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Serra com praias de Qualidade de Ouro

Parece que o S. Pedro decidiu deixar o sol brilhar em toda a sua força e o calor promete vir para ficar. São temperaturas altas que convidam a refúgios de frescura, o que por estes lados se traduz em mergulhos no rio, que por cá são de qualidade ouro!

Na Serra temos praias fluviais maravilhosas que tornam o calor do verão mais suportável e que permitem convívios memoráveis.

No inicio do mês de maio foram anunciadas as praias com bandeira azul para o verão deste ano e a região conta com algumas. A Quercus quis também classificar as praias nacionais e por cá temos algumas consideradas com Qualidade de Ouro.

Este ano as praias classificadas com Qualidade de Ouro são as praias de Vale de Rossim em Gouveia, Loriga em Seia, Valhelhas na Guarda e na Pampilhosa da Serra as praias de Pessegueiro e Santa luzia.

Este ano, a nível nacional, foram distinguidas 396 praias, 351 zonas balneares costeiras, 9 de transição e 36 interiores, mais 14 que em 2016.

O objetivo da Quercus é realçar as praias que ao longo de vários anos (cinco), apresentam sistematicamente uma água balnear de qualidade excelente (tendo em conta a classificação da legislação em vigor), e que, nesse sentido, oferecem assim uma maior fiabilidade no que respeita à qualidade da água.

Esta é mais uma ajuda para a decisão que temos de tomar quando tentamos escolher uma praia para nos refrescarmos!

Casa do Rio distinguida

O Turismo Rural e de Habitação tem assumido um papel cada vez mais determinante na nossa região com os empresários a investirem na oferta de alojamento de qualidade superior, apostando na diversificação e inovação dos seus serviços. Longe vai o tempo em que a oferta hoteleira se resumia a pensões e residenciais, sendo que hoje em dia a hotelaria de luxo é uma realidade cada vez mais apreciada e procurada na região.

Gostamos de reconhecimentos já que vêm atestar a qualidade da nossa oferta e validar o esforço e investimento que as gentes de cá têm feito. Desta feita o reconhecimento veio por parte da Great Wine Capitals Global Network, com a atribuição do Prémio Best of Wine Tourism de 2016, na categoria de “Práticas Sustentáveis de Enoturismo” ao empreendimento Casa do Rio – Wine Hotel na Quinta do Orgal, perto de Castelo Melhor, em Vila Nova de Foz Côa.

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O Casa do Rio – Wine Hotel faz parte do imóvel adquirido pela Quinta do Vallado, que abrange 40 hectares de terra, 20 dos quais dedicados à cultura de vinhedo orgânico.

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Este é um hotel que deslumbra os visitantes pela sua envolvente em vinhedo, com o rio aos seus pés. De uma beleza marcante, este espaço é o exemplo daquilo que o Douro Superior e a região de Vila Nova de Foz Côa tem para oferecer, sendo várias as atividades ao dispor dos seus hóspedes, como oficinas de agricultura orgânica e de cozinha, refeições temáticas, piqueniques no vinhedo, degustação de vinhos, passeios de burro, caminhadas, massagem ao ar livre e yoga pelo rio, visitas culturais pela região, passeios de barco e caiaque, pesca, paddle boarding e wondsurf entre outras atividades que marcam a diferença deste Hotel e lhe fazem valer vários reconhecimentos por parte dos seus pares.

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Os Best Of Wine Tourism pretendem celebrar a inovação e a excelência no Enoturismo nas oito melhores regiões vinícolas do mundo. Este projeto procura dar uma oportunidade às empresas desta área ganhar exposição e reconhecimento nos seus compromissos em se apresentarem como líderes na oferta Enoturística. Estes prémios pretendem distinguir empreendimentos em cada uma das regiões que constituem o projeto que se tenham feito notar pela sua excelência, inovação e qualidade da oferta de que dispõem.

A minha praia é melhor que a tua!

Chega o verão, o corpo aquece e a nossa busca pelo refresco é frenética. Desesperamos por uma sombra, por um pedaço de terra onde os raios de sol não nos esquentem a pele, por um pouco de água fresca, por uma praia!

E pensam os nossos amigos do litoral, enquanto bebericam uma bebida fresca numa esplanada com vista privilegiada para o mar azul e o areal dourado de uma qualquer praia, “coitados daqueles que vivem longe do mar, nestes dias têm de se acotovelar nas piscinas, enquanto disputam por dois metros de relva onde colocar a toalha (como se não soubéssemos o que se passa nos areais mais concorridos ao fim-de-semana), ou então derretem lentamente numa esplanada”.

Pois meus caros, por cá temos um segredo!

Aqui as praias não têm sal, grande parte não tem areia, pelo menos a convencional, mas proporcionam, a quem as conhece, um pequeno pedaço de paraíso rodeado de luxuriosa vegetação. Pequenos pedaços escondidos na serra, algumas esculpidas nas rochas pelos rios que, gentilmente, nos deixam banhar nas suas águas – gélidas águas – e nos refrescam os corpos e as almas!

Quando vim viver para a região do Interior, convencida que as praias do litoral eram as únicas que poderiam preencher as medidas dos Portugueses, estava longe de perceber a real alma de uma praia fluvial até ao dia em que, de mochila às costas, me juntei com um grupo de amigos e nos lançamos em busca de um paraíso perdido que, supostamente, existia ali para os lados da Barragem do Caldeirão na Guarda.

Disseram-nos que nos íamos impressionar com a magnitude da natureza envolvente.

Lá fomos nós pelas aldeias da Guarda em busca desse prometido paraíso esculpido pela Serra da Estrela e pelo Rio Mondego.

Deixámos os carros na estrada e seguimos a pé seguindo o cantar do rio. Embrenhámo-nos pela vegetação e, ei-lo, ou melhor, ei-los, os tão prometidos pedaços de paraíso! No meio da vegetação, cavados por escarpas douradas, pintalgados de raios que furam as sombras das árvores e protegem este pedaço de mundo. Já conhecia algumas lagoas no Gerês, mas estas… Estas tiram-nos o fôlego precisamente por não serem imponentes, por serem pequenas lagoas esculpidas por entre as rochas.

São lugares intimistas, quase intocáveis que nos fazem perceber que, por aqui, a Serra é generosa, e aqui, a natureza transforma-se em tela viva onde nos podemos esconder e ser parte dela.

praia vila soeiro

Tive o privilégio de encontrar esse pequeno pedaço de mundo. Mas a vida muda, o clã cresce e temos de procurar locais mais apropriados à família e que não impliquem aventuras de mochila às costas por entre vegetação frondosa, foi então que optei por recorrer às Praias Fluviais.

Só quem as visita percebe o porquê de muitos de nós as preferirem às piscinas ou mesmo àquelas de água salgada que abundam por todo o litoral. Aqui há espaço e condições magníficas para se passar bons momentos em família. Seja para o irrequieto do miúdo que gosta de jogar à bola ou para o avô que não dispensa a sua sesta por baixo de uma sombra.

“Ai mas a água é fria!”, não, a água não é fria, é gelada!

E não podia ser de outra forma! Num dia de calor abrasador meter o pé nas águas do rio é do mais refrescante que pode existir! E, pronto, nem todas as praias são geladas, há algumas, como a de Valhelhas na Guarda ou a de Loriga em Seia, cujas águas estão “travadas” em represas, que não são geladas, apenas frias, ou frescas.

Confesso que, no rio, o que menos faço é nadar ou mergulhar, gosto de ver os peixes na água a mordiscarem os pés, gosto de ver as cores das pedras que descansam no leito do rio, e nestes casos, enquanto coleciono pequenos tesouros fluviais com o meu filho, a água fria não incomoda, muito pelo contrário.

praia valhelhas

A região está cheia de Praias Fluviais maravilhosas e, para mim, é muito difícil escolher qual a melhor.

Gosto da de Valhelhas e Aldeia Viçosa na Guarda e a de Vale de Rossim em Gouveia é deslumbrante pelo azul das suas águas! Em Seia encontramos a Praia Fluvial de Loriga, pitoresca e maravilhosa.

Difícil mesmo, é escolher as que prefiro, para mim são as melhores do mundo. O desafio que aqui deixo é que me digam qual a melhor da zona centro! Digam-me lá se a vossa praia é melhor que as minhas!

 

Tânia Fernandes

 

Vamos mergulhar: