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Beyra recomenda-se para a Primavera

Portugal já não é apenas vinhos do Douro ou do Alentejo.

Há vinhos de outras regiões que começam a dar cartas além fronteiras, demonstrando o potencial do território nacional no que diz respeito à enologia e atestando a qualidade e diversidade dos vinhos que aqui se produzem, seja em que região for.

Desta vez foi a região da Beira Interior a ter destaque entre os entendidos do vinho.

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O Beyra Reserva tinto de 2013 obteve grande destaque na prestigiada revista Americana Wine Enthusiast com 5 vinhos na escolha para a próxima primavera.

Este vinho foi a escolha do Editor arrecadando 93 pontos, sendo que o Beyra Reserva Tinto 2013, Beyra Colheita Tinto 2014 e o Beyra Branco Colheita 2014 foram considerados boas escolhas.

A Comissão Vitivinícola da Beira Interior (CVRBI) aposta na internacionalização e valorização dos vinhos da região que começam a ganhar cada vez mais adeptos.

Os vinhos da Beira Interior estarão presentes no SISAB, o Salão Internacional do Setor Alimentar e Bebidas em Lisboa, um evento considerado a maior plataforma do mundo de negócios nesta área.

A CVRBI estará presente no Salão em conjunto com 6 produtores de vinhos desta região.

Com os vinhos Beyra, Rui Roboredo Madeira, enólogo, procura a identidade própria da região da Beira Interior, vinhos de grande complexidade que resultam da combinação entre intensidade aromática, mineralidade e frescura.

beyra vinhoO Beyra Reserva Tinto de 2013 é um vinho complexo, feito a partir das castas Roriz e Jaen, com bom potencial de envelhecimento. É um vinho de cor cereja, muito fresco no aromo devido à altitude em que é produzido, com muitos frutos vermelhos. Fresco na boca, com madeira bem integrada, ótimo para acompanhar a gastronomia regional, como os queijos, enchidos ou carnes assadas. Provem de uvas plantadas no planalto da Beira Interior, a uma altitude média de 700 metros, maioritariamente em solos de xisto. Em função do ano, selecionamos as melhores vinhas, cujas castas autóctones estão perfeitamente adaptadas ao clima rústico provocado pela altitude. As uvas foram colhidas à mão, recepção com desengace total e esmagamento imediato. Fermentação entre os 22-26o durante 7 dias com maceração suave. O estágio teve duração de 8 meses em barricas novas de Carvalho francês 1/3 e americano 2/3.

 

 

 

 

Vinidikas já está disponível para o seu telemóvel

Os amantes do vinho já têm uma nova ajuda para ficarem a conhecer melhor o universo da bebida de Baco.

Há uns tempos atrás tínhamos dado conta da nova aplicação que a Lusivini estava a preparar para os telemóveis, pois bem, já está disponível, é gratuita e chama-se Vinidikas!

Estivemos a analisar a aplicação desenvolvida pela distribuidora e produtora de vinhos com sede em Nelas e podemos adiantar que é ótima para quem se está a aventurar por este mundo tão apetecível dos vinhos. Simples e intuitiva, permite ai utilizador pesquisar, de modo muito rápido, várias dicas e conselhos, de entre as cerca de duas centenas, relacionados com o vinho como a utilização dos copos, decantar um vinho, ou conhecer diferentes castas.

Muitas das dicas ou conselhos surgem acompanhadas de imagens o que torna esta aplicação bastante agradável do pondo de vista estético.

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Não se trata de uma aplicação pretensiosa o que só abona a seu favor já que nestas coisas das aplicações o ideal é que sejam rápidas e claras.

A aplicação está disponível para iOS estendendo-se aos utilizadores de Iphone e de computadores e tablets da Apple.

Apesar de já se encontrar disponível desde meados de novembro, apenas agora foi possível que estivesse ao alcance dos utilizadores da plataforma da Apple já que a marca demora um pouco mais na verificação dos conteúdos deste tipo.

A grande vantagem desta aplicação é o facto de ser dirigida a leigos na matéria dos vinhos, sendo uma boa ajuda na hora de escolher e para avaliar em que situação e melhor servir o vinho.

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A aplicação deverá estar em constante atualização e deverá ter a capacidade de interagir com os seus utilizadores permitindo que a mesma se mantenha atualizada com a colaboração de todos tornando-se cada vez mais interessante e útil.

A HeartBeat aprova. Um brinde a esta notícia!

Festival Vinhos de Inverno e letras em Viseu

Começa já na sexta feira, dia 4, a segunda edição dos “Vinhos de Inverno”, no Solar do Vinho do Dão e que este ano conta com mais novidades e mais horas de programação, mantendo-se alguns dos eventos que fizeram sucesso na edição do ano passado.

O Entre-Aduelas será instalado no Salão dos Vinhos e aqui os visitantes poderão aproveitar para degustar alguns dos mais preciosos néctares do Dão enquanto se passeiam pelas salas adjacentes apreciando produtos regionais como biscoitos, mel, azeite e queijo, disponíveis para prova e compra.

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O ambiente de Inverno é aqui amenizado pela lareira do Solar que se reacende para que os visitantes possam disfrutar de uma ambiente propicio ao relaxamento e à degustação.

Para aqueles que são novos nestas andanças do vinho haverá workshops assim como para aqueles que são amantes de longa data dos vinhos do Dão.

A grande novidade deste ano casa a literatura com o vinho, “Tinto no Branco” é a primeira Festa da Literatura de Viseu e colocará a literatura à prova, combinando os prazeres dos Vinhos do Dão, da gastronomia regional e da literatura universal.

Serão muitos os nomes para ouvir e muitos haverá para aprender sobre esse universo das letras e dos vinhos, conhecendo aquilo que os liga seja na cultura, simbologia, espiritualidade e vivências.

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Entre os nomes confirmados para este Festival Literário estão Afonso Cruz, Fernando Dacosta e Francisco José Viegas assim como os viseenses João Luís Oliva e António Gil.

Aquilino Ribeiro estará presente neste “Tinto no Branco” com algumas das palavras do mestre das “Terras do Demo” a servirem de mote às conversas e encontros deste Festival.

Este Festival não se fica apenas pelo Solar do Vinho do Dão, invadindo cidade de Viriato. “Tinto no Branco” propõe passeios pela cidade de Viseu a bordo do comboio turístico com Miguel Real, no sábado e Deana Barroqueiro, no domingo, a servirem de anfitriões nesta viagem pelas “histórias e as estórias” que permitirão aos visitantes (re)descobrir os cantos e recantos desta milenar cidade. Estes passeios irão decorrer durante o fim-de-semana com partida do Rossio às 11h00.

As conversas fazem parte integrante deste Festival com a primeira grande ronda a decorrer no sábado a partir das 16h00, com o Chef Loureiro a fazer as honras à casa e a abrir o apetite para uma tarde que promete levar os presentes numa viagem pelo tempo para a “ínclita refeição”!

As histórias continuam com “Contos, lendas e facecias do Vinho”, com Paulo Moreiras, a partir das 17h00 e que irá desvendar mitos e verdades sobre o vinho, enquanto que, noutra sala, Anselmo Borges e António Gil lançam novas reflexões em torno do vinho e as suas ligações espirituais em “Criado para alegria dos homens”.

Aquilino Ribeiro serve de inspiração para a conversa que se segue “se regionalista é ter descrito outra coisa que não Lisboa, não reclamo melhor diploma” que irá juntar Alberto Santos, Manuel da Silva Ramos e João Luís Oliva em torno do poder da literatura.

Os serões irão juntar Fernando Dacosta e Patrícia reis numa conversa sobre “só as ânsias valem porque os triunfos, esses, acabam em bocejos”. Rui Cardoso Martins e Valério Romão propõem-se desmistificar os bastidores da escrita em “Os meus assuntos vou busca-los à história natural racionalizando-os”. O dia acabará com André Domingues numa sessão improvável com direito a “leituras de vinho e provas de texto”.

Neste Festival há também espaço para os mais novos onde poderão encontrar os habituais ateliers criativos no Espaço dão Petiz, para além disso, os visitantes de palmo e meio poderão conhecer melhor a arte da ilustração com o autor Paulo Galindro, no sábado a partir das 15h30, no Solar do Vinho do Dão.

O vinho no telemóvel

Os portugueses estão cada vez mais abertos às questões do vinho. Estamos mais exigentes e mais seletivos, mais não fosse porque somos um país de excelentes vinhos e por isso, também nós consumidores, nos tornamos mais interessados e procuramos, cada vez mais, informações acerca deste mundo.

As marcas tem consciência que o mercado nacional é importante e que todos os portugueses são embaixadores dos seus vinhos e por isso têm um maior cuidado e interesse em que estejamos devidamente informados, até porque estamos num mundo onde a informação é globalizada e transmitida a uma velocidade estonteante.

Conscientes da importância da boa comunicação e do interesse crescente por parte dos consumidores no que diz respeito aos vinhos, a Lusovini, distribuidora e produtora de vinhos de Nelas, lança este mês uma aplicação para smartphones e tablets com quase duas centenas de dicas e conselhos simples para apreciadores de vinhos que queiram tirar o melhor partido das garrafas que compra, seja para casa ou para um restaurante.

A aplicação “ViniDikas” é dirigida a pessoas que gostam de vinhos ajudando às escolhas, avaliar quando se devem beber ou como devem preparar o vinho antes de ser servido. As dicas são muito práticas, curtas, diretas e esclarecedoras.

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Esta é uma aplicação que tanto serve o consumidor menos conhecedor do mundo do vinho como para entendidos que , por exemplo, precisem refletir sobre a temperatura a que querem servir um vinho especial, o tipo de copo a utilizar ou a antecedência com que devem abrir a garrafa.

São quase duzentas as dicas que podemos encontrar nesta aplicação que estará disponível, gratuitamente, na AppleStore, Googleplay e Microsoft Store. Dicas dispostas de modo muito simples e direto, abordando temas como a vinha (o ciclo da videira, a vindima, as castas internacionais e as portuguesas), da uva ao vinho (vinificação e suas variantes), o vinho (vários tipos e estilos existentes), as regiões do vinho a nível global com enfoque no nosso país, a prova (e apreciação de um vinho e a linguagem adequada para o descrever), a conservação (a garrafeira em casa), o serviço (abertura da garrafa, copos, decantação, temperaturas) e o vinho à mesa (as harmonias entre o vinho e a comida).

Domingo é dia de Enoturismo

Enoturismo é um segmento da atividade turística que se baseia na viagem motivada pela apreciação do sabor e aroma dos vinhos e das tradições e cultura das localidades que produzem esta bebida.

É algo que vai além do simples facto de se beber um bom vinho. O Enoturista aprecia paisagens, utiliza os equipamentos de gastronomia, hotelaria e diversão.Gosta de se envolver nos vinhedos e nas suas histórias encarando as viagens que faz como experiências para os 5 sentidos. Não é, necessariamente, um consumidor de vinhos, é sim um interessado na produção e cultura das regiões e do vinho. Gosta de falar com os produtores, tocar nas garrafas e texturas. Apreciar as nuances de um vinho e as histórias que ele conta.

Domingo assinala-se o Dia do Enoturismo, uma atividade que tem vindo a ganhar cada vez mais expressão na nossa região.

Nelas não é indiferente a estas atividades relacionadas com o vinho e no domingo, pelo terceiro ano consecutivo, associa-se a este evento que é promovido pela Rede Europeia de Cidades de Vinho (RECEVIN) em parceria com a Associação de Municípios Portugueses de Vinho (AMPV).

Este é um dia dedicado ao turista que aprecia o mundo dos vinhos e por isso há várias Quintas a associarem-se a este evento, abrindo as suas portas aos visitantes para provas e visitas às adegas, são elas a Caminhos Cruzados, Casa de Santar/Paço dos Cunhas, Fidalgas de Santar, Lusovini, Quinta da Boiça, Quinta da Fata, Quinta de São Simão, Quinta do Carvalhão Torto, Quinta do Mondego, Quinta do Sobral, Quinta do Tralcume e Vinícola de Nelas.

As atividades previstas para este dia não se limitam apenas a visitas e provas nestas Quintas, sendo que o Espaço da Federação dos Viticultores do Dão irá acolher, a partir das 15h00 uma Prova de Vinhos Comentada em Harmonização com o Chocolate e produtos Regionais sob orientação da Enóloga Patrícia Santos.

A CVRDÃO promove a exposição fotográfica “O Vinho e a Vinha na Região do Dão” e entrega de prémios do XIV Concurso Internacional de Vinhos “La Selezione del Sindaco”.

Este domingo visite Nelas e seja um Enoturista!

Dão destaca-se no concurso da Revista de Vinhos

Sabemos que há especialistas de tudo e mais alguma coisa em tudo o que é sitio. Há alguns assuntos que nos interessam e outros que os interessam mesmo muito, principalmente quando dizem respeito aos frutos da região.

Hoje o destaque vai para o vinho e aquilo que os especialistas da área dizem dele, pelo menos daqueles vinhos que são aqui da região.

A Revista de Vinhos, uma revista que , tal como o nome diz, é especializada em vinhos, já anunciou a sua lista de premiados do Concurso Escolha da Imprensa e apesar de não haver nenhum dos nossos vinhos em primeiro lugar, há vários que deixaram a sua marca e ocuparam lugares bem aprazíveis, sendo reconhecidos pelos especialistas da área.

Este ano foram batidos todos os recordes de participação e de jurados, o que demonstra a crescente importância que este concurso tem nesta área especifica. Entraram 357 vinhos, em 5 categorias, sendo elas a de espumantes, brancos, rosés, tintos e fortificados.

Quanto aos espumantes, podemos apenas fazer uma chamada ao vencedor que foi o Murganheira Cuvée Reserva Especial Távora-Varosa branco 2004 da Sociedade Agrícola e Comercial do Varosa. A este espumante deixamos os nossos parabéns. Nesta categoria não podemos destacar nenhum dos vinhos da região.

Avancemos para a categoria dos Brancos onde encontramos 4 vinhos do Dão na lista de Escolha da Imprensa, são eles:

– Borges Colheita Tardia  2010 da Sociedade dos Vinhos Borges,

– Quinta dos Carvalhais Branco Especial Dão e Quinta dos Carvalhais Dão Reserva 2011, ambos da Sogrape Vinhos.

Ainda nesta lista encontramos o Titular Dão Encruzado 2014 da Caminhos Cruzados.

Na categoria de Rosés também não encontramos nenhum vinho da região, sendo que na lista dedicada aos vinhos Tintos estão destacados 6 vinhos do Dão e um da Beira Interior:

– Júlia Kemper Wines, Elpenor Dão 2011

– Paço dos Cunhas de Santar Vinha do Contador 2009

– Quinta da Gândara Dão Touriga Nacional Reserva 2011, da Sociedade Agrícola de Mortágua

– Quinta do Serrado Dão Touriga Nacional 2010 da Sociedade Agrícola Castro de Pena Alba

– Titular Dão Reserva 2012 da Caminhos Cruzados

– Vila Oliveira Dão Touriga Nacional 2011 d’O Abrigo da Passarela

– Vinhas Antigas da Beira Interior by Rui Madeira Beira Interior 2011 de Rui Reboredo Madeira.

Mais um concurso que vem atestar a qualidade dos vinhos produzidos na região, cada vez mais apreciados! A nós só nos resta prova-los a todos, um de cada vez, para tirarmos as nossas próprias conclusões!

 

Por favor, não nos tirem os enchidos!

O choque! Fiquei horrorizada! Eu e tantos outros que, como eu, não podem passar sem um porco no espeto, um bife grelhado, um borrego assado, uma chouriça serrana ou um prato de enchidos.

A Organização Mundial de Saúde lançou, o que para muitos portugueses, em especial os Beirões, é considerada a Bomba Atómica da gastronomia. Abalou-nos o mundo, mas não o espírito e muito menos a gula!

Segundo esta organização produtos como as salsichas ou o bacon estão incluídos no grupo de produtos e substâncias cancerígenas, grupo onde encontramos coisas como o tabaco, amianto ou os gases emitidos pelos motores a gasóleo. Até aqui tudo bem, até porque não sou apreciadora destes alimentos (bacon e salsichas), quem não gostou foram os alemães e os ingleses que os comem ao pequeno almoço como se não houvesse amanhã. Mas, eis que a minha alma recebe um golpe duro e muito difícil de digerir – os enchidos e as carnes fumadas fazem parte do grupo igualmente!

Meu rico presunto!

E os enchidos!!!

Para os portugueses este foi um golpe muito agreste.

Mas a OMS não se ficou por aqui e sem remorso nem piedade, acrescenta que existe outro grupo de alimentos potencialmente causadores de cancro do estômago ou colo-rectal. E aqui a minha dor aumentou. As carnes vermelhas, como a carne de vaca, porco ou borrego passam a integrar a mesma lista que o glifosato (para quem, como eu, não faz ideia do que é, o wikipedia ajuda e diz que é um herbicida sistémico, não seletivo (mata qualquer tipo de planta), desenvolvido para matar ervas, principalmente as mais resistentes)!

 

“A parte racional do meu cérebro começa a entrar em confronto com a outra parte,

aquela que controla a vontade de comer coisas boas e que me fazem feliz, a da Gula.”

Uma discussão tremenda que só passou quando o estômago se intrometeu na conversa.

O resultado cifrou-se num “Parte Racional” 0 – Coligação Gula/Estômago 1”.

Fiquei deprimida, mas não, não fui curar a tristeza com uma sandes de leitão e umas rodelas de chouriça, até porque já tinha passado a hora do almoço.

Como a batalha estava a ser ganha pela gula, deixei de lado a minha paranóia alimentar que, confesso, foi esmorecendo à medida que fui lendo alguns comentários na Internet às noticias que iam sendo publicadas, com os Vegan a usarem de todas as suas armas à base de soja e tofu para convencerem os omnívoros a renderem-se à cultura, “pela sua saúde”.

Perdoem-me os vegan e os vegetarianos, mas quem tem uma sogra como eu que faz uns enchidos de fazer os anjinhos do altar cantarem hinos de glória, sabe que é um caminho sem retorno, com remorso, mas sem retorno.

enchidos

Viver nas Beiras e ouvir estas noticias é, no mínimo, doloroso. Até que, em mais um passeio pela internet, encontro uma partilha de uma noticia, de um periódico credível, sublinhe-se, que me iluminou o dia, mesmo com este outono invernoso que temos estado a sentir na cidade mais alta, com um titulo que versava o seguinte: “Vinho da Beira Interior faz bem à saúde”.

Haja alegria!

Afinal temos uma solução para o nosso problema!

““Vinho da Beira Interior faz bem à saúde”. Haja alegria!

Afinal temos uma solução para o nosso problema!”

Segundo esta noticia, os vinhos tintos produzidos na Beira Interior são um bom produto para a prevenção de doenças como o cancro do estômago, segundo um estudo de Luísa Paulo (minha nova heroína), investigadora da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior.

Ao que consta, os néctares da nossa região, principalmente os produzidos com a casta touriga nacional, possuem maiores concentrações de resverato, uma substância anti-oxidante associada à prevenção de doenças cardiovasculares e diabetes.Esta substância é inibidora da multiplicação da bactéria responsável pelo aparecimento de tumores no estômago.

Segundo a OMS o consumo de carnes vermelhas e enchidos não deve ultrapassar os 50 gramas por dia. Eu não como enchidos ou carnes vermelhas todos os dias, até porque a minha relação com a balança não é das melhores, à semelhança da maioria das mulheres, e esse tipo de alimentos, que ainda por cima gostam de andar juntos, acaba por ter efeitos na amplitude da minha anca, mas tenho de admitir que 50gr, como se diz na minha terra “não cabe na cova de um dente” e por isso nunca me fico apenas por uma ou duas rodelinhas! Posso enganar-recorrendo à matemática, admitindo que a média, ao final do ano, deve rondar os 50 gramas por dia…

Ora, meus amigos, eu não sou cientista, nem investigadora e confesso que sou, altamente, suspeita na defesa da nossa gastronomia, podendo mesmo ser irracional, mas acredito que a solução está mesmo à frente do nosso nariz, num copo de vinho da Beira Interior a acompanhar aquele prato de enchidos que está ao alcance dos nossos dedos.

Esta notícia acerca dos vinhos da Beira Interior vem apenas confirmar o que já se sabia por estas bandas, atestando que nas Beiras tudo tem peso e medida e tudo está relacionado de modo a fazer-nos felizes!

Agora já sabe. Quando comer um borrego assado, com enchidos ou presunto de entrada, acompanhe com um belo copo de vinho da Beira Interior e garanta que a sua consciência fica tranquila, pelo menos no que toca ao que a OMS assinala. No final não se esqueça de fazer exercício, porque mais vale prevenir que remediar!

A rematar esta conversa posso atualizar o resultado: “Parte racional 0 – coligação Gula/Estômago 2.

 

Tânia Fernandes

Festival de Vinhos e Sabores em Pinhel

Chegados ao Outono a região começa fervilhar de sabores que a tornam tão característica. Começa a época do melhor queijo da serra, os enchidos tornam-se mais intensos, prova-se o vinho novo e os frutos, bem, sabemos que são irresistíveis!

Pinhel é uma terra cheia de tradição e os sabores das Beiras estão bem presentes. De modo a potenciar e promover o que de melhor esta região tem, vai decorrer nos dias 14 e 15 de novembro a primeira edição do Beira Interior – Vinhos e Sabores numa colaboração conjunta entre o Município de Pinhel e a Comissão Vitivinícola Regional da beira Interior.

beira interior cartaz

São 27 os produtores de vinho e 20 os expositores com produtos regionais que, com certeza, irão harmonizar na perfeição com os vinhos presentes.

A promessa é de reunião do melhor da Beira Interior contando com várias atividades que irão deliciar os visitantes como o salão de vinho, degustações e provas comentadas, animação musical, mostra gastronómica regional, workshops, Show Cookings e ainda, em destaque, o seminário “Vinhos da Beira Interior, Rumos e Desafios”.

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O vinho promete ser o Rei desta festa, de modo a que os visitantes fiquem a conhecer melhor o que de melhor se tem feito nesta área na região, celebrando a evolução destes vinhos que começam a consolidar a sua posição no panorama vínico nacional com a qualidade superior que apresentam.

Não deixe de visitar Pinhel, nos dias 14 e 15 de novembro. O Beira Interior – Vinhos e Sabores decorrerá no Pavilhão Multiusos de Pinhel.

E os melhores do Dão são…

A Comissão Vitivinícola Regional do Dão já anunciou quais os melhores vinhos do Dão, naquele que é um dos mais importantes eventos vínicos na região.

A Gala “Os melhores Vinhos do Dão” pretende ser um espaço de apoio, homenagem e de gratificação aos Agentes Económicos que trabalham a Vinha e o Vinho no Dão.

Na edição deste ano o reconhecimento coube aos Vinhos Condessa de Santar de 2012, da Sociedade Agrícola de Santar, Vinho do Contador de 2009, do Paço de Santar e Villa Oliveira de 2010, d’O Abrigo da Passarela.

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O Vinho Condessa de Santar de 2012 é um vinho elaborado maioritariamente a partir da casta Encruzado, que fermentou totalmente em barricas de carvalho francês e teve 3 meses de Bâtonnage.

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O Contador de 2009, do Paço dos Cunhas de Santar é um vinho de aromas florais e de amoras marcam o primeiro contacto com este vinho, de cor granada profunda e bordas rosadas.

A prova de boca é marcada por notas baunilhadas e de canela, evidenciando a exposição a madeira. Teve um estágio de 6 meses em barricas de carvalho francês e é feito a partir das castas Touriga Nacional, Alfrocheiro e Tinta Roriz.

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O Vinho Villa Oliveira de 2010 é um vinho com grande presença aromática, com fruta madura, generosa e atrativa, taninos muito sedosos, elegante e com boa acidez. O polimento geral trona-o bastante atrativo.

 

 

Pedra Cancela é Best Buy

Continuamos a ser reconhecidos, mundo fora, pela qualidade dos nossos vinhos.

Desta vez foi a revista americana “Wine Enthusiast”, que na sua lista dos 100 vinhos recomendados pela excelente relação preço-qualidade (Best Buy), conta com o 9 vinhos portugueses, dois no Top 10, incluindo o Pedra Cancela seleção do Enólogo tinto 2010 na sétima posição com um total de 92 pontos.

Para ser um Best Buy, o vinho tem de conseguir uma boa pontuação e ter um preço económico que, normalmente, nos EUA não passa dos 15 dólares.

Segundo a revista, dos quase 19.500 vinhos analisados este ano, menos de 7% conseguiu esta distinção, o que os torna ainda mais especiais.

Em 2014 Portugal contou com 6 vinhos nesta lista, este ano subiu para 9 o que atesta o reconhecimento, cada vez maior, dos vinhos nacionais.

Os vinhos Pedra Cancela são produzidos na Região Demarcada do Dão e são nascidos da paixão da família Gouveia que explora o vinho há várias gerações.

Em 1999, João Paulo Gouveia, filho de João Coelho Gouveia, termina os seus estudos em Viticultura e Enologia e abraça do negocio de família e partem para a produção própria, procedendo a uma reestruturação profunda das vinhas e adega, sempre com um profundo respeito pela cultura do da Região Demarcada do Dão.

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Quanto ao vinho selecionado pela Wine Enthusiast pode-se dizer que é um vinho de fermentação com suave maceração e controlo de temperatura entre 16º e 18º C .

O Estágio de 6 meses foi feito em barricas de carvalho “Allier” e contou ainda com 3 meses de estágio de cave antes de ser colocado à venda.

O engarrafamento é de 2012.

Quanto à cor, é um vinho com um Intenso Ruby, com ligeiro toque grená.

O Aroma é de intensos frutos vermelhos, ameixa madura e toques de cacau.

Na boca revela uma frescura e um corpo suave e taninos elegantes característicos dos vinhos do Dão, o final de prova é muito suave, agradável e longo.

Deve ser servido a 16ºC e acompanha bem carnes vermelhas e queijos de pasta mole.

Pode ser consumido de imediato ou nos próximos 3 anos, desde que guardado deitado em local fresco e sombrio.