São Mateus com programa para todos

É a Feira Franca mais antiga da Península Ibérica e todos os anos, durante um mês, traz à cidade de Viriato milhares de pessoas de todo o país. Com 623 anos a Feira de São Mateus tem o melhor cartaz de animação, no que toca a uma Feira do tipo, da região e por isso é tão aguardada.

Comecemos pelo cartaz deste ano que, à semelhança de anos anteriores, está recheado de grande nomes da música nacional, apostando em artistas diferenciados e numa variedade de géneros que atrairá vários tipos de público.

No sábado dia 8 de agosto o palco BIC será comandado pelos Dj’s RFM Dance Floor – Kura que, a partir das 22h00 até às 2 da madrugada vão colocar Viseu a dançar, no domingo dia 9 de agosto sobe ao Palco a Banda do Mar.

A semana começa com música tradicional, com o Rancho Folclórico “As Cabacinhas de Santiago e o Grupo de Cantares Flamiam a animar a noite de segunda-feira.

A noite de terça-feira dia 11 começa com um concerto de Diogo André e logo a seguir vai eleger-se a mais bela portuguesa além fronteiras no concurso Miss Emigrante.

Os amantes do RAP podem bater palmas ao som de AGIR na quarta-feira e na quinta é a vez de António Zambujo animar as hostes. A partir das 22h00 do dia 14 de agosto o palco Banco BIC fica sob o comando de Pedro Abrunhosa.

Na Feira de São Mateus aposta-se em grandes nomes que enchem a casa como é o caso do que, com certeza, irá acontecer na noite de 15 de agosto quando Tony Carreira subir ao palco.

Voltamos à música tradicional portuguesa no domingo com o Festival Internacional de Folclore, a acontecer a partir das 22h00 e na segunda-feira dia 17 é a vez da atuação do grupo de Cavaquinhos de Passos de Silgueiros.

Os The Greyhound James Band atuam na terça-feira e na quarta dia 19 é a vez de Mara Pedro presentear os visitantes da Feira com uma noite de fados.

Na quinta-feira dia 20 de agosto são três os momentos musicais que prometem animar a noite, começando às 21h00 com a Tuna da AH dos Bombeiros Voluntários de Viseu, seguidos de uma das bandas nacionais do momento, Os Azeitonas e a fechar a noite o Dj PPKOOL.

Na praça dos concertos, no dia 21 de agosto não perca, a partir das 19h00 a demonstração da Federação Portuguesa de Lohan Tao, às 22h00 no palco Banco BIC atua o Coro Mozart.

Viseu vai terminar o dia de 22 de agosto em grande com um concerto que, certamente irá atrair milhares de espetadores, os Xutos & Pontapés voltam à cidade de Viriato e prometem arrasar.

Slimmy e Ricardo Azevedo são os artistas da noite de domingo dia 23, e no dia 24 a Feira de São Mateus enche-se de dança com ritmos Afro-latinos.

Os Lamed Klan são a banda da noite de terça-feira e a Infantuna de Viseu vai encher o Palco de ritmos académicos na quarta dia 26 de agosto.

Na Feira de S. Mateus há lugar para todos os tipos de música e na quinta feira enche-se de ritmo com Cachupa Psicadélica.

Na sexta feira, dia 28, o Brasil invade o recinto ao ritmo de Daniela Mercury, e no dia seguinte Anselmo Ralph anima a noite.

Domingo recebe os The 7Riots seguido de uma sessão de cinema, que se repete na segunda feira seguinte.

Na terça-feira dia 1 de setembro é vez de o recinto receber os Depeche Note e João Bota atua na noite de 2 de setembro. A noite de sexta-feira está a cargo dos Rock Moit’Alive: “Os Vultos”. No sábado sobem ao palco os Diabo na Cruz e os D.A.M.A vão conquistar Viseu na noite de domingo.

Venha dançar ao ritmo da música tradicional na segunda-feira com os Minhotos Marotos, e na terça ao ritmo dos Cantorias.

Na quarta-feira dia 9 de setembro o que se promete é uma viagem pelas últimas décadas através da música num espetáculo chamado “Life is Life”. Na sexta-feira a música Gospel é rainha e no último dia, a fechar com chave de ouro, José Cid!

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Na edição deste ano a Feira de S.Mateus irá apresentar-se com cara nova, mais jovem e atrevida, com um espaço pensado de forma a ser mais eficaz e tornar a Feira mais imponente, com a Sé de Viseu a servir de cenário para os grandes concertos que nos esperam!

 

 

 

Há Blues em Castelo Rodrigo

Já por cá falámos da Aldeia Histórica de Castelo Rodrigo, no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo.

Falámos da magia das suas ruas e do património deslumbrante que possui. No entanto, a Aldeia Dourada das Beiras é mais do que património cultural e paisagem, sendo várias as iniciativas que aqui têm lugar, caso do Marofa Folk & Blues Fest.

De modo a promover o concelho e as suas belezas e cultura e de maneira a colocar Castelo Rodrigo noutra rota, desta vez a dos Festivais, o município decidiu promover aquele a que chama 1º Marofa Folk & Blues Fest 2015 – 1º Festival Internacional de Folk e Blues de Figueira de Castelo Rodrigo.

O palco deste Festival será o Palácio Cristóvão de Moura e promete atrair um vasto número de apreciadores deste género musical que, em Castelo Rodrigo, terão a oportunidade de aliar a música Folk e Blues à beleza deste espaço magnifico que já serviu muitas vezes de palco para eventos de moda, por exemplo.

Outro dos objetivos passa por atrair os nossos vizinhos espanhóis, e os de cá pois claro, dando a oportunidade de aliar a uma forte componente turística e gastronómica uma música que, por si só, tem o poder de envolver as pessoas.

O Folk é música do mundo sem autor conhecido que existe desde os tempos antigos e que é revisitada por novas vozes, que transmitem culturas e histórias. Trata-se de um género musical ritmado e que apela à dança.

Os Blues, mãe do Jazz e pai do rock, é um género musical que se caracteriza pelo uso de notas tocadas ou cantadas numa frequência baixa, com fins expressivos, usando sempre uma estrutura repetitiva. Nasceu nos Estados unidos a partir de cantos religiosos e espirituais e definiu o aparecimento de muitos outros géneros musicais.

Nos dias 31 de julho e 1 de agosto, Castelo Rodrigo vai encher-se destes sons inebriantes, sendo os portistas do Bando do Rei Pescador os responsáveis por abrir este Festival, estando a segunda parte da noite a cargo de André Indiana que irá apresentar o seu projeto de Blues – Indiana Blues Band. A noite de 1 de agosto começa com Flávio Martins e o seu mais recente projeto, Senhor Vadio. A segunda parte da noite de 1 de agosto estará a cargo de uma das mais importantes bandas de blues acústico da península ibérica, Miki Nervio & The Blues Makers.

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A promessa deste Festival vai no sentido de agitar estas noites de verão, num ambiente que se deseja intimista entre músicos e público.
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O bilhete custa 2 euros.

 

 

O Tasco quanto mais Tasco melhor!

Todas as localidades têm um, mas nas cidades eles proliferam às dezenas. Muitos pensam que são cafés, mas não, apenas estão disfarçados. Os Tascos, aqueles a sério, são santuários.

Os Tascos são locais guardadores de segredos de pessoas fieis a estes espaços.

Os seus donos, que humildemente nos recebem ao balcão, são confidentes e conhecem os seus clientes de um modo tal que não encontramos cumplicidade semelhante em mais nenhum lado. Mas, do mesmo modo que recebem o seu cliente fiel, abrem os braços e os sorrisos para os clientes novos. Há aqueles que nos atendem de modo carrancudo, de palito na boca, pano de cozinha ao ombro, com um rude “qué que vai ser chefe? Diga lá que tenho a casa cheia!”, mas que depois olham em cumplicidade para o cliente mais antigo e percebemos que é uma espécie de praxe e logo depois nos trazem os mais deliciosos petiscos que alguma vez comemos nada vida!

É sabido que os melhores locais para se comer são os tascos, e quando mais tasco melhor!

Quando falo em “quanto mais tasco melhor”, falo daquele tasco que tem cadeiras antigas e um calendário da Senhora do Socorro, ou do Talho lá da zona, datado de 1990, como que numa referência à altura em que abriu ao público.

Há petiscos inevitáveis em todos os tascos, começa pelos rissóis, pastéis vários, orelha e moelas, o que vier depois já é característica do tasco. E se há coisa que não pode faltar no tasco é o vinho e a cerveja, e mesmo que o vinho seja mau (temos de anuir sempre ao dono quando ele afirma, peremptoriamente, que é a melhor pinga da região…. cultura própria), torna-se bom ao final de uns pratos de moelas e uns tantos copos para ajudar a “empurrar”.

No tasco não se come apenas, fala-se de tudo como num fórum de sabedoria do povo, e o povo é que sabe! Fala-se de política com a mesma paixão que se fala do futebol e do jogo da noite anterior.

Nos tascos não há clube, não há partido político, há discussões, e muitas, acerca de tudo numa amálgama de opiniões.

Se se chega a alguma conclusão no final das conversas acesas pela bebida? Não. Mas também não interessa, porque no final o que fica é o sabor dos caracóis ou o picante do queijo.

Quando entramos num tasco não queremos mobiliário da moda nem um hipster a atender-nos, a não ser que seja filho do dono, e aí habilita-se a levar uns calduços. Quando entramos num tasco queremos os azulejos nas paredes e a montra das garrafas ao balcão. Queremos a média luz e os quadros com dizeres como “Aqui não se vende fiado” ou “Eu gosto tanto do vinho, e dá-me tanta alegria, que até chamo ao garrafão a minha telefonia”. Queremos a mini servida com os tremoços e as azeitonas sem termos de pedir.

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Os tempos mudam, eu bem sei, mas há coisas que eu gosto que permaneçam paradas no tempo, e um tasco, quanto mais característico melhor, sob pena dos seus petiscos perderem o sabor típico e tradicional que nos leva à nossa juventude.

O tasco é ponto de encontro e, mesmo que tenhamos um preferido, acabamos sempre por visitar outros.

Na Guarda há uns quantos muito característicos, de alma beirã, mesmo que o dono seja alentejano ou minhoto. Aqui somos bem recebidos e o riso é bondoso e genuíno. Não podemos deixar as tascas desaparecerem, são parte da nossa memória, e a memória é o que de mais importante temos!

 

B.F.M

As sortes dos 60 no Sabugal

“No meu tempo é que era!”

“Antigamente as coisas eram diferentes!”

Quantas vezes não ouvimos estas expressões e ficamos a imaginar como seria há uns 40 ou 50 anos atrás? Ainda bem que há iniciativas que nos fazem ter uma ideia de como eram os tempos há umas dezenas de anos, como é o caso do evento que vai decorrer no Sabugal nos dias 24, 25 e 26 de julho. O “Sabugal, Surpreenda os Sentidos” leva, nesta edição, os visitantes numa viagem até aos anos 60, uma viagem “às sortes” da década onde a ditadura ainda mandava na nação, onde as colónias eram nossas enquanto os norte Americanos e os Russos corriam para ver quem chegava primeiro à lua.

O “Sabugal, Surpreenda os Sentidos” é um evento que, todos os anos, leva os visitantes até uma época especifica, e todas as temáticas, animações, atividades e ações são pensadas e planeadas em função da época escolhida e de acontecimentos ocorridos durante a mesma.

A edição deste ano chama-se Viagem “às sortes” dos anos 60 e levará quem por lá passar até essa época centrando-se na dualidade temática da inspeção militar (pré e pós guerra colonial).

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Neste evento não faltarão atividades e animação para todos com um mercado de época, tabernas, teatralizações, música ao vivo e muitos espetáculos que prometem surpreender.

Vamos lá entrar na máquina do tempo rumo aos anos 60, no Sabugal!

 

VivaCidade do Verão da Guarda!

Arranca já no próximo dia 15 julho o programa de animação estival que vai decorrer na Guarda até o dia 15 de setembro em dois meses de muita música, cultura, animação de rua, teatro, dança, exposições, artes circenses, cinema, performance e instalação, um pouco por toda a cidade.

O espetáculo de abertura da edição deste ano do VivaCidade acontece a partir das 21h3 no Pátio da Sé Catedral com a Orquestra Filarmonia das Beiras com a Soprano Isabel Alcobia e o tenor Carlos Guilherme que na acústica natural deste espaço garantidamente serão receita para momentos mágicos.

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Ao longo de dois meses terão lugar vários eventos que decorrerão em locais como os Claustros do Paço da Cultura, Rua do Comércio e Rua Alves Roçadas, Biblioteca Municipal, Capela do Mileu ou do Solar dos Póvoas, Praça Luís de Camões, Museu da Guarda entre muitos outros espaços.

De destacar, aquele que promete ser o grande evento, o The Long Weekend que irá dinamizar o centro histórico e as principais ruas do comércio do centro da cidade, em três dias de muita animação à semelhança do que aconteceu na edição de setembro passado, com o comércio de rua aberto até à meia noite.

Em agosto destaque neste Vivacidade para a peça de teatro no Jardim José de Lemos, Microglobo – Teatro mais pequeno do mundo, no dia 22 às 16h30 e 21h30, e para a banda Móvel – Radar 360º, num espetáculo de teatro físico, circo e música.

Setembro arranca com a Exposição de Lynx Tungur no nº8 da Praça Luís de Camões e termina com um espetáculo Multimédia, pirotecnia e Teatro de Rua, no dia 11 no Pátio da Sé Catedral às 21h30, intitulado A Luz no Sagrado – Artelier? – TNR! Plataforma das Artes de Rua.

O programa VivaCidade, que pode conhecer em pormenor no site do Município, quer dinamizar a Guarda no período do verão com iniciativas que atravessam todos os quadrantes da cultura, do mais popular ao mais cosmopolita, do folclore à música clássico, do teatro à animação circense, da performance à dança, das instalações às exposições. Todos os espetáculos são gratuitos e o desafio lançado é para que as pessoas saiam de casa e se encontrem com os amigos, percorram as ruas e procurem as atividades!

 

 

Vamos lá ao Tapiscos em Gouveia!

Não há quem lhes resista! Não há dieta que consiga controlar esta nossa vontade, tão portuguesa de pestiscar!

E no que toca à arte de fazer petiscos as gentes aqui das Beiras são mestres, até porque por estas bandas o que não faltam são deliciosos pedaços de céu gastronómico para quem não resiste a debicar o que lhes aparecer pela frente. É chouriça, morcela, iscas, farinheiros, orelha, moelas, queijo, enfim, uma panóplia de pequenas tentações empalitadas que nos sussurram aos desejos da gula e nos fazem tão, mas tão, felizes!

A pensar neste hábito tão português de petiscar o Município de Gouveia e a Associação São Julião organizam, já este fim-de-semana, o Tapiscos que é, nada mais nada menos, que um Festival de Tapas e Petiscos e que promete reunir uma grande variedade gastronómica pelas mãos de alguns restaurantes e que já vai na VII edição.

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A par dos rissóis e do presunto fatiado está também garantida a animação musical, como o I Encontro de Concertinas de Gouveia, a ter lugar no segundo dia do evento.

Neste Festival não podemos olhar ao colesterol e a dieta é para ficar em pausa porque aqui o que interessa é petiscar! Vamos lá então até Gouveia Tapiscar!!

 

 

A minha praia é melhor que a tua!

Chega o verão, o corpo aquece e a nossa busca pelo refresco é frenética. Desesperamos por uma sombra, por um pedaço de terra onde os raios de sol não nos esquentem a pele, por um pouco de água fresca, por uma praia!

E pensam os nossos amigos do litoral, enquanto bebericam uma bebida fresca numa esplanada com vista privilegiada para o mar azul e o areal dourado de uma qualquer praia, “coitados daqueles que vivem longe do mar, nestes dias têm de se acotovelar nas piscinas, enquanto disputam por dois metros de relva onde colocar a toalha (como se não soubéssemos o que se passa nos areais mais concorridos ao fim-de-semana), ou então derretem lentamente numa esplanada”.

Pois meus caros, por cá temos um segredo!

Aqui as praias não têm sal, grande parte não tem areia, pelo menos a convencional, mas proporcionam, a quem as conhece, um pequeno pedaço de paraíso rodeado de luxuriosa vegetação. Pequenos pedaços escondidos na serra, algumas esculpidas nas rochas pelos rios que, gentilmente, nos deixam banhar nas suas águas – gélidas águas – e nos refrescam os corpos e as almas!

Quando vim viver para a região do Interior, convencida que as praias do litoral eram as únicas que poderiam preencher as medidas dos Portugueses, estava longe de perceber a real alma de uma praia fluvial até ao dia em que, de mochila às costas, me juntei com um grupo de amigos e nos lançamos em busca de um paraíso perdido que, supostamente, existia ali para os lados da Barragem do Caldeirão na Guarda.

Disseram-nos que nos íamos impressionar com a magnitude da natureza envolvente.

Lá fomos nós pelas aldeias da Guarda em busca desse prometido paraíso esculpido pela Serra da Estrela e pelo Rio Mondego.

Deixámos os carros na estrada e seguimos a pé seguindo o cantar do rio. Embrenhámo-nos pela vegetação e, ei-lo, ou melhor, ei-los, os tão prometidos pedaços de paraíso! No meio da vegetação, cavados por escarpas douradas, pintalgados de raios que furam as sombras das árvores e protegem este pedaço de mundo. Já conhecia algumas lagoas no Gerês, mas estas… Estas tiram-nos o fôlego precisamente por não serem imponentes, por serem pequenas lagoas esculpidas por entre as rochas.

São lugares intimistas, quase intocáveis que nos fazem perceber que, por aqui, a Serra é generosa, e aqui, a natureza transforma-se em tela viva onde nos podemos esconder e ser parte dela.

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Tive o privilégio de encontrar esse pequeno pedaço de mundo. Mas a vida muda, o clã cresce e temos de procurar locais mais apropriados à família e que não impliquem aventuras de mochila às costas por entre vegetação frondosa, foi então que optei por recorrer às Praias Fluviais.

Só quem as visita percebe o porquê de muitos de nós as preferirem às piscinas ou mesmo àquelas de água salgada que abundam por todo o litoral. Aqui há espaço e condições magníficas para se passar bons momentos em família. Seja para o irrequieto do miúdo que gosta de jogar à bola ou para o avô que não dispensa a sua sesta por baixo de uma sombra.

“Ai mas a água é fria!”, não, a água não é fria, é gelada!

E não podia ser de outra forma! Num dia de calor abrasador meter o pé nas águas do rio é do mais refrescante que pode existir! E, pronto, nem todas as praias são geladas, há algumas, como a de Valhelhas na Guarda ou a de Loriga em Seia, cujas águas estão “travadas” em represas, que não são geladas, apenas frias, ou frescas.

Confesso que, no rio, o que menos faço é nadar ou mergulhar, gosto de ver os peixes na água a mordiscarem os pés, gosto de ver as cores das pedras que descansam no leito do rio, e nestes casos, enquanto coleciono pequenos tesouros fluviais com o meu filho, a água fria não incomoda, muito pelo contrário.

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A região está cheia de Praias Fluviais maravilhosas e, para mim, é muito difícil escolher qual a melhor.

Gosto da de Valhelhas e Aldeia Viçosa na Guarda e a de Vale de Rossim em Gouveia é deslumbrante pelo azul das suas águas! Em Seia encontramos a Praia Fluvial de Loriga, pitoresca e maravilhosa.

Difícil mesmo, é escolher as que prefiro, para mim são as melhores do mundo. O desafio que aqui deixo é que me digam qual a melhor da zona centro! Digam-me lá se a vossa praia é melhor que as minhas!

 

Tânia Fernandes

 

Vamos mergulhar:

 

 

 

Mêda +, Há muito Mais neste Festival!

Julho é mês de Festivais. Um pouco por todo o país a juventude junta-se numa amálgama de campistas sedentos de música e diversão.

Há os grandes festivais que todos conhecemos, mas há outros, não menos importantes, pelo menos para quem vive nas regiões mais perto. Por cá há vários. Hoje falamos do Mêda +, que promete animar todos nos próximos dias 23, 24 e 25 e conta com um pequeno pormenor que faz toda a diferença, é de entrada livre!

Esta é já a sexta edição de um Festival que já trouxe à cidade da Mêda nomes como Diabo na Cruz, Tara Perdida, X-Wife, Miss Lava, Wraygunn, Mão Morta, entre muitos outros que constituem o panorama musical nacional.

Para este ano a animação está garantida com três dias que prometem animar as noites das centenas de jovens que participam neste Festival.

Os festivaleiros começam a animação, na quinta-feira dia 23 de julho com os D’alva, Os Alice, moe’s Implosion e Van Breda. A sexta-feira arranca com Diabo na Cryz, Karpa, A Cepa Torta e Spitfyah Sound. O último dia fica a cargo de Sam Alone, Los Waves, Low Torque e Club Banditz. No palco Cadeira Amarela atuam Tales and melodies, Shutter Down, Limbo, Hugo “Pé Descalço”, Smoking Beer, Madame Limousine, Blackbird e Blue Trash Can.

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A aposta deste Festival está em manter um cartaz de qualidade baseado em apostas nacionais com nomes recentes, e não só, de artistas portugueses.

O espírito é verdadeiramente festivaleiro com entrada e acampamento gratuito.

Este Festival nasceu com o intuito de acrescentar valor e diversidade à dinâmica cultural da Mêda, projetando o nome do concelho com um Festival de Música pautado por dois critérios: apoiar novas bandas portuguesas e abranger vários estilos musicais, proporcionando uma experiência única para muitos dos jovens que habitam no concelho e na região.

O espaço do Festival é, por si só, uma aliciante, com um Parque de Campismo e um complexo de piscinas com condições de excelência, para além de um Skatepark que faz as delicias dos praticantes.

Pra mais informações é só visitar o site em www.medamais.pt.

Vamos lá pegar na agenda e marcar os dias 23, 24 e 25 de julho como ocupados para a diversão e música na Mêda!

Elevemos as Festas da Aldeia a Património Cultural!

Ser português é muita coisa. É ser hospitaleiro. Acreditar que somos os melhores do mundo e os piores também.

É defender o que é nosso com unhas e dentes porque as únicas pessoas que se podem queixar do que é português somos apenas nós, os portugueses.

Ser português é rilhar tremoços e beber uma cerveja numa esplanada num dia de verão. É juntar a família toda em piquenique, num qualquer parque deste país e acabar o dia com mais três famílias à mistura que por ali passaram e se juntaram. Ser português é viver numa eterna saudade, é ter um sorriso humilde e, mesmo na maior das pobrezas, tirarmos o casaco porque o vizinho está com frio.

É no verão que o que de mais português há em nós se revela.

São as nossas tradições e culturas que na época estival se manifestam com maior fervor. Porque é que esperamos ansiosamente pelo verão, e porque é que esta época é tão importante para os portugueses? Porque é nesta altura que o país se enche de vida. É no verão que abrimos os braços para receber quem está longe.

Não há noite de verão em que não haja um bailarico por aqui perto. Há sempre festa numa aldeia. É luz, cor, música e comida, muita comida, porque ser-se português é também saber comer bem.

Para os portugueses, principalmente nestas regiões do interior, o verão é o renascer, como se fossemos uma espécie de borboleta presa num casulo que espera pelo estio para abrir as suas asas e revelar as suas verdadeiras cores.

O verão é mais do que calor, é o renascer das nossas terras que, durante os meses de inverno, ficam quedas à espera que a luz do sol lhes desperte a alma e lhes devolva os filhos.

A Festa da Aldeia é mais do que uma banda no palco ou uma procissão no adro da igreja. É mais que luzes e pés de dança. É reencontro, lágrimas de alegria, abraços apertados e risos de pura felicidade. Vai muito além da tradição religiosa ou da pagã. É reunião. Reencontro de amigos e familiares. É a união de gerações e a partilha de felicidade.

Num bailarico de verão não se pensa em trabalho nem em tristezas. Não há doenças e a política é tabu. Num bailarico de verão comemora-se a vida, trocam-se olhares e investe-se em namoricos, não há novos nem velhos, há gente, e isso é o mais importante. Celebra-se o frango assado e a bifana, o vinho e a cerveja e agradece-se ao nosso santo do coração ter-nos dado mais um ano para voltarmos ao nosso ninho.

A Festa da Aldeia é mais que uma celebração e mesmo que, para muitos, seja uma festa popular, a sua essência vai muito além disso, alma que se sente mais quando estamos numa aldeia do interior.

No verão a população triplica e, normalmente, os filhos da terra voltam para a festa da aldeia, porque é nessa altura que todos se reúnem.

O bailarico de verão é mais do que uma festa. É o almoço em família. É ajoelhar na igreja e chorar porque conseguimos cá voltar. É segurar, com orgulho acrescido o andor, porque é uma honra levar nos ombros o nosso santo e o peso do seu significado.

É ouvir a banda marcar os passos na procissão.

É verificar que a nossa avó tem mais rugas e constatar que nunca foi mais linda do que agora. O bailarico da aldeia é música até o sol nascer, interrompida pelo sino da igreja que anuncia a primeira procissão do dia. É comprar rifas porque a bicicleta tem de ir para o meu Miguel. É o melhor fogo de artifício do mundo porque, nestes três dias, o mundo resume-se à nossa aldeia.

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No final o adro fica vazio de gente. A música acaba. As férias entram na sua fase final e o mundo real e cinzento começa a chamar por nós. Para o ano há mais e cá estaremos para fazer o tempo parar durante três ou quatro dias.

A Festa da Aldeia é algo tão português que devia ser elevado a Património Cultural da Humanidade.

É tão Português como o Fado ou como o Canto Alentejano. E mesmo aqueles que dizem não gostar acabam por ser vistos por lá, a dar um pé de dança como se aquele fosse o melhor espetáculo do mundo e, cá entre nós que ninguém nos ouve, é não é?

Live Beach, a praia salgada do Interior!

O verão está aí em força. Começamos a pedir descanso.

A vontade de nos estendermos num areal consome-nos os pensamentos e apenas conseguimos sonhar com praia! Há, no entanto, um facto incontornável para quem por estas partes de Portugal vive: aqui não há mar…. como se isso fosse problema, certo? Para as gentes da região, o facto de não existir mar não é um problema já que existem muitas praias fluviais de elevada qualidade por estes lados. Mas, e para quem não gosta de rio e adora água salgada? Bem, para esses, também há solução! Vamos lá até Mangualde! Pegue nas boias, barbatanas, toalha e protetor solar, porque em Mangualde a praia é salgada e chama-se Live Beach!

Aberta desde 2011 a Live Beach, a praia artificial localizada em Mangualde, é já uma paragem obrigatória nos dias tórridos de verão e nas noites também, já que a animação neste espaço não se resume apenas aos banhos.

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A Live Beach é um espaço de lazer que, por acaso, também tem uma piscina que pretende recriar uma praia com areal e água salgada incluídos.

Quem visita este espaço tem à sua disposição uma área onde pode ir a banhos e estender-se na areia e encontra, igualmente, uma área de restauração com várias tasquinhas que convidam a ir lá jantar ou almoçar mesmo que não se queira ir a banhos.

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Como disse a praia é apenas um pormenor neste espaço. A animaçãoo até dia 15 de setembro é constante, com várias atividades planeadas que irão garantir que o verão em Mangualde será fantástico.

E como nem todos podemos ir até às grandes praias nacionais, a Live Beach em Mangualde pensou em tudo e, até meados de setembro, o LW Club irá garantir que as noites quentes de verão serão desfrutadas com todo o glamour, digno de qualquer discoteca da moda do Algarve! O LW Club é um espaço descontraído e sofisticado, com uma aposta musical eclética que irá tornar a época estival desta região do interior inesquecível! Está aberto todos os dias mas a grande aposta está nas noites de sexta e sábado.

Fuja do calor e divirta-se! Para informações acerca de preços e outras condições é só visitar o site da Live Beach em www.livebeach.pt.