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A Arte anda na rua em Viseu

A Primavera está no seu auge, o sol aquece os corpos e as pessoas saem à rua.

Queremos animação, luz e cor! Viseu sabe disso e até domingo as ruas convidam a andarmos de nariz no ar e de olhos bem abertos. Prometem-se muitos uau! E ahh! Está aí o Tons da Primavera e o nosso destaque vai para o Festival de Street Art que traz à cidade de Viriato 7 artistas, que estão a aguçar a curiosidade de todos os que andam por Viseu com a sua peculiar arte. A Primavera e o vinho do Dão são os temas apresentados pelo Município como mote para o festival.

São 7 os artistas convidados para esta edição Festival de Street Art, Pedro Campiche, também conhecido por Akacorleone, ilustrador e designer gráfico, nascido em Lisboa, assume a paixão pela tipografia, cor, pintura e o passar o dia a desenhar. Junta o melhor do rabisco e do desenho digital na sua arte e tem uma obsessão com tudo o que é visual. Para Akacorleone foi reservada a fachada de um prédio na Rua dos Bombeiros Voluntários, virado para a central de camionagem. Foi o primeiro a chegar a Viseu e o seu trabalho foi aclamado pela população que sugeriu a colocação de uma menção na parede: Balsa City.

Na Av. Capitão Silve Pereira existe um prédio cuja parede está a ganhar uma nova vida pelas mãos de Fidel Évora dedicado à Primavera.

Fidel Évora é Cabo-Verdiano, estudou em Lisboa e possui uma vasta experiência em Design e as suas obras de Street Art residem já em vários lugares do mundo.

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Do Porto vem Draw, ou Frederico Soares, curador e diretor artístico da PUTRICA (Propostas Urbanas Temporárias de Reabilitação e Intervenção Cultural e Artística) que se forma no Street Art como forma de transformar os espaços vazios da cidade dotando-os de valores culturais e artísticos. Draw vai pintar um espaço na Rua Augusto Hilário.

Marco Mendes é outro dos artistas convidados para a edição deste ano do Festival de Street Art de Viseu. É de Coimbra e assume-se como autor de Banda Desenhada, ilustrador, artista plástico e professor. Para ele há um espaço reservado no Largo de S. Teotónio.

Há uma mulher no meio destes artistas, Mariana, A Miserável, original de Leiria, sonhava ser florista até se entregar a uma vida de miséria e vender o seu coração para pagar as contas.

Desenvolveu o gosto por “não saber desenhar” e tem participado em várias exposições e projetos de ilustração. Para ela existe um espaço no Largo Pintor Gata.

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Martinho Costa vive em Lisboa e o seu trabalho centra-se, maioritariamente nas áreas da Pintura, animação de vídeo e em intervenções no espaço publico, refletindo sobre a forma como as imagens que nos rodeiam são incorporadas nestes média artísticos. Os seus trabalhos vão estar presentes em vários pontos da cidade, entre a Praça da República e Santa Cristina.

Gustavo Teixeira, conhecido por Mesk é um ilustrador freelancer que adora desenhar desde sempre, experimentando novas técnicas e para quem, criar é algo inexplicavelmente maravilhoso.

Para ele está reservado um espaço na Central Municipal de Transportes.

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Para muitos a “arte de rua” pode ser vista como vandalismo, esses dias já lá vão e a Street Art é isso mesmo, arte pura, para ser vista, admirada, apreciada e, acima de tudo, para nos levar à reflexão. É uma nova forma de encarar os espaços da cidade, enchendo de cor aquilo que, de outro modo, estava insípido, abandonado ou morto.
Até Domingo vá a Viseu, passeie pelas ruas e veja estes artistas criarem as suas obras!

 

Fotografia: Jornal Público

Gouveia a abanar o capacete

Quem gosta de rock? Gouveia pensou em si!

Arranca amanhã a 13ª edição do festival Gouveia Art Rock que conta com um cartaz diversificado que abrange todos os subgéneros do rock não comercial com a garantia de fazer abanar muitas cabeças!
Este festival já é uma referência e integra diversos eventos paralelos que, para alegria de todos, são gratuitos, como o recital da Igreja de São Pedro, uma feira de discos e cartazes que irá fazer as delicias dos colecionadores e aficionados, além de um debate, a decorrer no sábado na Biblioteca Municipal Vergílio Ferreira, moderado por Thomas Olsson da Universidade de Lund na Suécia e que irá reunir alguns músicos e editores.
O Gouveia Art Rock 2015 arranca com um concerto a cargo dos portugueses Uxu Kalhus seguido do Sueco Bobo Stenson. Ainda para o primeiro dia estão previstas as atuações dos California Guitar Trio e dos Renaissance. O segundo dia tem em cartaz concertos dos Syndone, Curved Air, Guy Pratt e Magma, todos no Teatro Cine. Já na Igreja de S. Pedro, com entrada gratuita, podem assistir ao concerto dos California Guitar Trio.
Os aficionados do Rock têm a oportunidade de passar um fim-de-semana cheio e música em Gouveia. Podem consultar o programa em www.cm-gouveia.pt. Vamos lá rokar?

Não é Boom, é Ben-in

Atenção! A gerência informa que o Ben-In não é um Mini Boom.

Não vai haver música eletrónica, Psy-Trace ou qualquer tipo de sons eletrónicos. É um festival, diferente, voltado para um público muito específico, mas não é um mini Boom, apesar de ter nascido do espirito do Boom Festival, e de ter lugar na Boom Land (lago de Idanha-a-Nova) no entanto promete, à semelhança do outro festival, revolucionar terras de Idanha-a-Nova, com um formato diferenciador, inovador, e apelativo por ser invulgar.

Mas afinal o que é o Ben-In 2015? Já sabemos que não é o Festival Boom que acontece todos os anos por aquelas paragens e que traz milhares de festivaleiros a Idanha-a-Nova, e que é apreciado por esse mundo fora, apesar de ser pouco conhecido por terras lusas. Mas isso também não interessa, já que grande parte do público deste evento é estrangeiro.

Mas voltemos ao Ben-In 2015. Afinal o que é?

É um festival, que apenas pode ser apreciado por 5000 pessoas, por limitações de espaço, que queiram ligar-se às suas raízes, explorar as modalidades de cura holística e dançar ao ritmo do Trance orgânico.

Este festival decorre entre 18 e 21 de junho e vai celebrar o solstício de verão e apelar a um estilo de vida mais sustentável. A organização refere-se a este evento como sendo o resultado das sementes lançadas durante o Boom Festival, e trata-se de uma oportunidade de apreciarem a Boom Land com o tempo mais ameno e dar as boas vindas à estação quente.

Durante 4 dias os visitantes poderão experienciar workshops de cura, espiritualidade, bem-estar, yoga, meditação, massagens, temazcal e watsu, tudo pensado para ajudar a tornar mais natural a saúde, bem-estar e felicidade dos participantes.

O convite é para que se desliguem da tecnologia e se deixem embarcar numa viagem de ritmos ancestrais da terra e assim encontrar o equilíbrio.

É um festival de música acústica, trance orgânico (sem ligações elétricas, e com recurso a instrumentos não eletrónicos) e músicas do mundo, demarcando-se, desta forma, do Boom festival, mais focado para o trance eletrónico, garantindo que terá presente algumas das melhores bandas deste género musical que levarão os participantes numa viagem onde se ligará o trance contemporâneo com tradições musicais antigas e sons sagrados do mundo.

Conheça melhor o programa em www.madeinboomland.org/be-in. Os bilhetes que forem adquiridos até 17 de maio custam 110€ mais 4€ de taxas, a partir de 18 de maio até ao dia 21 de junho o bilhete custará 130€ mais 5€ de taxas, e podem ser adquiridos no site do evento.

Lembramos, mais uma vez, que o Ben-In não é um mini Boom Festival, muito menos o próprio Boom Festival, apesar de ser produzido pela mesma equipa. O Boom Festival decorre entre 11 e 18 de Agosto, durante a lua cheia! Até lá… Ben-in.

Belmonte já tem Festival de Cinema

A preservação da nossa cultura é essencial para a formação de um povo, e a cultura e tradições devem ser encaradas como extensões da alma das nossas gentes e que, infelizmente, começam a ser esquecidas ou negligenciadas por muitas pessoas por considerarem que se trata de atividades antigas e sem interesse para quem se considera moderno ou cosmopolita.

No entanto, e ainda bem, existem pessoas que respeitam as manifestações culturais e tradições das suas gentes e procuram encontrar meios de transmissão dessas mesmas culturas e tradições, contribuindo para a sua divulgação, promoção e preservação.
A exemplo disso, decorre até dia 11 de abril o Festival de Cinema Etnográfico de Belmonte. Esta é a primeira edição do Festival e conta com a colaboração da Universidade da Beira Interior e com o apoio da Apordoc e da RTP.

O festival de Cinema Etnográfico de Belmonte é o primeiro do género em Portugal, e nesta primeira edição não será uma mostra de competição mas sim uma seleção de filmes sugeridos por amigos, professores de escolas de cinema, colaboradores e programadores de outros festivais.

A Galiza é o convidado oficial desta primeira edição.

Tendo sido escolhido pela sua riqueza etnográfica muito semelhante à nossa, reunindo o facto de, atualmente, possuir uma frente de jovens cineastas bastante promissores, do que já é considerado o novo cinema galego. Assim sendo, o festival conta com a colaboração de José Manuel Sande Garcia, programador da filmoteca da Galiza que sugeriu um conjunto de filmes, alguns premiados e com menções em festivais como o de Cannes, Locarno, Doc Lisboa ou a Viennal na Áustria.

Para além de projeções, os espetadores terão, ainda, a oportunidade de assistir e participar em exposições, com destaque para a exposição 80 Anos 80 Imagens sobre Michel Giacometti no Museu dos Lanifícios – Covilhã e Para uma Memória de Michel Giacometti no Ecomuseu em Belmonte, assim como a um conjunto de conferências, tanto em Belmonte como na UBI, com enfoque para o tema sobre “O Novo Cinema Galego” por José Manuel Sande Garcia, a “Tradição Musical Portuguesa” pelo etnomusicólogo José Alberto Sardinha e ainda “Povo que canta, ou para que serve uma série nas vésperas de 1974” por Paulo Lima, para além de debates com realizadores, programadores de festivais e professores de escolas de cinema. Decorrerão ainda workshops sobre cinema de animação com alunos das escolas locais e música tradicional Portuguesa.

Para mais informações acerca do programa e do Festival o melhor mesmo é visitarem o site do evento em:

http://www.festivaletnocine.pt