar os sítios onde a arte “vive” pode não ser fácil para algumas pessoas, variando o grau de dificuldade entre os três locais, sendo o da Ribeira de Piscos considerado de dificuldade média com um percurso pedestre exigente e longo, com ligeiros desníveis, e no verão as visitas a estes locais podem ser complicadas devido às temperaturas elevadas que a região experiencia nesta altura do ano.

Os visitantes têm também a oportunidade de fazer uma visita noturna ao sitio de arte rupestre da Penascosa, muito semelhante à experiência diurna, com a oportunidade de ver a arte com recurso a luz artificial que proporciona uma iluminação rasante dos motivos gravados.

Esta visita pretende criar as melhores condições possíveis para uma adequada apreciação da beleza desta arte, com a criação de efeitos de luz e sombra que realçam os motivos gravados, fazendo-os emergir da superfície da rocha, dando a oportunidade de salientar alguns motivos em relação a outros, juntando a isto a mística que só o ambiente noturno pode proporcionar!

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Seja como for, o Museu do Côa merece ser visitado, não apenas pela viagem ao passado que proporciona, mas até pelo edifício em si, exemplo da arquitetura moderna com respeito pela envolvente.

Toda a região é apelativa para um dia de passeio em família, com paisagens deslumbrantes, por algum motivo a Humanidade se foi abeirando por estes lados, deixando a sua marca!

Fotografia: José Paulo Ruas; João Ramba; Mário Reis
Fonte: www.arte-coa.pt

Do Sanatório para a Cultura

Um Sanatório que passou a Museu. Nasceu para ser visitado e apreciado, guardando no seu interior obras de arte de vários tipos.

Pensado desde a sua fundação para ser um Museu de referencia e conseguiu-o. Hoje falamos do Museu do Caramulo, mandado edificar por Abel e João de Lacerda nos anos cinquenta, baseado nos mais modernos conceitos de museologia.

Abel de Lacerda era um apaixonado pela arte e manda construir um edifício para albergar e expor uma invulgar coleção de objetos de arte constituída por 500 peças das mais diversas expressões, desde a pintura, escultura, mobiliário, cerâmicas e tapeçarias. Já o irmão, João de Lacerda nutria uma forte paixão pelo mundo automóvel, mandando construir junto ao primeiro edifício um espaço vocacionado para a exposição de cerca de 100 automóveis e motos, seguindo o principio de que todos os veículos pudessem sair facilmente para poderem ser exibidos ou conservados.

Este Museu, além da sua intenção óbvia de servir de espaço de exposição, tinha como propósito retirar à região do Caramulo o seu carácter de Sanatório.

Livrando-a do estigma da doença, apesar de aí ter sido mandado edificar pelo pai de ambos, Jerónimo de Lacerda, aquela que era, há altura, a maior estância senatorial, não apenas do País, mas de toda a Península Ibérica e que viu o seu declínio às mãos do progresso da medicina.

Os irmãos João e Abel conseguiram aquilo que tanto desejavam, retirar o estigma da doença à região e fazer com que este espaço fosse uma homenagem à arte nas suas mais diversas formas, hoje quem visita o Museu do Caramulo pode apreciar obras de arte antiga, com peças de arte Egípcia, escultura, cerâmica chinesa ou arte Japonesa, entre outras, poderá, igualmente, apreciar obras de arte moderna ou contemporânea com peças do século XX e XXI assim como artes gráficas. Aliás, este que é um dos mais importantes Museus do país possui algumas obras de artistas de renome como Pablo Picasso, Salvador Dali, Miró, Vieira da Silva e Jean Lurçat.

 

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Este é um Museu para todos e mesmo os mais novos irão deliciar-se com a exposição de brinquedos lá patente, e que, garantidamente, farão as delicias também dos adultos.

No que toca aos mundo dos motores, os visitantes poderão ver veículos automóveis variados, assim como motociclos ou velocípedes. Da sua coleção fazem parte uma réplica do primeiro automóvel de Karl Benz, um Peugeot de 1899, um Bugatti 35-B (o mais rápido automóvel de competição da época), o Rolls-Royce Phantom III, conhecido por “Carro dos Papas” e ainda o Mercedes Blindado que este ao serviço de Abel Salazar, antigo estadista nacional.

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O Museu do Caramulo está inserido numa paisagem deslumbrante que oferece aos visitantes muitos motivos para visitarem a região. Este Museu já recebeu, desde a sua abertura em 1959, mais de um milhão e meio de visitantes e está aberto praticamente todos os dias, com exceção de alguns feriados como o Natal.

A região do Caramulo já não é vista como um local onde se iam curar as maleitas do corpo, um Sanatório,  hoje é um dos locais de eleição para quem quer curar as maleitas da mente e apagar a sede de cultura.

A Arte anda na rua em Viseu

A Primavera está no seu auge, o sol aquece os corpos e as pessoas saem à rua.

Queremos animação, luz e cor! Viseu sabe disso e até domingo as ruas convidam a andarmos de nariz no ar e de olhos bem abertos. Prometem-se muitos uau! E ahh! Está aí o Tons da Primavera e o nosso destaque vai para o Festival de Street Art que traz à cidade de Viriato 7 artistas, que estão a aguçar a curiosidade de todos os que andam por Viseu com a sua peculiar arte. A Primavera e o vinho do Dão são os temas apresentados pelo Município como mote para o festival.

São 7 os artistas convidados para esta edição Festival de Street Art, Pedro Campiche, também conhecido por Akacorleone, ilustrador e designer gráfico, nascido em Lisboa, assume a paixão pela tipografia, cor, pintura e o passar o dia a desenhar. Junta o melhor do rabisco e do desenho digital na sua arte e tem uma obsessão com tudo o que é visual. Para Akacorleone foi reservada a fachada de um prédio na Rua dos Bombeiros Voluntários, virado para a central de camionagem. Foi o primeiro a chegar a Viseu e o seu trabalho foi aclamado pela população que sugeriu a colocação de uma menção na parede: Balsa City.

Na Av. Capitão Silve Pereira existe um prédio cuja parede está a ganhar uma nova vida pelas mãos de Fidel Évora dedicado à Primavera.

Fidel Évora é Cabo-Verdiano, estudou em Lisboa e possui uma vasta experiência em Design e as suas obras de Street Art residem já em vários lugares do mundo.

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Do Porto vem Draw, ou Frederico Soares, curador e diretor artístico da PUTRICA (Propostas Urbanas Temporárias de Reabilitação e Intervenção Cultural e Artística) que se forma no Street Art como forma de transformar os espaços vazios da cidade dotando-os de valores culturais e artísticos. Draw vai pintar um espaço na Rua Augusto Hilário.

Marco Mendes é outro dos artistas convidados para a edição deste ano do Festival de Street Art de Viseu. É de Coimbra e assume-se como autor de Banda Desenhada, ilustrador, artista plástico e professor. Para ele há um espaço reservado no Largo de S. Teotónio.

Há uma mulher no meio destes artistas, Mariana, A Miserável, original de Leiria, sonhava ser florista até se entregar a uma vida de miséria e vender o seu coração para pagar as contas.

Desenvolveu o gosto por “não saber desenhar” e tem participado em várias exposições e projetos de ilustração. Para ela existe um espaço no Largo Pintor Gata.

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Martinho Costa vive em Lisboa e o seu trabalho centra-se, maioritariamente nas áreas da Pintura, animação de vídeo e em intervenções no espaço publico, refletindo sobre a forma como as imagens que nos rodeiam são incorporadas nestes média artísticos. Os seus trabalhos vão estar presentes em vários pontos da cidade, entre a Praça da República e Santa Cristina.

Gustavo Teixeira, conhecido por Mesk é um ilustrador freelancer que adora desenhar desde sempre, experimentando novas técnicas e para quem, criar é algo inexplicavelmente maravilhoso.

Para ele está reservado um espaço na Central Municipal de Transportes.

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Para muitos a “arte de rua” pode ser vista como vandalismo, esses dias já lá vão e a Street Art é isso mesmo, arte pura, para ser vista, admirada, apreciada e, acima de tudo, para nos levar à reflexão. É uma nova forma de encarar os espaços da cidade, enchendo de cor aquilo que, de outro modo, estava insípido, abandonado ou morto.
Até Domingo vá a Viseu, passeie pelas ruas e veja estes artistas criarem as suas obras!

 

Fotografia: Jornal Público